PSDB – MS

Aécio Neves

Pimenta da Veiga: “Vamos discutir Minas com os mineiros”

Foto-Pimenta-da-Veiga-300x199O ex-ministro e ex-prefeito de Belo Horizonte, Pimenta da Veiga, assumiu, nesta segunda-feira (26/08), a presidência do Instituto Teotônio Vilela de Minas Gerais (ITV-MG). Ao lado do senador Aécio Neves, do governador Antonio Anastasia, do presidente do PSDB-MG, deputado federal Marcus Pestana, além de lideranças tucanas de Minas, Pimenta da Veiga afirmou que percorrerá o estado para defender os ideais da socialdemocracia e discutir com os mineiros as demandas de Minas.

“Vamos continuar a nossa estrada defendendo os nossos ideais porque neles acreditamos, sem abandonar a ética na beira da estrada, porque para nós política e ética são indissociáveis. Estou assumindo o Instituto Teotônio Vilela, um instrumento do partido para discutir, para debater os temas e promover estudos. Vou percorrer todas as partes do Estado para discutir Minas com os mineiros. Discutir o que foi feito pelos governos de Aécio e Anastasia e o que podemos fazer a mais para melhorar a infraestrutura, a saúde e a educação e ver o sentimento dos mineiros.”

O Instituto Teotônio Vilela é o órgão de estudos e formação política do PSDB responsável por promover estudos, seminários, palestras e debates sobre a realidade brasileira, com o objetivo de formular políticas públicas coerentes com o ideário da socialdemocracia.

Advogado e ex-deputado, Pimenta da Veiga foi um dos fundadores do PSDB em junho de 1988. No mesmo ano, foi eleito prefeito de Belo Horizonte, o primeiro prefeito tucano de uma capital.

Pimenta da Veiga substitui o deputado federal Eduardo Barbosa na presidência do ITV-MG que deixa o cargo para ser o coordenador nacional de políticas sociais do PSDB. Impossibilitado de comparecer à solenidade de posse, o deputado enviou uma mensagem a Pimenta da Veiga.

“Esta data marca um novo momento do PSDB, pois, celeiro de grandes nomes na política de nosso país, se posiciona perante as novas proposituras que a sociedade nos impõe”, ressalta. Ele afirmou também que tem grande satisfação de pertencer a um partido “que bem reflete o compromisso com os chamamentos sociais”, disse Barbosa.

Reciclagem de ideias

Durante a solenidade que contou com a presença de mais de mil lideranças políticas e militantes do PSDB, o governador Antonio Anastasia lembrou que o Instituto Teotônio Vilela é fundamental para a reciclagem das ideias do partido e, consequentemente, dos governos tucanos.

“O ITV deve, sobretudo, gerar, gerir, dar ideias, programas, projetos. Isso é fundamental. São com essas bandeiras, sempre novas, que vamos permanecer reciclando nosso partido, nosso governo e dando a nós, em Minas, e também em nível federal, uma boa plataforma”, ressaltou o governador Anastasia.

Resgatando história

O presidente do PSDB-MG, deputado federal Marcus Pestana, afirmou que o PSDB tem como característica olhar o futuro resgatando a sua história, sempre firme às raízes e aos valores de Minas Gerais.

Em seu pronunciamento, Marcus Pestana lembrou a importância de Pimenta da Veiga para a criação e o fortalecimento do PSDB no país, com sua eleição à Prefeitura de Belo Horizonte, em 1988.

“Hoje, olhando para o futuro e resgatando a nossa história, trazemos o Pimenta da Veiga para com toda a sua experiência e garra, além de sua lealdade ao PSDB, somar para o enfrentamento de novos desafios”, afirmou Marcus Pestana.

Unidade do PSDB

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, destacou a unidade do partido e afirmou que os tucanos seguirão unidos com propostas e projetos inovadores para apresentar ao país.

“Vamos continuar unidos para mais uma vez defendermos os anseios de Minas e de nossa gente. Neste momento vivemos um reencontro com a nossa história, com os nossos valores. Damos um passo extremamente consistente para consolidarmos um tempo que se iniciou há algum tempo em Minas. Temos projetos, propostas e valores a serem cultivados”, afirmou o senador.

Durante a posse de Pimenta da Veiga no ITV-MG, foram filiados quatro lideranças de várias partes do Estado. São eles: Tito Torres, Walisson Godinho, Wander Luis Silva e Amintas Araújo.

