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Copa 2014

Copa 2014: Mais de 75% das obras de mobilidade estão atrasadas ou não serão entregues

vlt-brasilia-foto-georgegianni-300x200Brasília – Das obras de mobilidade urbana idealizadas pelo Brasil para a Copa do Mundo de 2014, 75,6% estão atrasadas ou não serão entregues. As informações estão em reportagem publicada pelo site G1, nesta segunda-feira (9).

O levantamento produzido verificou problemas em projetos como o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), corredores exclusivos de ônibus, terminais de metrô e outros.

Um dos exemplos citados é o projeto do VLT de Brasília, que foi descartado, pelo governo federal e pelo governo do Distrito Federal, ainda em setembro do ano passado. A obra havia sido orçada em R$ 1,55 bilhão.

O deputado federal Ricardo Tripoli (PSDB-SP) define a situação como “mais um exemplo do desprezo do governo federal para os projetos importantes”.

“É assim que o governo lida com ações que seriam importantes para a população, que melhorariam a qualidade de vida das pessoas. Vemos a mesma condição acontecendo com as obras para transposição do Rio São Francisco. Inaugura-se o projeto com banda de música, com uma grande festa, mas na prática a ação não se consolida”, afirmou.

Para o parlamentar, o Brasil desperdiçou a oportunidade de colher um legado positivo com a realização da Copa do Mundo. “A distância entre o que foi prometido em 2007 [quando o país ganhou o direito de sediar o Mundial] e o que realmente ocorreu é imensa. Acabaremos com algo bem inferior ao que o Brasil poderia desfrutar”, declarou.

Desculpas – A reportagem do G1 cita que as justificativas do governo federal para o atraso incluem fatores como chuvas, dificuldade para obtenção de licenças e burocracia.

Tripoli avalia que as razões do governo não procedem. “Quem se dispõe a fazer uma obra precisa saber que vai passar por dificuldades. O que houve, acima de tudo, foi falta de planejamento”, destacou.

Infraestrutura: A menos de um ano da Copa 2014, cronograma de obras em aeroportos de capitais está atrasado

1211_porto_alegre_aerea_aeroporto_-300x200O Brasil, que daqui a nove meses sediará a Copa do Mundo 2014, ainda enfrenta problemas de infraestrutura e logística.

Reportagem publicada no caderno de Economia do jornal O Globo, neste domingo (22), traça com fidelidade esse retrato: há obras em aeroportos de capitais, como Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) , Cuiabá (MT) , Salvador (BA) , Fortaleza (CE) e Confins (MG).

Um levantamento da Infraero, que o jornal teve acesso exclusivo, revela empreendimentos atrasados em sete dos oito aeroportos administrados pela estatal. Um problema frequente está relacionado à ampliação dos terminais, causando transtornos aos usuários.

Para se ter uma ideia da situação, no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, ilustra a matéria, apenas 34,1% da reforma do Terminal 1 e 36,62% da reforma do Terminal 2 foram realizados e, ainda assim, é onde os trabalhos estão mais adiantados.

Já em Porto Alegre (RS), a obra de ampliação do Terminal 1, estimada em R$ 153,39 milhões, nem começou, mas a Infraero mantém o cronograma de conclusão para maio do ano que vem.

O deputado federal Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS) lamenta a situação, não apenas dos aeroportos, mas de um modo geral.

“O governo, ao invés de impulsionar o desenvolvimento e ser um indutor da macroeconomia, efetivamente tranca o desenvolvimento”, constata.

O tucano cita o caso dos produtores rurais que não conseguem escoar a safra pelas estradas, nem pelos portos.

“Sobre os aeroportos, então, nem se fala. Não temos aeroportos para cargas e também para atender os turistas que virão para o Brasil assistir aos jogos da Copa”, relata.

E destaca: “Em Porto Alegre, com neblina, o aeroporto Salgado Filho, fecha. Sequer há equipamento para decolagem e pouso nessas situações, comuns no Rio Grande do Sul, em função das mudanças climáticas. Os investimentos em termos de ampliação e tecnologia são pífios.”

Execução – Em Curitiba, ainda segundo O Globo, a Infraero conseguiu executar apenas 6, 19% da obra de ampliação do terminal e sistema viário, orçada em R$ 184 milhões.

Em Salvador, o nível de execução da reforma e adequação do terminal de passageiros está em 20,2%.

No aeroporto de Cuiabá, foram executados apenas 23,09% da obra de ampliação do terminal de passageiros, sistema viário e estacionamento. Problema que se repete em Fortaleza (CE) e em Confins (MG).

Tucano protocola pedido de CPI mista para investigar Copa 2014

Deputado-Izalci-destaca-beleza-arquitetonica-em-sessao-de-homenagem-a-Brasilia--300x199Brasília – O deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF) protocolou, na tarde desta quarta-feira (17), pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os elevados gastos do governo federal em obras da Copa do Mundo de 2014.

“O fato determinante é a questão da possível irregularidade na aplicação dos recursos públicos na Copa. Isso envolve não só os estádios, mas também aeroportos e outras obras de infraestrutura, tudo aquilo em que a Copa foi utilizada como argumento”, explicou.

“Temos uma disparidade muito grande entre os preços dos estádios, por exemplo. Enquanto o estádio do Grêmio custou algo em torno de R$ 500 milhões, o Estádio Nacional de Brasília custou R$ 2 bilhões. Também existem muitos indícios de irregularidades, como obras recebendo subsídios do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Tudo isso precisa ser investigado”, disse.

O pedido foi entregue à Mesa Diretora do Congresso assinado por 192 deputados, 21 a mais do que o necessário, e 28 senadores. De acordo com o regimento interno, para que o pedido seja aceito é preciso um mínimo de 171 assinaturas na Câmara e 27 no Senado.

O tucano acredita que, apesar da provável pressão do governo federal pela retirada de assinaturas, o apoio dos parlamentares à investigação demonstra que eles estão atentos às reivindicações da população.

“Eu pessoalmente coletei as assinaturas e, por mais que tenha tido pressão do governo, não houve retirada delas. Acho mais fácil ter mais adesões do que retirada de assinaturas, já que essa CPMI faz parte da pauta do movimento social que está aí, das manifestações”, completou.