PSDB – MS

Aécio Neves

“Retirada de assinaturas da CPI da Petrobras é ataque à integridade do Congresso”, diz presidente nacional do PSDB

foto-2-181-300x200Brasília (DF) – Diante da pressão do governo Dilma para que parlamentares da base aliada retirem assinaturas do requerimento da oposição que propõe a criação da CPI da Petrobras no Senado, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, reagiu. Em entrevista coletiva, nesta quinta-feira (27), Aécio declarou não acreditar que nenhum dos signatários se submeterá a “qualquer tipo de chantagem”.

“A simples perspectiva ou a simples manifestação de vontade de liderança do governo de retirar essas assinaturas, ao meu ver, é um ataque à integridade do Congresso Nacional”, disse.

“Teremos a Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado. Se alcançadas as assinaturas na Câmara, poderemos ter uma Comissão Parlamentar Mista. O que me preocupa é: por que tanta preocupação? Por que não estão logo preocupados em colocar pessoas qualificadas nessa Comissão, os partidos governistas, para que o debate possa haver, para que os diretores demitidos ou presos possam aqui depor, tendo os seus sigilos quebrados? É isso que o Brasil quer ouvir”, salientou.

Investigações

Aécio Neves assinalou que as investigações da CPI pretendem lançar luz sobre negócios obscuros realizados pela estatal, entre eles a compra bilionária da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e as obras da refinaria Abreu e Lima, no Pernambuco.

“O que se cometeu foi quase um crime de lesa pátria, ao permitir que empresas do porte, da história de uma Petrobras, fizessem negócios – e falo no plural – tão danosos”, afirmou.

“Pasadena é um negócio. Abreu e Lima é outro que precisa ser investigado. Foi orçada inicialmente em U$S 2,5 bilhões de dólares. Já gastou mais de U$S 18 bilhões, e não ficará pronta por menos de U$S 20 bilhões. No meio do caminho, a empresa venezuelana anuncia que está fora do projeto. Não há sanção? A Petrobras não teve nenhuma salvaguarda, não tem nenhum documento que a permite cobrar uma indenização da Venezuela? Ou foi um acordo de compadres, com tapinhas nas costas?”, questionou.

E acrescentou: “O PT e seus dirigentes maiores não podem tratar as empresas públicas como patrimônio partidário, e muito menos pessoal. Não podem usar as empresas brasileiras para buscar alinhamento político com base em vínculos ideológicos. É contra isso que nós estamos nos levantando. O que foi feito é de extrema gravidade. A CPI está aí com as assinaturas obtidas, e o que nós queremos são investigações e a punição exemplar dos responsáveis”.

Patrimônio dilapidado

O presidente nacional do PSDB classificou ainda como indigna e inaceitável a conduta do governo federal com relação à Petrobras, que faz com que os brasileiros assistam à dilapidação do patrimônio público sem poderem fazer nada a respeito.

“A Petrobras perdeu mais da metade do seu valor de mercado. A Eletrobras, mais de 70%, e nada. Vamos permitir que isso ocorra naturalmente? Não. A oposição está aqui fazendo o que tem que fazer. Reagindo e cobrando explicações do governo, dos dirigentes da Petrobras e, se necessário, da então presidente do Conselho de Administração da Petrobras [à época da compra da refinaria de Pasadena, a atual presidente da República Dilma Rousseff]. Nós não aceitaremos mais a terceirização de responsabilidades”, assegurou.

Aécio Neves: “Queda de popularidade do governo Dilma é resultado do conjunto da obra”

foto-2-18-300x200Brasília (DF) – O culpado pela queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff, divulgada pela pesquisa CNI/Ibope nesta quinta-feira (27), é o conjunto da obra do governo federal. Esta é a avaliação do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, dada em entrevista coletiva no Senado. Segundo a pesquisa, o índice de aprovação da gestão petista desabou sete pontos percentuais desde a última apuração, em dezembro do ano passado. Foi de 43% para 36%.

“Esses indicadores que mostram uma queda da popularidade da presidente e do seu governo são resultado do conjunto da obra. Não é apenas Pasadena e a Petrobras. Certamente, todas essas denúncias impactam sim na consciência, na expectativa dos brasileiros, mas é o conjunto da obra”, afirmou.