Também participaram da solenidade o presidente da Assembleia Legislativa, Dinis Pinheiro (PSDB); o presidente do PSDB de Belo Horizonte, deputado estadual João Leite; o presidente do ITV do Rio Grande do Sul, Sanchotene Felice; de parlamentares federais e estaduais, prefeitos, vereadores e lideranças tucanas de todas as regiões, além de parlamentares e lideranças de partidos aliados no Estado.

Itamaraty: Declaração do senador Aécio Neves (MG)

George-Gianni1-300x199“É deplorável, sob todos os aspectos, a atitude tomada pelo governo da presidente Dilma Rousseff no episódio envolvendo a transferência do senador boliviano Roger Pinto Molina para o país.

Ao expor à execração pública o diplomata Eduardo Saboia, o governo brasileiro se curva, mais uma vez, a conveniências ideológicas. Mais grave ainda, abandona as melhores tradições da nossa diplomacia.

Historicamente, a prática do Itamaraty sempre se pautou no respeito aos direitos humanos, na defesa intransigente da liberdade, na obediência estrita ao estado democrático de direito. Trata-se de tradição centenária, sempre honrada pela nossa chancelaria sob inspiração do Barão do Rio Branco.

Infelizmente, porém, nos últimos anos tais valores deixaram de orientar nossa diplomacia, suplantados por uma visão apequenada, míope e distorcida acerca do papel do Brasil no mundo. O peso da ideologia tem vergado a atuação da nossa chancelaria.

Claramente o encarregado de negócios da embaixada brasileira em La Paz agiu movido pelos mais elevados valores morais, por razões humanitárias e em defesa da dignidade humana.

Fez o que qualquer homem de bem faria numa situação como a que ele vinha enfrentando há 15 meses: agiu para permitir que um cidadão perseguido pelo governo da Bolívia, e que há meses obtivera asilo do governo brasileiro, pudesse voltar a viver com dignidade.

Eduardo Saboia merece, pois, a nossa solidariedade.

Já o governo da presidente Dilma preferiu, mais uma vez, submeter-se às imposições do governo Evo Morales e jamais atuou efetivamente para solucionar o impasse diplomático e garantir ao senador Molina a concessão do salvo-conduto que as boas normas do direito internacional recomendam e impõem em situações assim.

O recente episódio envolvendo o senador Molina é apenas mais um de um triste retrospecto, que inclui a tíbia reação de Brasília à desapropriação de ativos da Petrobras na Bolívia em 2006. Prosseguiu com a deportação em tempo recorde de dois boxeadores cubanos durante os jogos Pan-Americanos de 2007; o apoio à tentativa de retomada do poder em Honduras por Manuel Zelaya; os afagos ao governo iraniano; a sanção imposta ao Paraguai após a deposição de Fernando Lugo da presidência do país; e a condescendência com que, sob orientação petista, nossa diplomacia trata o regime cubano e o bolivarianismo da Venezuela.

O PSDB manifesta seu irrestrito apoio à defesa da dignidade humana, ao respeito a valores universais do estado democrático e ao direito irrevogável de ir e vir reservado aos cidadãos de bem.

E condena de forma veemente a opção escolhida pelo governo brasileiro por curvar-se a interesses menores, não condizentes com nossas melhores tradições diplomáticas”.

Brasília, 27 de agosto de 2013

Em artigo, senador Aécio Neves aborda a queda de confiança dos brasileiros

Aecio-Neves-George-Gianni-PSDB-2-240x300O que está acontecendo com o Brasil? Trabalhadores, empresários, donas de casa, muita gente já não esconde a preocupação com os rumos do país e anda fazendo a mesma pergunta. Onde foi parar aquela euforia, inflamada por um discurso que apregoava um patamar de desenvolvimento jamais visto na nossa história?

Já não é possível esconder as fissuras na paisagem econômica. A geração de empregos registrou o pior julho dos últimos dez anos. A renda média do trabalhador vem caindo há cinco meses. O setor de serviços desacelerou, a indústria perdeu competitividade. Com a economia patinando, viramos o “patinho feio” entre as nações emergentes.

O ciclo virtuoso do crescimento chegou ao fim sem as mudanças que o país tanto demanda. Desperdiçamos uma safra recorde de oportunidades durante a última década. E percebemos que agora faltam a aqueles que têm a responsabilidade de governar a energia e a competência necessárias para reagir.

