PSDB – MS

Ademar Traiano

“O Brasil não suporta mais o PT”, por Ademar Traiano

ademar-traiano-foto-alpr-300x185Em junho de 2013 o PT foi varrido das ruas quando tentou se incorporar as passeatas com suas bandeiras estreladas e liderar os protestos que tomavam conta do país. Em 1º de Maio de 2014 o PT foi varrido dos comícios que celebravam o dia do trabalhador.

No 1º de Maio, petistas de alto coturno, como o ex-ministro Alexandre Padilha e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, foram escorraçados do palanque, debaixo de vaia e de latas de cerveja arremessadas no palanque. Detalhe muito significativo: o comício em que os petistas foram corridos era da CUT, o braço sindical do PT.

Os motivos para o brasileiro estar saturado com o PT e seus métodos de fazer política são abundantes. O país vem sendo governado, há 12 anos, por um partido que rasgou suas bandeiras. Que produziu corrupção numa escala nunca vista na história do país. Um partido que cultua corruptos condenados como se fossem heróis e mártires.

A compulsão por burlar as leis, por se colocar acima da lei, adotando comportamento marginal foi confirmada, mais uma vez, pela denúncia feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de que os mensaleiros estão tendo tratamento diferenciado, padrão FIFA, na penitenciária da Papuda.

O Distrito Federal é governado por um petista, Agnelo Queiroz, que vem desrespeitando pessoalmente as normas de isonomia que deveriam reger o cumprimento das penas dos mensaleiros recolhidos ao presídio da Papuda.

Os exemplos de desfaçatez, desonestidade, incompetência e corrupção do PT pululam. O PT se preparava para desmoralizar o IBGE, sonegando pesquisas que não interessavam ao ufanismo político do governo Dilma. Foi impedido por uma vigorosa reação dos funcionários do Instituto. O governo petista, que destroçou os fundamentos da economia, estava iniciando uma operação para ocultar os efeitos desse desastre mexendo nas estatísticas.

O PT, depois de 12 anos de poder, destruiu a herança de estabilidade econômica que herdou, abalou os bons fundamentos da economia, trouxe de volta a inflação. A inflação só é mantida no teto da meta porque os preços são represados. Depois das eleições virá um tarifaço.

Obras que fazem falta no Brasil são construídas em Cuba (um porto hipermoderno, enquanto os portos brasileiros estão sucateados), no Uruguai (que vai ajudar esvaziar os portos brasileiros de Rio Grande, Itajaí e Paranaguá) e na Bolívia (onde o PT financia uma rodovia que é usada para traficar cocaína para o Brasil).

O Brasil se envolveu em negócios desastrosos com a Venezuela (a Abreu e Lima: prejuízo de R$ 20 bilhões). A bússola da nossa política externa é ideológica e não tem mais qualquer foco no interesse nacional.

Depois do desastre da Petrobras de Pasadena, da Abreu e Lima, dos negócios mal explicados com fornecedores e doadores de campanha, surgem agora novas denúncias sobre negócios estranhos e que geraram grandes prejuízos em outros continentes.

A estatal foi infestada por quadros de enorme incompetência. Mas a cortina de incompetência é usada para encobrir rapinagens na empresa. Criticar o governo do PT, seus erros e trambiques, também é apontado como uma forma de não gostar do Brasil.

A reação do governo a bandalheira da Petrobras foi fazer mais anúncios promovendo a empresa. Nos palanques ensaia sacar do coldre a velha balela que os adversários querem privatizar a Petrobras.

O patriotismo, como asseverava Samuel Johnson, é o último refúgio de um canalha. Denunciar inexistentes intenções privatistas é o último refúgio de administrações petistas apanhadas com a boca na botija roubando a Petrobras em Pasadena, nos Estados Unidos; na Abreu e Lima, no Brasil; na Nigéria, em Angola, na Namíbia, na África; e em Okinawa, no Japão.

Ninguém mais aguenta essa lengalenga das elites perversas que querem impedir esse governo de trabalhadores de prosperar. Não é à toa que o Brasil se cansou do PT e está pronto para varrê-lo do mapa.

Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB do Paraná e líder do governo na Assembleia Legislativa.

“O ataque das hienas petistas”, por Ademar Traiano

Ademar-traiano-Foto-AL2-300x199A Petrobras está parecendo com um velho elefante atacado por uma alcateia de hienas famintas que arrancam nacos do animal, ainda vivo indefeso.

Mesmo com a boca cheia de pedaços sangrentos do animal agonizante, as hienas petistas não sossegam. Elas viram raivosas para quem assiste horrorizado à cena e rosnam: “Estão tentando privatizar esse elefante! Ele é do povo!”.

Uma hiena loira de nariz arrebitado, casada com uma gran-hiena, um dos líderes do ataque ao paquiderme público, assegura: “Está tudo normal! Não há motivo algum para uma CPI! Estão tentando fazer política eleitoral com uma situação absolutamente normal”.

Quando se vê a maior estatal brasileira sendo saqueada, mergulhada num poço sem fundo de incompetência, corrupção e roubalheira pura e simples todos os brasileiros de boa fé ficam assustados.

Mas o quadro pode ser ainda mais grave que parece. Os petistas, que se lambuzaram nos escândalos da Petrobras, também estão destruindo a matriz energética brasileira a golpes de corrupção e incompetência.

O PT, sob Lula e Dilma (que comanda o setor energético desde 2003, primeiro como ministra de Minas e Energia, depois como presidente do Conselho da Petrobras, agora como presidente que se mete em tudo), produziu estragos que levarão décadas para ser remediados.

Os estragos, que atingem toda a matriz energética brasileira, são mais profundos que o pré-sal e só serão conhecidos em sua totalidade quando o PT for varrido do poder.

Em 2013, Dilma teve um surto de populismo e desorganizou todo o setor elétrico brasileiro. Derrubou o valor de mercado das companhias elétricas, espantou investidores e colocou o país a beira de um apagão.

