PSDB – MS

Datafolha

“Haverá uma intensidade maior da campanha de Aécio no Nordeste”, anuncia Bruno Araújo

bruno-araujo-divulgacaoRecife (PE) – O crescimento das intenções de voto do pré-candidato do PSDB, senador Aécio Neves, nas recentes pesquisas de opinião – a exemplo da Datafolha, que apontou sua vitória sobre a pré-candidata Dilma Rousseff (PT) no maior colégio eleitoral do país, o estado de São Paulo – indica, na visão do presidente do PSDB de Pernambuco, deputado federal Bruno Araújo , que Aécio se afirma de forma “veloz e consistente” em regiões importantes como Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Para Bruno, o PSDB se preparará, agora, para uma ação mais forte no Nordeste, região onde o partido dispõe de vários palanques consistentes como são os casos da Bahia – o quarto maior colégio eleitoral brasileiro – Sergipe, Alagoas, Paraíba e Piauí.

“Esse avanço que se projeta de Aécio Neves para o Nordeste é muito dentro dessa perspectiva que começa a ser gerada claramente: a de Aécio se tornar uma opção mais objetiva para se contrapor ao PT. Todas as pesquisas já mostram seu crescimento muito substancial no Sul e no Sudeste, passando inclusive a presidente Dilma. No Centro-Oeste também há um crescimento muito veloz e consistente e agora vamos nos preparar para uma ação no Nordeste”, adiantou Bruno Araújo.

“Temos palanques muito consistentes a exemplo da Bahia. Estamos bem estruturado em Sergipe e em Alagoas. Em Pernambuco, o papel da votação do governador Eduardo Campos consolida um avanço sobre o voto do PT. Definimos candidatura própria no Piauí, na Paraíba devemos fazer o governador Cássio Cunha Lima que está disparado nas pesquisas, de modo que temos um desenho estruturado mais consistente no Nodeste e seguramente Aécio vai dedicar atenção especial à região”, completou.

Do PSDB-PE

“Datafolha mostra que São Paulo dará a vitória a Aécio”, diz Aloysio Nunes

aecio-campo-grande-14-300x200Para o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP), o resultado da disputa presidencial em São Paulo revela a força da pré-candidatura do senador Aécio Neves à Presidência da República. De acordo com o Datafolha, publicado nesta segunda-feira (09/06) pelo jornal Folha de São Paulo, Aécio venceria a presidente Dilma Rousseff em São Paulo, em um eventual segundo turno.

“O Datafolha confirma: São Paulo quer Aécio. No estado, a avaliação do governo despenca, as intenções de voto da presidente derretem e a oposição se reforça. A pesquisa mostra que São Paulo dará a vitória a Aécio”, prevê Aloysio Nunes.

O Datafolha mostra que, no maior colégio eleitoral do Brasil, Aécio bateria a presidente por 46% a 34% no segundo turno. Aécio e Dilma já aparecem empatados tecnicamente no primeiro turno, com um diferença de apenas três pontos porcentuais.

A pesquisa ouviu 2029 pessoas no Estado de São Paulo entre os dias 3 e 5 de junho. A taxa de confiança é de 95% e a margem de erro máxima é de 2 pontos porcentuais. O levantamento foi registrado sob o protocolo SP-00007/2014.

“As boas-novas do Datafolha”, análise do ITV

urna-eletronica_1_0O detalhamento da mais recente pesquisa de intenção de votos feita pelo Datafolha sugere que a oposição tem uma pista livre para decolar nos próximos meses até a eleição de outubro. Tudo indica que o tempo do PT está chegando ao fim. Está se aproximando a hora da mudança. Ufa!

O resultado geral mais significativo é a persistente queda das intenções de voto na presidente Dilma Rousseff. Desde fevereiro, ela perdeu dez pontos e hoje tem 34%. As quedas mais acentuadas ocorreram no Norte e no Nordeste. Também não aconteceu a decantada decolagem que João Santana, no alto de toda a prepotência, previu em outubro do ano passado.

Num eventual segundo turno, a petista já sente o calor da aproximação de Aécio Neves. Na simulação feita no início deste mês, a diferença a favor da candidata-presidente é de apenas oito pontos percentuais: 46% a 38%. Há quatro meses, em fevereiro, na mesma simulação, Dilma tinha simplesmente o dobro das intenções de voto do tucano: 54% a 27%.

