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Brasil vive risco de apagão, advertem especialistas

apagao3-300x225Brasília (DF) – Sem previsão de chuva, nos próximos dois meses, em parte do país, especialistas advertem para o risco de racionamento de energia e até mesmo de apagão, segundo o Bom Dia Brasil, da TV Globo, desta terça-feira (11).  O nível dos reservatórios ainda é crítico e o consumo de energia e água está em alta, mostrou a reportagem.  Engenheiro eletricista, o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), atribui a ameaça à incompetência, à arrogância e à demagogia do governo da presidente Dilma Rousseff.

“A presidente Dilma deveria ter humildade e reconhecer o fracasso do setor e recomendar que os brasileiros poupem energia. Ela  não deveria ficar, como ela está, com o ufanismo demagógico que conduz o país ao racionamento”, ressaltou o líder. “Falo isso com a convicção de engenheiro que tenho.”

Na reportagem na TV, a matéria informa que o problema é que o consumo de energia vem aumentando nos últimos anos, elevando em mais de 55% desde 2001, ano em que houve o racionamento. A Usina Nova Ponte, no Triângulo Mineiro, por exemplo, como quase todas as outras das regiões Sudeste e Centro-Oeste, está com o reservatório baixo – menos de 30% da capacidade.

Consumidor

“Ao final, quem vai pagar a conta é o consumidor brasileiro. O consumidor pagará pela baixa qualidade dos serviços e também pelo aumento das tarifas. Isso inexorável”, reagiu Imbassahy.

De acordo com o Bom Dia Brasil, o Instituto Acende Brasil fez uma comparação entre a situação atual e a de 2001, a época do racionamento. Pelo estudo, os níveis atuais são preocupantes. Em 2001, os principais reservatórios estavam com 33% da capacidade e a energia armazenada era suficiente para cobrir dois meses do consumo de energia do país.

Em fevereiro deste ano, com os reservatórios em níveis semelhantes, segundo o Instituto Acende Brasil, essa energia só dá para pouco mais de um mês e meio. Na ocasião, o consumo de energia no país que era de 45 mil megawatts subiu para 70 mil este ano.

Em baixa

“O que aconteceu de 2001 para cá é que o consumo de energia elétrica cresceu a um ritmo mais acentuado do que cresceu a construção de novos reservatórios”, afirmou o presidente do Instituto Acende Brasil, Cláudio Sales.

O estudo só levou em consideração a energia armazenada, não analisou o potencial de produção de energia do país, que aumentou. O Operador Nacional do Sistema informou que todas as usinas que estão em condições de funcionar estão ligadas para poupar os reservatórios, produzindo perto da capacidade máxima – que hoje está em torno de 17 mil megawatts.

Para o especialista em energia Adriano Pires, o acionamento das térmicas é motivo de preocupação: “Ao acionar 99% das térmicas a gente tá cada vez mais perto do racionamento. Então, se o consumo de energia elétrica crescer mais do que o governo imagina, você não vai ter energia suficiente para atender o mercado. Ou então você vai ter apagão”, afirma o especialista.

Risco de apagão aumenta devido ao baixo índice pluviométrico

apagao43Brasília (DF) – O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) alertou para o risco de racionamento de energia elétrica no país. Em sua avaliação, a redução, há dois anos, das tarifas de energia elétrica, as condições impostas às concessionárias e o incentivo ao consumo inviabilizaram o setor.

A situação foi agravada, ressaltou o senador, com o baixo índice pluviométrico registrado no período. A consequência, assinalou, é que os reservatórios apresentam um volume de água abaixo do necessário para o perfeito funcionamento das usinas hidrelétricas.

Flexa Ribeiro também chamou a atenção para a iminência do que classificou de “tarifaço de 15%” nas contas de luz.

“Até o governo já admite que a hidrologia é pior do que em 2001, quando foram adotadas medidas de contenção do consumo. Isso é ruim para a indústria, que pode entrar em paralisia; para a dona de casa, que já está sentindo as consequências da falta de energia todos os dias; para o Brasil, que deixa de produzir, de garantir emprego, de produzir renda”, ressaltou o parlamentar.

Do Portal do PSDB no Senado

Governo Dilma, pela primeira vez, admite risco de apagão

Apagao-Foto-Divulgacao-300x198Brasília (DF) – As falhas e a política equivocada do governo do PT indicam, segundo especialistas, a possibilidade de novos apagões. O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) divulgou nesta quinta-feira (13) que o governo admite, pela primeira vez, que exista o risco de desabastecimento dos reservatórios de energia. Para o senador Cyro Miranda (PSDB-GO ), a previsão não surpreende.

“O PT ficaria em uma situação muito difícil se continuasse negando um fato que o Brasil inteiro sabe que pode acontecer”, ressaltou o tucano. “O último apagão [ocorrido na terça-feira (4)] mostrou que o governo continua, como sempre, cometendo suas estripulias”.