O circo de horrores, provocado por uma combinação letal de incompetência e rapina, não termina nunca. Em junho de 2013 descobriu-se que os caríssimos parques eólicos instalados no Nordeste, bancados com dinheiro público, não iluminavam uma única casa.

 

Tudo porque o governo financiou a construção de geradores movidos a vento, mas esqueceu de construir as linhas de transmissão. Juntos os parques teriam capacidade de produzir 1.286 megawatts de energia, o suficiente para abastecer 2,3 milhões de residências. Atualmente não iluminam nada, exceto a incompetência do PT.

O PT, que além de quebrar a Petrobras, desorganizou as hidrelétricas e devolveu ao vento a energia gerada pelos parques eólicos, está também destruindo a estratégica indústria do etanol.

O etanol é uma fonte de energia que o Brasil dominava e mantinha liderança mundial. Foi abandonado à própria sorte pela miragem do pré-sal.

Nas últimas cinco safras, 44 das 384 usinas do país fecharam. Das sobreviventes, 33 estão em recuperação judicial e 12 não vão moer cana este ano. Oitenta mil pessoas foram demitidas. O setor não consegue conviver com a incompetência e combustível fóssil subsidiado e com preços congelados.

E o brasileiro ainda é obrigado a ouvir do PT aquela velha lenga-lenga em defesa das estatais, como se quem criticasse o aparelhamento político, a incompetência gerencial, e o roubo das empresas públicas brasileiras fosse “neoliberal” ou “privatista”.

Esse discurso sem-vergonha já está em curso. Começou na reunião da Executiva do PT no último dia 10 em que se aprovou uma “resolução em defesa da Petrobras”, como se as maiores ameaças à empresa não viessem justamente do PT.

O cinismo em “defesa da Petrobras” de um partido que comprou por US$ 1,3 bilhão uma refinaria que valia US$ 42 milhões, que levou um trambique de US$ 20 bilhões de Hugo Chávez na Abreu de Lima, que tem diretores presos por roubo transparece nesse trecho particularmente repulsivo da nota do PT: “O PT assume a defesa incondicional da Petrobrás e adverte: quem agride a Petrobrás, agride o Brasil”.

Diretor da Petrobras nomeado pelo governo do PT, “o defensor incondicional da Petrobras”, está preso em Curitiba por roubar a empresa. O homem que conduziu a negociação, que deu um prejuízo de US$ 1,2 bilhão foi premiado com uma diretoria na BR Distribuidora. Só foi demitido quando o megaprejuízo virou notícia na imprensa.

Quem agride o Brasil, a Petrobras, e as nossas empresas públicas é o PT. A questão é saber até quando o brasileiro vai tolerar calado todo esse cinismo, todas essas agressões e todo esse roubo.

Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB do Paraná e líder do governo na Assembleia Legislativa

“As ligações perigosas de Gleisi Hoffmann”, por Ademar Traiano

ademar-traiano-foto-alpr-300x185Se o caso do doleiro Alberto Youssef tiver desdobramentos políticos mais graves para o deputado André Vargas (PT), quem sofrerá as maiores consequências será a senadora Gleisi Hoffmann. Vargas seria uma grande baixa na campanha da senadora ao governo do Paraná. Sem o deputado, Gleisi perderá seu operador mais importante.

O grupo político de Gleisi Hoffmann é conhecido, no Paraná, como a “República de Londrina”. É integrado por políticos que nasceram em Londrina ou fizeram carreira política naquela cidade. É um grupo de petistas com grande poder de fogo. Entre eles o ministro Paulo Bernardo, marido de Gleisi, o ministro Gilberto Carvalho, secretário da Presidência, e André Vargas, vice-presidente da Câmara Federal.

Auxiliares e aliados complicados não são novidade para Gleisi. O blogueiro da Veja, Augusto Nunes, chama atenção para esse detalhe. Comentando que a senadora vem tentando melar a CPI da Petrobras, introduzindo na pauta temas estranhos ao inquérito, uma tentativa tosca de amedrontar adversários políticos do PT, fez uma contraproposta fulminante: “Já que pretende investigar tudo na CPI da Petrobras, Gleisi Hoffmann deveria começar pelo ex-assessor acusado de pedofilia, que levou para a Casa Civil e encarregou de cuidar das políticas federais para menores.”

As ligações de Gleisi e André Vargas são antigas e profundas. Numa operação de financiamento de campanha para deputado federal do marido de Gleisi, Paulo Bernardo, na década de 90, Vargas, que era coordenador da campanha de Bernardo – segundo revela reportagem da Globo-RPC/TV -, teve de enfrentar desdobramentos judiciais por suposta prática de caixa dois.

Quando Gleisi deixou a Casa Civil para voltar ao Senado, André Vargas comemorou com empolgação o reforço às fileiras do PT no Congresso. ”Agora, ela ficará mais livre para fazer o contraponto ao governador na questão dos empréstimos”.

O deputado tinha lá suas razões para estar feliz. No Senado Gleisi exerceu o papel que Vargas esperava dela e até deve ter superado suas expectativas. Defendeu com ferocidade os interesses do PT e insistiu na estratégia de prejudicar ao máximo o Paraná para tentar facilitar o projeto petista de tentar ganhar as eleições em outubro.

O jogo baixo, típico do PT, aliás, sempre foi a marca de Gleisi no Senado e na Casa Civil. Embora ela tenha sido eleita em 2012, vendida por marqueteiros como uma figurinha doce, logo se viu que essa imagem não passava de um disfarce para vencer a resistência histórica do paranaense ao PT.

A máscara caiu quando Gleisi foi nomeada para a Casa Civil e começou a agir abertamente contra o Paraná na expectativa de criar dificuldades para o governador Beto Richa e assim viabilizar seu projeto político pessoal e do PT de tomar o governo do estado.