Em estados cruciais como São Paulo, que reúne 22% do eleitorado brasileiro, a presidente já está atrás de Aécio nas simulações de segundo turno (46% a 34%) e aparece tecnicamente empatada com ele na disputa em primeiro turno: 23% a 20%, segundo informa a Folha de S.Paulo em sua edição de hoje.

Ainda em relação a um cada vez mais certo segundo turno, Aécio vence Dilma nas regiões Sul e Sudeste enquanto no Centro-Oeste há rigoroso empate. A rejeição à candidata-presidente vem subindo e hoje já é a maior entre todos os candidatos (35%), enquanto a de Aécio é declinante e hoje encontra-se em 29%.

O caldo geral a favor da mudança continua engrossando: 74% dos entrevistados pelo Datafolha pedem um governo que tome atitudes diferentes do que faz a gestão Dilma. Para 21% dos entrevistados, Aécio é quem está mais preparado para fazer as transformações que o Brasil precisa – o percentual equivale ao dobro dos que pensavam assim em fevereiro. Dilma é apontada agora por 16%.

Todo o bom desempenho do senador tucano acontece a despeito do bombardeio propagandístico que o governo federal promove em rádios e televisões de todo o país tentando apropriar-se de realizações que, na maioria dos casos, nem dele são – como acontece em Minas e em São Paulo, para ficar apenas em alguns poucos exemplos.

As chances de Aécio ganham ainda maior relevância quando se sabe que, segundo o Datafolha, ele ainda é pouco conhecido pela população em geral. Enquanto 55% dos entrevistados dizem conhecer Dilma muito bem, apenas 19% afirmam o mesmo em relação ao ex-governador de Minas Gerais. Ou seja, à medida que começa a ser mais bem conhecido, Aécio sobe.

Do potencial de maior conhecimento do candidato do PSDB também pode depender a migração dos que hoje se mostram desalentados com as eleições e indicam disposição para votar branco, nulo ou abster-se em outubro. Nesta condição encontram-se 30% dos brasileiros, que ora se declaram sem candidatos.

Os resultados do Datafolha – que ouviu 4.337 pessoas, mais que o dobro do usual – corroboram outras pesquisas de outros institutos. Ou seja, não são pontos fora da curva. A eleição, de fato, caminha para favorecer a escolha de um novo rumo para o Brasil. Não é por outra razão que o desespero ora campeia nas hostes petistas, a ponto de Lula deitar críticas, dia sim dia também, ao governo de sua pupila. Agora, Lula, é tarde.

Pessimismo dos brasileiros com a economia bate recorde, segundo o Datafolha

dinheiro_calculadora-economia-ebc-300x199Brasília (DF) – A visão dos brasileiros acerca dos rumos da economia é cada vez mais pessimista. A conclusão é da nova pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada nesta sexta-feira (6). De acordo com o levantamento, 36% dos brasileiros acreditam que a situação econômica do país vá piorar nos próximos meses. O índice recorde é oito pontos percentuais maior que o da pesquisa anterior, realizada no início de maio.

Esta é a primeira vez que o grupo de pessimistas supera o de pessoas que acham que a situação fica como está, 32% dos entrevistados. A pesquisa evidencia ainda o aumento no número de brasileiros que temem o avanço da inflação e do desemprego. 48% da população acredita no aumento do desemprego nos próximos meses. O número, outro recorde da gestão Dilma, é apenas menor do que os 59% registrados em março de 2009, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Para o senador Cyro Miranda (PSDB-GO), os resultados apurados pelo Datafolha já eram esperados. “Embora o governo sempre diga que a oposição é pessimista, que está inventando coisas, esse é justamente o porquê da população estar sentindo tamanho pessimismo em relação ao Brasil”, disse.

“O pessimismo que a população externa é o de quem tem empregos ameaçados, apesar dos índices. Sem qualidade e com salários baixos. Esses índices são prenúncios da falência do sistema de gerenciamento do PT. Estamos preocupados, alertando há vários meses. Se o governo não tomar as rédeas dos gastos públicos, não vamos aguentar”, afirmou.