Economia

O senador destacou que os brasileiros não estão satisfeitos com a maneira de governar da atual gestão, sobretudo no que diz respeito a políticas econômicas, de controle à inflação e ao desemprego.

“A equação que o PT nos lega é de inflação alta com crescimento baixo. A perda de credibilidade do Brasil ocorreu em uma velocidade estratosférica. No ponto de vista da infraestrutura, nós patinamos até aqui. Passamos dez anos vendo o PT demonizar a participação do setor privado, e o que ocorre hoje? Tudo parado, tudo no meio do caminho. O custo Brasil elevadíssimo, e o Brasil cada vez encolhendo mais a sua participação no comércio externo”, avaliou.

Aécio lembrou ainda que, há dez anos, o Brasil integrava o grupo de países emergentes mais promissores, os Brics, formados também por Rússia, Índia, China e África do Sul. Hoje, “há um temor enorme de que a má gestão da economia possa trazer problemas”.

Descontentamento

Para Aécio, o descontentamento da população com o rumo das políticas públicas desenvolvidas pela gestão petista fica bem claro nos resultados da pesquisa CNI/Ibope.

O índice de brasileiros que desaprovam as ações do governo superou os que aprovam em todas as nove áreas de atuação avaliadas – educação, saúde, combate ao desemprego, segurança pública, combate à fome e à pobreza, meio ambiente, impostos, combate à inflação e taxa de juros.

“Na área social, nem se fala. Patinamos na educação, nos últimos lugares nos rankings internacionais. Na saúde, a omissão do governo: hoje eles participam muito menos do que participavam há dez anos do conjunto do financiamento da saúde pública, de 54% para 46%. Na segurança pública, a omissão chega a ser criminosa. 87% de tudo o que se gasta em segurança pública vem dos estados e dos municípios. O governo federal não tem uma política nacional de segurança pública”, acentuou.

E completou: “Esses resultados são a ponta do iceberg. Eles começam a apontar para um governo que vive, a meu ver, os seus estertores. A culpa é do conjunto da obra”.

“Afunda, Dilma”, análise do Instituto Teotonio Vilela (ITV)

planalto-psdb-foto-george-gianniA insatisfação ampla, geral e irrestrita em relação ao desgoverno da presidente Dilma Rousseff vai se espraiando entre os brasileiros, em todas as regiões, em todas as áreas de atuação. É um fracasso de cabo a rabo, percebido no dia a dia de uma gestão desnorteada e que agora começa a se refletir com mais intensidade nas pesquisas de opinião – e olha que elas ainda nem captaram a mais nova onda de escândalos, envolvendo as falcatruas na Petrobras…

A popularidade da presidente caiu sete pontos desde novembro, segundo levantamento patrocinado pela CNI e divulgado ontem pelo Ibope. Passou de 43% para 36%. Falta pouco para a aprovação ao governo Dilma voltar ao tamaninho que chegou a ter no auge das manifestações do ano passado e seu pior momento até agora.

Dos 32 pontos de popularidade que perdeu ao longo do primeiro semestre de 2013 até o auge das manifestações de rua, Dilma chegou a recuperar 12, conforme registrou o Ibope em novembro. Mesmo pouco, o alento durou quase nada. Com o que ela agora tornou a perder, resulta que a presidente reconquistou apenas cinco dos 32 pontos de sua popularidade avariada. Não parece exibir fôlego.

Ao mesmo tempo em que a aprovação cai, o percentual dos que avaliam a gestão da presidente como ruim ou péssima sobe com força. Hoje, este contingente é quatro vezes maior do que era há apenas um ano. Vale dizer: em março de 2013, 7% achavam o governo de Dilma ruim ou péssimo e agora este grupo soma 27%, já se aproximando dos 31% de julho do ano passado, ponto mais crítico da atual gestão.

Consideradas estas duas curvas, a presidente está hoje tão mal avaliada quanto estava logo depois que milhares de brasileiros protestaram nas ruas, no inverno de 2013. Com uma diferença: o saldo positivo era de 15 pontos em setembro último e agora é de apenas nove.

Não há um estouro de boiada de insatisfação, como aconteceu naquela ocasião, mas há um mal-estar cada vez mais disseminado.