Gleisi jogou pesado contra o Paraná na Casa Civil e prosseguiu jogo bruto no Senado. Na Casa Civil perseguiu o Paraná, bloqueou empréstimos, vetou investimentos e se intrometeu até para impedir audiências entre o governador Beto Richa com a presidente Dilma Rousseff. Na volta ao Senado, uma surpresa. Gleisi está conseguindo ser pior senadora do que foi ministra. No Senado, Gleisi articulou, por exemplo, contra o projeto que reduz a dívida dos estados, fundamental para as finanças do Paraná.

No Senado não se limita a jogar contra o Paraná. Sua ação é também contra o que querem e o que pensam os brasileiros. Gleisi foi peça chave para derrubar a PEC que reduzia a maioridade penal para crimes hediondos. Fez isso apesar de saber que 93% dos brasileiros são a favor da redução da maioridade. Graças a Gleisi – que seguiu a cartilha do PT – os menores que cometem atrocidades têm certeza que continuarão a pegar, no máximo, três anos de recolhimento e que, tão logo sejam soltos, terão suas fichas criminais apagadas para que suas futuras vítimas não tenham a menor chance de defesa.

A afinidade de Gleisi com André Vargas foi demonstrada em outro episódio constrangedor. Enquanto o deputado fazia um gesto desaforado com o punho cerrado para afrontar o ministro Joaquim Barbosa na Câmara, Gleisi atacava Joaquim Barbosa no Senado, questionando a legitimidade de suas decisões.

Ao fim e ao cabo, a ação dos dois petistas tem o mesmo objetivo e idêntico sentido. Defendem e demonstram solidariedade aos mensaleiros condenados por corrupção e aos métodos do PT de fazer política.

Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB do Paraná e líder do governo na Assembleia Legislativa

“A noite dos mortos-vivos”, por Ademar Traiano

Ademar-Luiz-Traiano-Foto-Divulgacao-ALPR--300x195O governo Dilma Rousseff se parece, cada vez mais, com um filme de terror. Daqueles, tipo “A Noite dos Mortos-Vivos”, cheios de zumbis que andam, com os braços estendidos, desengonçados e assustadores pelas ruas, carregando sua maldição e sua desgraça.

O mais novo morto-vivo petista é a credibilidade internacional do Brasil. A agência de risco Standard & Poors, rebaixou a nota do Brasil de BBB para BBB-. Mais uma queda e o país perde o “grau de investimento” e nossos papéis caem para a categoria “junk” (“lixo”). A Petrobras, a Eletrobras e mais uma penca de bancos e empresas também tiveram suas notas rebaixadas.

A avaliação das agências de risco determina o quanto o Brasil vai pagar de juros para colocar seus papéis no mercado e influencia a decisão de investidores de aplicar seu dinheiro. O Brasil foi rebaixado devido à lambança nas contas públicas, a perspectiva de baixo crescimento, a piora no déficit nas transações com o exterior e, por último, mas nem por isso menos importante, pela decisão de Dilma de esconder esses desastres com ridículas maquiagens contábeis.

O morto-vivo mais vistoso do PT é a Petrobras, nossa maior estatal, que sofre horrores indizíveis submetida a incompetência e a corrupção petista. Entre os escândalos está a compra, por US$ 1,2 bilhão, de uma refinaria em Pasadena, no Texas, que o vendedor havia adquirido por módicos US$ 42,5 milhões.

A Petrobras também levou um “beiço” de US$ 20 bilhões de Hugo Chávez. O falecido caudilho venezuelano convenceu Lula a construir uma refinaria, a Abreu e Lima, em Pernambuco em parceria com a Venezuela. Chávez ficou de bancar metade da obra, mas nunca colocou um centavo de bolívar.

A estatal enfrenta ainda denúncias de propina na compra de plataformas de petróleo e teve diretores presos pela Polícia Federal. Por mais assustadores que sejam os escândalos de Pasadena e da Abreu e Lima eles ainda são modestos perto do conjunto da obra. A Petrobras está hoje muito mais morta do que viva.

Dilma obriga a Petrobras, que virou cabide de emprego dos ‘companheiros’, a vender combustíveis a preços defasados para segurar a inflação e a comprar equipamentos de fornecedores locais mais caros que no exterior.

A Petrobras é forçada ainda a importar gasolina e diesel, porque a autossuficiência nunca passou de uma bravata de Lula. Como vende aqui mais barato do que compra lá fora é uma das poucas petroleiras do planeta que perde dinheiro quando o preço do petróleo sobe.

Em 2009, a empresa estava em 12º lugar entre as maiores do mundo; há um ano, caiu para 48º lugar e, agora, em 2014, ocupa a 120º posição. Em apenas cinco anos a Petrobras perdeu 73% de seu valor de mercado. Vale hoje US$ 76,9 bilhões, menos de um terço dos US$ 286,5 bilhões que valia em 2008. Um terror.

Outro zumbi petista, que perambula por aí, em péssimo estado de conservação, é o conceito gerencial da presidente Dilma Rousseff. Vendida por Lula, o falastrão, como uma gerente insuperável e uma técnica incomparável, ela vai de fracasso em fracasso sem perder o entusiasmo pelo erro.

Dilma era a presidente do Conselho da Petrobras quando aconteceu o desastre de Pasadena. Nada fez para impedir o desastre da Abreu e Lima. Também é responsável pelas catástrofes que afetam nossa economia, pela inflação, pela opção fatal pelo populismo tarifário na energia elétrica, por espantar os investidores com seu mandonismo ridículo.

Outros zumbis que desfilam pelas ruas assustando as pessoas são os que representam o apodrecimento ético do PT. São os zumbis mais antigos de todos. Desde 2005, quando explodiu o mensalão, maior escândalo de corrupção da história da República, que eles andam dando sustos nos incautos. Os maiores símbolos dessa falência ética são os zumbis mensaleiros que cumprem pena na Papuda.