Na nota, o comitê admitiu que, caso a situação dos reservatórios piore, existe a probabilidade de queda total de energia, mas considera a ameaça “baixa”. No início deste mês, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, assegurou que o risco de desabastecimento de energia no país era “zero”.  As informações são da reportagem publicada nesta sexta-feira (14), no jornal O Globo.

Maus sinais

Segundo Miranda, as quedas pontuais de energia refletem uma “má administração” e “fracasso” do governo. “Em 12 anos, eles não foram capazes de resolver ou ao menos conter esse problema”, afirmou o senador. Ele disse ainda que o PT mostra cada vez mais a “incapacidade” e “incompetência” de gerir o Estado brasileiro.

O tucano destacou também que a gestão petista está vivendo o resultado da própria “incapacidade administrativa”. “É uma morte anunciada. Não adianta negar eternamente algo que presenciamos e sabemos que não está bem. É típico do PT”. “Será que dessa vez a Dilma também vai dar gargalhada?”, questionou ele.

Tempo

Na reportagem, o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia (MME), Ildo Grüdtner, classificou como “desfavorável” a situação climática brasileira. “O período úmido ainda não está caracterizado, mas dispõe das condições de equilíbrio estrutural necessárias para o abastecimento do país”.

Segundo o diretor da consultoria PSR, Luiz Barroso, o quadro é crítico. “É saudável o governo reconhecer algum risco, porque dá tempo para se planejar e se proteger,  mas as opções ficam mais escassas a cada dia que passa, e a chuva não ajuda”.

Dilma, a presidente do apagão”, análise do ITV

Dilma-Foto-ABr--300x209O modelo concebido por Dilma Rousseff para o setor elétrico brasileiro está fazendo água por todos os lados e ameaça naufragar – e olha que a falta de chuvas é apenas um de seus muitos problemas. A fantasia das contas de luz baratinhas reduzidas na marra mal sobreviveu a um verão. Vêm aí tarifas mais altas, embaladas num risco-monstro de apagão.

Há pouco mais de um ano, a presidente foi à TV para anunciar aos brasileiros que as tarifas de energia ficariam 20% mais baratas. Um objetivo meritório e desejável, que foi, porém, imposto goela abaixo ao setor e à revelia até de São Pedro. Não tinha como dar certo. Desde então, os improvisos foram se sucedendo e os desequilíbrios, se avolumando. A fatura da barbeiragem já vai chegar.

Ontem a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que as contas de luz terão que subir 4,6% neste ano para compensar despesas extras que o setor vem acumulando. São gastos com subsídios, indenizações decorrentes da revogação truculenta de contratos e acionamento mais intenso de usinas térmicas – nunca queimamos tanto combustível poluente quanto agora. Ou seja, resultantes de um modelo em desequilíbrio.

Mas o tarifaço não deve parar por aí. Só à custa de muito dinheiro injetado pelo Tesouro – isto é, o meu, o seu, o nosso dinheiro pago ao governo como imposto – é que as tarifas ainda não explodiram de vez. Há cálculos abalizados dizendo que, apenas para compensar o que já foi gasto desde o ano passado e ainda não foi repassado para as tarifas, o aumento deveria beirar 10%, segundo a Folha de S.Paulo.

No ano passado, quase R$ 10 bilhões foram injetados pelo governo no setor para bancar as despesas decorrentes da intempestiva decisão de cortar as tarifas na base do golpe de facão. Neste ano, serão mais R$ 9 bilhões do Tesouro, insuficientes, contudo, para fazer frente a despesas calculadas em R$ 17,9 bilhões. Não tem mágica: logo mais isso bate no bolso do consumidor de energia, ou do contribuinte.

Ao longo de dez anos, Dilma concebeu, embalou e anabolizou um modelo em que custos e receitas não se equilibram e que, mais grave ainda, ameaça deixar o país na escuridão, à luz de velas. Dilma é a presidente do apagão. A média de tempo em que o sistema elétrico brasileiro fica apagado multiplicou-se por cinco entre 2010 e 2012, e deve ter aumentado ainda mais no ano passado.

Os jornais de hoje publicam estudo feito pela mais respeitada consultoria da área de energia do país, a PSR – não é respeitada só pelo mercado, mas também pelo governo, que recorreu a ela quando teve de tomar suas principais decisões na área. O documento informa que o Brasil tem hoje uma probabilidade de 17,5% de enfrentar um racionamento de energia em 2014. Trata-se de patamar altíssimo: em sistemas equilibrados, o máximo que se admite é um risco de 5%.

O sistema elétrico brasileiro caminha hoje sobre o fio da navalha. Praticamente não há folga entre a energia disponível e o consumo. Em situações limite, esta sobra deveria ser de pelo menos 5%; no Brasil está abaixo de 1%, o que “torna o sistema vulnerável a blecautes sistêmicos”, como publicou hoje o Valor Econômico.