O governo queima credibilidade ao afrontar os fundamentos clássicos da administração e do bom senso. Como entender a manutenção de uma máquina pesada e cara, quando a qualidade da nossa infraestrutura está em 107º lugar no ranking de 144 países do Fórum Econômico Mundial? Qual é nossa prioridade, afinal?

Retrato deste descompasso, o PAC é um inventário de obras inconclusas, com projetos ressuscitados para abastecer palanques políticos. Setores estratégicos da economia pagam o preço de erros sérios de planejamento, como o caso das hidrelétricas do rio Madeira.

Cresce o incômodo com a falta de transparência. O governo injeta bilhões no BNDES e não permite que a sociedade, que paga essa conta, conheça o destino desse dinheiro, alimentando as suspeitas de privilégios que não atendem aos interesses nacionais.

Fica evidente a distância entre discurso e realidade. Os mesmos programas são lançados diversas vezes, como se fossem novas iniciativas. O governo que se recusou assumir a sua parte no compromisso previsto na Emenda 29 e vem diminuindo há dez anos a sua participação nos gastos com saúde é o mesmo que lança projetos improvisados, como o Mais Médicos, que não resolve os problemas, mas alimenta o marketing oficial.

Para voltar a apostar no futuro os brasileiros precisam recuperar a confiança no país. Para tanto é essencial que o governo faça pelo menos o básico: controle a inflação, equilibre as contas públicas, priorize os gastos em educação, saúde e segurança e crie condições institucionais para que os investimentos privados floresçam. Acima de tudo, o momento requer uma gestão de responsabilidade.

Confiança –esta palavra anda fazendo muita falta entre nós.

 

Publicado na Folha de S.Paulo

AVISO DE PAUTA: Aécio inicia viagens pelo interior de SP nesta sexta

Aecio-Neves-Convencao-Foto-George-Gianni-300x200Brasília – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), reúne-se neste sábado (24/08), em Barretos (SP), com prefeitos e lideranças do partido, dando início a uma série de encontros regionais em todo o país para debate e troca de ideias. Nesta sexta-feira (23), Aécio Neves reúne-se com lideranças em Ribeirão Preto (SP).

Em Barretos, o presidente nacional acompanha visita ao Hospital do Câncer e ao Festival Queima do Alho.

 

Agenda: 

Ribeirão Preto (23/08)
20h – Reunião com lideranças
Local: Hotel Plaza Inn. Rua Rui Barbosa, 1120 – Ribeirão Preto – SP

Barretos (24/08)
11h – Visita ao Hospital do Câncer
Local: Rua Antenor Duarte Vilela, 1331

12h – Festival “Queima do Alho”

14h – Encontro com lideranças
Local: Parque do Peão. Rodovia Brigadeiro Faria Lima, km 428

Acompanhe informações, noticiário e fotos sobre os encontros no site oficial do partido: www.psdb.org.br

Mais informações: (31) 9666-1100

Cássio Cunha Lima destaca importância da PEC 31

cassio-cunha-lima-foto-Pedro-Franca-Agencia-Senado-300x199Brasília – O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) destacou na quarta-feira (21), durante discurso em plenário, a aprovação da PEC 31 de autoria do senador Aécio Neves (PSDB-MG) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

A proposta obriga o ressarcimento aos municípios que sofrem prejuízos causados por isenções fiscais concedidas pelo governo federal.

“A PEC 31 do senador Aécio Neves chegará ao plenário para que possamos pôr fim em caráter definitivo a essa verdadeira farra com o dinheiro dos estados e municípios brasileiros. Essa prática de fazer cortesia com o chapéu alheio”, disse Cássio.

O parlamentar destacou: “Quero conclamar todos os senadores que aqui representam os estados brasileiros para que possamos barrar essa prática nefasta que vem corroendo a nossa federação, fazendo com que o Brasil caminhe cada vez mais em direção a se tornar um país unitário”.

Segundo ele, a prática enfraquece o pacto federativo, previsto na Constituição Federal.

Cássio Cunha Lima disse que os senadores não podem perder de vista o seu papel de representar os estados. “Parece-me inconcebível que senadores possam votar contra os interesses dos estados que eles representam”, afirmou.

Do PSDB-PB

Presidente da Assomasul diz que PEC 31 faz justiça ao pacto federativo

Já para presidente do PSDB-MS, Marcio Monteiro, PEC do Ressarcimento é justa e necessária

douglas_figueiredo_foto_chico_ribeiroA Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou nessa quarta-feira (21/8) a PEC 31, que obrigará o ressarcimento aos municípios e Estados pelos prejuízos decorrentes de desonerações e isenções fiscais. A Proposta de Emenda à Constituição é de autoria do senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB.

