PSDB – MS

Confiança

Oposição sai fortalecida das eleições e preparada para cumprir seu papel

aecioneves-durante-reuniao-psdb-foto-georgegianni14-300x199Brasília – Líderes do PSDB que participaram nesta quarta-feira (5) do encontro promovido pelo partido no Congresso Nacional declararam que as forças políticas que fazem oposição no Brasil estão mais fortalecidas após o término das eleições de 2014. A avaliação foi feita durante reunião organizada pelo PSDB que lotou o auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, e que foi conduzida pelo presidente do partido, senador Aécio Neves.

“Saímos das eleições como o agrupamento político mais forte do Brasil”, declarou o ex-governador paulista Alberto Goldman, um dos vice-presidentes do PSDB. Segundo o tucano, a condição foi dada ao partido pela população, que se expressou nas urnas, com os mais de 51 milhões de votos destinados a Aécio na disputa presidencial, e também nas manifestações que pediram a vitória do presidente do partido e de outros candidatos pelo PSDB em todo o país.

O senador Cássio Cunha Lima (PB), também vice-presidente do PSDB, disse que a condição traz mais responsabilidade ao partido. “O PSDB recebeu mais de 51 milhões de votos do povo brasileiro e agora cabe a nós fazer oposição com responsabilidade ética, espírito público e decência. Vamos fiscalizar os atos de um governo que começa a se desmoralizar já nos primeiros instantes”, disse.

Para Cássio, a presença da oposição no Congresso é reforçada também por um crescimento “qualitativo e quantitativo” da bancada – representado, entre outros nomes, pelos ex-governadores Tasso Jereissati (CE), José Serra (SP) e Antonio Anastasia (MG), todos eleitos senadores e que começarão a exercer seus mandatos em 2015.

Na avaliação do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), a bancada do partido está preparada para cumprir seu papel oposicionista. “Faremos uma oposição qualificada, sob a liderança de Aécio Neves, e respaldados pelos 51 milhões de brasileiros que deram apoio à forma de gestão praticada pelo PSDB”, destacou.

Encontro e confiança
Secretário-geral do PSDB, o deputado federal Mendes Thame (SP) disse que o partido vive um momento de afirmação, traduzida pelo encontro desta quarta-feira.

“Estamos nos afirmando como uma alternativa a tudo que o PT representa. E também respondemos à mobilização feita pelo povo”, disse.

Para o deputado, um dos principais legados da eleição é o reforço do posicionamento do nome de Aécio Neves como uma referência para a esperança dos cidadãos.

“Aécio se tornou o depositório da confiança de milhões de brasileiros, que não tinham onde destinar sua esperança. O PSDB precisa canalizar essa insatisfação dos brasileiros e manter as expectativas criadas”, declarou Thame.

Em artigo, senador Aécio Neves aborda a queda de confiança dos brasileiros

Aecio-Neves-George-Gianni-PSDB-2-240x300O que está acontecendo com o Brasil? Trabalhadores, empresários, donas de casa, muita gente já não esconde a preocupação com os rumos do país e anda fazendo a mesma pergunta. Onde foi parar aquela euforia, inflamada por um discurso que apregoava um patamar de desenvolvimento jamais visto na nossa história?

Já não é possível esconder as fissuras na paisagem econômica. A geração de empregos registrou o pior julho dos últimos dez anos. A renda média do trabalhador vem caindo há cinco meses. O setor de serviços desacelerou, a indústria perdeu competitividade. Com a economia patinando, viramos o “patinho feio” entre as nações emergentes.

O ciclo virtuoso do crescimento chegou ao fim sem as mudanças que o país tanto demanda. Desperdiçamos uma safra recorde de oportunidades durante a última década. E percebemos que agora faltam a aqueles que têm a responsabilidade de governar a energia e a competência necessárias para reagir.

O governo queima credibilidade ao afrontar os fundamentos clássicos da administração e do bom senso. Como entender a manutenção de uma máquina pesada e cara, quando a qualidade da nossa infraestrutura está em 107º lugar no ranking de 144 países do Fórum Econômico Mundial? Qual é nossa prioridade, afinal?

Retrato deste descompasso, o PAC é um inventário de obras inconclusas, com projetos ressuscitados para abastecer palanques políticos. Setores estratégicos da economia pagam o preço de erros sérios de planejamento, como o caso das hidrelétricas do rio Madeira.

Cresce o incômodo com a falta de transparência. O governo injeta bilhões no BNDES e não permite que a sociedade, que paga essa conta, conheça o destino desse dinheiro, alimentando as suspeitas de privilégios que não atendem aos interesses nacionais.

Fica evidente a distância entre discurso e realidade. Os mesmos programas são lançados diversas vezes, como se fossem novas iniciativas. O governo que se recusou assumir a sua parte no compromisso previsto na Emenda 29 e vem diminuindo há dez anos a sua participação nos gastos com saúde é o mesmo que lança projetos improvisados, como o Mais Médicos, que não resolve os problemas, mas alimenta o marketing oficial.

Para voltar a apostar no futuro os brasileiros precisam recuperar a confiança no país. Para tanto é essencial que o governo faça pelo menos o básico: controle a inflação, equilibre as contas públicas, priorize os gastos em educação, saúde e segurança e crie condições institucionais para que os investimentos privados floresçam. Acima de tudo, o momento requer uma gestão de responsabilidade.

