PSDB – MS

Aécio Neves

Governador de Minas Gerais vem a Campo Grande para evento da FIEMS

antonio-anastasiaO governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), vem a Campo Grande na próxima segunda-feira (24) para participar de evento promovido pela FIEMS (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul).

Anastasia ministrará palestra com o tema “o choque de gestão adotado nos dois mandatos de Aécio Neves que teve continuidade em seu mandato, levando equilíbrio às contas do Estado” de Minas.

O tucano foi eleito governador de Minas em 2010, com o apoio de Aécio Neves, hoje senador e ex-governador daquele Estado. Antes dessa eleição, Anastasia foi vice-governador do próprio Aécio.

 
Serviço: o evento será na FIEMS, na avenida Afonso Pena, 1.206 | Campo Grande – MS | às 14h30.

Figueiró viabiliza reunião de aposentados com Aécio Neves

026O presidente da Executiva Nacional do PSDB, e pré-candidato à presidência da República, senador Aécio Neves, reuniu-se nesta terça-feira (18) com representantes da Fenafisco (Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital) dos Estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo. A reunião foi marcada por intermédio do senador Ruben Figueiró (PSDB-MS).

Eles foram pedir apoio ao presidenciável para a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 555/06) que prevê o fim da taxação dos inativos. O senador Figueiró já manifestou apoio à PEC, inclusive por meio de pronunciamentos no Plenário do Senado.

Durante o encontro, o diretor para assuntos parlamentares da Fenafisco, Cláudio Fambrini, solicitou o apoio do senador Aécio à proposta. O presidenciável demonstrou simpatia ao pleito e afirmou que pretende propor mudanças para o Brasil com objetivo de melhorar o social, sem prejuízo aos aspectos fiscais. O grupo ainda vai encontrar-se com um assessor técnico do senador Aécio para entregar dados e sugestões que podem ser aproveitados na formulação de um documento partidário a ser elaborado para cada segmento da sociedade.

 

(Da assessoria de imprensa de senador Ruben Figueiró)

“Democracia”, por Aécio Neves

aecio-neves-280813-george-gianni-300x200A morte estúpida do cinegrafista Santiago Andrade, vítima de um ato inconsequente em pleno exercício de seu trabalho, deve inspirar uma profunda reflexão em todos nós, especialmente em quem tem responsabilidade com as decisões que definem os rumos do país.

A verdade é que o Brasil mudou. O país de hoje, com mais de 160 milhões de pessoas vivendo nas cidades, é um imenso território de contradições e desafios, onde antigas mazelas permanecem intocadas e insanáveis.

Fruto de políticas sociais implementadas há pelo menos duas décadas, milhões de brasileiros tiveram inegável melhoria em suas condições de vida. No entanto, a ascensão social alcançada ainda mantém inalterada uma estrutura secular de desigualdade.

A cada dia, desde o último ano, fica claro que uma crescente intolerância vem se instalando entre nós. De um lado, a intolerância com o outro –são exemplos disso as inaceitáveis perseguições às minorias sociais e as ações dos grupos de justiçamento. Na outra ponta, a intolerância no discurso virulento contra as instituições democráticas do país, presente com assiduidade espantosa nas redes sociais, muitas vezes em espaços sob o patrocínio direto de verbas públicas federais.

A hostilidade parece insuflada por um sectarismo que identifica inimigos onde deveria enxergar apenas a diferença e mina o equilíbrio democrático, que pressupõe, fundamentalmente, o respeito ao direito e às ideias do outro.

Devemos dizer “não” a este estado de coisas. A legitimidade das manifestações populares deve ser respeitada, mas é fundamental que seja garantida a integridade física das pessoas e do patrimônio público. Assim, precisa ser investigada com rigor a denúncia de que partidos políticos estariam financiando atos de violência que colocam em risco a segurança da população.

Limite não é sinônimo de autoritarismo. Muitas vezes significa compromisso com a sociedade democrática.

Democracia implica instituições sólidas, estáveis; Legislativo e Executivo eleitos de forma direta e no pleno exercício das suas responsabilidades; Judiciário independente; imprensa livre e partidos políticos representativos de ideias e princípios de grupos sociais. Essas são conquistas das quais não podemos abdicar.

Ouso dizer que, nos 30 anos das Diretas-Já e nos quase 50 anos do golpe militar, mais do que nunca, precisamos estar vigilantes e mobilizados em defesa do Estado de direito. Em defesa do respeito às leis e às instituições.

