PSDB – MS

Aécio Neves

“Carta ao Sérgio”, por Aécio Neves

discurso-de-senador-aecio-neves-plano-real-20-anos-300x168Sérgio, meu amigo.

Há três dias nos despedimos de você, em uma Recife consternada pela perda do homem público admirado em todo o país. Entre tantos de nós que fomos levar à sua família o nosso respeito, lutei para não me deixar tomar pela emoção da hora. Foi impossível não revisitar nossas caminhadas pelo Brasil e os encontros que marcaram nossa convivência.

Penso que algo estranho acontece quando nos despedimos de pessoas que nos são tão especiais. Por um lado, parece que envelhecemos subitamente, transformados em sobreviventes de outros tempos e histórias já vividas. Por outro, encontramos nessas mesmas histórias novos sentidos e o ânimo necessário para seguir em frente.

Nesses dias, com justiça, o país inteiro ouviu de seus companheiros de jornada –e mesmo de adversários tradicionais– inquestionáveis elogios às virtudes que embalaram a sua vida pública. Quase sempre, o conciliador dedicado à construção de novas convergências em favor do país foi também lembrado como o crítico feroz aos desvios, malfeitos, contradições e desarranjos da vida nacional, especialmente presentes neste nosso trecho de história.

As mais de três décadas de intensa militância política –e nem mesmo as doenças graves que o abateram– foram capazes de esmorecer uma indignação juvenil que, sei, movia-lhe, como se mantivesse intocado o líder estudantil da juventude e aquelas sempre grandiosas esperanças.

Guardo comigo uma grande admiração pela leveza e alegria com que você sempre conduziu as suas responsabilidades, afastando da política o peso do rancor e do confronto pessoal estéril. Talvez por isso, quase todas as suas relações nesse campo tenham se transformado em boas amizades. Da mesma forma, sou testemunha do seu esforço sobre-humano para não permitir que o líder tomado por compromissos se sobrepusesse ao pai dedicado, que de longe se afligia com a caminhada dos quatro filhos.

Outra imagem que ficou foi a do ativista em luta permanente e admirável pelas grandes causas do país. Do Brasil pobre, injusto e desigual, que continua existindo de forma dramática ainda mais visível no Nordeste, razão maior de sua militância política.

Sei que não o ouviremos mais recontando casos acontecidos com a gente simples do sertão pernambucano, de onde tirava exemplos e lições. Não o veremos cobrando à política nacional respeito aos brasileiros. Não o teremos mais à mesa, fazendo a defesa intransigente dos valores democráticos. Mas cuidaremos, querido amigo, com respeito e reconhecimento, para que suas ideias e seus compromissos se multipliquem na voz e na caminhada de cada um de nós pelo Brasil.

Com gratidão, Aécio.

*Artigo publicado na Folha de S. Paulo – 10-03-2014

Lideranças políticas prestam últimas homenagens no Recife

1015915_603634259715787_831173237_oRecife (PE) e Brasília (DF) – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, os governadores Geraldo Alckmin (São Paulo), José de Anchieta (Roraima) e Eduardo Campos (Pernambuco), além dos líderes tucanos no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP) e na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), os senadores Lúcia Vânia e Cyro Miranda, ambos do PSDB de Goiás, estão no Recife (PE) para prestar as últimas homenagens ao deputado federal Sérgio Guerra (PSDB-PE). O velório começou às 11h e irá até as 16h.

Também estão presentes nas homenagens a Guerra o presidente regional do PSDB de São Paulo, Duarte Nogueira, os deputados federais Luiz Pitiman (DF) e Rodrigo de Castro (MG).

O deputado estadual Daniel Coelho (PSDB-PE) destacou as qualidades do tucano, que morreu nesta quinta-feira (6) pela manhã. “Sérgio Guerra fez do PSDB, mesmo na oposição, o 2º maior partido em Pernambuco, com presença em todas as regiões”, disse. “Foi um dos maiores articuladores da história da política pernambucana.”