Inflação

A pesquisa do Datafolha também revela a preocupação do brasileiro com um tema recorrente: inflação. Apesar das promessas petistas, 64% dos entrevistados considera que o índice inflacionário vai subir. Consequentemente, a porcentagem de pessoas que espera uma diminuição no poder de compra de seus salários cresceu de 34% para 38%.

“A inflação está acelerando, corroendo o poder dos salários das pessoas mês a mês. Esses resultados são fruto de uma política econômica mal planejada. O governo não tem planejamento. E, por isso, vamos pagar muito caro”, alertou o senador Cyro Miranda.

O tucano reiterou ainda que os gastos descontrolados e excessivos do governo federal dificultam a retomada do caminho do crescimento e desenvolvimento. “A Copa do Mundo tem contribuído muito para isso, com seus gastos bilionários. Temos uma arrecadação gigantesca, inúmeros impostos, mas não vemos reflexo disso nos investimentos. A população já está entendendo isso. Nosso governo está à deriva”, completou.

Aécio: “A Federação no Brasil acabou”

aecio-campo-grande-16-300x200Campo Grande (MS) – O presidente nacional do PSDB e pré-candidato à Presidência da República, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira (6), em Campo Grande (MS), durante encontro com lideranças políticas. Aécio respondeu a perguntas sobre as eleições 2014, a pesquisa Datafolha, inflação, o pacto federativo, saúde, segurança pública, propostas sobre os ministérios e a carga tributária.

A seguir, trechos da entrevista.

Sobre baixo crescimento da economia e aumento da inflação:

Infelizmente há sim um pessimismo generalizado em relação aos nossos indicadores econômicos. Tivemos um crescimento no primeiro trimestre de 0,2%. Não fosse o agronegócio – o Brasil tem que vir aqui nessa região, em especial nesse estado, agradecer e reverenciar o esforço daqueles que trabalham e produzem no campo – teríamos um crescimento negativo. O crescimento do agronegócio nesse primeiro trimestre foi 3,6%. Se não acontece isso, o crescimento teria sido negativo. Aliás, ao longo dos últimos anos, é o agronegócio que tem segurado minimamente o crescimento da economia brasileira. Costumo dizer que da porteira para dentro não há ninguém mais produtivo do que o brasileiro, em especial o brasileiro dessa região. O problema está da porteira para fora, quando faltam rodovias adequadas, duplicadas, quando faltam ferrovias construídas, quando faltam hidrovias, enfim, quando faltam portos competitivos. Aí quem perde, obviamente, é aquele que se esforça e que produz.

Vejo que, por outro lado, os resultados da economia, os últimos, não nos inspiram confiança nos próximos.  O Brasil foi o país, como disse, o país que menos cresceu na América do Sul ao longo desse período. A inflação de alimentos já está na casa de dois dígitos há mais de ano, e é ela que pune aquele que mais precisa, porque quem ganho hoje até dois e meio salários mínimos consome, no mínimo, 30% da sua renda com alimentação e sabemos que a inflação de alimentos está muito mais alta que esses 6 e poucos por cento que ainda contêm preços controlados, como combustíveis, como energia, como transportes públicos. Acho que o Brasil vai precisar de um choque no Custo Brasil para garantir maior eficiência, maior produtividade, maior competitividade à quem produz, e uma vitória do PSDB gerará um ânimo novo, gerará um ambiente muito mais propício à retomada dos investimentos do que a permanência desse grupo que está aí no poder.

Sobre pesquisa Datafolha.

As pesquisas, sempre as vejo com muita cautela. Não posso deixar de perceber que a nossa proposta, a clareza da oposição que fazemos a tudo isso que está aí, reconhecendo inclusive os avanços quando eles ocorreram, vem permitindo que a nossa candidatura seja apontada, cada vez mais, como a da mudança. Essa mesma pesquisa à qual você se refere traz dois dados que, para mim, são mais relevantes do que o próprio indicador de intenções de votos. O primeiro deles, que consolida esse sentimento que outras pesquisas já mostraram, de que mais de 70% da população brasileira quer mudanças e mudanças profundas em relação a tudo que está aí. E essa pesquisa, no seu detalhe, mostra que a população percebe que, entre os candidatos colocados, aquele que tem as melhores condições, na visão da população, para fazer essas mudanças, é o candidato do PSDB. Esse é um dado que me alegra e me anima.