Só os valores democráticos são capazes de apontar o caminho a uma sociedade em crise de confiança, frustrada em seus sonhos e insegura com o seu futuro. E, principalmente, indignada com a realidade que vivencia.

*Aécio Neves é presidente nacional do PSDB, senador por Minas Gerais, foi governador também por MG e deputado federal

**O artigo acima foi publicado na Folha de S. Paulo – 17 -02-2014

Aécio defende apuração sobre envolvimento de partidos políticos em protestos

santiagoBrasília (DF) – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, defendeu que ocorra uma investigação detalhada sobre a suposta ação de aliciadores envolvendo partidos políticos nos protestos de rua. Aécio ressaltou que os partidos políticos existem para preservar a democracia e não podem ser uma ameaça a ela. Segundo o parlamentar, é preciso apurar a origem dos recursos que financiam as manifestações e condenou a violência.

O senador usou o perfil no Facebook para enviar a mensagem. “Partidos políticos deveriam existir para preservar a democracia e não para ameaçá-la”, destacou ele.

Em seguida, Aécio acrescentou que: “É preciso que seja investigada a grave denúncia de que partidos estariam financiando a violência contra cidadãos, instituições e o patrimônio público. Se é verdade, qual seria o objetivo? Qual é a origem dos recursos que financiam essas ações?”.

Suspeitas

No começo da semana vieram à baila suspeitas sobre o que estaria por trás dos protestos violentos, inclusive o que provocou a morte do cinegrafista Santiago Andrade, de 49 anos, no Rio de Janeiro. O advogado Jonas Tadeu Nunes, responsável pela defesa do manifestante Caio Silva de Souza, preso pela morte de cinegrafista, disse que aliciadores pagavam pelos atos dos jovens nos protestos.

O advogado Jonas Nunes afirmou que os ativistas recebiam em torno de R$150 para participar dos protestos e promover atos de violência e “terrorismo social”. Segundo ele, os jovens são aliciados por integrantes de partidos políticos e movimentos sociais, que pagam a quantia para fomentar a participação nas manifestações.

Prisão

Caio foi preso na madrugada da quarta-feira (12), em Feira de Santana (BA), e confessou ter acendido o rojão que matou Santiago. Segundo ele, “alguns manifestantes são convocados, outros não” e que não sabia quem estava por trás dos aliciamentos. “A polícia tem de investigar”, afirmou.

Em reportagem publicada nesta quarta-feira (13), na Folha de S. Paulo, o advogado informou que Caio e o também manifestante Fábio Raposo receberam o valor máximo para participar do protesto da última quinta-feira (13), no centro do Rio.

Entrevista do senador Aécio Neves a Rádio Itatiaia

aecio-neves-foto-george-gianni-2-300x200O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista exclusiva a Rádio Itatiaia nesta quarta-feira (12) em que respondeu a perguntas sobre as manifestações de rua, entre outros temas.

A seguir, a resposta do senador sobre a questão do aumento da violência e os protestos.

 Sobre aumento da violência, em especial nas manifestações

 O governo federal optou por concorrer com os estados, por transferir a responsabilidade exclusivamente para os estados na segurança pública. Não é assim que se age em um país da complexidade do Brasil. Todos os recursos aprovados no orçamento da União para qualificação das nossas polícias, para ampliação dos efetivos, para equipamentos, ficam contingenciados até o final de cada ano. Não chegam aos estados. Os recursos para o Fundo Penitenciário, para melhorarmos a situação dos nossos presídios, ficam contingenciados para o governo fazer superávit primário. Porque o governo federal não tem a capacidade de estabelecer prioridades, então trata a questão da segurança, que se agrava a cada dia, como uma questão secundária. Nossa grande preocupação é essa, planejamento. Desde que fui governador de Minas propunha que os recursos para a segurança tivesse sem repasse garantido sem qualquer tipo de contingenciamento. Cada governador, no início de cada ano, saberia com quanto contaria. E obviamente, a partir daí, faria parcerias com os municípios.