Parece haver um duto drenando a popularidade de Dilma e transformando-a diretamente em repulsa. A antiga aprovação (ótimo+bom) está se convertendo em desaprovação (ruim+péssimo) numa viagem sem escala pelo patamar de avaliação regular, como costuma acontecer. Enquanto a aprovação caiu sete pontos, a desaprovação subiu também sete pontos, de 20% para 27% de novembro para cá. Regular apenas oscilou de 35% para 36%.

A insatisfação ainda é meio difusa. Mas ganha contornos claros quando se pergunta aos entrevistados como avaliam o governo em diferentes campos de atuação. E o que ocorre é que, pela primeira vez em 39 meses de governo, a presidente tem sua gestão reprovada em todas as nove áreas aferidas pela pesquisa. “O descontentamento aumentou mais notadamente com relação às políticas econômicas, refletindo a maior preocupação com relação à inflação e ao desemprego”, destacou o Ibope.

Para cada brasileiro que aprova a condução da economia pelo governo Dilma, três desaprovam, segundo O Globo. A proporção é bastante próxima disso no que se refere ao combate à inflação (71% de insatisfação) e maior ainda na política de juros (73%). Nesta seara, a presidente não terá nenhuma chance de refresco pela frente: ontem, o Banco Central sinalizou que conta com inflação maior, crescimento menor e, possivelmente, juros mais altos no horizonte.

A proporção se repete na saúde: 77% de desaprovação e somente 21% de aprovação, numa das insatisfações mais acachapantes entre todas as nove áreas pesquisadas – só não é maior que a relativa aos impostos. Está aí mais uma prova de que os brasileiros não se deixam enganar por coelhos tirados da cartola para ludibriar a população, como o programa Mais Médicos. O mesmo acontece na segurança: 76% a 22%. Na educação, para cada brasileiro que aprova, dois desaprovam.

Até áreas consideradas caras ao PT estão caindo de podre. A desaprovação já é maior também às políticas de combate à pobreza – núcleo estratégico do governo entre os mais pobres e maiores eleitores de Dilma – e de combate ao desemprego, com 57% desaprovando a atuação da presidente em relação ao assunto e 40% demonstrando satisfação – percentuais que eram inversos um ano atrás.

A repulsa à presidente Dilma também começa a se espraiar pelo interior do país, numa indicação de que a erosão na popularidade dela está mais para voçoroca. Em cidades com até 20 mil habitantes, o percentual dos que consideram a gestão atual ótima ou boa caiu de 59% para 44%. Foi a mais intensa queda entre os estratos pesquisados pelo Ibope.

A população brasileira quer mudar, como vêm mostrando todas as pesquisas de opinião de todos os institutos desde fins do ano passado. A novidade, porém, é que a mudança já está sendo associada a nomes. Segundo outra pesquisa do Ibope Inteligência, Aécio Neves é citado por 18% dos entrevistados como quem tem mais condições de fazer as transformações que o país necessita. Outros 13% apontam Marina Silva e 8%, Eduardo Campos. Com Dilma afundando, o caminho está aberto.

Aécio conseguiu unir a oposição em torno da CPI da Petrobras, diz Carlos Sampaio

aecio-neves-plenario-senado-george-gianni-300x200Brasília – Com a liderança do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, a oposição reuniu, na quarta-feira (26), 28 assinaturas em apoio à criação da CPI da Petrobras no Senado.

Os parlamentares buscam agora a aprovação de 171 deputados federais para a instalação de uma CPI mista, que uniria Senado e Câmara. Para integrantes do PSDB, a ação de Aécio foi essencial para que a oposição alcançasse o objetivo.

“Aécio conseguiu unir a oposição em torno de uma causa nacional”, afirmou o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP). Para o tucano, Aécio expôs aos senadores que a defesa da Petrobras não é uma pauta específica da oposição, e sim do país. “A ação e a metodologia de trabalho implantadas por Aécio foram essenciais para que chegássemos ao número de assinaturas necessárias”, afirmou.

O também deputado federal tucano Hélio Santos (MA) apontou que a credibilidade de Aécio Neves foi decisiva para a conquista das assinaturas.

“Aécio é uma liderança nacional, com um trabalho grande e uma credibilidade respeitada em todo o país, e sua atuação é fundamental para que o Legislativo investigue o que realmente houve com a Petrobras”, disse.