O corpo de Guerra será cremado no final da tarde no Cemitério Morada da Paz, no Recife. O parlamentar morreu em consequência de uma infecção agravada pelo quadro de pneumonia. Ele estava internado há cerca de duas semanas no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, tratando-se de um câncer de pulmão.

“Sérgio Guerra teve uma carreira de absoluta coerência”, diz Aécio

sergio-guerra-foto-george-gianni-psdb-4-300x199Recife (PE) – Lideranças do PSDB e de vários partidos se reuniram na tarde desta sexta-feira (7) no Recife para prestar homenagens a Sérgio Guerra, ex-presidente nacional da legenda e presidente do partido em Pernambuco,  que morreu na manhã desta quinta-feira (6), em São Paulo.  O velório, aberto ao público às 11h, lotou o plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco.  Na chegada, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), destacou a trajetória política do pernambucano.

“Sérgio Guerra teve uma carreira de absoluta coerência em relação àquilo que pensava ser importante para o Brasil, e tinha uma característica que eu prezo e admiro e muito nos homens públicos que é o destemor, a coragem para ir em frente, e uma capacidade de aglutinação, de convergência extremamente grande”, disse Aécio Neves.

O adeus ao ex-presidente nacional do PSDB também levou a Recife os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, de Roraima, José de Anchieta, além de Eduardo Campos, governador de Pernambuco.

“Sérgio Guerra nos deixa um grande exemplo de dedicação à vida publica. Um homem do diálogo, da conciliação, um agregador com visão de Brasil. É uma grande perda, vai fazer muita falta. Foi um grande presidente do PSDB, querido por todos. Uma pessoa de coração generoso. Fica aqui nossa solidariedade à família”, ressaltou o governador Alckmin.

Adeus

Também prestaram homenagens a Sérgio Guerra no Recife o presidente regional do PSDB de São Paulo, Duarte Nogueira, os deputados federais Antônio Imbassahy (BA), líder do partido na Câmara, Bruno Araújo (PE), Luiz Pitiman (DF) e Rodrigo de Castro (MG), além dos senadores Aloysio Nunes (SP), líder do partido no Senado, Lucia Vânia e Cyro Miranda – ambos do PSDB de Goiás.

Para o deputado federal Bruno Araújo, Sérgio Guerra foi um parlamentar brilhante, com papel decisivo no processo de unificação do PSDB. “Sérgio Guerra foi um artesão dessa unidade partidária e vai ser sempre lembrado como um articulador e uma pessoa que soma no sentido de juntar as pessoas que buscam um propósito comum”, afirmou.

O ex-governador de São Paulo José Serra também prestou homenagens a Sérgio Guerra, assim como o vice-governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, o presidente do Instituto Teotônio Vilela em Minas, Pimenta da Veiga, e o vereador de Recife pelo PPS Raul Jungmann.

“Sérgio Guerra era um político elegante, na postura, nos comentários. Me aproximei dele na Câmara dos Deputados e pude ver sua grande capacidade de aglutinação. Ele sempre buscava convergência e foi extremamente útil ao PSDB na busca dos consensos. Era um grande amigo, homem correto, sempre preciso nas suas afirmativas, e sabia ser solidário”, resumiu Pimenta da Veiga.

Nota do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves

sergioguerra-aecioneves-300x200A Social Democracia Brasileira perdeu, hoje, um de seus mais valorosos e aguerridos líderes – o ex-presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra.

Como parlamentar, deputado, senador, secretário de Estado e dirigente partidário, foram mais de 30 anos de vida pública inatacável e intensa militância, servindo às grandes causas do País.

Do ponto de vista partidário, Guerra foi o grande timoneiro do processo de renovação do PSDB, que iniciou à frente da Executiva Nacional. Investiu na estruturação de novos canais de comunicação e no imprescindível diálogo do partido com a sociedade, representada pelos jovens, mulheres, minorias e sindicalistas, bases que, para ele, eram fundamentais à representação política.