Agora, estamos assistindo o agravamento das manifestações, e temos que saber diferenciar as coisas. A manifestação pacífica é legítima e importante para a democracia e deve ser respeitada, mas aqueles que se utilizam das manifestações, dos grandes aglomerados populares, para cometer crimes, seja depredação, ataque a policiais, ataque a pessoas, como assistimos nesse trágico episódio envolvendo o jornalista do Rio de Janeiro, têm que ser punidos com base naquilo que a legislação determina. Sem qualquer flexibilidade. Porque eles são os que mais atentam contra as manifestações, porque aqueles que querem manifestar de forma democrática e pacífica estão inibidos de ir às ruas. Acabam os chamados Black Blocs ocupando as ruas contra a própria democracia. É necessário e urgente que a lei seja cumprida de forma exemplar.

Sobre manifestação do MST marcada para esta quarta-feira na Esplanada dos Ministérios. É preciso cautela?

 É preciso cautela, mas um pouco mais de governo, de respostas. Do ponto de vista da reforma agrária, por exemplo, até o governo do general Geisel, na época da ditadura, fez mais assentamentos que o governo da presidente Dilma. Ela relegou isso a um segundo plano.

A ausência de respostas, seja na melhoria do transporte público, com a priorização, por exemplo, da mobilidade de massa, como os metrôs, os VLTs. O governo passou cinco anos dizendo que seu maior projeto na área de mobilidade seria um trem-bala entre São Paulo e o Rio de Janeiro, em detrimento de metrôs pelo Brasil inteiro. As pessoas percebem isso.

A saúde pública, há onze anos, quando o PT assumiu o governo federal, 56%, mais da metade dos investimentos em saúde pública no Brasil, vinham da União. Hoje apenas 45% vêm da União. Quem paga a diferença é quem menos tem, os municípios e os estados.

Na segurança pública é acintosa a omissão do governo federal. 87% de tudo que se gasta com segurança pública no Brasil vêm dos cofres estaduais e municipais e apenas 13% do governo federal. E olha que o governo federal tem que responder constitucionalmente pelo controle das fronteiras, pelo tráfico de drogas e pelo tráfico de armas. Na verdade, a ausência da autoridade, a ausência do poder público, ao meu ver, vem agravando essa crise de insegurança que hoje já não escolhe região ou cidade, afeta todos os brasileiros.

PSDB aprova resolução para candidaturas próprias e coligações nos estados

reuniao-executiva-11-09-14-foto-george-gianni-2-3-300x199Brasília (DF) – O PSDB anunciou nesta terça-feira (11) que coligações e candidaturas próprias formuladas pelo partido nos estados deverão ser autorizadas pela Comissão Executiva Nacional da legenda. A determinação, aprovada por unanimidade, está em resolução divulgada pelo partido e tem como foco a consolidação da unidade tucana, a difusão dos princípios partidários e a candidatura do PSDB à Presidência da República. A primeira reunião do ano da Executiva Nacional do PSDB contou com a participação de maioria dos integrantes.

Para o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, a decisão possibilita que o partido coordene melhor seu trabalho nos estados, o que fortalece a candidatura nacional. “O PSDB tem uma prioridade que supera todas as outras: eleger o próximo presidente da República”, apontou.

O senador afirmou que a Comissão Executiva Nacional do PSDB não interferirá em alianças naturais já firmadas por diretórios estaduais do partido com outras legendas. “Cito meu estado, Minas Gerais, como um exemplo. O PSB participa há 10 anos de uma aliança conosco. Não posso, agora, pedir para que eles deixem de integrar um projeto que eles também construíram. Acontecerá o seguinte: os partidos defenderão a mesma candidatura no plano estadual e, no nacional, cada um lutará pelo seu nome próprio”, ressaltou.

Caráter Preventivo

Aécio afirmou ainda que a medida tem caráter preventivo, por evitar que, em uma etapa posterior, a Comissão Executiva Nacional precise realizar intervenções nos diretórios estaduais.

De acordo com o documento, as representações estaduais do PSDB precisam apresentar à Executiva Nacional, até o dia 30 de março, uma análise da conjuntura política local, que norteará a política de candidaturas e alianças.

Convergência

O anúncio foi feito após reunião da Executiva, a primeira de 2014, que contou, além de Aécio, com a presença do secretário-geral da legenda, o deputado federal Mendes Thame (SP), e com os vice-presidentes Alberto Goldman (SP), Alvaro Dias (PR), Bruno Araújo (PE), Cássio Cunha Lima (PB) e Cyro Miranda (GO).