O governo vai preferir dizer que está sendo vítima das circunstâncias, ou seja, de um verão quente e seco como há muito tempo não se via. Balela. Desde 2010, quando o regime de chuvas foi seguidamente ruim, as deficiências estruturais já vinham sendo detectadas e os alertas, disparados.

A resposta do governo foi simplesmente dobrar a aposta: incentivar, de maneira populista, o aumento do consumo por meio da redução das tarifas, tudo no mesmo instante em que o estoque de água do país caía e a energia raleava.

A PSR não tem dúvidas em afirmar que o sistema elétrico nacional está em perigo por causa da deficiente manutenção de equipamentos e, principalmente, de subestações de energia. “A vulnerabilidade do sistema elétrico não é conjuntural, isto é, não resulta de condições hidrológicas desfavoráveis nem de um crescimento brusco da demanda. Ela é consequência de deficiências estruturais na capacidade de suprimento.”

É sabido que as regras criadas por Dilma, a presidente do apagão, desincentivam os investimentos em manutenção, por não o considerarem na remuneração dos ativos que é repassada aos custos e, dali, às tarifas. Além disso, uma Aneel depauperada pelo garroteamento orçamentário – metade da sua verba é usada para engordar os resultados fiscais – não fiscaliza as instalações das concessionárias como deveria.

Dilma Rousseff passará para a história como uma das maiores farsas que a República brasileira produziu. Do muito que prometeu, quase nada cumpriu. Naquilo que se arriscou a fazer, meteu os pés pelas mãos, produzindo malfeitos em profusão. Com que cara de pau a presidente do apagão tentará explicar aos brasileiros suas lambanças em série? Dirá que é tudo obra dos “pessimistas de sempre”?

“Vulnerável”, por Aécio Neves

presidente-nacional-psdb-defende-novo-pacto-federativo-entre-municipios-estados-e-união-300x168Discussões em torno da importância do planejamento e da capacidade de gestão dos governos tendem a ser consideradas áridas e distantes dos interesses da população. No entanto, são cruciais e a atual crise do sistema de energia é um exemplo concreto da falta que fazem ao país.

A semana começa sem resposta para mais um apagão que deixou às escuras 6 milhões de pessoas em 13 estados brasileiros.

Para efeito de análise de conjuntura, mais importante que o fator pontual, específico, que justifique a interrupção, é constatar a evidente vulnerabilidade do sistema, exposto à pressão das altas temperaturas registradas, ao declínio dos níveis dos reservatórios e à alta do consumo.

A demanda média do período está 8% acima das previsões feitas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico. Para se ter uma ideia mais clara do quadro, 75% da nossa produção energética vêm de fonte hidráulica e os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste terminarão
fevereiro com menos de 40% da capacidade.

Não pode ser simplesmente negligenciado ou reduzido a uma mera coincidência o fato de que, na terça-feira, o Sul atingiu seu recorde de carga apenas três minutos antes da falha no sistema de transmissão que causou o apagão.

Sintoma que expõe, em princípio, a hipótese de estar começando a haver desequilíbrio estrutural entre a capacidade de oferta e a demanda de energia no país, que o governo, a todo custo, tenta descartar, fazendo piadas diversionistas com descargas elétricas, ou sugerindo mais terceirização de responsabilidades.

Como parece ser menos provável que haja problema de geração, tudo converge para uma eventual precariedade das linhas de transmissão. Mais de dois terços das que estão em construção sofrem atrasos (média de 13,5 meses) e pode estar havendo investimento muito menor que o previsto na manutenção, em face da atabalhoada mudança de regulação, que provocou incertezas, desconfianças e -quem sabe- até um investimento menor que o necessário.

Poderíamos estar contando com os parques eólicos para compensar os problemas no segmento hidroelétrico. Infelizmente isso também não é possível, porque simplesmente não foram concluídas até hoje as respectivas linhas de transmissão.

Para o governo, o espaço para manobras vai se reduzindo e restam poucas alternativas: se reajustar tarifas, alimenta a inflação; se subsidiar ainda mais o custo, amplia o deficit nas contas públicas.

No geral, são erros imperdoáveis, para quem passou praticamente uma década inteira à frente do sistema energético nacional, advogando a excelência da gestão.

A realidade sempre cobra o seu preço. Pena que, mais uma vez, a conta pelo improviso seja  paga pelos brasileiros.

*Aécio Neves é presidente nacional do PSDB, senador, foi governador de Minas Gerais e deputado federal

*Artigo publicado na Folha de S. Paulo – 10-02-2014

“Gargalhe, presidente”, análise do ITV

dilmarindoDilma Rousseff deve estar rindo à toa. Ontem, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) levantou a suspeita de que o apagão de terça-feira – que deixou 13 estados e até 12 milhões de brasileiros no escuro por quase duas horas – pode ter sido causado por descargas elétricas, os populares raios. Segundo a presidente, esta hipótese é digna de gargalhadas.