O homem público idealista e destemido na defesa das suas convicções era também um conciliador nato, e foi nesta posição que contribuiu, com rara sensibilidade, legitimidade e respeito às diferenças, ao processo de convergência das oposições em torno da construção de um novo projeto para o país.

Nas nossas inúmeras reuniões programáticas, anoto a sua incomparável defesa dos mais pobres e do enfrentamento daquele que entendia como o grande desafio nacional – a superação da desigualdade brasileira, que especialmente penaliza o futuro do povo do Nordeste, a quem ele dedicou a sua vida.

Lamento, profundamente, a perda do conselheiro sereno e do interlocutor seguro. E do amigo querido, solidário e leal, de todas as horas.

Sérgio Guerra nos deixa um substantivo e admirável legado: ele será sempre um exemplo de que é possível fazer política com ética, decência e compromisso com a transformação do Brasil.

Brasília, 6 de março de 2014

Bernardinho divulga carta em que afirma apoio à campanha eleitoral do PSDB este ano

aecio-com-bernardinho-2802-ob-300x179O técnico da seleção de vólei, Bernardinho Rezende, comunicou nessa sexta-feira (28/02) ao presidente do PSDB, senador Aécio Neves, e ao presidente do Diretório Estadual do PSDB no Rio, deputado Luiz Paulo Correa, sua disposição em participar da campanha eleitoral do partido este ano, tanto na construção do programa de governo como também de eventos. O técnico, que é filiado ao PSDB, agradeceu o convite feito para disputar a eleição no Rio de Janeiro e anunciou a decisão de trabalhar apoiando a candidatura tucana na eleição presidencial.

Segue em anexo cópia da carta entregue por Bernardinho e, abaixo, entrevista do presidente do PSDB, Aécio Neves, concedida após reunião desta sexta-feira, no Rio.

Entrevista do presidente do PSDB, senador Aécio Neves

Rio de Janeiro – 28-02-14

 Assunto: encontro com Bernardinho, técnico da seleção brasileira masculina de vôlei

Aécio Neves

Esse período em que tive oportunidade de conviver mais de perto com o Bernardo, só fez aumentar o respeito e a admiração que sinto por ele. O Bernardo tomou uma decisão que tem de ser respeitada. Uma decisão dessas eu compreendo de forma muito clara. Não envolve o cidadão apenas, mas a sua família, seus amigos. Mas o que me deixou feliz, no final desse processo, é que Bernardo não fecha as portas para o futuro, assumindo uma posição política em favor do Rio de Janeiro, em favor da comunidade onde ele vive. Isso é extremamente importante. A política brasileira precisa de homens com o perfil, com os valores e, sobretudo, com a capacidade de liderança que tem o Bernardinho.

Portanto, ele não diz aqui um adeus a uma possibilidade de candidatura. Ele diz um até breve. É desta forma que nós do PSDB, estou aqui ao lado do presidente Luiz Paulo (Corrêa da Rocha), recebemos esta manifestação do Bernardo. E, para mim, pessoalmente, com uma certa alegria em saber que posso contar com ele com a sua experiência, seja na formulação do projeto que o PSDB vai liderar e apresentar ao Brasil, como com a sua presença e a sua liderança no Rio e fora do Rio. Portanto, tenho de agradecer a forma séria, responsável, com que o Bernardo discutiu esta questão, avaliou durante todos esses meses, um convite formal que o PSDB do Rio de Janeiro, através do presidente Luiz Paulo, e o PSDB nacional lhe fez. Agora, vamos aguardar que em um futuro próximo, quem sabe, esta conversa possa ser retomada, porque onde o Bernardo estiver será muito bom para o Rio de Janeiro e será muito bom para o Brasil.