Integraram ainda o encontro os líderes do PSDB na Câmara, deputado federal Antonio Imbassahy (BA), e no senado, Aloysio Nunes (SP). Os deputados federais Vanderlei Macris (SP), Carlos Sampaio (SP), Antonio Imbassahy (BA), Nilson Leitão (MT), Nelson Marchezan Junior (RS), Otavio Leite (RJ), Jutahy Junior (BA), Rodrigo de Castro (MG) e César Colnago (ES), além do senador Flexa Ribeiro (PA), também estiveram presentes.

Participaram também da reunião a presidente nacional do PSDB-Mulher, Solange Jurema (AL) e a vice-presidente do segmento, Thelma de Oliveira (MT), o prefeito de Teresina (PI), Firmino Filho, o presidente do Tucanafro, Juvenal Araújo (MG), o presidente do PSDB-Sindical de Minas Gerais, Rogério Fernandes, a deputada estadual Terezinha Nunes (PE), o ex-deputado federal Marcio Fortes (RJ), o presidente nacional da Juventude do PSDB, Olyntho Neto (TO), o ex-governador de Santa Catarina, Leonel Pavan, o presidente do PSDB-DF, ex-ministro Eduardo Jorge, o integrante da Executiva Elton Ronhelt.

Aécio Neves concede entrevista coletiva após reunião da Executiva Nacional

reuniao-executiva-11-09-14-foto-george-gianni-2-3Brasília (DF) – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva, após reunião da executiva da legenda, nesta terça-feira (11), em Brasília (DF).  O senador respondeu a perguntas sobre a reunião da Executiva nacional do partido; alianças regionais nas eleições 2014; declarações da presidente Dilma Rousseff e de Rui Falcão, presidente nacional do PT.

A seguir, a entrevista.

Sobre a reunião da Executiva.

Tivemos uma decisão hoje, por unanimidade da Executiva nacional do partido, de que todos os entendimentos estaduais, que estimulamos que ocorram, seja em relação ao lançamento de candidaturas ou à formalização de coligações, terão que ser validados pela aprovação da Executiva nacional do partido. Isso, de alguma forma, reforça o caráter nacional do PSDB, a prioridade que temos hoje de buscar dar ao Brasil um modelo de governo alternativo a esse que está aí, reforça nossa posição no campo nacional. Mas minha expectativa é de que todos os impasses que eventualmente ocorram sejam resolvidos no entendimento, no diálogo. A nossa preocupação certamente não é onde tem candidatos colocados, seja a governador, seja ao Senado. Mas é uma cautela que devemos tomar em relação às seções do partido onde não há um quadro definido e não há candidatura majoritária colocada por parte do PSDB. Acho que o caráter de unanimidade que essa decisão teve é uma demonstração que o partido está unido como nunca na busca da viabilização do seu projeto nacional.

Como isso vai acontecer?

Os entendimentos regionais têm que preservar, obviamente, o partido localmente. Estou me referindo especificamente aonde não temos candidatos a governador. Então vamos dividir em duas etapas: onde temos candidaturas a governo colocadas, a questão está resolvida porque uma candidatura ao governo atende claramente ao interesse da candidatura nacional. Onde não temos candidaturas majoritárias colocadas, temos que atender a dois preceitos ou a duas especificidades. Uma delas a preservação da bancada do partido, seja nas Assembleias, seja na Câmara Federal ou eventualmente no Senado. E ao mesmo tempo não ser contraditória ao interesse nacional do partido. O que não podemos é, em determinado estado atender, por exemplo, a viabilização de uma coligação que eleja um deputado para o partido, mas que cause prejuízos à campanha nacional porque eventualmente coligou-se a uma chapa que tem outros candidatos.

 

Sobre palanques duplos. Pensa em não aceitar?

Não vamos violentar as soluções naturais. Em alguns casos, teremos coligações em que, dentro dessa coligação, os membros de determinado partido farão campanha para o seu candidato à Presidência e os membros do PSDB, e de partidos que conosco estejam coligados nacionalmente, farão campanha para o candidato do PSDB. Sem que haja impedimento de que ali, localmente, eles possam, por exemplo, estar apoiando a mesma candidatura a governador, porque isso não é uma invenção, isso é respeitar a lógica. O que não vamos admitir é que localmente quadros do PSDB de alguma forma apoiem uma candidatura (nacional) de outro partido, até porque não existe essa posição.

Há algum exemplo?

Esse exemplo não existe.