“No dia em que falarem para vocês que caiu um raio, vocês gargalhem. Raio cai todo dia neste país, a toda hora. O raio não pode desligar o sistema. Se desligou, é falha humana, não é do raio”, disse a imprevidente presidente da República no dia 27 de dezembro de 2012, em café da manhã com jornalistas, logo depois de mais um apagão afetar o país.

Depois que o ONS divulgou sua avaliação ontem, a presidente escalou seu porta-voz para dizer que “se raios foram realmente responsáveis pela queda no fornecimento de energia, na última terça-feira, cabe ao ONS apurar se os operadores estão mantendo adequadamente suas redes de para-raios”. Mas a senhora não havia dito que era para gargalhar, presidente?

O mais provável é que os apagões de Dilma – foram 181 desde 2011 e 71 apenas em 2013 – sejam fruto de um modelo irresponsável forjado pela presidente desde que ela foi ministra de Minas e Energia do governo Lula. Temos hoje um sistema elétrico caquético, que opera no limite e não consegue acompanhar uma demanda anabolizada por medidas tomadas pelo próprio governo.

As razões do apagão de terça-feira só serão conhecidas oficialmente em 15 dias. Mas já são evidentes alguns fatores que estão minando a segurança do sistema elétrico nacional. Primeiro, o aumento do consumo não tem sido respaldado por geração suficiente de energia – e, quando é, quem não acompanha é a transmissão.

Segundo dados oficiais do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, 71% das obras de transmissão estão atrasadas. Nas obras de geração, 64% estão fora do cronograma, com atraso médio de 8,5 meses. A média de expansão de geração e transmissão nos últimos anos também é menor que o crescimento projetado para a próxima década, mostrou a Folha de S. Paulo hoje.

Com tamanha vulnerabilidade, o país registra picos seguidos de consumo. Foram nove em pouco mais de dois meses. Entre o primeiro, em início de dezembro, e o de ontem, a demanda cresceu 9%. É energia suficiente para servir 20 milhões de pessoas. O grave disso não é as pessoas e as empresas consumirem mais. O mais grave é, com a oferta no limite, o governo incentivar que o consumo aumente.

Conjunturalmente, a alta do consumo neste verão se deve ao calor infernal que assola boa parte do país. Mas há um aumento estrutural que é fruto, entre outros fatores, de o governo ter tornado, na marra, as tarifas mais baratas. A redução por decreto veio no mesmo momento em que a água dos reservatórios baixava. Ou seja, veio na contramão do risco crescente de desabastecimento de energia. O nome disso é irresponsabilidade.

Além disso, há o problema da manutenção do sistema elétrico. O atual modelo – concebido, gestado e anabolizado por Dilma – baseia-se na chamada “modicidade tarifária”, ou seja, na busca da menor tarifa possível para o consumidor. Objetivo louvável, mas de consequências nefastas quando perseguido de maneira inconsequente como faz a presidente.

Recebendo menos pela energia que geram, transmitem e distribuem, as empresas concessionárias passaram a gastar menos na manutenção de seus equipamentos. Até porque as regras do modelo dilmista de energia não remuneram adequadamente os ativos e desincentivam os investimentos, como mostrou ontem o Valor Econômico.

O círculo vicioso se completa com o sucateamento de órgãos que deveriam zelar pela qualidade dos serviços prestados pelos concessionários. No caso do setor elétrico, a Agência Nacional de Energia Elétrica. Uma das fontes de recursos da Aneel são taxas pagas pelos consumidores nas contas de luz, cujo objetivo é justamente custear a fiscalização dos serviços.

Ocorre que, desde 2011, a agência recebeu orçamento de R$ 1,5 bilhão, mas metade disso foi contingenciada pelo governo Dilma. O que significa isso? Que o dinheiro que os consumidores pagaram para garantir que o serviço que recebem fosse fiscalizado e sua qualidade preservada foi usado para engordar resultados fiscais de um governo perdulário. O que foi contingenciado equivale ao dobro do que efetivamente a Aneel investiu desde 2011.

É possível que Dilma Rousseff acredite que tenha motivos para dar gargalhadas. Mas os brasileiros vão vendo, dia após dia, que não têm razão nenhuma para achar graça de um governo que produz trapalhadas em série e, desta maneira, compromete o futuro do país. Dilma pode até dar suas risadas, mas longe, bem longe, da cadeira de presidente da República. E à luz de velas.

Problemas no sistema elétrico são mais uma herança maldita do PT, apontam deputados

Apagão-em-Brasília-300x200Brasília – Ministra de Minas e Energia e chefe da Casa Civil no governo Lula, a atual presidente da República, Dilma Rousseff, é a principal responsável pelos problemas no sistema elétrico nacional. Deputados do PSDB atribuem a responsabilidade pelos recorrentes blecautes à petista e alertaram para a falta de investimentos e de gerenciamento no setor, além de chamarem a atenção para o risco de o país sofrer um colapso no fornecimento de energia. Na terça-feira, foi registrado o 10º blecaute da atual gestão, afetando 11 estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste do país e aproximadamente seis milhões de pessoas.

