PSDB – MS

Aécio Neves

“O dia seguinte e os próximos quatro anos”, por Marcus Pestana

Artigo do presidente do PSDB-MG, deputado federal Marcus Pestana, publicado na edição de segunda-feira (10) do jornal O Tempo

Marcus-Pestana-Foto-George-Gianni-PSDB--300x300Fechadas as urnas, retomo hoje meus artigos semanais neste espaço.

Passamos pela sétima sucessão presidencial após a histórica campanha das Diretas, em 1984, e a transição democrática liderada por Tancredo Neves, em 1985. Temos o que comemorar. Nunca na história tivemos tamanha liberdade, e a democracia brasileira revelou toda a sua solidez.

Apesar do clima de ampla liberdade, a campanha de 2014 ficará marcada como uma das mais agressivas, na qual calúnias e agressões inaceitáveis foram manipuladas sem pudor. Dentro da lógica de que os fins justificam os meios, a campanha do PT, no desespero da manutenção do poder a qualquer preço, utilizou as redes sociais, SMSs e telefonemas, espalhando mentiras para ameaçar cidadãos e desconstruir adversários. Não bastasse isso, ataques injustificáveis agrediram a vida pessoal e familiar de candidatos.

A ética na política tem que ser revalorizada. Não é legítimo “fazer o diabo” para ganhar eleições. Os meios devem ser coerentes com os fins. A prática na campanha é o cartão de visitas de um futuro governo.

Aécio Neves, carregando os melhores valores de Minas, na trilha de JK, Tancredo e Itamar, foi um guerreiro. Fez uma campanha belíssima de que todos podemos nos orgulhar. Firme, sereno e sólido em suas propostas, escreveu uma bela página política. Saiu muito maior que entrou. Perdeu, ganhando. E já se firma como protagonista central do novo ciclo histórico.

Para nós, do PSDB, a campanha de Aécio foi revigorante. Superamos a timidez que nos marcou nos últimos anos. Aécio defendeu com coragem e determinação uma visão alternativa ao status quo e plantou sementes da mudança desejada por mais de 51 milhões de brasileiros. FHC foi resgatado em seu papel histórico essencial para o Brasil contemporâneo. E nos reencontramos com as ruas. Milhares de pessoas abraçaram Aécio nas grandes cidades e capitais. A herança da campanha é o melhor adubo para persistimos.

Dilma terá agora que enfrentar a sua própria herança maldita. As bombas de efeito retardado plantadas por seu governo cobrarão a fatura. É o efeito bumerangue, consequência da péssima gestão na economia e do maior escândalo da história republicana envolvendo a Petrobras.

As duas primeiras semanas já sinalizaram muito bem o quadro de dificuldades em que se encontra o país e a fragilidade do discurso do PT na campanha. Aumentos dos juros, na energia elétrica, da gasolina. Informações que foram escondidas durante a campanha explodiram nas páginas dos jornais: o maior déficit fiscal da história e o aumento da pobreza extrema foram revelados pelo Tesouro e pelo Ipea. Antes mesmo de seu início, o segundo governo Dilma já nasce envelhecido e sem direito à tradicional lua de mel.

Da nossa parte, ofereceremos, em nome dos 51 milhões de brasileiros, uma oposição firme, qualificada, intensa, em defesa da liberdade, da estabilidade econômica e dos avanços sociais. E exigiremos, dia após dia, o total esclarecimento do escândalo da Petrobras e a punição dos culpados. A mudança só começou!

Deputados lamentam série de equívocos do governo petista e cobram providências

facebook-logo-psdb-300x300Deputados do PSDB foram à tribuna da Câmara nesta terça-feira (11) enumerar a série de desacertos do governo de Dilma Rousseff divulgados após o fim das eleições e cobrar as promessas feitas por ela durante o pleito.

“Nós vimos nessas últimas duas semanas que a miséria no país aumentou e que o desmatamento na Amazônia cresceu 122% entre os meses de agosto e setembro do ano passado em relação aos mesmos meses deste ano”, exemplificou o deputado Duarte Nogueira (SP), que preside o diretório regional do PSDB em São Paulo.