Bernardinho

Para mim foram meses de angústia. Porque o convite, enfim, a confiança que o PSDB, Aécio, Luiz Paulo, e outras pessoas, depositaram em mim para uma possível candidatura, era uma grande responsabilidade, uma coisa que me trouxe um orgulho muito grande de ser alguém em quem eles confiassem que pudesse realizar um bom trabalho. Ao mesmo tempo aquele temor de um mundo novo, tudo que se apresentava é muito desconhecido para mim, política, etc, e, realmente, foram meses de reflexão, de questionamentos da família, tudo novo para todos nós, para todo o meu grupo familiar.

Acho que neste momento, em tão pouco tempo, não era talvez o momento de ingressar como um protagonista, mas sim como parte de uma equipe, até para aprender um pouco mais, e essa é a ideia. Vivo no esporte coletivo e acredito na força do time, acredito no projeto do PSDB, acredito nas pessoas, na estrutura que comanda esse processo, e quero estar junto. Para aprender, para me qualificar inclusive, para que no futuro eu possa, de alguma maneira, estar de uma forma mais decisiva. Mas nesse momento a negativa é, vamos dizer, momentânea, de forma alguma fechando as portas, seja  para uma futura candidatura, mas para participar ativamente desde já.

Acredito que a gente precisa realmente de mudanças. Acredito nisso, quero isso como cidadão e quero poder participar dessa grande equipe liderada pelo Aécio, aqui no Rio de Janeiro pelo Luiz Paulo e toda sua equipe. De alguma maneira, poder contribuir. Confesso que vou ter ainda noites de angústia pensando nas oportunidades que não tive, mas certamente tenho, nesse momento, outros desafios profissionais a enfrentar, e quero poder voltar mais preparado ainda, mais qualificado e com o apoio da família que é muito importante, afinal de contas é a base da nossa vida, da nossa sustentação.

Nota do presidente nacional do PSDB sobre o resultado do PIB 2013

aecio-neves-foto-george-gianni-1-300x200Apesar de um desempenho geral um pouco melhor do que o projetado pelos analistas (2,3% contra 2,1% das estimativas), o comportamento do PIB nacional medido pelo IBGE não representa uma efetiva recuperação ou retomada do crescimento da economia brasileira e continua sendo, no acumulado dos últimos três anos, o menor entre as principais economias emergentes.

Ao contrário do que acusa o governo, os analistas sempre foram menos pessimistas do que os fatos. Ou seja, nos últimos três anos, o desempenho da economia esteve sempre abaixo do desempenho esperado pelos diagnósticos dos especialistas, no início do ano ou no final do ano anterior.

Mesmo com uma queda menor da indústria no período, esse número mal compensou a queda de 8% do PIB industrial de 2012. O quadro geral é de estabilidade, em um patamar muito aquém do que o país poderia e deveria estar.

O mesmo acontece com o crescimento dos investimentos – em 6,3%, que quase não contrabalança a queda de 4% registrada em 2012. É ainda importante destacar que, quando se olha os números trimestrais, o crescimento do investimento se concentrou na primeira metade de 2013 e já perdeu fôlego no segundo semestre do ano. A taxa de investimento, de 18,4% do PIB, continua abaixo para o padrão latino-americano, de mais de 20%.

O consumo das famílias cresce a uma taxa inferior e a tendência é de que o crescimento da renda este ano seja menor e as novas concessões de crédito também, o que não nos permite conclusões muito otimistas.

Do ponto de vista geral, o potencial de crescimento da economia reduziu-se efetivamente, fenômeno que não pode ser mais “terceirizado” e debitado na conta da crise internacional ou de outros acasos.

Representa queda estrutural do potencial de nossa economia em produzir um futuro melhor para os brasileiros, em função dos erros de política econômica que se acumulam nos últimos anos.