“O que o governo Dilma fala não se escreve. Ontem, o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, ganhou manchetes ao afirmar que o risco de faltar energia elétrica no Brasil era ‘zero’. Foi desmentido um dia depois, com o apagão que atingiu cidades . É o governo dos apagões: na infraestrutura, na logística, na capacidade gerencial, na credibilidade e por aí vamos”, escreveu o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), em seu perfil no Facebook.

Após o novo apagão, especialistas voltaram a alertar para a fragilidade do país nessa área. Nem como ministra e nem à frente do Palácio do Planalto Dilma conseguiu fazer com que o Brasil tivesse um sistema mais seguro e moderno. Só no ano passado foram 71 “apaguinhos”, com pelo menos dez minutos de duração. Na média, os brasileiros ficaram 16,5 horas sem luz em 2013. O fato é que modelo idealizado por Dilma e adotado pelo PT está provocando inúmeros prejuízos ao Brasil e opera, segundo analistas, à beira do limite.

Logo após o mais recente blecaute, o 1ºvice-líder do PSDB na Câmara, deputado Vanderlei Macris (SP), anunciou a apresentação de pedido de convocação do ministro para esclarecer o acontecimento na Câmara. Para Macris, a fala de Lobão foi irresponsável. O requerimento foi protocolado nesta quarta (5).

Na avaliação do deputado Márcio Bittar (AC), o futuro próximo pode reservar acontecimentos ainda mais sérios devido à irresponsabilidade na condução do setor. “Só não estamos em um colapso absoluto porque no governo petista o país cresce a passos de tartaruga. O último apagão é apenas parte da colheita de resultados negativos de um governo que apenas surfou na onda do Plano Real e nunca avançou. Ao contrário, a presidente Dilma tem retrocedido e aí está um exemplo”, disse o tucano, 1º Secretário da Mesa da Câmara.

O deputado avalia que se não fossem as termelétricas, alternativa mais poluente que as hidroelétricas, por exemplo, o país poderia ter enfrentado uma crise de racionamento no ano passado. “O PT, depois de mais de uma década no poder, não conseguiu colocar em funcionamento hidroelétricas que hoje poderiam abastecer o Brasil e evitar de passarmos por riscos como o de ontem”, apontou.

Para Otavio Leite (RJ), a atual situação é “impressionante e inaceitável”. “O Brasil cheio de mananciais de energia, além de ter uma presidenta que se diz expert no assunto e ainda sofremos apagão de energia”, condenou.

Nas redes sociais, Nelson Marchezan Junior (RS) alertou: “Um apagão deixou 6 milhões de brasileiros sem luz. E o que fez Dilma Rousseff? Empurrou ao Congresso a Medida Provisória (625/13) para destinar R$ 60 milhões à recuperação de equipamentos de geração de energia elétrica a serem usados na Bolívia.” A polêmica MP acabou retirada da pauta da Câmara nesta quarta.

Em artigo publicado no final do ano passado, César Colnago (ES) resumiu: ”Quando se observa o que está acontecendo de verdade no país, mais adequado é dizer que, de apagão em apagão, o PT vai escurecer a nação”. Para o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, “estamos agora colhendo, infelizmente, os frutos da má gestão do governo federal na área de energia.”

Ministra de Minas e Energia de Lula, atual presidente deixa legado desastroso no setor

> O apagão de terça-feira foi o 10º nos três anos de gestão Dilma, que foi ministra de Minas e Energia de Lula e idealizou o modelo em vigor no sistema elétrico. Os desequilíbrios que atingem essa área são fruto direto de medidas tomadas pelo governo petista.

> O sistema elétrico nacional vive sob o fio da navalha. Os reservatórios registram níveis mínimos históricos, enquanto o consumo de energia bate recordes sucessivos e a oferta não avança no mesmo compasso. As obras de expansão da geração e da transmissão estão atrasadas e as empresas do setor, com muitas dificuldades financeiras.

> Somente em 2013, 71 blecautes com pelo menos dez minutos de duração atingiram o país. Na média, os brasileiros ficaram 16,5 horas sem luz em 2013.

> Segundo o próprio Planalto, estão atrasadas 22 das 25 hidrelétricas e 22 das 35 termelétricas atualmente em construção no país. Cerca de 15% do parque eólico brasileiro está ocioso por falta de conexão ao sistema interligado.

> Com as linhas de transmissão, a situação não é melhor: os atrasos são, em média, de 13 meses, mas há projetos cuja demora já alcança quatro anos. Com isso, metade da energia prevista para ser agregada ao sistema elétrico nacional nos próximos dez anos enfrenta complicações graves para sair do papel.

