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“Mães e suas preocupações”, por Solange Jurema

solange-jurema-foto-george-gianni-2-300x199No próximo final de semana, as famílias brasileiras vão se reunir para comemorar mais um Dia das Mães, ritual que repetimos anualmente para reverenciá-las.

É um tradição secular, que tem origem religiosa, mas que ainda consegue congregar as famílias, apesar do apelo comercial que se reveste nos dias de hoje, o que não tira o brilho de um bom almoço caseiro.

Mas desde a sua oficialização no Brasil, no governo Getúlio Vargas, em 1932,  a mulher mudou quase que totalmente seu papel na vida política, econômica e social do país. Acumulou novas tarefas, sem abandonar a maternidade.

As mulheres já são 54,9% do mercado de trabalho brasileiro e mudaram o seu perfil de mães: deixam a maternidade para mais tarde e constituem uma família bem menor do que a de suas mães e mais ainda das avós.

Isso deve, basicamente, pela maior escolarização da mulher, ao aumento de sua renda e a maior participação dela no mercado de trabalho.

Em que pese todas essa mudanças de comportamento e de responsabilidades – cerca de 35% dos lares brasileiros é mantido exclusivamente por mulheres – a maternidade retardada não evita que elas desempenhem todas as suas atividades, especialmente a de ser mãe.

Elas querem o melhor para os seus filhos. Querem creches públicas para que possam também trabalhar, como os homens fazem, sem preocupações com bem estar de seus bebes.

Querem um transporte público de qualidade, que garanta que seus filhos possam ir estudar e trabalhar sem passar horas nos ônibus e metrôs.

Querem uma escola pública de qualidade, que realmente os eduque, que os forme e que os torne cidadãos qualificados, em condições de igualdade para competir no mercado de trabalho.

Querem cidades mais seguras, em que seus filhos possam se divertir sem preocupa-las, com a certeza de que retornaram à casa são e salvos.

Enfim, querem para elas e seus filhos serviços públicos de melhor qualidade que as deixe mais tranquilas para serem mães.

*Solange Jurema é presidente nacional do PSDB-Mulher