Para o presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), prefeito Douglas Figueiredo (PSDB), a PEC trará justiça ao pacto federativo. “É mais que justo. Não há que se falar em prejuízo aos cofres públicos. Isso vai fazer com que os recursos sejam aplicados onde as pessoas moram, nos municípios”, disse Douglas.

A PEC agora segue para votação no Plenário do Senado, depois segue para a Câmara dos Deputados. Se aprovada, vai permitir a compensação por perdas de receitas referentes aos fundos de participação de Estados (FPE) e municípios (FPM).

O presidente regional do PSDB-MS, deputado estadual Marcio Monteiro, classificou como “justa e necessária” a proposta de emenda à Constituição. “É desleal com os municípios e Estados o governo promover desoneração e colocá-los para pagar a conta”, disse Monteiro.

Para Monteiro, a elaboração da PEC pelo senador Aécio demonstra a “sensibilidade, a vocação municipalista do senador”.

Com relação à votação em Plenário no Senado, Douglas Figueiredo informou que a CNM (Confederação Nacional dos Municípios) vai organizar, em conjunto com as associações estaduais de municípios, uma manifestação em Brasília (DF) em apoio à PEC 31.

Conforme dados da CNM, as perdas dos municípios em razão das desonerações fiscais feitas pelo governo federal entre 2009 e 2014 são estimadas em R$ 11 bilhões. Apenas Mato Grosso do Sul, nesse período, pode perder R$ 166 milhões.

Se a PEC 31 for aprovada, o governo federal continuará podendo conceder isenções, conforme alertou Aécio Neves, porém, irá fazê-las com recursos próprios, sem prejuízo para as receitas estaduais e municipais.

Proposta de Aécio que garante ressarcimento de perdas fiscais a estados e municípios é aprovada no Senado

Senador-Aecio-Neves-CCJ-21-08-2013-Foto-George-Gianni-1-300x200Brasília – Prefeitos de todo país aguardam a aprovação no Senado da PEC 31, que obrigará o ressarcimento aos municípios que sofrem prejuízos causados por isenções fiscais concedidas pelo governo federal. A PEC estabelece compensação às perdas de receitas que atingem os fundos de participação de estados (FPE) e municípios (FPM) em razão de incentivos fiscais federais.

 O senador Aécio Neves é autor da PEC e conseguiu a aprovação, nesta quarta-feira (21/08), na Comissão de Constituição e Justiça. A proposta segue agora para o plenário para votação e, se aprovada, para a Câmara dos Deputados. A medida é defendida por prefeitos de todo o país, que assistiram a base governista no Congresso manter, na noite desta terça-feira (20), o veto da presidente Dilma Rousseff à proposta que também preserva os fundos de participação.

Aécio Neves afirmou que a proposta garantirá mais condições de investimentos para estados e municípios, em especial em áreas essenciais à população, como saúde e educação.

“Isso significa que uma medida unilateral tomada pelo governo federal não vai mais retirar recursos já garantidos e aprovados nos orçamentos municipais e estaduais para saúde, para educação, para infraestrutura. Essa proposta está no cerne da Federação. Estamos iniciando um processo de recuperação da Federação, já que as ações do governo federal vêm na direção da constituição de um Estado unitário, onde o governo federal tudo detém e tudo pode”, afirmou o senador.

Na votação de hoje, na CCJ, o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT), foi o único a votar contra a PEC.

Desonerações continuam

Aécio Neves ressaltou que a PEC 31 não impede que o governo federal conceda isenções fiscais e desonerações a setores da economia. No entanto, o governo federal irá fazê-las com seus próprios recursos. Estados e municípios também continuam podendo conceder desonerações, sempre com seus próprios montantes financeiros.

“O governo poderá continuar a fazer as desonerações que achar adequadas dentro de sua política econômica, mas com a parcela de receitas de sua responsabilidade, não mais adentrando nas receitas dos municípios e dos estados. Esperamos que o plenário do Senado Federal, e depois o plenário da Câmara, possam aprovar essa matéria rapidamente”, disse Aécio Neves.

Perdas de municípios ultrapassam R$ 11 bi

As perdas dos municípios em razão das desonerações fiscais feitas pelo governo federal entre 2009 e 2014 já ultrapassam R$ 11 bilhões, segundo a Confederação Nacional dos Municípios. Tradicionalmente, as desonerações são um instrumento utilizado na economia para ajudar um setor que passe por dificuldades específicas e momentâneas. No entanto, o governo do PT vem utilizando as desonerações como ponto principal de sua política econômica.