Expectativas
Sampaio afirmou que está confiante em relação à obtenção das 171 assinaturas na Câmara. “Na terça-feira, já tínhamos 110 apoios, e isso sem contar os quatro partidos que compõem a oposição. Com a oposição, passamos a 170. Ou seja, precisamos de apenas mais uma assinatura para o quórum mínimo. Acredito que seja apenas uma questão de tempo para chegarmos ao número”, disse.

O deputado disse que a atuação do senador Aécio ajudará também na conquista dos apoios na Câmara. “Ele deve ter um papel fundamental, dado que é uma das principais vozes da oposição”, destacou.

Para Hélio Santos, a CPI trará transparência à Petrobras. “o povo brasileiro precisa saber o que está acontecendo com a estatal, que é um importante patrimônio de todos nós. É importante que Câmara e Senado atuem para isso”.

Marcio Monteiro defende CPI da Petrobras e Aécio destaca obtenção de assinaturas

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Deputado Marcio Monteiro / foto: Marycleide Vasques

O deputado estadual Marcio Monteiro, que preside o PSDB-MS, defendeu a realização da CPI no Congresso para investigar as suspeitas de irregularidades envolvendo a Petrobras. “A missão do Parlamento é essa mesmo, de investigar quando houver suspeita de irregularidades. Se existe suspeita, por que não averiguar?”, questiona o deputado.

Monteiro argumentou que ainda mais se tratando “de uma empresa que não está na plenitude da sua performance, mas que já foi referência para os brasileiros”.

“Acreditamos que os senadores não irão decepcionar a sociedade, e certamente irão mostrar por meio de investigação se existe ou não irregularidades na estatal com a compra da refinaria de Pasadena [EUA]”, disse ainda o parlamentar.

Liderados pelo senador Aécio Neves, que preside o PSDB nacional, a oposição conseguiu obter o número suficiente de assinaturas no Senado para a instalação da CPI. A oposição agora trabalha para obter assinaturas na Câmara dos Deputados, para que haja uma CPI Mista. No Senado, o requerimento foi protocolado nesta quinta-feira (27) com 28 assinaturas, uma a mais que o necessário.

Segundo Alvaro Dias (PSDB-PR), a CPI investigará quatro temas: o processo de aquisição da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos; indícios de pagamento de propina a funcionários da estatal pela companhia holandesa SBM Offshore para obtenção de contratos junto à Petrobras; denúncias de que plataformas estariam sendo lançadas ao mar sem componentes primordiais à segurança do equipamento e dos trabalhadores; e indícios de superfaturamento na construção de refinarias.

Para o senador Ruben Figueiró (PSDB-MS), “esse fato não pode ser esvaziado como se fosse um tema oportunista, entre aspas, de pré-campanha eleitoral. Na verdade, trata-se de questão que tem a ver com o direito de saber o que está sendo feito com os recursos públicos desta país. Quero clamar para as vozes vivas da consciência nacional que questões gravíssimas como essa não podem cair no vazio”.

Aécio Neves: “Já temos CPI da Petrobras no Senado”

foto-4-6-300x200Brasília – O PSDB e a bancada de oposição no Senado, com o apoio de parlamentares da base aliada, reuniram 29 assinaturas em apoio à instalação da CPI da Petrobras. O número excede o quórum mínimo para a criação de uma comissão na casa, que é de 27 assinaturas. Logo após a sessão, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu uma entrevista coletiva à imprensa. Confira abaixo:

Sobre o número necessário de assinaturas no Senado para instalação de CPI ter sido alcançado.

Com a confirmação dos apoiamentos do PSB, temos 29 assinaturas. O necessário seriam 27. Por isso, tomamos a decisão de protocolar ainda hoje, no Senado, a CPI no Senado Federal. E vamos, na semana que vem, continuar colhendo assinaturas na Câmara para que ela seja uma CPMI, portanto, mista. Mas já temos CPI no Senado. E não alcançando o quórum na Câmara ela deverá ser instalada no Senado Federal.

Faremos isso com responsabilidade, com serenidade. O que não podemos aceitar mais é essa terceirização de responsabilidades, é uma denúncia atrás da outra. A Petrobras foi violentada nas suas melhores tradições de correção, de seriedade, e foi aviltada no seu patrimônio. A Petrobras vale hoje menos da metade do que valia há quatro anos. Não podemos aceitar isso passivamente. Foi um bom momento para o Senado Federal, um momento de altivez.