Segundo o parlamentar, o governo fez tudo que pôde para impedir que a sociedade pudesse tomar sua decisão nas urnas de maneira consciente, lúcida e transparente. “O povo nunca erra. O povo sempre acerta desde que ele tenha todas as informações”, acrescentou.

Nogueira apontou ainda contradições entre o discurso e a prática da presidente. “O ministro da Fazenda, Guido Mantega, que deve ser substituído nos próximos dias, já disse que os bancos públicos, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES, reduzirão a sua parcela nas ações do desenvolvimento econômico do país”, afirmou. “Era o que dizia a candidata Dilma Rousseff contra o nosso candidato Aécio Neves, enganando a sociedade no momento de campanha eleitoral.”

O deputado Luiz Carlos Hauly (PR) exigiu as reformas prometidas pela petista durante os mais de 100 dias de campanha pela Presidência da República. “Se a senhora continuar com esse governo medíocre, recessivo, vai levar o país a uma convulsão social gigantesca”, destacou o parlamentar, que perguntou pela diminuição de gastos do setor público, pelos projetos e pelas propostas do governo para os próximos anos.

“Faça jus aos votos que recebeu na urna: livre-se do PT, faça um governo para a história, para o Brasil, para que a senhora saia honrada deste governo”, recomentou Hauly. “Da maneira como a senhora está procedendo, vai sair desonrada e enxovalhada.”

O tucano também criticou a escalada da dívida pública. “Com o Bolsa Família gastou-se R$ 150 bilhões em 10 anos. Mas com o pagamento de juros, R$ 1,5 trilhão”, alertou. Além disso, recordou que o Brasil ostenta a maior carga tributária do mundo. “Um trabalhador brasileiro, segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), paga 53,9% de impostos diretos e indiretos. Ou seja, quem ganha R$ 1 mil está pagando R$ 539 reais de impostos.”

Do Portal do PSDB na Câmara

“Aécio Neves e o resgate da boa política”, por Antonio Imbassahy

Artigo do líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), publicado na edição desta terça-feira (11) da Folha de S. Paulo

imbassahyPlenarioCamara-300x225O país mal acordou do resultado das urnas e o Banco Central decidiu pelo aumento da taxa de juros, contrariando o discurso marqueteiro da presidente Dilma durante a campanha. Longe de causar espanto, o fato mostra o quanto o país se viu envolto em uma nuvem de dissimulações, mentiras e falsas promessas durante a disputa eleitoral.

No vale-tudo da campanha, o PT demonizou a oposição associando-a ao fim dos programas sociais, à retirada do prato de comida do povo pelas mãos de banqueiros vorazes, ao sucateamento dos bancos públicos e a outras perversidades.

Estamos agora diante da dura realidade. Crescimento medíocre, inflação alta, indústria paralisada, contas represadas que começam a ser desovadas, a Petrobras nas águas profundas da corrupção.

São muitas as mazelas e há setores do próprio governo falando em ajuste fiscal “violentíssimo” em 2015, como noticiou o jornal “Valor” no dia 30/10. Certamente, há um descompasso entre esse Brasil real e o país edulcorado da campanha petista. Em algum momento, no entanto, eles terão de se encontrar.

Nessa hora, é bom lembrar o chamado à boa política feito por Aécio Neves ao longo de sua campanha. O candidato fez uma pregação em tudo oposta à conduzida pela presidente da República.

No lugar da intransigência ao debate, da contabilidade criativa, do pouco caso com a inflação, do mau uso das empresas públicas e da tolerância com o crescimento medíocre, Aécio propôs diálogo maduro com a sociedade, transparência nos compromissos, controle das contas públicas, reformas estruturantes, estabilidade macroeconômica, zelo pelas empresas do Estado, fortalecimento das políticas sociais e uma visão de futuro para o país.

