PSDB – MS

Balança comercial

Balança comercial brasileira caminha para o primeiro déficit em 13 anos

commodities-300x200Brasília (DF) – O ano de 2014 tem potencial para ser um período de surpresas negativas para a balança comercial brasileira. Isso porque, após 13 anos de superávits consecutivos, o saldo poderá ser negativo este ano, em decorrência da falta de controle sobre parte das exportações.

Reportagem desta segunda-feira (17) do jornal O Globo diz que  o setor mais afetado são as chamadas commodities, matérias primas como soja, café, açúcar, minério de ferro e etanol. A exportação desses itens foi responsável por 65,3% de tudo que foi vendido no exterior em 2013, o equivalente a US$ 158 bilhões.

Para o deputado federal Marco Tebaldi (PSDB-SC), integrante da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara, a desestruturação das relações comerciais brasileiras é vista com tristeza.

“[O saldo negativo] demonstra que estamos caminhando para um processo de recessão, por conta de um governo que não prioriza o planejamento, que não realiza o corte de gastos públicos, que não investe em infraestrutura. Enfim, um governo de improvisação”, avaliou o parlamentar.

De acordo com especialistas, ouvidos pela publicação, a vulnerabilidade do país às oscilações internacionais de preço era evidente já no ano passado. Em 2013, o saldo da balança comercial, US$ 2,56 bilhões, foi o pior desde 2000. Só não foi pior em razão de uma manobra contábil do governo, que incluiu na conta de exportações sete plataformas vendidas a empresas estrangeiras e alugadas para a Petrobras. Na prática, elas nunca saíram do país.
Manufaturados

Tebaldi lembrou que a queda na cotação de exportações não atinge exclusivamente as commodities, principal fonte de receitas da balança comercial brasileira, mas também os produtos manufaturados. Somente no ano passado, o país teve um déficit de US$ 35 bilhões no setor de eletroeletrônicos, bens de informática e comunicações.

“Toda essa imperícia que vemos por parte do governo federal na condução de importações e exportações dá nisso: na perda do controle econômico, na desaceleração do crescimento industrial e na necessidade de recorrer a manobras contábeis para não atingir um fracasso ainda mais evidente”, acrescentou o tucano.

“Nervosinhos”, por Aécio Neves

* Artigo publicado nesta segunda-feira (6) no jornal Folha de S. Paulo

aecio-neves-george-gianni-psdb-1-300x199Ao antecipar o anúncio do cumprimento do superavit primário, na sexta-feira, o ministro Guido Mantega agiu como aquele chefe que gosta de contar uma piada para desanuviar um ambiente carregado. Todo mundo dá uma gargalhada forçada, por obrigação, a reunião termina, as pessoas vão embora, mas os problemas continuam sobre a mesa sem qualquer solução à vista.

Com base apenas em fatos recentes, preparei aqui uma lista resumida de cinco motivos para que o ministro possa entender por que os brasileiros estão “nervosinhos” com a situação da economia.

1) Fragilidade no superavit primário: o resultado foi atingido com ajuda de receitas extras, como o bônus da privatização do campo de petróleo de Libra, que não vão se repetir em 2014, tornando o equilíbrio fiscal ainda mais duro de ser alcançado ao longo do ano.

2) Queda na balança comercial: divulgados na última semana, os números da balança comercial brasileira tiveram o pior desempenho em 13 anos.

3) Desvalorização da Petrobras: para tristeza da memória de tantos nacionalistas que se recordam da campanha “O petróleo é nosso”, em 2013 a estatal foi a empresa de capital aberto que mais perdeu valor de mercado em termos nominais, segundo a consultoria financeira Economatica. Em apenas três anos, o governo Dilma conseguiu a façanha de reduzi-la a menos da metade do seu valor. Entre os motivos, está a gestão orientada para render dividendos políticos ao Partido dos Trabalhadores.

4) Recorde na carga tributária: enganou-se quem acreditava que a situação dos impostos no Brasil não podia mais piorar. A Receita Federal divulgou a carga tributária de 2012, que bateu mais um recorde e chegou a 35,85% da renda nacional.

5) PIB em baixa, inflação em alta: a bravata do “pibão” na casa dos 4%, prometidos para 2013, deve acabar reduzida a um humilde “pibinho” abaixo de 2,5%. Além disso, o ano de 2013 ficará conhecido como aquele em que a inflação, de péssima lembrança, voltou a assombrar as feiras e os supermercados.

Essa é a realidade que as autoridades se recusam a admitir publicamente.

Em junho, a presidente Dilma Rousseff acusou a oposição de agir como o Velho do Restelo, personagem de Camões que representa o pessimismo. A economia, entretanto, continuou à deriva. Agora, a presidente reclama de uma suposta “guerra psicológica”, “capaz de inibir investimentos e retardar iniciativas”. Já para o ministro Guido Mantega, são os “nervosinhos” que atrapalham o sucesso dos planos formidáveis do governo.