Sobre a possibilidade de PSDB e PSB dividirem palanque em algum estado.

Isso vai acontecer em vários locais naturalmente. Vamos ter coligações. Minas pode ser um exemplo desses, para ficar apenas no meu estado, que segue a naturalidade de um entendimento que já existe há 10, 11 anos. Ali é natural que ambos os partidos apoiem o mesmo candidato a governador, localmente. E dentro daquela coligação os deputados, por exemplo, do PSB, ou se eventualmente tiver alguém do PSB na chapa majoritária, apoiarão o seu candidato. Isso vai acontecer de forma inversa em outros locais. A violência seria outra. A violência seria se nós, que viemos construindo, por exemplo, em Minas Gerais, um projeto até aqui para qual o PSB foi muito importante, chegasse e dissesse ‘agora não, agora vocês vão em outro caminho, contra a continuidade do projeto que vocês mesmo construíram’.  Porque eles estão dentro do governo, participam. Então, isso vai ser algo muito natural e o governador Eduardo Campos concorda comigo.

Por que essa decisão agora?

Porque é o momento dela. Porque, em vários locais, é preciso que haja uma orientação nacional. Na verdade, poderia se fazer amanhã uma intervenção se houvesse alguma decisão contrária ao interesse nacional do partido. É uma medida preventiva. É um sinal claro: o PSDB tem uma prioridade hoje, que supera todas as outras, eleger o próximo presidente da República.

Mas pelo histórico das últimas eleições presidenciais…

Acho que em alguns lugares nós deixamos de fazer coligações na direção que poderia ajudar mais fortemente a candidatura nacional. Não até por má vontade local, exatamente por falta dessa coordenação que nós estamos fazendo agora com razoável antecedência. Acho que esse é um fato novo. Nós estamos tendo a oportunidade de fazer essa construção com um mínimo de estratégia e racionalidade.

Sobre São Paulo.

Em São Paulo a condução será do governador Geraldo Alckmin. Ninguém questiona, ao contrário. Só de ter o nome do governador Geraldo Alckmin em São Paulo, a situação do partido tá bem resolvida.

No Rio de Janeiro, por exemplo, em que o partido pretende apoiar o Pezão, do PMDB, como é que vai ficar o palanque?

Não tem essa decisão, nem essa inclinação. É um estado ainda em aberto, mas não há essa inclinação. Nem decisão. Vamos construir algo que interesse a candidatura nacional do partido e preserve os nossos parlamentares. Essa é a regra. Não tem uma decisão tomada ainda em relação ao Rio de Janeiro.

Sobre crítica feita ontem pela presidente Dilma, que chamou adversários de “cara de pau”.

Foi no mesmo evento em que participou o presidente do partido também, não é? Olha, é lamentável que, em primeiro lugar, o presidente do partido que está no governo redija um discurso de sete laudas e não dê uma palavra em relação, por exemplo, à gravíssima crise de energia que assola o país e preocupa a todos os brasileiros; ou uma palavra em respeito aos direitos trabalhistas dos médicos cubanos, que nós defendemos; ou em relação, por exemplo, ao estado de calamidade que tomou conta da Petrobras, que perdeu mais de 50% de seu valor de mercado; ou sobre a crise de confiança que se abateu sobre o Brasil. Absolutamente nada.

Nós assistimos ali, de forma patética, uma sucessão de neologismos absolutamente desencontrados, que remontam aos mais gloriosos tempos dos aloprados. Na sequência devem vir aí mais alguns dossiês fajutos.

Infelizmente, acho que o PT protagonizou não uma festa, um evento partidário, mas, eu diria que inspirado talvez em Almodóvar, nós assistimos ali um partido à beira de uma crise de nervos. E está muito cedo, para um partido que nós sabemos que está preocupado com o cenário eleitoral, mostrar tanto desequilíbrio.

Em relação às ofensas ou ao palavreado da presidente da República, a minha boa formação mineira me impede de respondê-la no mesmo tom.

Íntegra da decisão do PSDB sobre as eleições 2014

reuniao-executiva-11-09-14-foto-george-gianni-2-3Brasília (DF) – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, reuniu-se nesta terça-feira (11) com os integrantes da Executiva do partido. Na reunião, foi definição uma resolução que define as normas e diretrizes para a escolha dos candidatos nas eleições majoritárias e proporcionais, assim como as coligações regionais.

