Brasília – Ao término de mais uma sessão de análise de recursos dos réus do mensalão, nesta quinta-feira (22), os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitaram unanimemente os embargos apresentados pela defesa do ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, Delúbio Soares.
O petista requeria a redução de sua pena: oito anos e 11 meses por corrupção ativa e formação de quadrilha. Segundo o presidente da Suprema Corte, Joaquim Barbosa, ele agiu com “intuito procrastinatório com vistas de adiar ao máximo o início da execução do acórdão”.
O STF também rejeitou os embargos apresentados pelo ex-sócio do publicitário Marcos Valério, Ramon Hollerbach, condenado a 29 anos e sete meses de prisão. O único recurso aceito parcialmente foi o de Enivaldo Quadrado, dono da corretora Bonus Banval condenado a três anos e seis meses. Ele pedia que sua pena, por ser inferior a quatro anos, fosse convertida em medidas alternativas.
O julgamento retorna na próxima semana, quando os ministros julgarão os recursos impetrados pela defesa do publicitário Marcos Valério.
Sobre o mensalão – O mensalão foi um esquema de compra de apoio político orquestrado durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ocorrido no ano passado, o julgamento resultou na condenação de 25 pessoas, entre elas do ex-ministro José Dirceu, braço direito de Lula, do ex-presidente do PT José Genoino, do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) e do ex-tesoureiro petista Delúbio Soares.