Senador Aécio Neves
Presidente Nacional do PSDB
Brasília, 27 de fevereiro de 2014

Aécio e bancada mineira se reúnem para cobrar medidas contra o descaso federal

14-02-14-aecio-neves-conexao-empresarial_43-300x200Brasília (DF ) – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, e a bancada de Minas Gerais no Congresso reuniram-se nesta quarta-feira (26), em Brasília, com o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, para discutir as reivindicações dos mineiros que não foram atendidas pelo governo federal nos últimos dez anos.

Aécio e os parlamentares de vários partidos destacaram as principais demandas do Estado que aguardam decisão do governo federal. Entre elas: as novas regras de exploração mineral, as obras de duplicação de rodovias federais e a ampliação do metrô de Belo Horizonte (MG).

Aécio Neves criticou o governo federal por não atender a necessidades fundamentais para os mineiros, durante dez anos, como a ampliação do metrô, a duplicação da BR-381, conhecida como “rodovia da morte” e a votação no Congresso do novo código de mineração que corrigirá o valor pago hoje aos municípios e estados que sofrem atividade mineral.

“O governo do PT desprezou a agenda que interessa a Minas. Desde o meu primeiro mandato como governador, em 2006, começamos a elaborar uma proposta para que o governo federal apresentasse ao Congresso. A partir de 2008, demos inúmeras sugestões sobre o novo Código da Mineração, que possibilitaria o aumento dos royalties para estados e municípios”, afirmou o senador.

Em seguida, Aécio Neves acrescentou que: “Hoje, os estados e municípios mineradores, que têm áreas imensamente degradadas pela atividade mineral, não têm absolutamente nenhum retorno. O retorno é absolutamente irrelevante. Construímos um projeto, que caminhou no Congresso. As próprias mineradoras concordaram com a mudança da alíquota de royalties, que passaria de 2% do resultado líquido para cerca de 4% do resultado bruto, e, na última hora, o que faz o governo? Com a sua maioria, impede que a proposta seja votada”.

O senador é autor da proposta apresentada em setembro de 2011, que previa o aumento da alíquota da CFEM (royalty) dos atuais 2% do lucro líquido para 5% do faturamento bruto das mineradoras, aumentando em até três vezes os repasses para compensar os municípios mineradores. O projeto previa ainda a criação de participação especial para grandes jazidas e o estabelecimento de um fundo especial destinados a municípios não mineradores.

Compromissos
Na reunião, realizada na representação do governo do Estado no Distrito Federal, deputados e senadores debateram também o recuo do governo federal na decisão de mudar o índice de correção das dívidas dos estados. Hoje, o índice aplicado é o IGP-DI mais juros que variam de 6% a 9%, correção maior que o índice pago à União em financiamento dado a empresas privadas.

O compromisso assumido pelo governo era votar a mudança em plenário. Por meio da sua bancada, no entanto, o Palácio do Planalto retirou o projeto da pauta de votações do Congresso.

“A renegociação das dívidas dos estados, que era fundamental para que tivéssemos mais recursos para investir na segurança, na saúde, o governo optou por tirar da pauta depois de um acordo firmado com o ministro Guido Mantega. Por absoluta incompetência na gestão penaliza os estados e a população”, disse o senador Aécio Neves.

Ao lado do governador Anastasia, o senador cobrou também providências sobre as as obras atrasadas. “São inúmeras as dívidas do governo federal para com os mineiros: o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, o metrô de Belo Horizonte, que no governo do PT não teve um palmo sequer de novas linhas. O PT desprezou as questões estruturais de Minas Gerais. Essa é a grande realidade”, disse Aécio Neves, em entrevista coletiva.

Presidente do PSDB-MS destaca aspecto social do Plano Real

Já para o deputado Rinaldo, Real favoreceu principalmente as famílias com baixa renda

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Marcio Monteiro, presidente do PSDB-MS

Para o deputado estadual Marcio Monteiro, presidente do PSDB-MS, o aspecto mais relevante do Plano Real foi ter promovido a inserção social das famílias brasileiras. “O maior plano de inserção social que o Brasil já teve. Não fosse o Real, teríamos um número maior de famílias dependendo dos programas sociais dos governos”, acrescentou o parlamentar.

