A nova rodada da pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada nessa terça-feira (18), reforça o sentimento de mudança da população brasileira, cada vez mais insatisfeita com o governo da presidente Dilma Rousseff. O número de entrevistados que consideram a gestão petista péssima ou ruim passou de 22,7%, em novembro, para 24,8%, enquanto 37,9% das pessoas consideram o governo apenas regular.
Em agosto de 2011, apenas 9,3% indicavam o governo péssimo ou ruim. Ao analisarem os resultados, parlamentares tucanos afirmaram que o modelo do PT está saturado.
O deputado federal Alfredo Kaefer (PSDB-PR) disse que a presidente abandonou os fundamentos básicos da economia, motivo pelo qual a gestão atual “caminha para o fracasso”. “Não preserva um programa fiscal de equilíbrio, uma situação cambial adequada, a lei de responsabilidade fiscal. Os gastos são maiores do que as receitas, fator preponderante para a inflação no limite”.
Para o deputado federal Ruy Carneiro (PSDB-PB), a insatisfação com o PT é generalizada. “Tem problema moral, de infraestrutura, de serviço e, consequentemente, no todo. Isso vai comprometer a reeleição da presidente Dilma”, avaliou. Segundo ele, o governo federal investe R$ 2 bilhões na construção de porto em Cuba, mas destina apenas R$ 352 milhões para a Paraíba.
Insatisfação
O deputado federal Vaz de Lima (PSDB-SP) afirma que a pesquisa reflete justamente o sentimento que emana das ruas. “A população está cada vez mais demonstrando que o país não está no caminho certo. Espero que, em algum momento, isso possa refletir na mudança que precisamos de rumo do país”, disse.
Para Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS), o brasileiro está atento às manobras do PT, preocupado apenas com a publicidade. “É o início de uma sensibilidade na população de que todo o volume destinado pelo PT à mídia é uma grande estratégia marqueteira com recursos públicos, onde Dilma deixa de ser presidente e passa a ser candidata. A população percebe que a realidade é bem diferente da propaganda”, afirmou.
Queda da avaliação positiva
A avaliação positiva do governo também caiu: passou de 39%, em novembro, para 36,4%. É o segundo pior índice atingido por Dilma. A pior avaliação foi registrada em julho do ano passado, quando as manifestações populares tomaram as ruas. Na ocasião, apenas 31,3% consideraram boa a gestão Dilma. O índice de aprovação pessoal da petista também teve queda: passou de 38,9%, em novembro, para 41% na nova sondagem.
A pesquisa ouviu 2.002 pessoas entre 9 e 14 de fevereiro, em 137 municípios. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Descrença com serviços básicos
Os serviços básicos continuam com avaliação negativa. Para 30,8% dos pesquisados, a saúde pública vai piorar nos próximos seis meses, 41,1% apontam que não haverá mudança e apenas 26,5% acreditam em melhora.
Na segurança pública, o pessimismo também toma conta: 33,7% afirmam que haverá piora, outros 37,8% dizem que ficará como está e 27% creem em melhora. “O governo não tem sido parceiro dos estados e municípios. A segurança é uma área que vem crescendo absurdamente a preocupação e o medo das pessoas”, disse Ruy Carneiro.
Os eleitores estão mais pessimistas em relação ao custo de vida. Para 77,2% deles, há um sentimento de que os gastos aumentaram nos últimos 12 meses. A expectativa para este ano também não é nada otimista: 71,8% acreditam que o custo aumentará.
Do Portal do PSDB na Câmara