PSDB – MS

Reinaldo critica prioridades do governo estadual e promete regionalizar saúde

Reinaldo_entrevista_Tribuna_foto_divulgação (1)Preocupado com o que chamou de “ambulancioterapia”, o candidato a governador Reinaldo Azambuja (PSDB) se comprometeu, nesta segunda-feira (7), em entrevista ao programa Tribuna Livre, da FM Capital, regionalizar a saúde, garantindo diagnóstico e atendimento de qualidade no interior de Mato Grosso do Sul. Sem estrutura em outras cidades do Estado, pacientes são transportados para os hospitais de Campo Grande, que acabam superlotados.

A saúde é prioridade do plano de governo do candidato tucano. “Nós temos hoje uma regionalização que não funciona: a ‘ambulancioterapia’. 45% dos atendimentos acontecem na Capital porque os hospitais regionais não funcionam. Então, nós temos que ter atendimento lá no interior, potencializar os hospitais regionais, com diagnóstico, com média complexidade naqueles hospitais para atender a demanda regional para que não venha a Campo Grande toda essa demanda inchando o sistema de saúde”, afirmou Reinaldo.

Ele acredita que o governo precisa investir mais no setor. Reinaldo informou que o governo estadual aplicou apenas 8,44% da receita em Saúde no ano 2013, abaixo dos 12% que determina a legislação brasileira. Mais de R$ 200 milhões deixaram de ser investidos no setor.

“A saúde no nosso governo é prioridade número um. Não vamos achar que saúde é obrigação [apenas] do Município. Eu já ouvi algumas pessoas falarem assim: ‘a saúde é municipalizada, isso é problema do prefeito’. Não é assim. Saúde é direito do cidadão e obrigação do Estado. E quando digo Estado é União, Estado, Município […] O que não pode é ficar um ano na fila. Eu encontrei pessoas esperando dois, três anos para fazer uma pequena cirurgia”, disse.

Reinaldo afirmou ainda que o atendimento médico em Mato Grosso do Sul está muito aquém do que a população espera e prometeu um ‘choque de gestão’ com a abertura de novos leitos hospitalares. Segundo ele, quase 1.400 leitos deixaram de atender o SUS (Sistema Único de Saúde), nos últimos anos, em Mato Grosso do Sul.

O candidato tucano questionou ainda as prioridades do governo. “A política se perdeu. As prioridades não são mais das pessoas, são dos governantes. E no nosso governo as prioridades vão ser das pessoas: saúde, segurança pública e educação de qualidade. Isso é fundamental para desenvolver uma sociedade mais próxima. Tenho certeza de que vamos abrir um canal, como fizemos no Pensando MS, aproximando as pessoas do governo”.

Reinaldo afirmou que preferiria construir o Hospital Municipal de Campo Grande a construir o Aquário do Pantanal. “Eu, governante do Estado, não construiria um aquário de forma alguma. Eu construiria o Hospital Municipal de Campo Grande. Daria isso como presente para a população da Capital e ajudaria com os equipamentos e o custeio. Temos que ter um governo que ajude também a custear as despesas”, disse.

No mês passado, o presidenciável Aécio Neves (PSDB) se comprometeu, caso vença a eleição, em nomear o ministro da Saúde e, no dia seguinte, mandá-lo a Campo Grande para que ele providencie a conclusão do Hospital do Trauma. Aécio participou do último ato do Pensando MS, na Câmara Municipal.

Em relação à Educação, Reinaldo afirmou que quer combater o déficit de 7.000 crianças fora das creches, garantir o pagamento do piso do magistério, ampliar o programa Bolsa Universitária e construir escolas de tempo integral.  Para o candidato, a educação de tempo integral pode reduzir os índices de violência proporcionando conteúdo pedagógico, esporte, cultura e lazer.

Já sobre a Segurança Pública, Reinaldo afirmou que irá aumentar o efetivo policial, por meio de concurso público, e investir em tecnologia, inovação, equipamentos e viaturas. Ele reafirmou ainda que não quer ter uma polícia para atender os interesses do governo, mas para a segurança da população. Hoje, segundo ele, o delegado que não atende o governador corre o risco de ser transferido de município. “Tivemos polícia de governo. Tivemos a polícia do Zeca e temos a polícia do André. Não podemos politizar a segurança”, afirmou.

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