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AfroReggae

Aécio Neves defende programas voltados aos jovens da periferia

aecio-neves-vigario-geral-orlando-brito14-300x200Rio de Janeiro – Em visita realizada hoje (25/07) à sede do AfroReggae em Vigário Geral, no Rio de Janeiro, o candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, defendeu a ampliação para todo o Brasil de programas sociais voltados aos jovens das periferias, como os desenvolvidos pelo grupo. O candidato ressaltou a importância de investir na capacitação dos cidadãos que moram em regiões com alto índice de criminalidade e dominadas pelo tráfico de drogas.

“O AfroReggae é um caminho para o Brasil, uma sinalização clara de que tem solução [para o jovem da periferia]. A partir da educação, da integração com o mercado de trabalho, da ressocialização de pessoas que já passaram pelo crime. O Júnior e a galera do AfroReggae tiveram a coragem de mostrar isso, sem qualquer preconceito, para o Brasil”, disse, durante visita às instalações do Centro Cultural Waly Salomão.

No local, 380 crianças, jovens e adultos participam de cursos e oficinas que passam pela dança afro, balé, percussão, entre outros. Grande parte dos 70 programas do AfroReggae utiliza a arte como elemento de ressocialização. O fundador e coordenador do AfroReggae, José Júnior, é o responsável pela elaboração do programa de governo de Aécio para a Juventude.

Acompanhado da filha mais velha, Gabriela, de 22 anos, e da sobrinha Luiza, de 25, Aécio assistiu a apresentações de dança, música, capoeira, circo, teatro, que fazem parte das atividades promovidas pelo grupo AfroReggae com jovens de comunidades carentes do Rio. Ele dançou, tocou instrumento de percussão e fez uma caminhada para conhecer a comunidade de Vigário Geral, localizada no bairro que leva o mesmo nome e tem um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) da capital fluminense. Aécio visitou a casa de duas moradoras, almoçou comida caseira no Centro Gastronômico da Chupetinha e pagou a conta dele, da filha e da sobrinha.

Poupança Jovem
Durante entrevista à imprensa, Aécio alertou para elevado número de homicídios de jovens negros das periferias das grandes cidades brasileiras. “Para cada jovem branco morto, 3,5 jovens negros e pardos estão sendo mortos. Portanto, o que aconteceu [de mortes] no Brasil no ano passado foi mais que nas guerras ao redor do mundo: 56 mil pessoas morreram, principalmente jovens e jovens da periferia”.

Quando foi governador de Minas Gerais, Aécio contou com a ajuda do AfroReggae na implantação projetos de capacitação, incentivo à educação e reinserção de jovens na sociedade, como o Regresso, que incentiva a reinserção daqueles que cumpriram pena no mercado de trabalho, e o Poupança Jovem.

“Criamos um programa em Minas, que quero levar para o Brasil, chamado Poupança Jovem. Os jovens do ensino médio que não se envolverem em nenhuma ocorrência policial, que frequentarem alguma das oportunidades de oficina de ressocialização que o Estado oferece e tiverem uma frequência mínima na escola recebem uma grana por mês. No final do terceiro ano do ensino médio eles podem sacar. É um estímulo mesmo. Isso tem funcionado extraordinariamente em Minas Gerais. A evasão nessas regiões onde esse programa funciona caiu a um terço do que era antes do início do programa”, disse Aécio.

Fórum Brasil
A parceria com José Júnior terá outra frente de trabalho. Na próxima segunda-feira (28/07), Aécio e o fundador do AfroReggae vão lançar o Fórum Brasil, que elegerá experiências sociais do terceiro setor bem sucedidas que poderão ser transformadas em políticas públicas. Atualmente, esses projetos não contam com nenhum apoio de governos. “Vamos lançar uma agenda de empreendedorismo social”, afirmou Junior.

Entrevista do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, em visita ao AfroReggae

aecio-neves-visita-afroreggae-2-300x199O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, visitou, na manhã desta segunda-feira (10), a sede do Grupo Cultural AfroReggae, no Rio de Janeiro. Aécio Neves reuniu-se com integrantes do grupo, entre eles seu coordenador, José Júnior, e conheceu o projeto de apoio a ex-detentos na (re) inserção ao mercado de trabalho. Em entrevista coletiva, o senador respondeu perguntas sobre a parceria com o AfroReggae, a série de apagões e as questões econômicas.

