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BNDES

Deputado Rinaldo Modesto critica má gestão do BNDES

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Foto: Giuliano Lopes/AL

Grandes bancos brasileiros em dois anos chegaram a registrar crescimento do patrimônio em 25%. Na contramão, o patrimônio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) encolheu 38% no período. Os números falam por si, porém, o deputado estadual Rinaldo Modesto (PSDB-MS) enfatiza que a explicação se deve à má gestão pelo governo federal.

“Não tenho dúvida de que a falta de gerenciamento do dinheiro público, porque o dinheiro do BNDES é dos próprios brasileiros, essa falta de investimento com critério, falta de foco, acaba inviabilizando inclusive o crescimento do país”, avalia Rinaldo.

Para o parlamentar, o Banco deveria focar na indústria, no pequeno empresário. “Poderíamos fazer com que esses recursos do BNDES pudessem ser melhor aproveitados e com isso geraríamos mais emprego, mais renda e consequentemente melhor qualidade de vida para os brasileiros”, acrescentou o tucano.

O declínio do patrimônio do BNDES é atribuído a dois motivos, segundo os pesquisadores da FGV (Fundação Getúlio Vargas), em notícia veiculada no jornal O Estado de S. Paulo: o excesso do pagamento de dividendos (especialmente ao próprio governo, via Tesouro Nacional) e perdas no mercado de ações.

“Acho que o governo perdeu o foco, o governo do PT não tem administrado como o Brasil precisa”, disse ainda Rinaldo, que completa: “a gente vê a presidente Dilma viajando, ajudando até outros países e o povo brasileiros com dificuldades”.

Nesta semana, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), já havia avaliado que o governo federal vem usando o BNDES para promover sua “contabilidade criativa”, modo encontrado pelo PT para disfarçar a má gestão das contas públicas.
Foto: Giuliano Lopes/AL

Aécio: “BNDES foi instrumentalizado para ajudar o governo na construção da contabilidade criativa”

Aecio-Neves-durante-entrevista-coletiva-09-07-2013-Foto-George-Gianni-41-300x200Brasília – Para o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), o governo federal vem usando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para promover sua “contabilidade criativa”, modo encontrado pelo PT para disfarçar a má gestão das contas públicas.

“O BNDES foi instrumentalizado para ajudar o governo na construção da contabilidade criativa”, disse Aécio.

O senador citou um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que aponta que o BNDES, só nos últimos dois anos, teve seu patrimônio ser reduzido em 38%.

Segundo o presidente do PSDB, é essencial que o governo federal atue com mais transparência na gestão do BNDES ao ser indagado sobre as linhas de crédito oferecidas atualmente pelo banco. “Não se sabe em que condições, a que juros, a que grupos os financiamentos foram entregues”, observou.

Aécio lembrou que a transparência na administração pública foi uma das principais bandeiras levantadas pelos manifestantes que ocuparam as ruas do país nas últimas semanas.

Perda de patrimônio do BNDES reflete equívocos do governo para o setor, diz senador Cícero Lucena

senador-cicero-Ag-Senad-300x199Brasília – O senador Cícero Lucena (PSDB-PB) avalia que a queda do patrimônio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – que recuou 38% em dois anos, segundo pesquisa da FGV divulgada hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo – é consequência das políticas equivocadas que o governo federal pratica para a instituição.

“Sob o comando do PT, o BNDES se transformou em um instrumento de política partidária. Deixou de ser uma ferramenta para promover a interiorização da indústria e o desenvolvimento da economia como um todo”, disse o parlamentar.

O declínio do patrimônio do BNDES é atribuído a dois motivos, segundo os pesquisadores da FGV: o excesso do pagamento de dividendos (especialmente ao próprio governo, via Tesouro Nacional) e perdas no mercado de ações. O banco é acionista de companhias como Petrobras, Embratel e Vale. A instituição é também ligada ao “grupo X”, do empresário Eike Batista, que passou por forte desvalorização nos últimos meses.

“O BNDES centralizou enormes volumes de recursos em algumas empresas. Participou de projetos que levaram à perda do seu patrimônio. Fez uma trilha bem característica de toda a incompetência demonstrada pelo governo federal em todos os setores”, acrescentou Lucena.

“O pacto descartado”, por José Aníbal

Jose-Anibal-Foto-George-Gianni-PSDB-2-300x199Na última sexta-feira o Diário Oficial da União publicou um decreto que alterou o estatuto do BNDES. Daqui por diante, o banco estatal fica autorizado a computar saldo corrente como dividendo e assim antecipar receitas à União. Isso facilita a maquiagem do desempenho fiscal do governo quando for conveniente.

Parece brincadeira. Em menos de uma semana o pacto pela responsabilidade fiscal, anunciado em tom solene na reunião com governadores, desaguou em mais contabilidade criativa. Assim como a Constituinte inconstitucional, as ações pós-protestos até agora não foram além de slogans sem substância.

Não que isso seja novo. O método é conhecido: anúncio bombástico, resultados pífios. Além do mais, não é segredo para ninguém que o governo é o único responsável pela política econômica que aí está. A novidade é a hegemonia do marketing na condução da agenda do governo contra a crise.

O pacto pela educação vai pelo mesmo caminho. Entre 2002 e 2011 os investimentos em educação avançaram 0,13% do PIB ao ano. Nem mesmo o aporte de 75% dos royalties previstos até o ano 2022 fará o Brasil se aproximar da meta de empregar 10% do PIB em educação.

No caso da mobilidade urbana, segundo cálculos do economista Gil Castelo Branco, desde 2002 o governo não conseguiu tirar do papel sequer 20% dos investimentos autorizados. Ao invés de R$ 6 bilhões, investiu R$ 1 bilhão. Agora, com a margem fiscal mais estreita, de onde sairão os R$ 50 bi prometidos?

Na segurança, virou praxe oferecer ajuda do Ministério da Justiça durante crises, quando todos sabem que armas e drogas circulam livremente, pelas fronteiras e depois nas cidades, sob a passividade do governo. Na saúde, falta dinheiro para esparadrapo, gaze e soro. A solução apontada é importar médicos sem certificação de habilidades.

A verdade é que o pacto que daria voz aos anseios por melhores serviços foi deixado de lado. Como mostrou O Globo, a máquina administrativa faraônica, com 39 ministérios e 22,5 mil cargos de confiança, consome nada menos que R$ 611 bilhões anuais — quase o triplo do que se investe em educação.

Ao invés de um pacto pela eficiência, austeridade e economia de dinheiro público como forma de disponibilizar receitas para investimentos, o governo prefere as bravatas da marquetagem. Afinal, cortar gastos significa desatender a clientela. E entre a eleição e o país, a escolha nunca prima pela responsabilidade. Pacto para que?

José Aníbal é economista e secretário de Energia de São Paulo.