Uma pauta ambiciosa, sem dúvida, mas à altura do país que todos sonhamos construir. E exequível, pela seriedade com que foi elaborada e pelo conjunto de forças mobilizadas em sua arquitetura.

O programa de governo de Aécio Neves nasceu de discussões amplas e da soma de experiências de dezenas de pessoas nas esferas pública, privada e da sociedade em geral. O que vimos foi o exercício da política em sua essência, com o reconhecimento de que as questões que dizem respeito à comunidade merecem ser debatidas por todos e não apenas servir aos interesses de um grupo encastelado no poder.

As ideias, propostas e ações elencadas no programa do PSDB são uma amostra vigorosa de nossas potencialidades. O Brasil é um país em constante transformação e aperfeiçoamento. Mas há ciclos de paralisia e retrocesso que precisam ser superados, para que o país reencontre a sua vocação desenvolvimentista.

As urnas revelaram uma nação dividida em sua escolha final, mas toda ela ávida por mudanças. A sociedade brasileira quer bem mais do que vem recebendo. Promover as reformas indispensáveis à correção de rumos vai exigir algo além dos discursos inflamados dos últimos meses.

Vencida a agenda eleitoral que galvanizou corações e mentes, o país clama por uma agenda de boa governança.

Em sua cruzada cívica, Aécio Neves mostrou que há uma forma diferente de se pensar a condução do país, muito mais audaciosa e responsável. Sua campanha emocionou, contagiou e mobilizou o Brasil, mas o maior legado de sua participação talvez tenha sido o resgate da política como o bem maior da democracia.

A política, em sua concepção mais genuína, afirma-se no enfrentamento cotidiano das contradições, diferenças e expectativas de vários grupos sociais. É o diálogo no mais alto nível, sem o qual não há ambiente democrático que se sustente. Esse ensinamento merecia ser revivido com a força e a dignidade que Aécio Neves lhe dispensou. Por isso, ele sai dessa campanha na companhia invejável de 51 milhões de brasileiros e um patrimônio de credibilidade admirável.

A voz de Aécio ecoou por todo o Brasil e não será esquecida, pois o próprio senador já avisou que “não iremos nos dispersar”. A boa política agradece.

Resolução petista é “atestado do preconceito”, afirma Duarte Nogueira

duarte-nogueira-foto-george-gianni-psdb--300x206Brasília (DF) – Os tucanos reagiram com veemência à resolução do PT divulgada na última segunda-feira (3), na qual o partido da presidente Dilma Rousseff voltou a mostrar sua dificuldade em conviver com o contraditório. O texto aprovado pela cúpula petista tentou diminuir o desempenho do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, na campanha presidencial, da qual saiu com mais de 51 milhões de votos no segundo turno.

Após ser acusado pela resolução petista de ter exaltado o “machismo, racismo, preconceito, ódio e intolerância” durante o pleito, Aécio rebateu em seu primeiro pronunciamento na tribuna do Senado após as eleições. na sua opinião, o PT “tenta carimbar na nossa candidatura características que, na verdade, retratam a própria ação petista”.

“Não, nós não somos isso que querem fazer crer. Somos, na verdade, brasileiros de várias matrizes ideológicas que se, de alguma forma, se juntaram, se encontraram, no mesmo campo político, no mesmo projeto, é porque este era o projeto melhor para o país”, acrescentou.

Antidemocracia

Para o deputado federal Duarte Nogueira, a resolução petista é “o atestado do preconceito e da atitude antidemocrática do partido”. Ele afirmou que “o mandato conquistado nas urnas nada mais é do que a extensão de como se fez a campanha política”.

“Se você fez a campanha mentindo, segregando as pessoas, atuando com preconceitos e, ao mesmo tempo, usando instrumentos ilegais e inadequados, o seu mandato será isso. E, infelizmente, é esse resultado que podemos esperar desse novo mandato da presidente Dilma”, destacou.