A PEC 31, do senador Aécio Neves, é uma forma de impedir que estados e principalmente municípios continuem tendo seus recursos cortados em razão de decisões do governo federal, prejudicando investimentos em saúde, educação e transportes, entre outros.

Abaixo, íntegra de entrevista coletiva concedida pelo senador Aécio Neves após a aprovação da PEC 31, na CCJ:

“O Senado acaba de aprovar uma proposta de minha autoria, relatada pelo senador Aloysio Nunes, que impede que o governo federal continue fazendo generosidades com o chapéu alheio. O que eu quero dizer? Que a partir de agora, se aprovada em plenário, essa proposta, as desonerações que o governo federal vier a dar para setores da economia não poderão ser feitas com a parcela de contribuição dos estados e municípios. A Constituição, na verdade, garante que o IPI e o Imposto de Renda são compartilhados. E quando houver a desoneração dos impostos compartilhados, a União será obrigada a ressarcir, no mesmo exercício, a parcela dos municípios e dos estados.

Isso significa que uma medida unilateral tomada pelo governo federal não vai retirar recursos já garantidos e aprovados nos orçamentos municipais e estaduais para saúde, para educação, para infraestrutura. Na verdade, essa proposta está no cerne da Federação. Estamos iniciando um processo de recuperação da Federação, já que as ações do governo federal vêm na direção da constituição de um Estado unitário, onde o governo federal tudo detém e tudo pode.

A partir de agora, ele pode continuar a fazer as desonerações que achar adequadas dentro de sua política econômica, mas com a parcela de receitas de sua responsabilidade. Não mais adentrando nas receitas dos municípios e dos estados. Esperamos que o plenário do Senado Federal, e depois o plenário da Câmara, possa aprovar essa matéria rapidamente.”

Tabela com perdas de municípios por estado em razão de desonerações promovidas pelo governo federal nos últimos anos:

Aécio Neves: “Caberá à Executiva, no momento certo, definir ou aprovar as prévias”

Senador-Aecio-Neves-durante-entrevista-coletiva-20-08-2013-Foto-George-Gianni-3-300x199Brasília – Em entrevista coletiva nesta terça-feira (20), no Senado Federal, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou que as prévias poderão ser um instrumento importante para candidatos às eleições de 2014.

“Caberá à Executiva, no momento certo, definir ou aprovar as prévias. Mas é algo que vejo com muita naturalidade, é minha posição pessoal. Sempre foi favorável e continua sendo”, afirmou.

Ele reiterou que sua prioridade no momento não é discutir os rumos da corrida presidencial de 2014, e sim a definir uma nova agenda para o PSDB que contemple a todos os setores da legenda.

“Hoje, me movimento exclusivamente como presidente nacional do PSDB. Estamos dando capilaridade ao partido, reunindo os nossos diretórios regionais. Estamos fazendo um projeto de comunicação ousado”, disse.

Visita de Dilma – Aécio Neves comentou ainda a visita da presidente Dilma Rousseff a São João del Rey, em Minas Gerais, a pretexto de anunciar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas: “Por quatro vezes, em quatro momentos distintos, ela esteve, desde o início do seu mandato, em Minas para anunciar as mesmas propostas. Acho que um estado que tem demandas tão graves e tão sérias, mais uma vez, assistir a esta encenação, é um desrespeito”.

E completou: “Eu gostaria que, pelo menos, a presidente Dilma pudesse ter pelos mineiros o respeito que demonstrou ter pelo ET de Varginha”.

Confira os principais trechos da entrevista coletiva do senador Aécio Neves:

Sobre prévias no PSDB
O Merval Pereira me telefonou, me perguntou sobre isso. A minha posição em relação a prévias é a que sempre tive. Não tenho motivos para mudar de posição. Em 2009, propus ao partido as prévias, continuo achando que são um instrumento importante, basta que após o prazo de filiação, após outubro, haja no partido mais de um postulante e essa postulação seja submetida à Executiva do partido, como prevê o estatuto do partido. Até saúdo, cumprimento aqueles que evoluíram de posição. Prévia é uma previsão estatutária, continua sendo prevista. E se for proposta à Executiva, mas para isso é preciso que depois do prazo de filiação haja mais de um postulante, posso adiantar que meu voto será favorável.