Quero cumprimentar inclusive, ou em especial, os senadores da base governista que nos deram o número necessário à instalação dessa CPI.

Mas o protocolo por si só não garante a instalação da CPI. O governo mesmo falou que vai atrás de senadores para convencê-los a retirar a assinatura.

Quero crer que um senador da República que coloca seu apoiamento em uma matéria de tamanha relevância não vai tirar sua assinatura, porque terá que dar muitas explicações. E, na verdade, obtendo o número de assinaturas necessário, o presidente do Senado só tem uma alternativa, instalar a comissão. Não cabe a ele discussão sobre mérito, não cabe a ele qualquer tipo de recurso. Cabe a ele ler a instalação da comissão e solicitar aos líderes que façam a sua composição. A CPI está com seu número garantido no Senado.

Tenho convicção que nenhum senador da República irá desdizer a si próprio e irá permitir que sua assinatura seja retirada por maiores que sejam as pressões do governo, que sabemos, inclusive, já começaram.

E na Câmara?

Alguns setores dissidentes da base governista têm mostrado interesse em assiná-la. Por isso, quando propus a apresentação dos dois requerimentos era quase que uma defesa nossa. Conseguimos no Senado, apresentamos no Senado e foi o que fizemos. Já temos a CPI no Senado. Se conseguirmos na Câmara, acho que seria interessante também ter a Câmara participando dessas investigações. Vamos da preferência à CPMI, à Comissão Parlamentar Mista. Mas semana que vem é o prazo. Se semana que vem não alcançarmos o número de assinaturas necessárias na Câmara, 171, vamos colocar em funcionamento a CPI no Senado e esclarecer o que foi que aconteceu com a mais importante empresa brasileira desde que o PT dela tomou posse.

Aécio Neves: CPI é a oportunidade para Dilma se explicar

19-03-14-aecio-neves-plenario16-300x199Brasília (DF) – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista exclusiva à Rádio CBN nesta quarta-feira (26), na qual respondeu a perguntas relativas às questões econômicas e os esforços para a instauração da  Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI)  da Petrobras. A seguir, a entrevista do senador.

Sobre a tentativa de criação de CPI Mista para investigar denúncias na Petrobras.

 Tenho muito os pés no chão nessas questões, até porque temos que compreender que a oposição hoje, principalmente no Senado, é pouco expressiva do ponto de vista numérico. Somos hoje 17% da composição do Senado e alguma coisa em torno de 20% da Câmara. Então é impossível conseguirmos o número de assinaturas necessárias a uma investigação dessa importância se não houver também dissidência da base do governo. Fizemos uma avaliação ontem à noite e há uma possibilidade real de alcançarmos hoje no Senado esse número de assinaturas, por uma razão: a gravidade do tema e a percepção de que na opinião pública, na sociedade brasileira, também há esse sentimento de que essa questão está muito mal explicada, como acabou de dizer minha conterrânea Miriam Leitão, estava aqui ouvindo vocês. Porque esse governo é um governo reativo, é um governo que só toma providências no momento em que alguém é pego com a mão na botija. Foi assim com os inúmeros ministros que acabaram sendo afastados do governo e está sendo aqui, mais uma vez, em um episódio de uma gravidade extrema, como esse.

O que temos dito é o seguinte. A Comissão Parlamentar de Inquérito é para investigar, ela não condena previamente ninguém. É a oportunidade quem sabe até para a própria presidente da República prestar objetivamente esclarecimentos. Por que esse cidadão que ela acusa agora de ter sido responsável, a partir da omissão de informações, por uma tão danosa como essa foi promovido? Hoje os jornais dizem que ele recebeu uma moção de elogios quando deixou seu cargo na Petrobras. Essa conta não fecha, o governo tem que escolher entre duas explicações absolutamente contraditórias. Ou foi um bom negócio, como diz [o ex-presidente da Petrobras, Sérgio] Gabrielli, em função da questão de mercado na época, e essas cláusulas são absolutamente normais, ou, como diz a presidente da República, ela foi enganada a partir da omissão das informações. A questão é muito grave e vamos lutar para que ela possa ser esclarecida.

 

Sobre a pressão do governo federal para que o Congresso não instale a CPI Mista.