Ainda segundo o deputado, “não se faz democracia em uma nação desenvolvida tentando destruir os seus adversários a qualquer custo e ‘fazendo o diabo’. Desenvolve-se mostrando o caminho correto para que as dificuldades possam ser superadas, e não rotulando seus adversários”.

O parlamentar também disse ter convicção de que o povo nunca erra. “A prerrogativa, porém, é que se tenha todos os instrumentos e conhecimento necessários para isso. Infelizmente, o Brasil ainda não conhecia o PT, por isso o elegeu. Com o tempo, e com esse conhecimento vindo à tona, a sociedade ficará mais preparada e não votará mais no PT”, concluiu.

“A Oposição é um Movimento”, análise do ITV

aecio-neves-senado2-300x199Aécio Neves reassumiu ontem suas funções como senador da República. Deixou claro que a oposição ao governo recém-reeleito será vigorosa, mas estritamente pautada nos marcos democráticos. Apresentou-se firme diante do clamor por liderança que os brasileiros pedem, no mesmo instante em que a candidata vitoriosa busca as barras de seu tutor para refugiar-se.

Aécio fez discurso no Senado em que demarcou as balizas em que pretende marchar representando os mais de 51 milhões de brasileiros e brasileiras que depositaram nele sua confiança e seu voto. Uma oposição sem adjetivos, a favor do Brasil e na defesa dos valores mais caros aos nossos cidadãos de bem: ética, honestidade, eficiência e, sobretudo, compromisso com uma vida melhor para a população.

O pronunciamento, antecedido por um encontro suprapartidário reunindo os que não comungam das ideias defendidas pelo PT, também serviu para denunciar as armas vis que a candidatura oficial usou para conquistar a vitória. Em especial, o medo disseminado entre os mais pobres e as mentiras mil vezes reiteradas.

Aécio fora recebido no Congresso um dia antes nos braços do povo. Por onde passa, é agora saudado pelos que se frustraram com a vitória do governo, pelos que lutaram pela mudança tão aguardada, mas que não aconteceu. Há nítido anseio por um novo Brasil, que uma oposição revigorada e bem comandada levará adiante.

Ao mesmo tempo em que Aécio retoma o papel que dele espera o sentimento verdadeiro e patriótico ora existente no país, a presidente da República refugia-se debaixo das asas de seu tutor, Luiz Inácio Lula da Silva. É flagrante a diferença de posturas e de atitudes. Fica a impressão de o eleitorado ter feito a escolha trocada…

Desde a eleição, o governo de Dilma Rousseff só fez revelar fracassos – que, aliás, já vinham de longa data. Desde a eleição, a presidente reeleita ainda não apresentou ao país – como, aliás, não fizera durante toda a campanha – nenhum novo rumo para tirar-nos do atoleiro em que ela mesma nos colocou.

Pior ainda, ao ver-se em dificuldade para montar a equipe com que governará pelos próximos quatro anos, correu para seu porto seguro de sempre: o ex-presidente que lhe alçou ao posto e que lhe dá guarida. Como dialogar com quem não sabe aonde quer chegar, muito menos como fará para lá aportar?

O que resta evidente é que o país crítico, mobilizado, consciente e convicto de suas crenças terá na oposição que emergiu das urnas sua melhor representação. As forças que sustentaram a candidatura de Aécio Neves deixaram de ser só políticas e se tornaram um movimento, que, inexorável, continuará a avançar.

Em entrevista à rádio Estadão, Aécio Neves defende criação de nova CPMI da Petrobras

aecioneves-durante-reuniao-psdb-foto-georgegianni2-300x199O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, disse, nesta quinta-feira (5), se até o final dos trabalhos da CPMI que apura as denúncias de esquema de corrupção na Petrobras, em dezembro, os fatos não estiverem elucidados, defenderá a continuidade das investigações no próximo ano. Em entrevista ao vivo à Rádio Estadão, Aécio antecipou que iniciará a coleta de assinaturas para a instalação de uma nova CPMI logo no início da próxima legislatura.