Os zumbis petistas têm dois aliados trapalhões. Um deles é o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, também conhecido como o maquiador-geral da República. Ele tenta fazer que os zumbis pareçam gente vendendo saúde. Até agora, não enganou ninguém.

No Senado, o trabalho de disfarçar o estado de putrefação dos zumbis petistas foi dado à pobre senadora Gleisi Hoffmann que, apesar de seus esforços loucos (brecou a redução da maioridade penal, atacou o ministro Joaquim Barbosa para defender os mensaleiros, disse que a crise da Petrobras não era tão grave assim…), não tem dado conta do recado. A cada intervenção de Gleisi a situação do governo só piora.

No final das contas, o grande zumbi que perambula pelas ruas do Brasil talvez seja o próprio petismo. E um zumbi, como se sabe, é uma criatura que já morreu, mas ainda não se deu conta disso.

*Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB do Paraná e líder do governo na Assembleia Legislativa.

“Maria Antonieta e a Petrobras”, por Ademar Traiano

ademar-traiano-foto-alpr-300x185Domingo passado o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso comentou, em um artigo, a escandalosa foto em que a presidente Dilma Rousseff aperta a mão de Lula na biblioteca do Palácio da Alvorada. Os dois estão cercados por marqueteiros e comandantes da campanha de reeleição de Dilma, num evidente uso de prédio público para campanha eleitoral antecipada e ilegal.

FHC, com a elegância costumeira, nem questionou a ilegalidade da cena, limitou-se a estranhar os sorrisos exuberantes exibidos por todos. Parecia cena de um país sem problemas. “Não estariam a repetir a velha história de Maria Antonieta na Revolução Francesa?” Indagou. Maria Antonieta, rainha da França durante a Revolução Francesa, como se sabe, ao descobrir que o povo estava revoltado porque faltava pão, teria indagado: “Por que não comem brioches?”

Pois bastou invocar Maria Antonieta, maior Barbie do Século XVIII, padroeira dos sem noção, para que surgisse a senadora Gleisi Hoffmann, questionando FHC. ”Não me passaria pela cabeça que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pudesse iniciar um artigo de opinião censurando o sorriso de alguém”, indignou-se Gleisi, que ultimamente está se especializando em recitar um dicionário de maravilhas a respeito dos governos petistas.

Gleisi, que até a pouco integrou o ministério que levou o país a beira do racionamento de energia, e sofrer a ameaça de ter a nota rebaixada pelas agências internacionais de classificação de risco, não sabe o que diz. O Brasil, que já integrou o grupo dos emergentes promissores, os BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China), hoje está na lista dos “cinco frágeis” (Brasil, Turquia, Indonésia, Índia e África do Sul), considerados passíveis de dar calote nos credores. Como se vê, não há nenhum motivo para tanto riso, tanta alegria.

Se os petistas se preocupassem com a situação da Petrobras, então, seria o caso de chorar. Nos últimos 12 meses a estatal perdeu 34,4% do seu valor. A estatal aparelhada pelo PT que, cinco anos atrás, figurava entre as dez maiores empresas do mundo está hoje na 121º posição. Uma ação da Petrobras hoje, depois de 11 anos de PT, vale menos que valia no início do século. A dívida da empresa aumentou 50% no ano passado.

A Petrobras chegou a esse ponto tenebroso pela insistência do governo Dilma de usar a estatal como instrumento de política econômica, represando os preços dos combustíveis para conter a inflação. Com isso levou a empresa para uma situação absurda. Quanto mais vende mais prejuízos tem. A Petrobras compra petróleo no exterior (US$ 16,5 bilhões por ano) e vende aqui abaixo do preço que pagou. Segunda-feira, 10, a Petrobras vendeu títulos da dívida em dólar e arrecadou US$ 8,5 bilhões. Nossa maior estatal está aumentando o tamanho do rombo do caixa para garantir capital de giro. A notícia derrubou ainda mais as ações da estatal.

O endividamento da Petrobras decorre também de um programa de investimento gigantesco que se torna insustentável pela decisão de manter os preços dos combustíveis artificialmente baixos. Em se tratando de administração petista, também é preciso considerar, para entender o estado da empresa, o fator corrupção. Um esquema envolvendo a holandesa SBM Offshore e a Petrobras em propinas milionárias para a construção de plataformas marítimas foi denunciado pela revista Veja.

A Petrobras também atolou US$ 1,2 bilhão na compra de uma refinaria no Texas que o vendedor havia adquirido por US$ 42,5 milhões. “As investigações se encaminham para confirmar que a compra da refinaria de Pasadena é um dos contratos mais escandalosos da Petrobras”, diz para a Veja o procurador Marinus Marsico, do Ministério Público Federal.

O jornalista Vinicius Torres Freire analisa, na Folha de S. Paulo, esse desastre do PT. “A Petrobras foi transformada numa seção do departamento estatal de controle de preços. O governo subsidia o combustível ao custo da saúde financeira da empresa. Como agora todo mundo sabe, tal subsídio, além de maquiar a inflação, provoca desastres em cadeia. O subsídio incentiva o consumo de gasolina, o que, além distorcer a alocação de recursos, cria prejuízos ambientais”.

Gleisi Hoffmann não vê nada disso. Tal qual uma moderna Maria Antonieta, só enxerga virtudes na administração petista e ataca o ponderado artigo de FHC com brioches retóricos que confirmam todo o seu alheamento da realidade nacional.

*Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB do Paraná e líder do governo Beto Richa na Assembleia Legislativa.

“A nova musa do mensalão”, por Ademar Traiano

ademar-traiano-foto-alpr-300x185O PT não consegue virar a página do mensalão. Empacou no escândalo como se fosse um disco de vinil riscado que toca sempre o mesmo trecho. Os petistas não só não assumem os crimes cometidos pelos mensaleiros como insistem em tentar provar, pateticamente, que o mensalão nunca existiu.