> O desequilíbrio do setor provocado por Dilma tem um preço alto. Só no ano passado, o Tesouro Nacional teve que despejar R$ 22,6 bilhões para compensar as empresas do setor elétrico pelas perdas decorrentes da intervenção patrocinada pelo governo petista. Neste ano, a conta deve ser de mais R$ 18 bilhões. O que o consumidor deixou de pagar com a propagandeada redução da conta de luz, o contribuinte paga com juros.

Do portal do PSDB na Câmara

“O lusco-fusco de uma presidente”, análise do ITV

Dilma-Foto-Marcelo-Camargo-ABr1-300x200O apagão que ontem atingiu 11 estados brasileiros é a mais perfeita tradução da atual gestão. Sintetiza um governo que vive seu lusco-fusco, que se notabiliza por produzir trevas ao invés de iluminar caminhos. A responsável por este estado de coisas, desde sua concepção e nascedouro, tem nome e sobrenome: Dilma Rousseff.

O setor elétrico brasileiro entrou ontem novamente em colapso. Estima-se que até 12 milhões de pessoas tenham sido afetadas pela falta de luz, que durou até duas horas durante a tarde. Foi o décimo apagão ocorrido nos três anos de gestão da presidente – o anterior apagara o Nordeste em agosto passado. Nunca antes na história, ficamos tanto tempo na escuridão.

O sistema elétrico nacional vive hoje sob o fio da navalha. Os reservatórios registram níveis mínimos históricos. O consumo de energia bate recordes sucessivos, mas a oferta não avança no mesmo compasso. As obras de expansão da geração e da transmissão estão atrasadas e as empresas do setor, praticamente quebradas. Nunca se queimou tanto combustível poluente para produzir eletricidade. Nunca a energia foi tão cara.

O abastecimento energético nacional está sob ameaça. Segundo cálculos abalizados, diante do estado atual de coisas, o país corre risco de racionar energia ainda neste ano. A chance é de 20%, enquanto o máximo aceitável seria 5%, apontou o Valor Econômico em sua edição de ontem. Imagine se a economia estivesse indo bem?

O governo nega e tenta tapar o sol com a peneira. Há evidências de sobra de que o suprimento de energia no país está comprometido. Antes mesmo que o apagão de ontem acontecesse, a presidente Dilma já coordenava uma operação-abafa para tentar esconder o risco de racionamento. Até entrevista coletiva já havia sido convocada para negar a possibilidade. O apagão interrompeu o evento, e acabou sendo a cereja do bolo.

Nunca antes na história, uma presidente da República alimentou tamanha irresponsabilidade. Na reunião que convocara para ontem, Dilma pediu a formação de uma força-tarefa “para definir medidas que permitam ao governo dizer que está trabalhando para aumentar a capacidade do sistema”, segundo a Folha de S.Paulo. Mas, no seu décimo-primeiro ano, a gestão petista ainda fala em “força-tarefa” para resolver problemas que já são evidentes há tanto tempo? Francamente.

Há fatores cuja responsabilidade escapa aos mortais, como a falta de chuva. Mas há fatores que a imprevidência dos mortais colaborara para agravar, e muito. Este é o pior verão em décadas em termos pluviométricos, mas é o terceiro seguido com chuvas abaixo da média histórica. E o que fez o governo Dilma diante destes reiterados alertas? Simplesmente incentivou o aumento do consumo.

O setor elétrico brasileiro experimenta hoje uma série de desequilíbrios que são fruto direto de medidas tomadas pelo governo petista. Mais especificamente, são resultado de um modelo urdido desde que Dilma Rousseff ainda era apenas ministra de Minas e Energia e achava que sua tarefa era implodir o que existia até então para criar um novo e redentor sistema. Estamos vendo no que deu.

O modelo gestado por Dilma no ministério setorial, engordado por ela quando foi ministra-chefe da Casa Civil e anabolizado quando já ocupava a Presidência da República produz fiascos em série. Só no ano passado foram 71 apaguinhos, com pelo menos dez minutos de duração. Na média, os brasileiros ficaram 16,5 horas sem luz em 2013.

Com planejamento capenga, a expansão do parque gerador para fazer frente ao aumento da demanda não acontece. Segundo o próprio governo, estão atrasadas 22 das 25 hidrelétricas e 22 das 35 termelétricas atualmente em construção no país. Cerca de 15% do parque eólico brasileiro está ocioso por falta de conexão ao sistema interligado.

Com as linhas de transmissão, a situação não é melhor: os atrasos são, em média, de 13 meses, mas há projetos cuja demora já alcança quatro anos. Com isso, metade da energia prevista para ser agregada ao sistema elétrico nacional nos próximos dez anos enfrenta complicações graves para sair do papel. Ou seja, não só o presente é temerário, como também o futuro é incerto.

Foi neste setor tão sensível que Dilma Rousseff resolveu meter sua colher. Produziu estragos difíceis de mensurar. A truculenta interferência e a quebra de contratos – anunciada em rede nacional de rádio e televisão em setembro de 2012, sob alegação de reduzir na marra as tarifas de energia – conduziu o setor para um buraco sem fim. As empresas, incluindo a Eletrobrás, estão em debacle e os investimentos escasseiam. Não há luz no fim deste túnel.