 Só há uma forma maior do que a força do Poder Executivo sobre o Legislativo, que é a força da opinião pública. É com ela que contamos, a gravidade do tema, a perplexidade da sociedade brasileira de ver um descaso tão grande para com o dinheiro público, tão pouco respeito ao planejamento. Tanto que essa nossa proposta de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito não se restringe à Pasadena, ela entra nessa questão que para mim é tão grave quanto que é a da refinaria Abreu e Lima. Uma refinaria orçada em US$ 2,5 bilhões vai custar US$ 20 bilhões. A planta foi feita para refinar o petróleo pesado venezuelano, portanto, com outra concepção. Segundo especialistas da Petrobras, mais cara do que seria apenas para atender ao interesse brasileiro. A Venezuela deu um tchau para o Brasil, foi embora e que sanção houve? Quais as salvaguardas que a Petrobras tomou para a eventualidade de tomar um calote da Venezuela? Nenhuma? Isso não é ação entre amigos, não pode ser. Isso não é uma quitanda de meia dúzia de amigos do poder. Isso é uma empresa construída durante 60 anos e que leva mais um grande prejuízo pela ação inconsequente desses que a tem tratado como se fosse um patrimônio pessoal ao longo dos últimos anos.

Sobre possível desgaste da imagem da presidente com a CPI Mista.

 O que desgasta a imagem da presidente é a realidade, são os fatos. A presidente da República se elegeu há alguns anos, em 2010, sustentada em dois pilares fundamentais. O da economia, que ia muito bem, emprego crescendo 10%, economia crescendo a 7%, e o segundo pilar, o da grande gestora, da mãe do PAC. A economia está em frangalhos, essa decisão de rebaixamento da nota do Brasil emoldura uma ação desastrada do governo ao longo de todos os últimos anos, que fragilizou a nossa economia, recrudesceu a inflação, nos fez perder credibilidade. E, por outro lado, a grande gestora está se mostrando agora. Quando vemos o que aconteceu no setor elétrico brasileiro, isso é de uma gravidade tão grande para o futuro do Brasil, para a retomada do crescimento do Brasil, que até isso mereceria também uma investigação.

Sobre os números de emprego e renda continuarem em alta.

 Se você olhar a fotografia desse momento, em emprego, ela é adequada. Mas não vamos nos esquecer que o Brasil está se transformando no país do pleno emprego de dois salários mínimos, foram 2,5 milhões de postos de emprego de maior qualificação que perdemos nos últimos três anos em razão do sucateamento da indústria. Mas quando você olha o filme, não a fotografia, que está por vir, é de extrema gravidade. O Brasil, em 1999, quando foi cunhada aquela expressão dos Brics, se colocou ao lado dos países que iam buscar um lugar ao sol, ao lado dos países desenvolvidos. Agora, estamos no final da fila, estamos ao lado dos países em crise, ao lado dos países que necessitam de reformas extremamente urgentes. E o governo do PT perdeu a capacidade de conduzir qualquer dessas reformas.

 

Sobre conversa com o governador Eduardo Campos.

 Estive com o governador Eduardo em um evento no sábado à noite, disse a ele que a questão da CPMI era uma decisão do PSDB, mas que precisaríamos do apoio do PSB. Ontem, recebi o telefonema do líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg, dizendo que assinaria a CPMI. Vamos aguardar para hoje a assinatura dos demais senadores do PSB.

Declaração de Aécio Neves sobre corte na nota de crédito do Brasil

Leia abaixo declaração do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, sobre corte na nota de crédito do Brasil pela agência de avaliação de risco Standard & Poor’s (S&P).

“Infelizmente aconteceu o previsto e o país teve sua nota de crédito rebaixada pela Standard & Poor’s. A decisão coroa uma temporada de equívocos cometidos pelo governo da presidente Dilma Rousseff na área econômica, mas não só nela. O histórico de manipulações contábeis, o descuido com a boa aplicação dos recursos públicos, a leniência com a inflação, a ineficácia na realização dos investimentos necessários para destravar o país, em contrapartida aos exorbitantes gastos correntes, explicam, com sobras, a indesejada decisão.