Sobre candidaturas do PSDB no MS e nacional

O meu sentimento é que há um vento mudancista chegando aqui também e Reinaldo (Azambuja) é quem encarna essa mudança. Porque mudar não pode ser uma palavra solta ao vento. Mudança tem que vir com consistência com planejamento, com projetos. O que o Reinaldo comandou, o PSDB e alguns outros partidos aliados, ao longo desses últimos meses e anos aqui no estado, começou em Campo Grande com aquele movimento Pensando Campo Grande e depois Pensando Mato Grosso do Sul, vou dizer para vocês, inspirou outros estados da Federação, porque possibilitou a esse grupo político que aqui está a construção já com alguma antecedência daquilo que outros têm sentido dificuldade de fazer, que é um projeto para o estado, que é uma radiografia, um diagnóstico de onde estão as potencialidades ainda não utilizadas na sua total dimensão, onde estão as dificuldades que precisam ser superadas.

Então, vejo que esse sentimento de mudança se confundirá com a candidatura de Reinaldo Azambuja e os candidatos que o acompanharão nessa caminhada. O nosso apoio será sempre no sentido de mostrar que há, entre o comando nacional da campanha e o projeto nacional que o PSDB conduzirá, uma absoluta identidade com o projeto do estado. E, na política, tudo que você não precisa explicar muito é bom. E a nossa aliança não precisa de explicação, é muito natural, muito convergente, muito homogênea. A minha convicção, que não vem de hoje, em razão de uma campanha eleitoral, em relação à importância do agronegócio no desenvolvimento do país, vem do meu berço, de onde eu nasci. Sou do interior de Minas Gerais. Sou de uma família de pequenos produtores de café. Sei do esforço do homem do campo para sobreviver hoje, com o altíssimo Custo-Brasil, com essa escorchante carga tributária, com a incapacidade do Estado de oferecer competitividade, de garantir o escoamento da produção, de crédito efetivo, de investimentos em armazenagem – que é outro desafio que essa região, especificamente, vive. Falei aqui das obras de infraestrutura de rodovias, de ferrovias e de hidrovias.

Vou usar aqui uma figura de linguagem. Eu vejo o Mato Grosso do Sul, com as suas extraordinárias potencialidades, como um leão enjaulado. Com tudo para ir ao mundo, para avançar, para crescer, para se industrializar cada vez mais, gerando empregos cada vez de maior qualidade, mas enjaulado pela incapacidade do governo federal de oferecer a infraestrutura adequada que aqui se produz para que possa ser mais competitivo ainda do que é. Então, vamos romper com essas grades e permitir que o Mato Grosso do Sul vá para o mundo, se desenvolvendo, vendendo seus produtos cada vez mais valorizados, e, obviamente, gerando mais renda e mais desenvolvimento social no estado.

Sobre Pacto Federativo.

Sua pergunta é excepcional porque me permite fazer aqui uma síntese daquilo que é a base fundamental da nossa proposta para o Brasil. A Federação no Brasil acabou. O Brasil se transformou em um Estado unitário, onde apenas o governo central arrecada, retém recursos e apenas ele define o que fazer com esses recursos. Se voltarmos um pouco no tempo, Ruy Barbosa, quando da Proclamação da República, costumava dizer que o Império caíra não por ser Império, mas por não ter uma visão federalista do Brasil. E dizia ainda que ele era federalista antes sequer de ser republicano. Porque um país das dimensões do Brasil é ilógico, é irracional ser administrado da forma como vem sendo, com essa concentração crescente de recursos nas mãos da União. Faço justiça aqui. Isso não começou no governo do PT. Agravou-se no governo do PT. Mas vínhamos em um processo.

No Brasil, desde a República, essa concentração e desconcentração de receitas vêm funcionando quase como uma sanfona. No Império, a concentração era grande. Veio o primeiro período da República, há uma primeira desconcentração. De novo, na década de 1930, no primeiro governo ditatorial de Getúlio, há de novo uma concentração de receitas nas mãos da União, e ali se iniciou o processo de industrialização do país. Vem a Constituinte de 1946, há um novo momento de desconcentração de receitas, com os estados ganhando algumas prerrogativas de tributação. Vem o Golpe de 1964, de novo a concentração. Estou sendo aqui bem sintético, mas a Constituinte de 1988, da qual eu já participei, vem com um viés de desconcentração.