Em que momento vai ser colocado? Não depende de mim. A prévia para ocorrer basta que ocorra a postulação de mais de um candidato.

O candidato tem que ser apresentado até quando?
Não tem uma data prevista. Esse não é um assunto que tem demandado discussões internas no partido. Tivemos uma grande reunião, esse assunto não foi suscitado, mas é legítimo que quem esteja no partido possa pleitear. O que estou dizendo, em caráter pessoal, é que minha posição é a mesma que tinha em 2009. Caberá à Executiva, no momento certo, definir ou aprovar as prévias. Mas é algo que vejo com muita naturalidade, é minha posição pessoal. O que posso adiantar, não conversei com ninguém do partido, é minha posição pessoal. Sempre foi favorável e continua sendo.

Para o Sr. o ideal seria março?
Não conversei sobre isso. Só estou externando, como isso foi me perguntando ontem, e houve essa repercussão hoje, reitero o que disse. A minha posição pessoal é a mesma. Esse assunto não foi ainda discutido dentro do partido, tivemos uma reunião onde o assunto não foi proposto por nenhum dos diretórios, mas é legítimo que, em havendo outros postulantes, obviamente dentro do prazo legal de filiação, após outubro, e havendo essa solicitação à Executiva, que ela examine. Estou antecipando o meu voto porque não conversei com absolutamente ninguém sobre isso.

O Sr. fala depois de outubro, depois do prazo de filiação partidária, significa que candidaturas não serão discutidas antes do fim do prazo de filiação partidária. Acho que candidaturas só podem ser discutidas lá na frente. Estou agindo hoje como presidente do partido. Acho que o PSDB deve definir sua candidatura à Presidência da República no ano de 2014, no início de 2014. Foi o que sempre defendi e continuo defendendo. O que quero reiterar é que vejo como muito natural, legítima, a postulação de qualquer membro do partido por uma prévia. Cabe à Executiva, conforme prevê o estatuto, isso não é nenhuma novidade, fiz questão de manter, solicitar a sua realização à Executiva, que vai definir, como ela seria, em que prazos. Isso não é uma decisão minha. É minha posição pessoal é a mesma que eu tinha em 2009. E se isso for, em algum momento, submetido à Executiva do partido, meu voto será favorável.

Quem quiser mudar de partido não vai ter prévias antes. Isso é você quem está dizendo.

Se fala, inclusive, no ex-governador Serra, que poderia sair. É uma forma de tentar segurá-lo no partido?
Tenho enorme respeito pelo companheiro Serra. Reitero isso sempre que posso. Ele é parte da história do PSDB. Todos nós gostaríamos que ele ficasse no partido, na mesma trincheira que nós estamos. Agora, a questão da mudança de partido é sempre uma decisão muito pessoal, que, obviamente, o PSDB saberá respeitar. Mas, eu, pessoalmente, e acho que todos os companheiros gostariam de tê-lo, com a qualidade que tem, com o espírito público que tem demonstrado, dentro do partido, nos ajudando no enfrentamento daquele que é o nosso real adversário. Que é o desgoverno, o autoritarismo, o intervencionismo, o aparelhamento da máquina pública, a incompetência. Tudo isso representado pelo governo do PT. Esse é o nosso adversário. Hoje, me movimento exclusivamente como presidente nacional do PSDB. Estamos dando capilaridade ao partido, estamos reunindo os nossos diretórios regionais. Estamos fazendo um projeto de comunicação ousado. Como presidente do partido, inicio essa semana um roteiro de viagens pelo Brasil, acompanhado de outros dirigentes do partido. Essa é a minha agenda para esse ano, 2013. No ano de 2014, aí sim o PSDB definirá quem vai conduzir as suas bandeiras. Mas é preciso que essas bandeiras fiquem claras, e esse é o nosso desafio, sempre foi, para esse ano.

O Serra é um bom candidato a senador? Serra sempre será um ótimo candidato a qualquer cargo.