O AfroReggae é uma organização não governamental (ONG) que atua principalmente na comunidade de origem de seus integrantes, por meio de atividades de apoio aos jovens, desenvolvendo projetos sociais,  como dança, percussão, futebol, reciclagem de resíduos e capoeira.
Seguem abaixo trechos da entrevista concedida por Aécio Neves à imprensa.

A visita à sede do AfroReggae 

Vamos fazer uma campanha propositiva, que fale de um Brasil novo, um Brasil que não continue nesse caminho estreito em que estamos hoje, em que as principais conquistas, e falo da estabilidade, da credibilidade do Brasil, estão se perdendo. Apenas quem não quiser é que não enxerga o caminho extremamente perigoso que o Brasil está trilhando. Não há propaganda oficial, por mais bilionária que seja, que mascare a nossa realidade. O Brasil cresceu ano passado apenas mais que a Venezuela, aqui na nossa região, na América do Sul. A inflação está em torno do teto da meta. Em nenhum dos anos do governo da presidente Dilma a inflação vai chegar sequer próxima do centro da meta. Isso porque temos preços controlados de energia, de combustíveis, de transporte público. Porque a inflação real, na tampa que essa panela de pressão sair, vai para 9%, 10%. Aliás, a de inflação já ultrapassou isso. Então, o que queremos é discutir com muita seriedade que caminho queremos para o Brasil.

E o PSDB, falo como presidente nacional do PSDB, vai apresentar uma proposta nova para o Brasil, de meritocracia, solidariedade com estados e municípios. A questão da segurança pública será absolutamente prioritária na nossa proposta, e por isso conversas como a que estou tendo aqui no Rio hoje com o AfroReggae serão importantes. Queremos incorporar algumas das experiências delas, não digo nem que sejam heterodoxas, mas elas fogem àquele receituário tradicional de segurança pública. Aumenta efetivo, aumenta equipamentos para pegar mais bandidos. Não, vamos tentar diminuir o número de bandidos com medidas como essa aqui. E aqui estou muito à vontade. A nossa experiência, o Júnior pode dizer aqui, com o AfroReggae é algo que existe muito antes de qualquer projeto presidencial, porque acredito nisso. E os resultados lá em Minas foram muito bons, como têm sido bons aqui também no Rio, e espero que possam ser bons no Brasil. Minha visita aqui hoje é para estreitar laços que já existiam na construção de um projeto para um Brasil que queremos melhor que o atual.

Sobre os apagões e a ameaça de desabastecimento

Muito preocupado, não apenas eu, mas os brasileiros como um todo e em especial os especialistas. Nenhuma área teve uma atuação tão pessoal da atual presidente da República nos últimos doze anos como a área de energia, seja como ministra de Minas e Energia, depois chefe da Casa Civil, onde fez questão de externar a todo instante quem mandava, deixar claro quem mandava na área, depois como presidente da República. Denunciamos no ano passado o equívoco de uma medida provisória que desestruturou o sistema, afugentou investimentos. E o Brasil vai na contramão  do mundo. Ao invés de investirmos em energias alternativas, estamos com parque eólicos prontos, sem que as linhas de transmissão fossem feitas. Algo absolutamente absurdo. Abandonamos, por exemplo, o grande programa do etanol, com energia alternativa também, para apostar apenas nas energias fósseis. E o que ocorreu é que ao invés de termos o efeito que gostaríamos, de diminuição da conta de luz, que poderia ter vindo pela isenção do PIS/Cofins, que foi a nossa proposta, teríamos uma queda maior ainda do que a que houve na conta de luz, seja das empresas, seja das indústrias, seja do cidadão, se houvesse a simples diminuição do PIS/Cofins incidente sobre as contas de luz, como, aliás, fizemos nos impostos estaduais. Em Minas Gerais, por exemplo, meta das famílias não paga ICMS, o mais importante imposto estadual sobre conta de luz. As famílias de mais baixa renda, é óbvio. O governo, não. Fez uma profunda intervenção no sistema, afugentou investidores e seria cômico se não fosse trágico. Mas o triste é que é trágico. Apenas não estamos tendo apagões ainda em maior extensão porque o Brasil parou de crescer, estamos tendo um crescimento pífio. Se o Brasil tivesse crescendo nos níveis que apregoavam o ministro da Fazenda no início do ano, a 4%, não teríamos energia para sustentar esse crescimento. Então, a falta de planejamento e a incompetência do atual governo chegaram em um setor absolutamente essencial para a vida e para o crescimento do país. E o que esperamos pela frente? Mais um crescimento pífio da economia, infelizmente.