“É preciso que o governo pare de agir no sentido de dificultar as investigações em relação ao esquema de corrupção que tomou conta da Petrobras. As ações do governo é que vão orientar, é que vão definir que nível de diálogo efetivamente eles querem. Nós vamos cobrar que as investigações continuem. E já anunciei que, se no encerramento da CPMI este ano, não estiverem ainda elucidados em profundidade todo esse esquema, ou até onde quem ele atingiria, quais as suas ramificações dentro do governo, que a partir de 1º de fevereiro, na reabertura do Congresso, vamos iniciar a coleta de assinaturas para uma outra CPMI”, afirmou.

Indagado sobre um possível acordo entre partidos da base para impedir a convocação de  políticos pela CPMI, Aécio rebateu: “Na verdade nós temos uma minoria, do ponto de vista numérico, pouco expressiva na CPMI. O governo é que define as oitivas, quem são as pessoas a serem chamadas. Eu não participei dessas reuniões, mas no que depender de mim e, se não for possível chamar ainda este ano, que isso seja feito a partir do início do ano que vem.”

Aécio lembrou ainda que essa CPMI só foi instalada após ele e um grupo de senadores de oposição recorrerem ao Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado. “E conseguimos que ela fosse instalada. Porque a base do governo no Senado e na Câmara não queria”, acrescentou.

Clique AQUI para acessar o link da entrevista.

Senado aprova IPCA como novo indexador das dívidas dos estados, índice defendido por Aécio

aecio-neves-plenario-sf-foto-george-gianni--300x199Depois de 12 anos de promessas dos governos do PT em rever a dívida dos estados com a União, foi aprovado, nesta quarta-feira (05/11), pelo Senado, projeto que possibilita a redução dos encargos pagos por estados e municípios sobre suas dívidas. A revisão da dívida dos estados é uma bandeira do senador Aécio Neves, desde 2003, quando assumiu o governo de Minas Gerais.

Reivindicação antiga de governadores e prefeitos, que veem suas dívidas crescerem mais de 20% ao ano, o projeto do Executivo troca o indexador dessas dívidas, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), como sugeriu o senador Aécio Neves em projeto apresentado em 2012. Além disso, reduz os juros, dos atuais 6% a 9% ao ano, para 4% ao ano.  Pelo projeto de Aécio Neves, o melhor para os estados seria taxa real de juros ainda menor, de 2% ao ano.

“Assistimos ao despertar de um novo país: crítico, sem medo e mobilizado”, diz Aécio no plenário do Senado

aecio_plenariosenado_orlandobrito_2-300x200O primeiro discurso do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), no plenário do Senado após as eleições de 2014, nesta quarta-feira (5/11), foi marcado pelo agradecimento aos 51 milhões de brasileiros que confiaram em sua candidatura à Presidência da República. Aécio afirmou que o Brasil assistiu ao despertar de um novo país nas urnas – crítico, sem medo e mobilizado, com voz e convicções.

“Esse é o fato mais marcante, extraordinário e maravilhoso dessas eleições, que a história haverá de registrar: nós assistimos ao despertar de um novo país. Um país sem medo. Um país crítico. Um país mobilizado. Um país com voz e convicções. Um país que não aceita mais o discurso e a propaganda que tenta sempre justificar o injustificável. Que tenta esconder a realidade. O Brasil que saiu das urnas é um novo Brasil, onde os brasileiros descobriram que podem eles próprios ser protagonistas do seu próprio destino”, avaliou.

Aécio destacou que viveu uma das jornadas mais importantes de toda a sua trajetória política, “a mais difícil e desafiadora que um homem com responsabilidade pública pode protagonizar”.

“Estou agradecido e honrado pela manifestação de mais de 51 milhões de brasileiros de todas as nossas regiões, de todos os municípios, de todas as idades e classes sociais, que viram na nossa candidatura a possibilidade de construir um caminho melhor, para mudar de verdade o Brasil”, disse.

