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FHC: “Dilma se sente ilegítima, mesmo após reeleita”

fhc-foto-alessandro-carvalho-agencia-de-noticias-psdb-mg-300x200O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou, no último sábado (15), que a presidente Dilma Rousseff se sente “ilegítima”, mesmo após a reeleição. Segundo ele, os motivos seriam as várias crises simultâneas enfrentadas pelo Brasil sob sua gestão.

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo desse domingo (17), durante participação no Festival Piauí de Jornalismo, FHC lamentou o quadro político brasileiro. “A crise é grande. Não é uma crise, são várias crises ao mesmo tempo. Você tem a sensação de uma presidente que ganha a eleição, mas se sente ilegítima. Não é sua culpa, mas se sente”.

Para o tucano, o “jogo político” petista é “mal organizado”. “Nunca vi um presidente demitir o ministro da Fazenda no ar. O ministro continua, não tem outro, gera incerteza”, criticou.

Barganha

Fernando Henrique afirmou também que as crises são reflexo da falta de alternativa ao “sistema de barganha” entre o governo e os 22 partidos do Congresso, – serão 28 a partir de janeiro – a área energética e até o fortalecimento da direita.

“Há um processo de criação de núcleos de direita que não tem a ver com o PSDB, com o Aécio. Houve a instigação nesse sentido pela obsessão do PT em dividir: nós e eles, nós e eles’”, disse.

Para o tucano, “não está claro o futuro em matéria institucional e, em consequência, a capacidade de conduzir o país no mundo, que está mudando tão rapidamente”, concluiu.

“Etanol: até quando?”, por Aécio Neves

aeciocoletiva-300x199Pare para pensar: quantas vezes, nos últimos tempos, você passou num posto de combustíveis e abasteceu seu carro flex com etanol? Se você considera apenas o bolso, e é natural que seja assim, é provável que pouquíssimas vezes não tenha enchido o tanque com gasolina. Não é um contrassenso num país como o Brasil?

A mais verde e amarela das tecnologias alternativas, muito menos poluente e danosa ao ambiente e à saúde das pessoas, e uma das mais eficazes opções à queima do combustível fóssil, vive crise sem precedentes no país.

Tenho andado muito pelo interior do Brasil e visto de perto o vigor da nossa agropecuária e a dedicação dos nossos produtores. Por tudo isso, é contraditória a gravidade da crise por que passa a nossa produção de álcool.

Nos últimos anos, mais de 40 usinas fecharam. Outras estão em processo de recuperação judicial ou enfrentam graves dificuldades. Milhares de pessoas já perderam o emprego.

Trata-se de situação completamente distinta da que se projetava poucos anos atrás. Até então o Brasil estava fadado a ser a maior potência mundial de energia renovável.

Caminhávamos para ser a vanguarda da sustentabilidade, exemplo em um mundo em busca de fontes não fósseis, limpas e mitigadoras do aquecimento global pela redução das emissões de CO2.

Descarrilamos, contudo.

Não foi obra do acaso. Não foi barbeiragem de produtores, nem irresponsabilidade de investidores. Não foi mera consequência da mudança de ventos na economia global.

Foi, isso sim, produto de equívocos cometidos por uma gestão que está matando o etanol brasileiro. É um estrago de grandes proporções, que se espalha por longa cadeia de produção que envolve 2,5 milhões de trabalhadores e centenas de municípios do país.

Sem perspectivas de melhora, as usinas não investem, o mercado não reage e o Brasil chega ao ponto de importar etanol dos EUA -e com desoneração tributária concedida pelo governo federal. Como pode?

Os produtores não precisam de muito, mas têm nos faltado o básico. Basta que o governo não atrapalhe, como tem feito, defina uma política de longo prazo para o setor energético e reestabeleça condições mínimas de competitividade: equilíbrio na formação de preços, tributos adequados e algum amparo na forma de linhas de crédito que realmente funcionem.

Não é algo tão complicado, mas é tudo o que o governo petista não faz.

Há uma crise de confiança instalada no país. As vítimas vão caindo pelo caminho -e são cada vez mais numerosas.

É o futuro do Brasil que está sendo sabotado. No caso do etanol, é toda uma experiência de mais de 40 anos que está sendo jogada no lixo pela vanguarda do atraso.

*Aécio Neves é senador por Minas Gerais e presidente nacional do PSDB

**Coluna publicada na Folha de S. Paulo – 28-04-2014

Crise na Petrobras faz Brasil ter o 4º maior reajuste da gasolina em todo o mundo

lula-dilma-petrobras-300x191Brasília – A gasolina brasileira teve, entre julho de 2012 e junho de 2013, um dos maiores aumentos de preço em todo o mundo. O patamar foi de 4%, de acordo com reportagem do jornal O Globo – o quarto maior, atrás apenas dos reajustes de Japão, Estados Unidos e Canadá.

Para o deputado federal Alfredo Kaefer (PSDB-PR), o forte aumento é uma medida que a empresa se viu obrigada a tomar por conta de uma crise de gestão causada pelo aparelhamento petista e por ter sido transformada, pelo governo federal, em uma ferramenta para o controle da inflação.

“A Petrobras está com o caixa quebrado, devido a investimentos péssimos, como a refinaria de Pasadena, que deu um prejuízo gigantesco. O PT conseguiu deteriorar a maior empresa brasileira”, afirmou Kaefer.

O parlamentar criticou também o excesso de intervencionismo do PT no sistema econômico nacional, que tem na Petrobras uma de suas ferramentas. Para Kaefer, o governo se equivocou ao enxergar na empresa um caminho para conter a desvalorização do real.

“Inflação é resultado de políticas macroeconômicas. O governo pode contê-la, por exemplo, reduzindo seus gastos públicos. E não controlando artificialmente os preços praticados por uma empresa”, declarou o deputado.

A opinião do parlamentar tucano é compartilhada por especialistas ouvidos pelo O Globo. O economista Adriano Pires, presidente do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), afirmou ao jornal que os preços da gasolina devem subir ainda mais nos próximos meses. Pires criticou o governo federal por impedir que os custos da gasolina se adaptem às demandas dos consumidores. “A única época que o Brasil seguiu mercado internacional foi de julho de 1998 a janeiro de 2002”, destacou.