A declaração foi feita durante pronunciamento na sessão desta terça-feira (25) na Assembleia Legislativa, como forma de celebrar os 20 anos do Plano Real. Monteiro aproveitou o ensejo da sessão solene realizado também nesta manhã no Senado em comemoração às duas primeiras décadas do plano, com a participação do ex-presidente da República e idealizar do plano, Fernando Henrique Cardoso, e do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG).

Para o deputado estadual Rinaldo Modesto (PSDB), o Real permitiu às famílias brasileiras o melhor controle da renda, “pois com o Real elas sabiam que o salário no início do mês seria o mesmo do fim do mês”, comentou o parlamentar, referindo-se à hiperinflação anterior ao plano.

Rinaldo disse ainda que a estabilidade econômica favoreceu sobretudo as famílias com baixa renda, que passaram a ter mais tranquilidade para programar as despesas com base no que recebiam.

O deputado Monteiro, entretanto, alertou para a atual conjuntura, em que o controle da inflação promovido pelo Real sofre ameaça, com a “turbulência” do cenário econômico atual. “O Brasil vive um momento de extrema expectativa. Os indicadores econômicos dando sinais de que estamos passando por ‘turbulência’. Não podemos permitir o retorno da inflação e da instabilidade econômica”, disse Monteiro.

Histórico

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Deputado estadual Rinaldo Modesto

No dia 1° de julho de 1994, o Real passou a ser a moeda oficial do Brasil. O plano teve início em 1993. Em maio desse ano, Fernando Henrique assumiu o Ministério da Fazenda durante o governo de Itamar Franco. Na ocasião, o ministro tratou a redução e controle da inflação como a maior meta. Em agosto daquele ano, lançou o cruzeiro real, resultante do “corte de três zeros” do cruzeiro, a moeda corrente até então, e que acabou sendo a base para o Plano Real.

O passo seguinte foi dado em maio de 1994, com o lançamento da Unidade Real de Valor. A URV, com patamar variável a cada dia, caiu no gosto dos brasileiros e tornou-se uma referência para diversos tipos de gastos – desde contratos grandes até despesas do dia a dia.

Na ocasião, FHC não estava mais no Ministério da Fazenda. Ele havia deixado a pasta para candidatar-se pelo PSDB à Presidência da República, nas eleições que aconteceriam no segundo semestre daquele ano.

No dia 1º de julho, veio o real. A moeda transformou os hábitos dos brasileiros, que de uma hora para outra deixaram de fazer contas cotidianas com números milionários (o salário mínimo em julho de 1993 foi de 4.639.800,00 cruzeiros, que representava menos de 65 dólares).

Sessão solene celebra 20 anos do Real e de estabilidade da economia

foto-11Brasília (DF) – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, e parlamentares tucanos e de outros partidos comemoraram nesta terça-feira (25), em sessão solene no Senado, os 20 anos do Plano Real.

Na presença de parte dos antigos integrantes da equipe elaboraram o plano, como o economista Edmar Bacha e o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, Fernando Henrique relembrou os momentos que antecederam o lamento do Real e Aécio recordou a oposição ferrenha feita pelo PT às medidas que acabaram com a hiperinflação no país.

A sessão foi convocada por Aécio Neves e pelos deputados federais Mendes Thame (SP) e Luiz Carlos Hauly (PR), ambos do PSDB.

Fernando Henrique, Aécio, Thame, Hauly e demais lideranças de outros partidos se revezaram na tribuna durante a cerimônia. Nos pronunciamentos, todos fizeram questão de destacar a coragem dos idealizadores do Real e a contribuição do plano para a economia e para a sociedade brasileira. O prefeito de Manaus (AM), o tucano Arthur Virgílio Neto, também prestigiou o evento.