Participaram da reunião os membros da Executiva Nacional do PSDB, além dos líderes da legenda na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), e no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP).

Para compreender a decisão, segue a íntegra da medida.

Baixe aqui

Aécio Neves em S.Carlos : “Brasileiros querem voltar a respeitar seus governantes”

saocarlos1-300x200São Carlos (SP) – Dando continuidade aos encontros com lideranças de todo o país, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, esteve neste sábado (8), em São Carlos (SP), reunido com prefeitos, vereadores e militantes. Aécio salientou a importância da discussão de uma nova agenda para o país acompanhado pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), presidente do PSDB de São Paulo, deputado federal Duarte Nogueira, secretário-geral do partido, deputado federal Mendes Thame (SP), prefeito de São Carlos, Paulo Altomani, e líderes regionais.

“Quero falar de coisas boas, de esperança, de confiança. O Brasil e os brasileiros não precisam acostumar-se e acomodar-se à mediocridade. Não existe propaganda oficial, por mais bilionária que seja, que mascare a realidade. E a grande realidade é que esse ciclo de governo do PT vai ser encerrado. Não em benefício do PSDB, mas em benefício dos brasileiros que querem crescer, se desenvolver e voltar a respeitar os seus governantes”, declarou.

Aécio destacou que suas andanças pelo interior do Brasil têm o objetivo de fortalecer na militância tucana o sentimento de que algo diferente pode ser feito no rumo político do país.

“Esse é um evento muito especial, como tem sido alguns outros, porque vejo as pessoas se aproximando de nós não apenas para dar um tapinha nas costas, um cumprimento, um aperto de mão, mas para perceber e sentir se estaremos realmente em condição de enfrentar os enormes desafios que temos pela frente”, disse o senador.

“É exatamente a partir de encontros que fazemos aqui hoje, em São Carlos, que eu cada vez mais consolido a ideia, o sentimento e a convicção de que depende apenas de nós, da nossa coragem, para que possamos dar, dentro de muito pouco tempo, uma resposta definitiva a todos os brasileiros que estão indignados com o despudor, com a irresponsabilidade e incompetência daqueles que vem comandando o Brasil nos últimos anos”, afirmou Aécio.

 Reformas interrompidas

Em seu discurso, o senador apontou ainda a necessidade de retomar reformas interrompidas durante os dez anos de gestão petista na presidência da República. Segundo ele, o sentimento de mudança que o país vive não é meramente partidário, mas fruto de elevada consciência cidadã.

“Em um momento de tamanha desmoralização da classe política, de tamanho divórcio da sociedade com seus representantes, nós temos que nos reunir, porque não se trata do desafio de levar um partido à presidência da República. Trata-se de nós termos a convicção clara de que nos levantamos, com coragem, para dizer basta”, considerou o tucano.

“Basta dessa centralização irresponsável de recursos nas mãos da União, que tão mal vem fazendo aos municípios e aos estados brasileiros na saúde, segurança e educação. Basta dessa visão atrasada e preconceituosa em relação ao mundo, que nos fez alinhar com ditaduras mundo afora e retirou o Brasil das grandes cadeias globais de produção”, ressaltou Aécio.

O presidente nacional do PSDB finalizou dizendo que, em um país continental com desigualdades latentes, é preciso dar mais atenção à importância de estados como o de São Paulo.

“Tenho andado pelo Brasil pregando a mudança, pregando aquilo em que acredito. Diferente dos nossos adversários, vamos fazer campanha falando a verdade, com clareza e simplicidade. Nossa grande diferença são os nossos valores”, destacou Aécio.

Entrevista do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, em visita ao AfroReggae

aecio-neves-visita-afroreggae-2-300x199O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, visitou, na manhã desta segunda-feira (10), a sede do Grupo Cultural AfroReggae, no Rio de Janeiro. Aécio Neves reuniu-se com integrantes do grupo, entre eles seu coordenador, José Júnior, e conheceu o projeto de apoio a ex-detentos na (re) inserção ao mercado de trabalho. Em entrevista coletiva, o senador respondeu perguntas sobre a parceria com o AfroReggae, a série de apagões e as questões econômicas.

O AfroReggae é uma organização não governamental (ONG) que atua principalmente na comunidade de origem de seus integrantes, por meio de atividades de apoio aos jovens, desenvolvendo projetos sociais,  como dança, percussão, futebol, reciclagem de resíduos e capoeira.
Seguem abaixo trechos da entrevista concedida por Aécio Neves à imprensa.