O Sr. está disposto a disputar as prévias?
Não sou candidato. Sou presidente do PSDB. Da minha parte, não existe nenhuma postulação à candidatura presencial. Sou presidente do PSDB. 2014 é 2014. Sou presidente do partido, toda minha movimentação é movimentação responsável hoje, que pensa na construção dos palanques regionais, em garantir capilaridade para que tenhamos uma ampla bancada na Câmara Federal e nas assembleias legislativas, para que possamos enfrentar o governo que está aí. Toda a minha ação hoje – e aqueles que me acompanham de perto percebem isso – é no sentido de agregar. A minha atuação política é uma demonstração clara de que meu esforço é para construir pontes, e para agregar forças. Acho que nossa disputa será uma disputa difícil, mas viável. Quanto mais próximos nós estivermos, quanto mais nós pudermos colocar os interesses do país acima dos nossos próprios interesses, melhor para todos nós. É isso que faremos ao final. Então vejo como legítimas quaisquer postulações, e apenas reitero uma posição que já tive lá atrás, favorável à consulta às bases do partido.

Sobre as viagens
Este final de semana vou a Ribeirão Preto e vou a Barretos no encontro com cerca de 70 municípios da região. Vamos fazer, a cada dez dias, uma incursão em regiões do estado de São Paulo. Está sendo coordenado pelo diretório estadual do partido, por partidos do PSDB de São Paulo. Intercaladamente já definimos os grandes encontros regionais do PSDB. O primeiro dele vai ser dia 13 de setembro, reunindo toda região Sul do Brasil. Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o Paraná, em Curitiba, em um grande evento com parlamentares federais, estaduais, vereadores, vice-prefeitos, prefeitos e militantes do partido, buscando a construção de uma agenda regional.

Esse será o primeiro dos encontros regionais, depois teremos o encontro do Nordeste, será o próximo, será em Maceió, cidade e estado administrados pelo PSDB. Nos reuniremos no Nordeste já construindo uma agenda programática para a região. Em seguida faremos em Manaus o encontro da região Norte e depois, a cada 15 dias, até, se não me engano, final do mês de outubro, concluiremos com um encontro no Centro-Oeste, em Goiânia. Sem prejuízo de algumas outras viagens, pontuais que vou. Mas esses serão momentos de reunião do partido com as principais figuras nacionais de outras regiões indo encontrar com as nossas lideranças locais, municipais. E, com isso, vamos estar construindo, debatendo regionalmente, e construindo nosso discurso.

O PSDB tem hoje, pelo menos um conforto. Nós somos oposição. Sem adjetivação. Nós somos oposição a isso que está aí. E cada vez, acredito, vai ficar mais claro, aqueles que não concordam com que está acontecendo no Brasil e querem o Estado eficiente, querem um política externa mais pragmática, em favor dos interesses do Brasil. Que querem um Estado menos intervencionista, sabem que avanços consistentes na área social, e não apenas a pura administração da pobreza como objetivo de governo, encontraram, no PSDB, estrutura, encontraram, no PSDB, propostas e gente qualificada para executar essas propostas. Então estou muito sereno e tranquilo com o momento que estamos vivendo. O PSDB se organiza para enfrentar o governo que está aí e o enfrentará de forma muito competitiva, na hora certa.

Sobre anúncio da presidente Dilma para o PAC Cidade Históricas
É absolutamente surpreendente o que ocorreu hoje em Minas Gerais. A presidente da República esteve hoje em São João del Rei, e ela sabe que os mineiros são conhecidos pela sua hospitalidade, ela será sempre muito bem recebida, mas ela lançou hoje pela quinta vez o mesmo programa anunciado pela primeira vez em 2009, quando eu era governador do Estado e o presidente Lula, presidente da República, em Ouro Preto, chamado PAC das Cidades Históricas.

Por quatro vezes, em quatro momentos distintos, temos aqui as datas, ela esteve, desde o início do seu mandato em Minas, para anunciar as mesmas propostas. Acho que um Estado que tem demandas tão graves e tão sérias, mais uma vez, assistir a esta encenação, é um desrespeito. Eu gostaria que, pelo menos, a presidente Dilma pudesse ter pelos mineiros o respeito que demonstrou ter pelo ET de Varginha.

Presidente nacional anuncia agenda de viagens pelo PSDB

Aecio-Neves-Foto-George-Gianni-4-300x199Brasília – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, começará esta semana, por São Paulo, a série de encontros do partido para construção de propostas a serem defendidas pelos tucanos nas eleições do ano que vem.