As crianças costumam ter amigos imaginários. Os petistas cultivam os inimigos imaginários. Assim, fica mais fácil livrar-se das responsabilidades para as quais foram eleitos.

Balança comercial do Brasil tem pior resultado anual desde 1995

balanca-comercial-foto-divulgacao--300x200Brasília – O saldo da balança comercial brasileira – diferença entre o volume de dinheiro que entra e sai do país pelo comércio internacional – atingiu o pior resultado acumulado para o ano desde 1995.

O rombo é de US$ 3,764 bilhões de janeiro a agosto, de acordo com números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

O resultado de agosto também ficou bem abaixo do registrado no mesmo período de 2012. O saldo ficou positivo em apenas US$ 1,226 bilhão, uma queda de 62% em relação ao mesmo mês do ano passado.

O rombo nas contas externas é influenciado fortemente pelo petróleo. Em 2013, a diferença entre importação e exportação está negativa em US$ 16,368 bilhões. Esse resultado mostra que, ao contrário da propaganda do PT, o Brasil continua dependendo cada vez da importação de combustíveis.

Déficit recorde na balança comercial evidencia colapso do PT na gestão federal, afirma tucano

Luiz-Fernando-Machado-Foto-Ag-Camara--300x207Brasília – O déficit recorde de US$ 1,9 bilhão da balança comercial em julho, o pior resultado para o mês em 20 anos, demonstra a falta de competência do governo Dilma em propor soluções contra a crise econômica, avalia o deputado federal Luiz Fernando Machado (PSDB-SP). “Estamos entrando em uma zona muito perigosa, marcada pela falta de investimentos em infraestrutura e pelo esgotamento do modelo baseado na expansão de consumo e crédito”, afirma o parlamentar.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o rombo nas contas externas em 2013 já chega a US$ 5 bilhões.

Machado ressalta que a queda da produção industrial é um dos principais fatores que levou ao déficit recorde na balança comercial. “É o momento mais delicado da história da indústria brasileira. E o governo federal é incapaz de apresentar soluções e corrigir problemas, o que poderia dar um rumo novo para a economia”, aponta.

Segundo o deputado, os problemas indicam ainda o “colapso administrativo” do PT na gestão federal. “Os equívocos se refletem em todos os setores do governo”, diz.

Consequências – Machado acrescenta que os efeitos do déficit comercial, da desindustrialização e do desarranjo na economia são sentidos, principalmente, pela população mais pobre.

“O desemprego está em alta e preocupa cada vez mais. Outro fator que chega junto é a inflação. Temos que importar mais, e com isso pagamos preços em dólar. Além disso, muito provavelmente conviveremos com uma elevada taxa de juros. As pessoas já começam a sentir isso no seu cotidiano e sofrerão ainda mais com esses problemas”, alerta.

Petrobras exporta menos petróleo em julho e eleva rombo na balança comercial

Rodrigo-de-Castro-Foto-George-Gianni-PSDB-1-300x199Brasília – A queda nas exportações da Petrobras contribuiu significativamente para o déficit histórico de US$ 1,9 bilhão registrado pela balança comercial em julho. De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo nesta sexta-feira (2), as exportações de petróleo da empresa sofreram uma queda de 51% em julho em relação ao mesmo mês de 2012.

A companhia também aumentou em 20% a importações de combustíveis e lubrificantes de janeiro a julho, chegando a US$ 25 bilhões, informa a coluna de Miriam Leitão em Globo.

Para o deputado federal Rodrigo de Castro (PSDB-MG), o prejuízo evidencia as falhas administrativas que o PT realiza na gestão da empresa. “A série de problemas na Petrobras, que puxa para baixo a balança comercial brasileira, é uma boa amostra de como o PT desvirtua a gestão pública. Há aparelhamento e as dificuldades não param de aparecer”, destacou o deputado.

Rodrigo ressaltou também que a gestão da empresa, nos últimos anos, foi marcada por denúncias de corrupções e escândalos administrativos – como a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, que trouxe prejuízo superior a US$ 1 bilhão e extração zero de petróleo.

“A Petrobras é um patrimônio brasileiro que está sendo aviltado pelo PT”, afirmou o parlamentar.

Consequências – A incompetência para o gerenciamento da economia, demonstrada, entre outros fatores, pela balança comercial deficitária, tende a trazer uma série de consequências danosas para o dia a dia dos brasileiros, apontou o deputado.

“O PT tem ressuscitado fantasmas que pareciam distantes, como inflação e desemprego”, citou Rodrigo.

O parlamentar acredita que não se deve esperar uma melhoria na condição econômica brasileira: “infelizmente, para o país, o PT dá sucessivas mostras de que não tem capacidade para resolver os problemas”.