Aplaudido pelos parlamentares presentes, o discurso teve vários apartes, entre eles dos senadores Pedro Taques (PDT-MT), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Cyro Miranda (PSDB-GO), Ana Amélia Lemos (PP-RS), Cristovam Buarque (PDT-DF), Magno Malta (PR-ES), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) e Sérgio Petecão (PSD-AC). Ao final do pronunciamento, Aécio foi saudado pelo deputado Beto Albuquerque (PSB-PE), vice-candidato à Presidência da República na chapa de Marina Silva.

Disputa desigual
Aécio destacou que, durante sua campanha, se colocou como alternativa na defesa de um Estado mais eficaz, valorizando a transparência e a meritocracia no serviço público, a retomada de reformas para a modernização da economia, uma agenda de desenvolvimento sustentável, a maior participação do investimento privado na infraestrutura, a manutenção e o avanço dos programas sociais.

“Também me posicionei na firme na defesa de valores que foram aviltados dia após dia. Na busca da recuperação da ética atropelada pelo vale-tudo político, na preservação do interesse público, tão vilipendiado por interesses privados e partidários, e no combate sem tréguas à corrupção, que atinge níveis como nunca antes se viu no país”, ressaltou.

Para Aécio, a disputa presidencial com a atual presidente da República, Dilma Rousseff, foi desigual, “em que os detentores do poder usaram despudoradamente o aparato estatal para se perpetuarem, por mais quatro anos, no comando do país”. “Esta é a verdade. Adotou-se um vale-tudo nunca antes visto na nossa história. Nossos adversários cumpriram o aviso dado ao país, de que nas eleições se pode “fazer o diabo”. E fizeram. Mostraram que não enxergam limites na luta para se manter no poder”, salientou.

“No geral, o que se assistiu foi uma campanha baseada no estímulo ao ódio – um projeto amesquinhado e subordinado ao marketing do medo e da ameaça. Tentaram, a todo custo, dividir o país ao meio, entre pobres e ricos, entre Nordeste e Sudeste, como se não fôssemos um só povo, um só país, uma só esperança de tempos melhores”, lamentou.

Arma dos adversários
O senador acrescentou que a principal arma dos adversários na disputa eleitoral foi a mentira. “Mentiram sobre o passado para desviar a atenção do presente. Mentiram para esconder o que iriam fazer tão logo passasse as eleições. Fomos acusados de propostas que nunca fizemos. Assistimos a reiteradas tentativas de reescrever a história, sempre nos reservando o papel de vilões que jamais fomos, e não somos. No entanto, não demorou muito para que a máscara começasse a cair”, disse.

Aécio lembrou que as insistentes negativas da presidente Dilma Rousseff quanto à alta dos preços e os riscos do crescimento inflacionário caíram por terra quando o Banco Central, apenas três dias após as eleições, elevou os juros para tentar conter o avanço da inflação. “Para a presidente, em sua campanha, elevar os juros era retirar comida do prato dos mais pobres. Pois bem. Se isso era verdade, foi o que ela fez logo que ganhou as eleições: prejudicando os brasileiros mais carentes. E sabia que iria fazer isso”, exemplificou.

Compromissos fundamentais
Em seu discurso, Aécio afirmou que três compromissos fundamentais vão orientar a nova oposição que se estrutura: o compromisso com a liberdade, com a transparência e com a democracia. “Este talvez seja o grande desafio do Brasil do nosso tempo: ser uma nação que garanta direitos dignos dos cidadãos. O Brasil real exige providências efetivas que resgatem os direitos das pessoas à vida, à dignidade. Basta de tanta omissão. Chega de terceirizar responsabilidades e penalizar estados endividados e municípios à beira do colapso financeiro”.

O senador acrescentou ainda que a oposição irá retomar o seu trabalho a partir de já com o ânimo redobrado. “Nossa travessia não terminou. Nós não vamos nos dispersar. Faremos uma oposição incansável, inquebrantável, intransigente na defesa dos interesses dos brasileiros. Vamos fiscalizar, acompanhar, cobrar e denunciar. Vamos combater sem tréguas a corrupção que se instalou no governo brasileiro. E, mesmo sendo minoria no Congresso, vamos lutar para que o país possa avançar nas reformas e nas conquistas que precisamos alcançar”, disse.