“Quando assumi o ministério, disse que o Brasil tinha três problemas: o primeiro a inflação, o segundo a inflação e o terceiro, a inflação. E nós acabamos com a inflação”, lembrou Fernando Henrique.
Histórico

Aécio definiu o Real como um projeto histórico. “O maior programa de distribuição de renda da história do país” , disse ele, destacando que  as atuais gerações não conhecem os efeitos da hiperinflação e recordou que, à época da implantação do real, um grande clima de desconfiança pairava sobre o Brasil – motivado principalmente pelos planos ineficientes que antecederam o real.

“Fernando Henrique foi o líder capaz de reunir inteligências, convocar sacrifícios e esforços, e fazer o país convergir para a trincheira da nossa principal batalha a ser travada, contra o inimigo mais insidioso – a hiperinflação, que anulava o nosso presente e roubava o nosso futuro”, afirmou o presidente do PSDB.

Além das conquistas econômicas e sociais, também foi ressaltado pelos tucanos a forte oposição que o PT fez ao projeto à época da criação.  Hauly lembrou que o então candidato às Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, classificou o projeto de “estelionato eleitoral”.

Aécio Neves destaca Real como ação de maior inclusão social do Brasil

foto-22-300x199Brasília (DF)O senador Aécio Neves afirmou, nesta terça-feira (25/02), que o Plano Real foi o maior programa de inclusão social do Brasil, ao acabar com a hiperinflação no país. Aécio participou, em Brasília, da sessão solene que lembrou os 20 anos do Plano Real, com a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, lideranças do PSDB e dos presidentes do Senado, senador Renan Calheiros, e da Câmara dos Deputados, deputado federal Henrique Eduardo Alves.

Aécio Neves afirmou que o plano que acabou com a inflação no Brasil e trouxe a estabilidade da moeda foi o programa de maior alcance e inclusão social no país ao permitir melhoria na vida de todos os brasileiros.

“Se há um ponto fundamental para essa melhoria da condição de vida da população, melhoria das expectativas do mundo em relação ao Brasil, foi exatamente o Plano Real. Me orgulho muito de estar aqui hoje ao lado do presidente Fernando Henrique, um dos principais construtores dessa extraordinária transição. Celebramos aqui no Congresso Nacional o maior programa de distribuição de renda da história do Brasil. Foi o momento de demonstrarmos que apenas o esforço coletivo permite que Brasil avance. Foi uma bela festa, uma bela homenagem, àquele que foi o mais sólido plano de estabilidade da moeda feito no mundo”, afirmou em seu discurso na tribuna.

Descaso do PT com a inflação

Em entrevista após a sessão, Aécio Neves lamentou a ausência de representantes do governo federal na solenidade de hoje e lembrou que o PT negou apoio ao Plano Real na época em que a população mais sofreu com a hiperinflação e a escalada de preços.

“Em uma celebração tão importante para o trabalhador brasileiro, não termos aqui sequer um representante governista. Não tivesse havido o Plano Real, não tivesse havido a estabilidade da moeda, não teria havido o governo do presidente Lula, com crescimento econômico. Acho que o PT não se fez presente aqui hoje por constrangimento. Constrangimento daqueles que consideraram, lá atrás, o Plano Real um estelionato eleitoral simplesmente porque não atendia aos interesses da sua candidatura presidencial”, disse Aécio Neves.

Em 1994, o Plano Real pôs fim a mais de 10 anos de hiperinflação e de perdas financeiras das famílias. Durante dez anos, a inflação consumia o salário dos trabalhadores. Em abril de 1990, a inflação acumulada em 12 meses chegou a 6.821%. O Plano Real pôs fim ao alto custo de vida e permitiu aos brasileiros dar início a um novo ciclo no país.