Mas o que ocorre logo após a década de 1980? O processo hiperinflacionário, no Brasil, levou o governo central a iniciar a cobrança muito vigorosa de contribuições. As contribuições são aqueles impostos que não são distribuídos, compartilhados com os estados e municípios. O contrato do Imposto de Renda, do IPI, que constituem as cestas do fundo de participação que é distribuído. Pare se ter uma ideia, em 1988, a soma das contribuições – só do governo federal – representavam 20% da soma do Imposto de Renda mais o IPI. Hoje, as contribuições representam mais de 100% da soma do Imposto de Renda com o IPI. E ainda com agravantes. O governo federal, quando faz essas bondades, quando faz essas isenções de IPI e Imposto de Renda para determinados setores da economia, faz com o chapéu alheio, faz com parte das receitas dos estados e municípios. Tenho um projeto que tramita no Senado Federal – e o governo do PT, o Palácio do Planalto e a base aliada do governo impedem que seja votado – que determina que desoneração pode ser um instrumento importante do governante. Se tem uma competição desigual de outro país sobre determinado setor da economia, que você não pode permitir que desempregue, que se fragilize, você pode fazer desoneração. Mas o meu projeto permite a desoneração na parcela de tributos do governo federal.

Baixo investimento federal em Saúde e segurança pública

Quando o governo do PT assumiu o governo, em 2003, 54% do conjunto dos investimentos em saúde pública vinha da União. Onze anos se passaram e hoje 45% apenas vêm da União. A União se empobreceu? Deixou de arrecadar? Está arrecadando menos? Ao contrário. Está arrecadando cada vez mais. E quem paga essa diferença? Os que menos têm. Os municípios, principalmente, no caso da saúde.

Na segurança, essa distorção, costumo dizer, é quase criminosa, porque 87% de tudo que se gasta em segurança pública no Brasil, hoje, vêm dos estados e de uma parcela pequena dos municípios. Apenas 13% da União. E a União é responsável pelo quê? Pelo tráfico das nossas fronteiras, – e aqui nós temos essa enorme fronteira desprotegida pelo tráfico de drogas e de armas – e não há uma política nacional de segurança pública.

Plano nacional de segurança pública

Vou apresentar ao Brasil um plano nacional de segurança pública onde haja o impedimento, a proibição dos contingenciamentos sucessivos que ocorrem hoje no Fundo Nacional de Segurança e no Fundo Penitenciário, porque o governo não gosta muito de falar a verdade, de enfrentar as questões com clareza.

Me lembro que, há alguns meses, o ministro da Justiça disse “as cadeias, as penitenciárias brasileiras são masmorras medievais”. Nos últimos três anos, desde que ele está no ministério – vou dizer apenas do que foi aprovado no orçamento, que já não é grande coisa –, do que foi aprovado no orçamento para o sistema penitenciário para avançarmos na direção de transformarmos os presídios brasileiros em espaços com o mínimo de dignidade humana, apenas 10,5% foram executados. O resto foi para superávit primário. Do uso dos recursos do Fundo Nacional de Segurança, pouco mais de 30% foram efetivado, o resto foi para superávit. O governo não tem a visão de que segurança pública é prioritária.

A discussão que estamos fazendo no Congresso, de revisão do Código Penal e do Código de Processos Penal, porque hoje o sujeito para ser preso, tendo um bom advogado, um razoável advogado, para ser preso no Brasil tem que fazer um esforço enorme. A verdade é essa. Quando tentamos recrudescer o Código Penal, quando nós tentamos fazer uma reforma no Código de Processos para que não haja essas chicanas permanentes que impeçam a punição, aí vem esse sentimento de impunidade prevalecendo, a bancada do PT votou permanentemente contra.

Refundar a Federação é um gesto não de interesse eleitoral ou político, mas de inteligência, de responsabilidade para com o Brasil. Governei o estado brasileiro que tem o maior número de municípios por oito anos. São 853 municípios, e aprendi muito cedo que o que o município puder fazer, é o município que tem que fazer. O estado deve fazer só aquilo que o município não puder fazer. E a União apenas aquilo que município e estado não puderem fazer. Vamos mudar essa lógica e refundar a Federação no Brasil.