A visita à sede do AfroReggae 

Vamos fazer uma campanha propositiva, que fale de um Brasil novo, um Brasil que não continue nesse caminho estreito em que estamos hoje, em que as principais conquistas, e falo da estabilidade, da credibilidade do Brasil, estão se perdendo. Apenas quem não quiser é que não enxerga o caminho extremamente perigoso que o Brasil está trilhando. Não há propaganda oficial, por mais bilionária que seja, que mascare a nossa realidade. O Brasil cresceu ano passado apenas mais que a Venezuela, aqui na nossa região, na América do Sul. A inflação está em torno do teto da meta. Em nenhum dos anos do governo da presidente Dilma a inflação vai chegar sequer próxima do centro da meta. Isso porque temos preços controlados de energia, de combustíveis, de transporte público. Porque a inflação real, na tampa que essa panela de pressão sair, vai para 9%, 10%. Aliás, a de inflação já ultrapassou isso. Então, o que queremos é discutir com muita seriedade que caminho queremos para o Brasil.

E o PSDB, falo como presidente nacional do PSDB, vai apresentar uma proposta nova para o Brasil, de meritocracia, solidariedade com estados e municípios. A questão da segurança pública será absolutamente prioritária na nossa proposta, e por isso conversas como a que estou tendo aqui no Rio hoje com o AfroReggae serão importantes. Queremos incorporar algumas das experiências delas, não digo nem que sejam heterodoxas, mas elas fogem àquele receituário tradicional de segurança pública. Aumenta efetivo, aumenta equipamentos para pegar mais bandidos. Não, vamos tentar diminuir o número de bandidos com medidas como essa aqui. E aqui estou muito à vontade. A nossa experiência, o Júnior pode dizer aqui, com o AfroReggae é algo que existe muito antes de qualquer projeto presidencial, porque acredito nisso. E os resultados lá em Minas foram muito bons, como têm sido bons aqui também no Rio, e espero que possam ser bons no Brasil. Minha visita aqui hoje é para estreitar laços que já existiam na construção de um projeto para um Brasil que queremos melhor que o atual.

Sobre os apagões e a ameaça de desabastecimento

Muito preocupado, não apenas eu, mas os brasileiros como um todo e em especial os especialistas. Nenhuma área teve uma atuação tão pessoal da atual presidente da República nos últimos doze anos como a área de energia, seja como ministra de Minas e Energia, depois chefe da Casa Civil, onde fez questão de externar a todo instante quem mandava, deixar claro quem mandava na área, depois como presidente da República. Denunciamos no ano passado o equívoco de uma medida provisória que desestruturou o sistema, afugentou investimentos. E o Brasil vai na contramão  do mundo. Ao invés de investirmos em energias alternativas, estamos com parque eólicos prontos, sem que as linhas de transmissão fossem feitas. Algo absolutamente absurdo. Abandonamos, por exemplo, o grande programa do etanol, com energia alternativa também, para apostar apenas nas energias fósseis. E o que ocorreu é que ao invés de termos o efeito que gostaríamos, de diminuição da conta de luz, que poderia ter vindo pela isenção do PIS/Cofins, que foi a nossa proposta, teríamos uma queda maior ainda do que a que houve na conta de luz, seja das empresas, seja das indústrias, seja do cidadão, se houvesse a simples diminuição do PIS/Cofins incidente sobre as contas de luz, como, aliás, fizemos nos impostos estaduais. Em Minas Gerais, por exemplo, meta das famílias não paga ICMS, o mais importante imposto estadual sobre conta de luz. As famílias de mais baixa renda, é óbvio. O governo, não. Fez uma profunda intervenção no sistema, afugentou investidores e seria cômico se não fosse trágico. Mas o triste é que é trágico. Apenas não estamos tendo apagões ainda em maior extensão porque o Brasil parou de crescer, estamos tendo um crescimento pífio. Se o Brasil tivesse crescendo nos níveis que apregoavam o ministro da Fazenda no início do ano, a 4%, não teríamos energia para sustentar esse crescimento. Então, a falta de planejamento e a incompetência do atual governo chegaram em um setor absolutamente essencial para a vida e para o crescimento do país. E o que esperamos pela frente? Mais um crescimento pífio da economia, infelizmente.