Enquanto o planeta celebra o Dia Internacional contra a Corrupção, o Brasil sofre com a banalização desse mal, alerta o líder da Minoria na Câmara, Domingos Sávio (MG). Em discurso nesta terça-feira (9), ele fez coro aos milhões de brasileiros que não aceitam a situação vergonhosa em que se encontra o país. “É preciso se indignar contra isso”, disse.

A corrupção, além de destruir as instituições públicas, desvia o dinheiro que deveria ser aplicado em saúde, educação, segurança e infraestrutura. “É um crime bárbaro contra todos os seres humanos e os princípios democráticos”, frisou Sávio. O problema tem se alastrado nos últimos 12 anos, já que boa parte dos que sustentam o atual governo está envolvida com corrupção, avalia o tucano.

O líder citou denúncia da “Folha de S.Paulo” de que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu recebeu R$ 886,5 mil da empreiteira Camargo Corrêa por serviços de consultoria entre maio de 2010 e fevereiro de 2011, quando o petista já era réu no processo do mensalão. Ele foi condenado a 10 anos e 10 meses por liderar o esquema de pagamento de propina. “É inaceitável”, alertou Sávio.

O tucano ressaltou ainda a contradição do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que hoje sugeriu a demissão da diretoria da Petrobras e a punição dos envolvidos no esquema de corrupção.  “Não adianta ele dizer que nunca viu algo assim se continua com a delação premiada na gaveta”, explicou o parlamentar, em referência às negativas do PGR de enviar ao Congresso o conteúdo das informações prestadas em regime de delação premiada por envolvidos no esquema.

Do Portal do PSDB na Câmara

Tucano alertou para que a sociedade civil esteja atenta ao jogo sujo de seus adversários, inclusive com possíveis compras de votos

O candidato a governador Reinaldo Azambuja (PSDB) reafirmou seu compromisso de implantar um governo transparente e de combate implacável à corrupção em Mato Grosso do Sul, caso seja eleito no próximo dia 26. O tucano assinou carta de compromissos com a sociedade civil organizada, nesta segunda-feira (20), em Campo Grande, e aproveitou para pedir o apoio dos integrantes do movimento na fiscalização da prática ilegal da compra de votos ainda nestas eleições.

“Nós sabemos que hoje existe uma ação muito forte de compra de votos por parte dos adversários. Essa já foi uma prática, no primeiro turno, que usou dinheiro sujo desviado da corrupção, um tipo de política que temos que banir do Estado”, alertou. E completou: “essa é a velha política que quer se perpetuar no poder, mas que agora sente uma reação da sociedade sul-mato-grossense, que deseja uma política limpa, transparente e de resultados”.

Ativismo

Membro da sociedade civil organizada, o advogado Jully Heys clamou a participação da população na atuação de combate à corrupção e compra de votos. Para ele, o ativismo do povo é fundamental.

“Você tem as instituições responsáveis por fiscalizar e punir, mas, de fato, elas não dão conta de tanto contingente de denúncias e ocorrências que acontecem. Então, o caminho é a participação da população. A conscientização de que o cidadão pode contribuir para isso é essencial”, opinou.

Transparência e combate à corrupção

Ao assinar o documento elaborado por mais de 100 advogados e três lojas maçônicas, além do Observatório Social de Campo Grande e do Sindicato dos Auditores e Técnicos da Auditoria de Mato Grosso do Sul, Reinaldo lembrou que a transparência sempre foi um dos eixos principais do plano de governo do PSDB para o Estado.

“Nossos projetos vão ao encontro disso que vocês estão propondo [transparência e combate à corrupção]. Governo sério não tem medo de transparência”, garantiu.

Programa de governo

Durante a reunião, Reinaldo anunciou que já possui desenhado um modelo de transparência para as pessoas acompanharem em tempo real todos os gastos do governo. “Nós temos que ter transparência para as pessoas conhecerem como funciona o governo: quanto arrecada, onde gasta, com o que gasta e para quem gasta”, contou.

Sobre a corrupção, o candidato lembrou que se propôs a fazer um novo modelo de política com novas práticas e honestidade, repudiando e não sendo tolerante com qualquer prática ilícita. “Os valores que estamos defendendo nessa nova política são a decência, a transparência e o governar com as prioridades das pessoas”, avisou.