Quem se integrou a essa cruzada infeliz foi a senadora e ex-ministra Gleisi Hoffmann, escalada para atacar o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, para defender os mensaleiros. Sempre com a tese absurda que o mensalão – o maior escândalo de corrupção da história da República – não existiu e tudo não passa de uma trama diabólica da “direita”.

Os ataques a Joaquim Barbosa são particularmente graves. O presidente do STF se tornou uma referência positiva para os brasileiros de bem. O ministro é um dos responsáveis por fazer o brasileiro voltar a acreditar em seu sistema Judiciário. Barbosa acusou e conseguir condenar um grupo de poderosos envolvidos em um grave ataque a democracia, levado a cabo com crimes de lavagem de dinheiro, corrupção e peculato. Pela ousadia Barbosa se tornou alvo dos ataques mais baixos já dirigidos a um magistrado no país.

Ao se unir ao coro dos que tentam aviltar Barbosa, Gleisi Hoffmann mancha sua biografia – já maculada pela perseguição sem trégua que move contra o Paraná. “É um dia triste, triste sim, para a democracia brasileira por conta das declarações do senhor presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa”, disse Gleisi, tentando transformar os criminosos em heróis e o juiz em réu.

A postura adotada pelo PT e por Gleisi no episódio do mensalão desmascara a face mais sombria da legenda. O partido, que chegou ao poder prometendo uma revolução ética na política, revela que a mudança que prometia era movida a corrupção e que seu projeto de Estado se limita a manutenção e ampliação do poder a qualquer preço.

Diz tudo sobre o PT e sua natureza o fato da senadora ter se juntado ao coro histérico dos que atacam o ministro com base em sofismas e em tentativas mal disfarçadas de desqualificação. O PT alega, cinicamente, que o julgamento do mensalão foi “político” e as acusações são “fictícias”.

O PT não explica os R$ 173 milhões em dinheiro público desviados pelos mensaleiros, mais de R$ 100 milhões só de um fundo do Banco do Brasil. A realidade do mensalão, no entanto, atropela a narrativa fantasiosa elaborada pelos petistas. Eles não se atrevem a tentar explicar, por exemplo, como um dos operadores financeiros do mensalão, o petista Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil, preso na Itália com documentos falsos, comprou tantos imóveis na Espanha. Teria feito essas aquisições milionárias com euros “fictícios” sacados de uma conta secreta “política”?

O ex-procurador geral da República, Roberto Gurgel, fulmina a tentativa do PT de negar o mensalão: “O julgamento do mensalão já se iniciou com elementos concretos de prova de sua existência, materialidade e autoria. E somente foram levados aos autos acontecimentos sobre os quais havia alguma prova inicial. Logo, o falacioso argumento de que o crime não existiu e de que não havia provas para condenação caracteriza-se como retórica vazia, sustentada por má-fé de quem o profere e propaga”.

Ao tentar reescrever a história do mensalão, Gleisi e os cartolas do seu partido estão na contramão do que pensa o brasileiro. Entram em choque até com a convicção estabelecida entre os simpatizantes do próprio PT, que não têm dúvidas de que o partido cometeu crimes graves e que os responsáveis devem ser punidos. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha revela que 86% dos brasileiros apoiaram a decisão de Joaquim Barbosa de mandar prender os mensaleiros. Entre os entrevistados que se dizem simpatizantes do PT esse índice é ainda maior que a média: 87%.

O ingresso da senadora Gleisi na ala das petistas que negam o mensalão e atacam o juiz para defender os condenados a coloca em uma lamentável galeria do PT. A senadora está agora ao lado de figuras como Ideli Salvatti e Ângela Gaudagnin, na disputa do título de musa do mensalão.

Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB do Paraná e líder do governo Beto Richa na Assembleia Legislativa.

“A falência do pacto federativo”, por Ademar Traiano

ademar-traiano-foto-alpr-300x185O modo petista de fazer política, que se baseia na absoluta falta de limites e na total ausência de escrúpulos, produz inúmeras consequências nefastas. Entre elas a de enterrar em cova rasa o que restava do pacto federativo brasileiro. Os sinais de que a situação chegou a um ponto crítico são cada vez mais flagrantes.

O caso do Paraná é extremo e exemplar. Uma troika de ministros petistas paranaenses – Gleisi Hoffmann, Paulo Bernardo e Gilberto Carvalho – obcecados com a ideia de tomar o governo do estado, tenta levar as finanças estaduais a uma situação de asfixia financeira.

O ataque petista ao Paraná foi tão violento que só não inviabilizou o estado por causa da vitalidade econômica e da boa gestão que – apesar de todas as sabotagens e o terrorismo econômico que sofre – produz resultados e indicadores econômicos muito superiores aos da média brasileira.

O Paraná teve empréstimos negados, foi excluído de programas federais e até de audiências com a presidente. Exemplo dramático e inquestionável de discriminação foi o dinheiro do Proinveste (R$ 817 milhões). Empréstimo que todos os estados brasileiros receberam sem problema e o Paraná precisou recorrer ao STF para liberar.

Mesmo com a determinação judicial o governo federal continua criando embaraços se amparando em picuinhas e firulas para retardar a liberação do dinheiro. A Secretaria do Tesouro Nacional cobra do Paraná uma nova certidão (mais uma!) do Tribunal de Contas do Paraná. O resultado de todas essas manobras é que os recursos, que deveriam ser liberados esta semana, podem ficar retidos até março.

Como sempre, a corda arrebenta do lado mais fraco. Os ataques ao Paraná do grupo Gleisi Hoffmann (hoje de volta ao Senado, onde continua agindo contra o Paraná, sempre de olho em seu projeto pessoal de candidata petista ao governo) não param. Os petistas miram o governador, mas acertam em cheio o povo do Paraná e não se importam com isso. Que burocratas situados em altos escalões tenham o poder de fazer o que fazem os petistas com nosso estado é uma evidência que o pacto federativo tem que ser revisto.