Sobre corte de ministério e Custo Brasil

Falei inicialmente que vamos fazer uma guerra ao Custo Brasil. Um governo precisa também dar exemplos, sinalizar. Então, deixo aqui hoje em Campo Grande um compromisso para que eu seja cobrado. Em primeiro lugar, falando das sinalizações, dos exemplos.

Vamos acabar com metade desses ministérios que estão aí. É um acinte, uma vergonha um país como o Brasil ser administrado por 39 ministérios que não entregam, não apresentam serviços. O Estado brasileiro hoje foi aparelhado de uma forma, aí sim, que jamais antes se viu na história brasileira, em benefício da manutenção de um projeto de poder. Não é de um projeto de país, transformador de país. As agências reguladoras foram embora, viraram instrumento de nomeação de apaniguados, que as utilizaram para fazer negócios, as nossas empresas públicas também viraram instrumento da obtenção de vantagens parciais, pessoais e partidárias, como assistimos envergonhados e indignados o que está acontecendo com a Petrobras.

Me lembro que sofremos aquela campanha leviana, o termo é esse, de alguns dos nossos adversários de que íamos privatizar a Petrobras, privatizar Banco do Brasil, algo que jamais passou pela cabeça de nenhum de nós. Ao contrário. Defendemos as privatizações e as faríamos de novo no setor de telecomunicações, que foi essencial à universalização do acesso não apenas à telefonia, à informação que veio a partir do acesso à telefonia. Defendo a privatização do setor siderúrgico, que apresentava uma conta amarga, salgada para o governo pagar a cada final de ano. A privatização da Embraer foi essencial para ganharmos mercado, escala e qualidade tecnológica em várias partes do mundo.

Agora, a Petrobras, sabe o que eu vou fazer se vencer as eleições? Eu vou reestatizar a Petrobras, devolvê-la aos brasileiros. Vou tirar a Petrobras das garras desse grupo político que tomou conta da empresa e fez com que ela perdesse metade do seu valor em apenas quatro anos e se transformasse na empresa mais endividada de todo o mundo. A Petrobras era a 12ª maior empresa do mundo. Hoje é a centésima vigésima alguma coisa, e deixou de habitar as páginas econômicas e hoje está nas páginas policiais.

Apenas como alguns exemplos daquilo que pretendemos fazer para transformar o Estado brasileiro em instrumento de benefício, de melhoria da qualidade de vida das pessoas, e a questão tributária se incorpora nisso como algo absolutamente urgente.

Hoje, se gasta no Brasil mais de R$ 45 bilhões anualmente, o conjunto das nossas empresas, apenas para pagar tributos, para sustentar a máquina pagadora de tributos. Porque essa simplificação, que ordenará principalmente os impostos indiretos que existem hoje, esse emaranhado, esse cipoal de impostos indiretos, é que vai nos abrir espaço para que, a médio prazo, possamos avançar numa desoneração, numa diminuição horizontal da carga tributária. Hoje, os gastos correntes do governo federal, apenas nos primeiros três meses desse ano, cresceram em média 15%, enquanto as receitas cresceram 7%. Enquanto não racionalizarmos o Estado, os gastos públicos, qualificarmos esse gasto, enquanto o custo do Estado crescer em uma velocidade duas vezes maior do que crescem as receitas, teremos dificuldades para efetivamente diminuirmos a carga tributária.

Então, vamos fazer um esforço fiscal, com transparência. Vamos enfrentar a inflação no centro da meta, e não no teto da meta como vem acontecendo hoje. Não há imposto mais perverso para qualquer cidadão, principalmente aquele de mais baixa renda, do que o imposto inflacionário, e acredito que a nossa presença, a equipe extremamente qualificada que estamos montando, vai nos dar condições sim de enfrentarmos a questão econômica e, a médio prazo, garantir estabilidade, crescimento sustentável e, espero eu também, a redução da carga tributária para que possamos ser mais competitivos e termos uma política externa que avance em novos mercados com os produtos brasileiros.

“O Brasil em desalento”, análise do ITV

abr260613vac_7453Os brasileiros têm motivos de sobra para voltar às ruas. Têm motivos para estarem insatisfeitos com o país. Têm motivos para protestar contra um governo que não mostrou a que veio e aproxima-se de um fim de feira melancólico. Tornamo-nos um país de desalento.

