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“Propaganda, desperdício e ética”, por Nilson Leitão

Nilson-Leitao-Foto-George-Gianni--300x199O país tomou conhecimento, há pouco, de que Lula e Dilma gastaram R$ 16 bilhões em propaganda – valores corrigidos pela inflação. A revelação, feita pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, é assustadora, mas, infelizmente, não nos surpreende. O malfeito é mais um ardil de uma série de artifícios que faz parte da ambição do PT para ficar no poder até à exaustão e à voracidade com que a presidente busca se reeleger a qualquer preço. O apego frenético ao comando da nação está custando muito caro (caríssimo!) a todos nós.

O valor absurdo gasto com propaganda, lamentavelmente, pode ser ainda maior, uma vez que o Banco do Brasil insiste em esconder seus gastos com publicidade entre 2003 e 2009.

Para piorar, a esbórnia com o dinheiro público deve aumentar ainda mais. Isso porque em dois anos de governo Dilma já gastou em propaganda, em média, 23% a mais do que o já esbanjador Lula.

Os R$ 16 bilhões gastos por Lula e Dilma com propaganda, daria, por exemplo, para construir mais de 170 mil casas populares semelhantes às da Minha Casa, Minha Vida.

Com apenas um bilhão dessa quantia gigantesca, o governo poderia comprar 8,5 mil mamógrafos – aparelho essencial para salvar milhões de vidas. Cerca de 30 mulheres morrem por dia no país vítimas do câncer de mama. Com a mamografia, a doença pode ser descoberta cedo, o que aumenta as chances de cura em até 95%.

Um bilhão dá também para erguer 350 prontos-socorros.

Ou comprar um milhão de notebooks para distribuir aos alunos de baixa renda, ou equipar, aproximadamente, seis mil leitos de UTI.

Imagine o que seria possível fazer com R$ 16 bilhões!

É muito dinheiro, principalmente em um país como o Brasil que tem carência de quase tudo.

Isto sem falar na questão ética, é claro. Muitos países europeus corretamente proíbem propaganda governamental que não tenha finalidade educativa ou informativa.

Voltando ao caso brasileiro, pode-se alegar que empresas estatais têm que fazer publicidade para poder concorrer no mercado. Esse não é o caso do BNDES, que não é um banco comercial, mas gasta um dinheirão com propaganda.

Quanto à Caixa Econômica Federal, pode-se alegar que a instituição está na disputa por mais volume de negócios. O que não se pode admitir, no entanto, é que para divulgar o Minha Casa Melhor, a Caixa tenha jogado fora mais de R$ 167 milhões com publicidade.

Ora, bastaria apenas mandar uma carta ou um telegrama pelos Correios para que as famílias fossem informadas que poderiam se beneficiar do crédito especial para a compra de eletrodomésticos e móveis previsto no novo programa. Como encontrar essas pessoas? Basta acessar o cadastro de cada futuro favorecido no Minha Casa, Minha vida.

Os fatos demonstram, claramente, que os gastos do governo com propaganda e publicidade não beneficiam em nada a população. Serve exclusivamente como campanha política e eleitoral.

* Nilson Leitão (PSDB-MT) é líder da Minoria na Câmara dos Deputados. Artigo publicado no site “Congresso em Foco”. (Image: reprodução de propaganda da Caixa)

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