A revisão do pacto federativo brasileiro é uma tese defendida pelo presidenciável tucano Aécio Neves e pelo governador Beto Richa. É preciso reequilibrar o sistema, aumentar a autonomia dos estados e municípios para evitar a peregrinação vergonhosa de governadores e prefeitos ao Planalto em busca de recursos, que são seus por direito, em um sistema que lembra os rituais medievais de “vassalagem”, dos “súditos” perante o “soberano”.

O Paraná não aceita e nem pode ser tratado como um estado-pedinte. Respondemos por 5,9% do PIB e 5,5% do ICMS brasileiros e recebemos em troca menos de 4% do montante total de transferências para os estados realizadas pelo governo federal. O estado é o 5º que mais contribui com receitas para a União, mas está 23° lugar no ranking nacional de repasses federais per capita. Em 2013 o Paraná recebeu R$ 612,00 por habitante, enquanto cada paranaense contribuiu com R$ 1.514,00 para a União.

O caso paranaense é extremo, mas os desequilíbrios são gerais. A carga tributária é concentrada na União (69%), sobrando 25,2% para os estados e 5,8% para os municípios. O aumento da carga, de pouco mais de 25% do PIB, na década de 1990, para cerca de 36% do PIB atual, foi realizado com base em penduricalhos (PIS, COFINS, IOF, CPMF) que não são partilhados com estados e municípios.

Além disso, o governo federal reduz deliberadamente a base do FPE, ao fazer uso do IPI para estimular o consumo em detrimento do investimento. Sem contar a continência com o chapéu alheio representada pela redução da tarifa de energia elétrica, comprimindo a principal fonte de arrecadação de ICMS do Paraná.

É necessário o restabelecimento do pacto federativo. Enquanto nas décadas de 1960 e 1970, o pacto compensava o predomínio econômico do Sudeste mediante o repasse de incentivos fiscais para o Nordeste, e nos anos 1980 e começo dos 1990 se resumia à “política dos governadores”, hoje está restrito à ação e intermediação política da Bahia, do Maranhão, do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro.

Os desequilíbrios do pacto permitem que mal-intencionados colocados em posições chaves provoquem prejuízos imensos aos cidadãos brasileiros. Não é aceitável que os entes federados possam sofrer tamanhos prejuízos por conta de ações alopradas com motivação política.

*Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB e líder do governo Beto Richa na Assembleia Legislativa.

“Gleisi Hoffmann, um balanço negativo”, por Ademar Traiano

ademar-traiano-foto-alpr-300x185Gleisi Hoffmann está de saída da Casa Civil e já é possível fazer um balanço de sua passagem pelo ministério. Um balanço necessário porque ela se coloca como candidata ao governo do Paraná e deveria ter exibido no cargo as credenciais para sustentar sua pretensão. Infelizmente o balanço está longe de ser positivo.

Citarei, ao acaso, algumas avaliações de jornalistas nacionais. A analista política Tereza Cruvinel resumiu a ministra Gleisi Hoffmann com o adjetivo “anódina” (desimportante, irrelevante), ou seja, sem estofo para o cargo. A jornalista da Globo formulou um dos julgamentos mais amenos sobre Gleisi.

O jornalista Luís Nassif foi mais severo. Depois de destacar a importância que a Casa Civil costumava ter na condução da administração federal, observou que Gleisi apequenou o cargo. “Esbarrou em duas vulnerabilidades: a falta de pique operacional e a falta de informação básica sobre temas contemporâneos”.

Nassif denunciou ainda as manobras sorrateiras de Gleisi para por em prática o plano do PT de deslocar os alunos portadores de necessidades especiais das Apaes para escolas convencionais: “A Ministra Gleisi comanda um retrocesso, que vai contra todas as diretrizes da ONU e dos modernos estudos sobre inclusão, atropela a luta de anos para aprimorar a inclusão de deficientes”.

Vinicius Torres Freire, colunista econômico da Folha de São Paulo, sugeriu que Gleisi padece de uma forma aguda do infantilismo ideológico combinado com despreparo. Citou como exemplo a ameaça brandida pela ministra de abrir o mercado aéreo para empresas estrangeiras no período da Copa do Mundo.

“Gleisi, em última análise, ameaçou as empresas aéreas brasileiras com competição, subtexto tão evidente da entrevista que a coisa virou piada até nas redes sociais. Além de anunciar um remendo que por si só denuncia um descalabro, mais uma vez um ministro aparece com uma ideia apressada e sem fundamentação técnica elementar”.

Uma síntese do pensamento vivo de Gleisi Hoffmann aparece em outro episódio revelador. Quando se arquivou, por inviável, o trem-bala, que deveria ser a marca do governo Dilma, descobriu-se que o governo federal havia torrado R$ 1 bilhão em projetos inúteis. Questionada sobre esse monumental desperdício de dinheiro público Gleisi produziu uma pérola: “faz parte de um processo de aprendizado nosso e também dos investidores brasileiros”.

A essas avaliações negativas se somam escândalos, escolha desastradas de auxiliares. Gleisi só se destacou no uso da máquina oficial para campanha política antecipada e ilegal. Fato registrado pelo jornal O Globo em matéria sobre uso abusivo de jatinhos da FAB. “De todos os ministros candidatos, a maior ofensiva tem sido da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann”, diz o jornal.

Se a inadequação e falta de qualificação de Gleisi para o cargo foi reconhecida de forma quase unânime, o mesmo não se pode dizer de sua capacidade de agir contra os interesses do Paraná de olho em seu projeto político de governar o Estado. Nessa prática nefasta de prejudicar seu Estado Gleisi foi muito eficiente.