O desequilíbrio tem preço, e alto. Só no ano passado, o Tesouro Nacional teve que despejar R$ 22,6 bilhões para compensar as empresas do setor elétrico pelas perdas decorrentes da intervenção patrocinada pelo governo Dilma. Neste ano, a conta deve ser de mais R$ 18 bilhões. O que o consumidor deixou de pagar, o contribuinte paga com juros.

Dilma Rousseff é a mãe do que aí está. É a mentora de um sistema que ameaça entrar em colapso. É a patrocinadora de um modelo pródigo em produzir apagões, mas incapaz de fornecer energia e luz para que o país avance. O descalabro que acomete o setor elétrico brasileiro não é ato isolado no currículo da presidente. O conjunto de sua obra consegue ser ainda pior.

Apagões não refletem aumento de R$ 1 bi em investimentos da Eletrobras

unnamed1Da ONG Contas Abertas – Uma falha no sistema elétrico interrompeu parte da transmissão de energia em cidades das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país nessa terça-feira (4). Porém, os “apagões” que o país vem sofrendo não refletem o nível de investimentos do Grupo Eletrobras. Embora tenha sido uma das empresas que mais perderam valor de mercado nos últimos meses, devido à queda de receita com a renovação das concessões de geração e transmissão causada pelo corte da conta de luz, os investimentos da Eletrobras cresceram em 2013.

As 22 empresas do Grupo Eletrobras investiram juntas R$ 7,2 bilhões no ano passado, crescimento de 15% em relação às aplicações de 2012, de R$ 6,3 bilhões – em valores atualizados pela inflação do período (IGP-DI da FGV). Os investimentos em 2013 correspondem a 83% do total autorizado pelo governo federal – de R$ 8,7 bilhões.

Quando levantada a série historia dos investimentos do Grupo, os valores executados são menores. Entre 2000 e 2013, as dotações atualizadas somaram R$ 119,6 bilhões, porém apenas R$ 83,4 bilhões foram investidos, o que equivale a 69,7% dos recursos previstos. O valor aplicado em 2013 é inferior apenas aos anos de 2002 (R$ 7,5 bilhões) e 2011 (R$ 7,6 bilhões).

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), responsabilizou o governo federal pela má gestão e pela falta de investimentos no setor elétrico. “Estamos agora colhendo, infelizmente, os frutos da má-gestão do governo federal na área de energia. O governo federal afugentou os investimentos”, afirmou o senador. “Ele poderia ter simplesmente tirado os impostos federais da conta de luz para alcançar o objetivo da sua redução”, ressaltou.

Para Paulo Pedrosa, presidente da Associação dos Grandes Consumidores de Energia, um dos motivos para o apagão pode ter sido a demora na operação de novas linhas de transmissão. “Menos linhas, significa menos segurança no sistema. O sistema interligado nos traz mais eficiência, mas a medida que cresce, aumenta a vulnerabilidade”, afirma.

No ano passado, dos R$ 32,8 milhões autorizados para a implantação do Sistema de Transmissão Porto Velho-Rio Branco, apenas R$ 18,2 milhões foram investidos na obra, pouco mais de 55% do total. A baixa execução também afetou a implantação do Complexo Hidrelétrico Alto da Serra e do Sistema de Transmissão Associado, que só recebeu R$ 4,4 milhões, dos R$ 11 milhões previstos.

De acordo com Ricardo Savoia, diretor de regulação e gestão em energia da Consultoria Thymos, como as chuvas de período úmido não vieram, há incertezas. “Ao longo de 2013 havia expectativa de mais chuvas, o que não ocorreu. Muitos projetos de geração térmica e de linhas de transmissão não entraram em operação. Isso elevou o risco do setor”, completa.

De fato, em 2013, o crescimento não se mostrou constante durante todo o ano. O aumento se deu principalmente no sexto bimestre, quando R$ 2,8 bilhões foram aplicados. O valor investido nos últimos dois meses do ano foi recorde, visto que até então, em nenhum bimestre as aplicações passaram dos R$ 1 bilhão. (veja tabela)

A presidente Dilma Rousseff, que também já foi ministra de Minas e Energia, se reuniu na terça para tratar de uma resposta política sobre a questão do apagão. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, na reunião, o apagão foi considerado um problema de tamanho médio, dado que o sistema para evitar um colapso na transmissão conseguiu restringir as áreas afetadas.

Ainda na reunião foi definida uma operação para acelerar processos, como a concessão de licenças ambientais, exigência legal que tem atrasado as obras de infraestrutura em todos os setores. Outra determinação do Planalto é para que o leilão da hidrelétrica de Tapajós (PA) ocorra impreterivelmente neste ano.