E completou: “É hora de olhar para frente. De cuidar do presente, para prover o futuro que o Brasil e os brasileiros merecem ter. A cada brasileiro e a cada brasileira que foi às ruas. Que vestiu as cores da nossa bandeira. Que enfrentou as calúnias e constrangimentos de um exército pago nas redes sociais. Que com alegria e esperança defendeu a mudança, a ética, e a união dos brasileiros. A cada um de vocês, digo em nome dos companheiros da oposição, agora e a cada dia dos próximos anos, estaremos presentes. Vamos em frente, juntos sempre, por um Brasil melhor que o Brasil atual”.

Aliados destacam importância de mobilização e liderança de Aécio

aecioneves-durante-reuniao-psdb-foto-georgegianni8-300x199Brasília (DF) – Na primeira reunião das forças de oposição após as eleições presidenciais deste ano, promovida pelo PSDB nesta quarta-feira (5), representantes de partidos que integraram a Coligação Muda Brasil e outros líderes políticos que apoiaram a candidatura do senador Aécio Neves no segundo turno ressaltaram o fortalecimento garantido pelas urnas ao movimento em favor de mudanças.

Sob o comando do presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, que obteve 51 milhões de votos no segundo turno da disputa presidencial, o evento realizado no auditório Nereu Ramos na Câmara dos Deputados ficou lotado. Aécio fez questão de dividir a cena com seus aliados de oposição, dando a palavra a pelo menos um representante de cada um dos partidos presentes.

O líder do Democratas na Câmara, deputado federal Mendonça Filho (PE), disse que “a oposição deve intensificar sua mobilização”, seguindo o recado dado pelas urnas. Para o democrata, a somatória entre uma atuação forte da oposição no Congresso – como exemplo, ele citou a derrubada do decreto 8.243 que regulamentava a criação de conselhos populares proposto pela presidente Dilma – e a participação efetiva de líderes oposicionistas nas manifestações populares é a chave para que o ambiente de forte politização seja mantido.

Para o líder do DEM, “2018 começa agora”. E acrescentou: “É consenso que Aécio saiu das eleições maior do que entrou. Ele empenhou bandeiras muito boas”, disse.

Já a senadora Ana Amélia (PP-RS), que disputou o governo do Rio Grande do Sul e apoiou desde o primeiro turno a candidatura de Aécio, presidente do PSDB é um político que reúne características de líder e de estadista.

“Aécio é um jovem que conquistou 51 milhões de brasileiros. Ele faz política com o coração e com a razão, o que mostra que ele consegue ser, ao mesmo tempo, um líder e um estadista. Ele carrega a emoção de todos os que estão ao seu lado”, declarou.

Apoio

O presidente nacional do Solidariedade, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (SP), lembrou um episódio da campanha presidencial que, segundo ele, retrata a diferença que há entre o apoio popular autêntico recebido pelas candidaturas de Aécio Neves e da petista Dilma Rousseff.

“Nosso primeiro ato de campanha foi em uma fábrica na cidade de São Paulo. Lá, o Aécio foi carregado nos braços pelos trabalhadores, tamanha a aceitação às suas propostas. No começo da campanha nós tínhamos que correr atrás dos trabalhadores; depois, eles que nos procuravam para saber o que tínhamos a dizer. O PT, por sua vez, fez discursos esvaziados nas portas de fábricas, já que as pessoas não queriam ouvir os líderes deles”, disse.

Segundo Paulinho, Aécio trouxe de volta esperança aos brasileiros. O deputado acrescentou que, entre os objetivos das oposições, está o de cobrar que Dilma Rousseff cumpra suas promessas de campanha: “Vamos ver se ela consegue fazer a economia crescer e se apresenta uma proposta concreta para o fator previdenciário”.