O Paraná nunca sofreu tantos prejuízos e foi tão discriminado quanto nos últimos três anos, quando três ministros egressos do PT do Paraná (Gleisi, o marido Paulo Bernardo e Gilberto Carvalho) foram instalados em ministérios em Brasília. Eles jogaram pesado contra os interesses do Estado em todos os campos o tempo todo.

Durante a passagem de Gleisi Hoffmann na Casa Civil a discriminação histórica contra o Paraná atingiu patamares inéditos. O Estado foi perseguido com a negativa de empréstimos, o governador do Paraná teve negado por meses uma simples audiência com a presidente da República. O Paraná é o único Estado brasileiro que não recebeu recursos do Proinveste – Programa de Apoio ao Investimento de Estados e do Distrito Federal, lançado em 2012, para combater os efeitos da crise de 2008. Todos Estados brasileiros receberam esses recursos. Todos, menos o Paraná.

Gleisi se empenhou pessoalmente para impedir que o Paraná tivesse acesso a esses recursos. Com uma infinidade de pretextos, todos eles sem qualquer fundamento real, o governo do Estado não é autorizado a tomar empréstimos. O Tesouro Nacional bloqueia empréstimos ao Paraná há mais de dois anos, causando prejuízos enormes ao desenvolvimento do Estado, impedindo investimentos em setores vitais, como saúde, segurança e educação.

Jogar contra o Paraná, não importando os estragos e prejuízos, desde que possa gerar benefícios ao projeto político pessoal e ao partido, é uma aposta típica do PT. É o modo petista de agir. É um estilo de fazer política do qual o Brasil precisa se livrar e que o Paraná não precisa conhecer.

 

*Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB e líder do governo Beto Richa na Assembleia.

“O leilão dos aloprados” por Ademar Traiano

traiano-300x200O campo de Libra, a maior área de petróleo já descoberta no Brasil, um dos maiores campos do mundo, foi passada nos cobres pelo governo do PT pelo preço mínimo. Bônus de R$ 15 bilhões e devolução de 41,65% do petróleo que vier a ser produzido. Privatizar é bom, mas não se deve privatizar de forma burra.

O governo esperava 40 concorrentes Apareceu um único consórcio. Ágio zero. Mas o leilão foi comemorado de forma delirante por Dilma Rousseff que, ao fim, já temia resultado ainda mais desastroso: interessados zero.
Por que motivo, em um mundo sedento por petróleo o leilão de Libra só despertou interesse de um único grupo que ainda obrigou a Petrobras – tecnicamente falida- a assumir 40% do empreendimento, 10% além do percentual obrigatório de 30%? Menos que um leilão, o que aconteceu em Libra lembra mais uma formação de cartel.

A razão da ausência de mais interessados em Libra é simples: o governo Dilma vem introduzindo insegurança jurídica, infiltrando confusão e incompetência em todos os negócios em que se envolve. O Brasil do PT, movido por ideologia jurássica, voluntarismo demente e ausência total de bom senso, assusta os investidores.

Ao ter de assumir 40% de Libra, para haver negócio, a Petrobras terá de pagar R$ 6 bilhões dos R$ 15 bilhões de bônus do governo. Esse desembolso será mais um golpe duro na empresa, que já carrega uma dívida gigantesca. A Petrobras é, hoje, a empresa mais endividada do mundo, segundo dados do Bank of America Merril Lynch.

O PT conseguiu o prodígio de levar uma companhia petrolífera às portas da bancarrota. Aparelhou a Petrobras como cabide de empregos para companheiros, usou a empresa para tentar conter a inflação e aumentar a popularidade da presidente. Tudo isso gerou uma situação absurda. Quanto mais petróleo vende, mais prejuízos a Petrobras têm.

Sob a gestão do PT a Petrobras viu seu endividamento saltar para inacreditáveis R$ 176 bilhões. Seu valor de mercado despencou 34% e a empresa passou a enfrentar dificuldades de caixa para bancar seu plano de investimentos de R$ 236,5 bilhões entre 2013 e 2017. As dívidas da empresa foram rebaixadas pela agência de rating Moody’s e, para garantir caixa, ela tem vendido ativos. O proclamado amor petista as empresas públicas levou nossa maior estatal a insolvência.

Pouco depois do leilão de Libra um pronunciamento típico de campanha eleitoral, ilegal e fora de época, Dilma Rousseff enumerou benesses celestiais que o leilão do campo de Libra traria ao país. Tudo maravilhoso. O problema é que tais cálculos se baseiam em uma estimativa sobre os preços do petróleo nos próximos 35 anos! É um exercício de futurologia a que o próprio Nostradamus, que era do ramo, se envolveria com cautela.
Mudanças importantes podem acontecer num período tão longo. Desde a descoberta de novas grandes reservas petrolíferas em outros lugares do planeta (o que derrubaria os preços e tornariam o pré-sal, de extração caríssima, antieconômico) até mudanças na matriz energética mundial que poderiam reduzir a importância do petróleo.

De todo aquele dicionário de maravilhas exposto por Dilma à única coisa segura para os cofres públicos são os R$ 15 bilhões de bônus. Desses, R$ 6 bilhões vão sair dos combalidos cofres da Petrobras. Uma empresa que está precisando de socorro financeiro do Tesouro para não quebrar. Assim, boa parte do dinheiro que está entrando nos cofres da União por uma porta, pode sair por outra.

No governo do PT, tudo transita entre a incompetência e o desastre. O trem-bala, que deveria ser a marca registrada do governo Dilma, foi engavetado depois de consumir R$ 1 bilhão em projetos. Não apareceu nenhum interessado em tocar esse delírio. A ministra Gleisi Hoffmann, com a costumeira desfaçatez, afirmou que incinerar R$ 1 bilhão valeu a pena. “Faz parte de um processo de aprendizado nosso e também dos investidores brasileiros”.