A revisão do rating brasileiro tende a encarecer o crédito para o país no mercado internacional e afetar ainda mais nossas perspectivas de desenvolvimento. O Brasil passa por um triste momento de perda de confiança, de credibilidade arranhada – em síntese, de desesperança em relação ao futuro e de erosão das conquistas do passado. Tamanho retrocesso não é obra que se constrói ao acaso. É fruto de desacertos diários de um governo que, até hoje, mais prejudicou do que ajudou o Brasil”.

Aécio Neves mobiliza oposição para cobrar resposta de Dilma sobre prejuízo da Petrobras

aecio-e-fhc-no-senado-191-300x200Brasília – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, vai se reunir com líderes da oposição da Câmara e Senado na próxima terça-feira (25) para discutir a melhor estratégia para garantir uma resposta do governo Dilma ao prejuízo bilionário da Petrobras na operação de compra da Refinaria de Pasadena (EUA).

De acordo com reportagem do O Globo desta sexta-feira (21), líderes da oposição já teriam conseguido recolher pelo menos 102 assinaturas em favor do requerimento que propõe criação de uma CPI mista para investigar irregularidades na Petrobras. Para a instalação da comissão seriam necessárias pelo menos 171 assinaturas.

Aécio avalia como extremamente grave a revelação de que a presidente Dilma Rousseff deu aval para a Petrobras realizar o negócio, conforme relevou reportagem de O Estado de S.Paulo esta semana.

“O Brasil precisa que se esclareça quais foram as razões pelas quais a presidente da República, especialista na área de Minas e Energia, tomou uma decisão tão danosa para as finanças da Petrobras e para o próprio país”, cobrou Aécio Neves.

Em 2006, Dilma presidia o Conselho de Administração da Petrobras e autorizou a empresa a pagar US$ 360 milhões por 50% da refinaria, que um ano antes valia US$ 42,5 milhões. Quatro anos depois, a Petrobras perdeu uma batalha judicial e foi obrigada a desembolsar mais US$ 820,5 milhões. No total, a estatal brasileira desembolou US$ 1,18 bilhão por uma refinaria que hoje vale US$ 180 milhões.

Após a revelação, Dilma tentou jogar a responsabilidade para a área técnica da empresa, que teria fornecido “um parecer “técnica e juridicamente falho”, versão confrontada por diretores e especialistas do setor. De acordo com os executivos, Dilma e o Conselho de Administração tiveram acesso a todos os dados sobre a negociação.

O senador também classificou como inaceitável que o ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, apontado pela presidente como o responsável pelo “parecer falho”, tenha permanecido no cargo e depois indicado para o alto escalão da BR Distribuidora, uma subsidiária da estatal.

“Se houve um encaminhamento equivocado por parte da diretoria internacional, como atesta a nota da presidente da República, o esperado é que aquele que fez esse encaminhamento ou fosse demitido ou fosse investigado. Ele foi promovido! Ele, no governo da própria presidente Dilma Rousseff, ocupa a diretoria na BR Distribuidora. Isso é inaceitável”, criticou Aécio Neves.

Jovem de MS integra grupo de apoio à construção do plano de governo de Aécio

mauriciocomaécio_foto_George_Gianni_PSDBO acadêmico de Direito Mauricio Doering Jr. é um dos 10 jovens escolhidos para integrar grupo que vai colaborar com a elaboração do plano de governo de Aécio Neves (PSDB), por ocasião das eleições presidenciais deste ano. O sul-mato-grossense é o secretário para o Centro-Oeste da Juventude Nacional do PSDB.

Na última semana, ele e o presidente da JPSDB-MS, Anderson Barão, estiveram em Brasília para evento com o senador Aécio. Participaram pessoas dos secretariados jovens tucanos de todo o País.

Além de Mauricio, integram o grupo Edson Lau Filho (PR), Bruno Lessa (RJ), Rodrigo Guedes (AM), Pedro Pimenta da Veiga (DF), Mateus Mello (CE), Raimundo Rodrigues (PA), Felipe Ribeiro (MG), Roberto Silva (AL) e Leonardo Felipe (GO).

“Estou muito feliz em poder estar no grupo de criação do Plano de Governo para a juventude do senador Aécio Neves, futuro presidente do Brasil. A inserção da juventude na política é de extrema importância para renovar quadros, trazer novas ideias e juventudecomaécio_foto_George_Gianni_PSDBconstruir um novo caminho. A mudança do Brasil começa pela juventude”, relatou Mauricio em seu perfil numa rede social.