No ano passado, o Tesouro Nacional bancou o alto custo de operação das usinas termoelétricas para evitar aumentos na conta de luz. Foram R$ 9,6 bilhões adiantados pelo governo ao fundo do setor elétrico. Parte desse valor deveria começar a ser cobrada dos consumidores neste ano, em parcelas graduais até 2018, mas o Planalto está decidido a deixar a fatura para 2015.

Aumento nos investimentos

Segundo a Eletrobras, o aumento nos investimentos se deve à melhoria no sistema de gestão das empresas e à lliberação de entraves externos aos projetos, como a que ocorreu por parte do Tribunal de Contas da União (TCU) em relação à licitação para a parte eletromecânica das obras da usina Angra 3.

O Fiscobras 2013, plano de fiscalização anual do TCU que verifica o processo de execução de obras públicas financiadas total ou parcialmente com recursos da União, constatou sobrepreço nas obras de construção da Usina Termonuclear de Angra 3.

O tribunal analisou o orçamento das obras de montagem eletromecânica da usina, avaliado em R$ 2,9 bilhões, e identificou inconsistências na planilha orçamentária, que apresentava elevação indevida dos custos.

Durante a fiscalização, a Eletronuclear – empresa responsável pelo empreendimento – reconheceu algumas das falhas apontadas e efetuou reduções de R$ 64,7 milhões. Outros R$ 55 milhões foram retirados do orçamento por determinação do TCU, quando o relatório da auditoria foi julgado.

A construção da Usina Termonuclear de Angra 3 é o único empreendimento de geração nuclear em construção do país, ao custo estimado de R$ 10 bilhões. A ação foi a que mais recebeu investimentos do Grupo Eletrobras. Dos R$ 8,7 bilhões autorizados pelo governo federal para investimentos do grupo em 2013, R$ 1,48 bilhão foram aplicados nas obras de Angra 3.

A segunda iniciativa que mais recebeu investimentos no período foi a “Implantação da Usina Termelétrica Mauá 3”. Na obra já foram aplicados R$ 514,1 milhões, dos R$ 535,2 milhões autorizados para o ano. A ação é de responsabilidade da Amazonas Distribuidora de Energia S.A. (AME) e irá funcionar em ciclo combinado, com flexibilidade de operação em ciclo simples utilizando o volume máximo disponível de 2.300.000 m3/dia de gás natural.

A Chesf aplicou R$ 432,6 milhões na ação “Ampliação do Sistema de Transmissão de Energia Elétrica na Região Nordeste”. O valor representa 90% da dotação autorizada para 2013 – R$ 478,8 milhões. A mesma iniciativa para a região Sul, sob responsabilidade da TSBE, recebeu R$ 400,5 milhões em investimentos.

Embora o valor investido pelo Grupo Eletrobras tenha aumentado em 2013, algumas empresas do grupo apresentaram execução abaixo dos 60%. É o caso da Eletroacre (51,8%), CGTEE (47,8%), ETE (52,6%) e RBTE (59,6%).

Para Aécio, má-gestão federal provocou apagão

presidente-aecio-300x200Brasília (DF) –  O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), lamentou nesta terça-feira (04) os prejuízos sofridos por quase 4 milhões de brasileiros atingidos pelo apagão que afetou São Paulo e Rio de Janeiro, além de 11 estados das regiões Sul, Norte e do Centro Oeste. Aécio Neves responsabilizou o governo federal  pela má gestão e pela falta de investimentos no setor elétrico.

“Estamos agora colhendo, infelizmente, os frutos da má-gestão do governo federal na área de energia. O governo federal afugentou os investimentos”, afirmou o senador. “Ele poderia ter simplesmente tirado os impostos federais da conta de luz para alcançar o objetivo da sua redução”, ressaltou.

Em seguida, o tucano acrescentou que: “Essa excessiva intervenção do governo federal vai certamente custar muito caro a todos os brasileiros que são afetados por esses apagões, e que, se não chover rapidamente, poderão ser maiores ainda no futuro. Tudo isso fruto da incompetência e da má-gestão do governo federal nesse setor fundamental para a vida dos brasileiros”.

Efeitos

De acordo com o jornal O Globo, o estado de São Paulo foi o mais afetado, com 1,2 milhão de unidades consumidoras sem energia.
A falta de energia atingiu também, por mais de uma hora, a Linha 4-Amarela (Luz-Butantã) do Metrô de São Paulo.

Em Goiás, a área mais afetada foi o Sudoeste. No Mato Grosso, a capital Cuiabá e arredores também sofreram com a falta de luz, de acordo com o site G1.

O último episódio parecido no país ocorreu em agosto do ano passado, quando uma queimada em uma fazenda do Piauí levou à falta de energia em todos os estados da região Nordeste. Em 2012, a região Nordeste enfrentou apagões em setembro e outubro. Em 22 de setembro, segundo o ONS, um problema nas interligações Sudeste/Norte e Sudeste/Nordeste atingiu o fornecimento de energia elétrica em parte da região Nordeste do país.