Momento histórico

O vice-governador eleito de Pernambuco, Raul Henry (PMDB), elogiou a postura de Aécio Neves durante a campanha presidencial e destacou que o tucano defendeu o legado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que governou o Brasil entre 1995 e 2002 e foi o responsável pela criação de bases que ajudaram na modernização do país.

“Nós temos o privilégio de termos você para liderar um grupo de pessoas que quer mudança no país”, declarou.

Na avaliação do presidente nacional do PPS, o deputado federal Roberto Freire (SP), a união das oposições que se vê atualmente no Brasil é um momento histórico.

“Nós demos voz à indignação das ruas. Somos uma oposição democrática que surge de uma eleição renhida, e que emerge com força e com perspectivas históricas duradouras. Vamos derrotar o PT na luta democrática”, disse.

A defesa da democracia também foi apontada como prioridade pelo candidato do PSC à Presidência da República, Pastor Everaldo, identificado por Aécio Neves como “alguém que sensibilizou e que falou a todo o Brasil sobre a necessidade de mudança”.

“Nós acreditamos na força do povo brasileiro e na capacidade de construirmos um país melhor do que o que está aqui. Vamos, sempre dentro da democracia”, ressaltou.

Oposição sai fortalecida das eleições e preparada para cumprir seu papel

aecioneves-durante-reuniao-psdb-foto-georgegianni14-300x199Brasília – Líderes do PSDB que participaram nesta quarta-feira (5) do encontro promovido pelo partido no Congresso Nacional declararam que as forças políticas que fazem oposição no Brasil estão mais fortalecidas após o término das eleições de 2014. A avaliação foi feita durante reunião organizada pelo PSDB que lotou o auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, e que foi conduzida pelo presidente do partido, senador Aécio Neves.

“Saímos das eleições como o agrupamento político mais forte do Brasil”, declarou o ex-governador paulista Alberto Goldman, um dos vice-presidentes do PSDB. Segundo o tucano, a condição foi dada ao partido pela população, que se expressou nas urnas, com os mais de 51 milhões de votos destinados a Aécio na disputa presidencial, e também nas manifestações que pediram a vitória do presidente do partido e de outros candidatos pelo PSDB em todo o país.

O senador Cássio Cunha Lima (PB), também vice-presidente do PSDB, disse que a condição traz mais responsabilidade ao partido. “O PSDB recebeu mais de 51 milhões de votos do povo brasileiro e agora cabe a nós fazer oposição com responsabilidade ética, espírito público e decência. Vamos fiscalizar os atos de um governo que começa a se desmoralizar já nos primeiros instantes”, disse.

Para Cássio, a presença da oposição no Congresso é reforçada também por um crescimento “qualitativo e quantitativo” da bancada – representado, entre outros nomes, pelos ex-governadores Tasso Jereissati (CE), José Serra (SP) e Antonio Anastasia (MG), todos eleitos senadores e que começarão a exercer seus mandatos em 2015.

Na avaliação do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), a bancada do partido está preparada para cumprir seu papel oposicionista. “Faremos uma oposição qualificada, sob a liderança de Aécio Neves, e respaldados pelos 51 milhões de brasileiros que deram apoio à forma de gestão praticada pelo PSDB”, destacou.

Encontro e confiança
Secretário-geral do PSDB, o deputado federal Mendes Thame (SP) disse que o partido vive um momento de afirmação, traduzida pelo encontro desta quarta-feira.

“Estamos nos afirmando como uma alternativa a tudo que o PT representa. E também respondemos à mobilização feita pelo povo”, disse.

Para o deputado, um dos principais legados da eleição é o reforço do posicionamento do nome de Aécio Neves como uma referência para a esperança dos cidadãos.

“Aécio se tornou o depositório da confiança de milhões de brasileiros, que não tinham onde destinar sua esperança. O PSDB precisa canalizar essa insatisfação dos brasileiros e manter as expectativas criadas”, declarou Thame.