Em entrevista nesta terça-feira, o presidente anunciou as cidades em que realizará as primeiras viagens e disse que o partido realizará grandes encontros regionais para debater demandas e propostas para o país. Na sexta-feira e sábado, Aécio Neves estará em Ribeirão Preto e Barretos. O primeiro encontro regional será em Curitiba, dia 13, reunindo lideranças do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

“Este final de semana vou a Ribeirão Preto e a Barretos, em encontro com cerca de 70 municípios da região. Vamos fazer, a cada dez dias, uma incursão em regiões do Estado de São Paulo, que está sendo coordenada pelo diretório estadual do partido. Já definimos também os grandes encontros regionais do PSDB. O primeiro vai ser dia 13 de setembro, reunindo toda região Sul do Brasil. Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o Paraná, em Curitiba, em um grande evento com parlamentares federais, estaduais, vereadores, vice-prefeitos, prefeitos e militantes do partido, buscando a construção de uma agenda regional”, disse Aécio.

O senador adiantou que outros encontros regionais serão realizados em Maceió (AL), Manaus (AM) e Goiânia (GO).

Definição de candidaturas ocorrerá em 2014
Aécio Neves reafirmou que realizará as viagens como presidente nacional do PSDB, cumprindo o compromisso assumido de ampliar o diálogo entre tucanos em todo país. Ele disse que o partido deverá analisar a definição de candidaturas às eleições de 2014 apenas a partir de janeiro.

“Hoje me movimento exclusivamente como presidente nacional do PSDB. Estamos dando capilaridade ao partido, estamos reunindo os nossos diretórios regionais. Estamos fazendo um projeto de comunicação ousado. Como presidente do partido, inicio essa semana um roteiro de viagens pelo Brasil, acompanhado de outros dirigentes do partido. Essa é a minha agenda para esse ano, 2013. No ano de 2014, aí sim o PSDB definirá quem vai conduzir as suas bandeiras. Mas é preciso que essas bandeiras fiquem claras, e esse é o nosso desafio, sempre foi, para esse ano”, observou Aécio Neves.

“Exemplos”, por Aécio Neves

Aecio-Neves-George-Gianni-PSDB-21-300x199Nas últimas semanas, grande parte da atenção da opinião pública voltou-se para as questões que envolvem a nossa juventude, que ganharam inédita importância com as manifestações que sacudiram o país.

À juventude costuma-se sempre agregar a noção de futuro, do que ainda está por ser realizado.

Mas a resignação em adiar projetos e soluções para um tempo que ainda virá não deixa de ser uma forma de transferirmos indefinidamente responsabilidades. E de perdoarmos a nós mesmos, enquanto sociedade, por tudo o que ainda não fomos capazes de fazer.

Duro mesmo é reconhecer que o Brasil de hoje já é o Brasil do futuro que várias gerações imaginaram e pelo qual muitos trabalharam. E mais duro ainda é reconhecermos que certamente estamos muito aquém do que tantos brasileiros sonharam. E mereciam.

Penso nisso estimulado pela disseminação da percepção de que vivemos uma autêntica revolução e que ela nos coloca no portal de um mundo que inaugura novas relações sociais e humanas, provocadas por enormes transformações tecnológicas. Ainda que seja constatação verdadeira, quando apresentado e endeusado como valor absoluto, o novo acaba por transformar em obsoleto o que veio antes.

Muitas vezes, a sensação que parece prevalecer é que quase tudo o que nos trouxe até aqui já não faz tanto sentido. Será?

Lembrei-me de Ruy Castro e de suas crônicas recheadas de ironia e inteligência, aqui mesmo nesta Folha, onde volta e meia nos alerta para o reconhecimento que devemos a nomes importantes da nossa cultura.

O puxão de orelhas é pertinente.

Um bom exercício de educação civilizatória é a percepção do papel insubstituível de brasileiros que fazem grande diferença. Antonio Candido é um exemplo. O professor e pensador, que recentemente completou 95 anos, continua a nos oferecer o seu valioso patrimônio de ideias.

Foi, aliás, com especial alegria que, em 2007, tive a oportunidade de manifestar-lhe a admiração dos mineiros entregando-lhe o Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura, então na sua primeira edição.

O professor é referência de idoneidade intelectual, espírito cívico e dignidade pessoal. Sua obra atesta o compromisso radical com a compreensão da realidade à sua volta. Literatura é vida, ele generosamente nos ensina.

Há dois anos, numa entrevista em Paraty, ele se confessou “um homem do passado, encalhado no passado”.

O mestre estava errado. O seu legado, ético e intelectual, longe do ancoradouro das coisas envelhecidas, ilumina um caminho permanente de amor e respeito pelo Brasil.

Homens assim, independentemente da idade ou do tempo em que vivam, serão sempre referência do futuro que precisamos ser.

*Artigo publicado na edição de 19.08 do jornal Folha de S.Paulo