As confusões empacaram o PAC da Mobilidade, que deveria tocar milhares de quilômetros de estradas do país. A ideologia e as trapalhadas também emperraram a privatização dos portos e aeroportos. São feitos leilões onde não aparece nenhum interessado. A ministra Gleisi diz que o modelo não vai mudar. O PT está certo, é o mundo que está errado

A transposição do rio São Francisco, anunciada por Lula em março de 2004, estaria pronta em meados de 2006. Em dezembro de 2010 Lula garantiu seria inaugurada em 2012. Nove anos depois nem uma gota de água chegou até nenhum dos 12 milhões de sertanejos que seriam beneficiados. Segundo levantamento produzido pela Folha de S. Paulo, a obra avançou 1% no ano passado. Se mantiver esse pique levará mais de 50 anos para ser concluída.

Os delírios regulatórios do governo do PT chegaram a Paranaguá onde o governo do PT, com Gleisi à frente, quer inviabilizar nosso porto. Um parecer da Procuradoria Federal na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo, revela que até o próprio governo questiona os projetos desastrosos de Gleisi para Paranaguá.

O parecer aponta uma série de “inconsistências”, “falhas”, “omissões” e “precariedade” nos planos do governo para Paranaguá. O governo do Paraná terá de ir a Justiça para salvar o Porto dos aloprados do PT.

Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB e líder do governo Beto Richa na Assembleia Legislativa.

“Gleisi quer destruir Paranaguá”, por Ademar Traiano

traiano-300x200O Paraná nunca teve tantos ministros em cargos importantes no governo federal. Em lugar de uma boa notícia, essa situação virou um problema Como se fosse uma piada de humor negro, nunca o Estado passou por tantos problemas na sua relação com Brasília.

Os ministros paranaenses (Gilberto Carvalho, Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann) são petistas obcecados com o poder custe o que custar. Não se importam de prejudicar o Paraná com suas ações e causam danos ao Estado sem perder um minuto de sono.

A última investida contra o Paraná é de Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, que está com a ideia fixa de destruir o Porto de Paranaguá e entregá-lo a grandes multinacionais. A proposta, da Secretaria de Portos (SEP), bancada por Gleisi, formulada pela EBP (empresa com ligações nebulosas com o petismo) para o arrendamento de áreas no Porto de Paranaguá, é tão desastrosa que seus efeitos só podem ser comparados às catástrofes sofridas por países que convivem com tsunamis ou terremotos de grande magnitude.

Se o projeto de Gleisi Hoffmann for adiante – o Paraná pretende questioná-lo na Justiça – vários projetos e investimentos importantes ficariam em risco ou seriam simplesmente fulminados. As cooperativas e os produtores rurais seriam varridos do Porto com graves consequências para o agronegócio.

Para se ter uma dimensão do desastre, basta citar um balanço produzido pelo jornal O Estado de São Paulo, sobre algumas consequências do projeto de Gleisi para Paranaguá. A concessionária de ferrovias ALL, deve suspender estudos de ampliação de sua malha ferroviária. A fabricante de papéis Klabin vai exportar seus produtos pelos portos de Santa Catarina e a Associação de Produtores de Bioenergia (Alcopar) interromperá um plano de negócios conjunto de R$ 165 milhões no porto, além de um poliduto de R$ 1 bilhão, em processo de licenciamento ambiental. Um grupo de cooperativas, formado por Agrária, Castrolanda e Cotriguaçu, vai reavaliar a decisão de disputar as licitações no local. O projeto de Gleisi gera insegurança jurídica porque mexe no marco legal do Porto. A proposta terá um efeito destrutivo para as cooperativas que atuam em Paranaguá, que não terão condições de concorrer com as grandes operadoras como a ADM, Bunge, Cargill, Dreyfus.

As que persistirem em Paranaguá, se tornarão reféns dessas grandes empresas no porto. As cooperativas não têm como concorrer com essas gigantes. As tarifas portuárias deverão ter um reajuste brutal de 300% impondo prejuízo insuportável para os 515 mil produtores rurais do Paraná.

Mas a sanha dos petistas contra o Paraná e seu governo não dá tréguas. Se o Paraná conseguir reverter na Justiça a imposição desse projeto desastroso de arrendamento e conseguir que sejam usados os projetos elaborados pela APPA em parceria com as cooperativas, logo virá outro ataque. Quando uma iniciativa para prejudicar o Estado fracassa, imediatamente é iniciada outra.

A lista de reclamações do Paraná com relação ao governo federal em geral e com os ministros paranaenses em particular é grande e tem motivações sólidas Basta dizer que o Estado é o 5º que mais contribui com receitas para a União, mas está em 23º lugar quando se trata de receber recursos e repasses federais.

O governo federal segura empréstimos que poderiam estimular ainda mais nosso desenvolvimento e avança sobre receitas paranaenses. Só neste ano a mão grande do governo federal vai embolsar, indevidamente, mais de R$ 1,5 bilhão em recursos do Estado.

Ainda assim o Paraná cresce e se descola desse universo medíocre, de baixo investimento, de crescimento pífio, que caracteriza a administração Dilma Rousseff Um governo que já tem encomendado para 2014, segundo previsão do FMI, o mais baixo PIB dos Brics. O Paraná vai em sentido contrário. De agosto de 2012 a agosto de 2013, crescimento industrial do Paraná foi de 12,3%. O Brasil, neste mesmo período, teve um crescimento negativo de 1,2%.

É uma demonstração eloquente que, mesmo com todas as perseguições e avanços em receitas estaduais pela União, a economia paranaense dá crescentes sinais de vitalidade e demonstrações de que está no caminho certo. O Brasil, com o PT, com seus PIBs ridículos, ministros incompetentes e mal-intencionados, perdeu o rumo.

Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB e líder do governo Beto Richa na Assembleia Legislativa.