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Fotos: Chico Ribeiro

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Veículos no Centro da Capital foram adesivados com mensagens sobre a prática ilegal de compra de votos

Voluntários da boa política promoveram, nessa sexta-feira (3), “adesivaço” contra a corrupção no Centro de Campo Grande. Na campanha que recebeu o nome de “Voto Consciente”, motoristas e motociclistas foram mobilizados e alertados sobre a prática ilícita da compra de votos que pode ocorrer em Mato Grosso do Sul.

“Temos que agir contra esse mal, a corrupção, que atinge o Brasil”, disse o motorista Roberto Pedrosa que aderiu ao movimento do “Voto Consciente” e pegou adesivos para colar no carro.

Os materiais entregues à população foram feitos com frases de impacto contra a velha política da compra de votos. Adesivos foram confeccionados com mensagens nas áreas da Saúde, Educação, Segurança e Geração de Empregos.

“Não adianta vender seu voto e continuar na fila da saúde”; “Não adianta vender seu voto e deixar seu filho sem escola”; “Não adianta vender seu voto e viver com medo de bandido” e “Não adianta vender seu voto e continuar sem emprego”.

Com o slogan principal “Quem vende o voto elege o ladrão”, o material chamou a atenção de quem passou pelo cruzamento da avenida Afonso Pena com a rua 14 de Julho.

“A corrupção em nosso país está uma pouca vergonha. É necessário lutar contra ela”, lamentou Vanderlei Martins. “Só o PT não sabe de nada, não viu nada e não conhece nada”, completou Salvador Rizo.

Para Beth Santos, “a corrupção vem lesando todos os brasileiros”. Já Maria Helena da Silva lembrou que a “compra de votos ajuda a afundar o Brasil”. “Temos que lutar contra”, disse.

“Voto Consciente”

A campanha do “Voto Consciente” surgiu após inúmeras suspeições de que nestes dias estaria havendo uma verdadeira derrama de dinheiro no interior do Estado e periferia de Campo Grande para a compra de votos a favor de um certo candidato.

“Há suspeição de que há uma verdadeira derrama de dinheiro nesta reta final do primeiro turno. É lamentável que, em pleno ano 2014 uma prática tão suja e característica da velha política ainda seja utilizada. Vamos dar voz à sociedade civil que não aguenta mais tanta impunidade e quer uma mudança de verdade”, disse Rodrigo Mendes, coordenador de marketing da campanha do candidato a governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB). A Coligação Novo Tempo (PSDB, PSD, DEM, PPS, PMN E SD) encabeça a campanha “Voto Consciente”.

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Fotos: Jessica Barbosa

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O pré-candidato do PSDB à sucessão estadual, Reinaldo Azambuja, conversou com a coordenação de seu Plano de Governo sobre o fechamento da primeira base do trabalho. O Plano de Governo que será apresentado neste sábado mostrará as diretrizes para elaboração de políticas e ações que serão adotadas na administração tucana.

O trabalho, feito com base no projeto Pensando Mato Grosso do Sul, que percorreu todo o Estado e ouviu mais de 200 mil pessoas sobre os problemas e prioridades de cada região, terá continuidade mesmo após o registro no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Dentre as propostas que serão apresentadas no Plano de Trabalho estão mecanismos de prevenção e combate à corrupção. Reinaldo voltou a defender a necessidade de se ter transparência em tempo real dos gastos e receitas do Governo do Estado. Ele também propôs a criação de uma rede de auditorias preventivas que atuará internamente em cada um dos órgãos públicos da administração estadual.

“Vamos criar um mecanismo para prevenir a corrupção e não deixar que ela aconteça. Outros estados têm mecanismos semelhantes e estamos estudando a forma mais eficiente de conseguirmos isso”, explicou Reinaldo em entrevista a um site local.

O pré-candidato tucano reforçou que o governo precisa aperfeiçoar os mecanismos de controle interno, além de contar com o auxílio do controle externo, como Ministério Público e Tribunal de Contas. “Um governo bem intencionado não pode ter medo de ser fiscalizado”, concluiu.