Confiança –esta palavra anda fazendo muita falta entre nós.

 

Publicado na Folha de S.Paulo

“Espera-se que governo tome medidas para remover clima de apreensão”, diz Figueiró

ruben-figueiro-foto-Agencia-Senado-300x204Figueiró afirmou ainda que “espera-se que o governo tome medidas imediatas para remover esse clima de apreensão que existe em determinados setores da economia”.

O índice de confiança na economia atingiu o mesmo nível de 2008-2009, momento em que eclodiu a crise econômica internacional. A falta de confiança faz os empresários deixarem de investir e os consumidores pouparem com medo do que virá pela frente, o que traz impacto negativo ao crescimento da economia brasileira, conforme relatou O Estado de São Paulo, em notícia divulgada nesta segunda-feira (19/8).

O prefeito de Nova Alvorada do Sul (MS), Juvenal Neto (PSDB), foi mais enfático em realçar o impacto negativo do índice de confiança na economia. “Hoje a gente percebe claramente a preocupação do setor empresarial em relação aos investimentos, além da inflação que começa a voltar, os investimentos em infraestrutura e logística que não foram feitos pelo governo federal”, enumerou Neto. Segundo o prefeito, constata-se no País um clima generalizado de desconfiança.

Confiança na economia brasileira cai ao nível da crise de 2009

Industria-pesada-foto-Gilson-Abreu-ANPr-300x200Há um sentimento de frustração na economia. Os dados decepcionantes divulgados ao longo do ano derrubaram o ânimo dos empresários e dos consumidores brasileiros e levaram os índices de confiança para o nível de 2008 e 2009, quando o mundo sentiu os impactos da crise internacional. O aumento nos indicadores de confiança virou peça-chave na tentativa de acelerar o crescimento econômico. A falta de confiança faz os empresários deixarem de investir e os consumidores pouparem com medo do que virá pela frente, o que prejudica ainda mais as expectativas do crescimento brasileiro.

“O ano começou com uma expectativa de crescimento mais forte, mas os indicadores não estão decolando. Atualmente, se percebe também um mercado de trabalho menos favorável e os juros estão subindo. Tudo isso tem uma retroalimentação (para o enfraquecimento da confiança)”, diz o economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), Aloisio Campelo. As sondagens do instituto mostram a confiança do consumidor, indústria e serviços no nível de 2009.

Leia também: Pessimismo com o Brasil aumenta também no exterior

A queda de confiança na economia ligou o sinal de alerta no governo, que aumentou a carga do discurso para dissipar a desconfiança. No início do mês, no Rio Grande do Sul, a presidente Dilma Rousseff comemorou o baixo resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho e garantiu que a inflação está sob controle. Na sexta-feira, em São Paulo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que análises mais pessimistas não têm fundamento.

Causas

O comportamento da confiança entre consumidores e empresários têm motivações diferentes. Para o consumidor, pesou mais a inflação elevada e uma preocupação com o crescimento do desemprego. Em julho, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) ficou em 110 pontos e apresentou estabilidade em relação a junho (110,1), segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A pesquisa verificou, porém, que a expectativa em relação à inflação ficou no nível mais baixo desde 2001. Do lado do empresário, o desempenho da atividade econômica é o que preocupa mais. “A queda de confiança do consumidor tem se refletido nas vendas, principalmente na venda a prazo”, afirma o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, Roque Pellizzaro Junior.

Na visão de alguns analistas, a forte queda de confiança surpreende porque o Brasil ainda cresce e o mercado de trabalho não foi fortemente afetado pela desaceleração econômica – não estamos numa recessão.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do município de São Paulo teve em julho a sexta queda consecutiva. Numa escala de 0 a 200, o indicador, apurado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), ficou em 136,7 pontos – uma queda de 14,8% no período de 12 meses. “Uma confiança ruim do consumidor vai tornar mais difícil uma recuperação econômica”, afirma Fabio Pina, economista da Fecomércio-SP.

Protestos. A piora refletida nos indicadores de confiança teve um fator adicional. Em junho e julho, as manifestações nas principais cidades brasileiras revelaram a insatisfação da população com a classe política. Levantamento do Ibre/FGV mostra que 35,2% das empresas foram afetadas pelas manifestações. O comércio foi o setor mais impactado pelos protestos, com 46,7%, seguido dos serviços (36,1%), indústria (28%) e construção (23,5%).

É provável que parte do pessimismo apurado pelas sondagens seja devolvida nos próximos levantamentos por causa da queda na força das manifestações. Em agosto, por exemplo, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) cresceu 2,6 pontos na comparação com julho, para 52,5 pontos, segundo levantamento da CNI. “Esse aumento não quer dizer que entramos numa retomada da confiança do empresário. O resultado é um pouco da devolução de julho, que teve uma queda muito forte”, afirma o economista da CNI, Marcelo Azevedo. Na série histórica do Icei, o resultado de agosto é o segundo mais baixo desde a crise de 2008.

 

Publicado no Estado de S.Paulo – 19-08-13