É este o clima reinante hoje no Brasil, e justamente às vésperas do que a propaganda oficial vendeu como a maior festa de todos os tempos. A “Copa das Copas” só não é um fiasco completo porque os jogadores da seleção de futebol se esforçam para manter acesa a chama da esperança. Na vida cotidiana, está tudo uma dureza só.

Pesquisa do Datafolha divulgada hoje confirma o clima de desânimo. Otimista inveterado, o brasileiro caiu na real e tornou-se um pessimista empedernido. São maioria (36%) os que acreditam que a situação do país na economia vai piorar. Parte relevante dos que antes achavam que tudo continuaria como está agora enxerga o futuro com viés negativo.

Teme-se a inflação, que voltou a subir no acumulado em 12 meses – agora para 6,37%, conforme divulgou o IBGE nesta manhã. Segundo o Datafolha, a expectativa de alta nos preços voltou a seu patamar mais alto: 64% dos entrevistados apostam nisso. Nesta semana, o Pew Research também listou a inflação como maior preocupação atual dos brasileiros.

Teme-se também o desemprego. Para 48% dos entrevistados pelo Datafolha, a falta de trabalho vai aumentar no país. O patamar só é menor que o registrado em março de 2009, no auge da crise econômica que se seguiu à quebra do banco americano Lehman Brothers. Sintetiza a Folha de S.Paulo: o pessimismo “bate recorde”.

Decerto não é “canalhice”, como acusa o falastrão Luiz Inácio Lula da Silva, a amarga constatação. Decerto a sensação expressa nas pesquisas e vocalizada por formadores de opinião e empresários é a mesma que acomete quem toma ônibus lotado, quem não obtém atendimento decente em hospital e não consegue comprar na feira o mesmo que comprava no mês anterior.

Nossa gente parece ter se cansado do blábláblá das autoridades. Chega de diagnóstico, chega de promessas. Até porque ninguém mais que eles conhece tão bem o que os diagnósticos expressam. Sabe tão bem o que as promessas não cumpridas acarretam em forma de uma vida cada vez mais dificultosa.

Há esperança, porém. O mesmo Datafolha mostra que as intenções de voto em Dilma Rousseff continuam mergulhando, o que permite antever riscos concretos de derrota do projeto de reeleição que ela encarna. Em quatro meses, dez pontos percentuais foram para o buraco, levando junto a candidata-presidente.

O Datafolha constata que a insatisfação com o governo petista ainda não se reverteu em votos para os candidatos da oposição. De fato. Mas é de se ressaltar a enorme distância entre os meios à mão do governo e os disponíveis àqueles que tentam apear Dilma do poder. É abissal e ainda está longe de ser transposta.

A exposição das opções, a partir de julho, na campanha eleitoral, tende a fazer o quadro se alterar. É o que quase sempre ocorre, com foi em 2010, neste caso a favor da hoje presidente. Os brasileiros estão convictos de que é hora de mudar. Só precisam de um pouco mais de informação e tempo para saber qual o rumo tomar. A mudança chegará.

“O espantado”, por José Aníbal

Jose-Anibal-Foto-George-Gianni-PSDB-1-300x199O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se disse “espantado” na semana passada com as críticas do senador Aécio Neves à omissão do governo federal na segurança pública. Embora Cardozo não seja propriamente reconhecido por sua firmeza e competência, dizer-se espantado com as críticas ao seu desempenho já é cinismo. Receio que vou acabar de horrorizá-lo. Vamos aos dados.

Segundo informações do Mapa da Violência, adiantadas por O Globo ontem, a taxa de homicídios no Brasil é a maior desde 1980. Baseado em dados do Ministério da Saúde, o número de mortes violentas aumentou 7,9% em relação ao último estudo. Atingiu nada menos que 56.337 óbitos. A taxa de homicídios chegou a 29 por 100 mil. Espantoso.

Nos três primeiros anos de Dilma, foram liberados só 10,8% dos recursos previstos para o Fundo Penitenciário Nacional. Segundo o Siafi, de R$ 1,4 bilhão previsto, só R$ 156 milhões foram pagos até dezembro. O programa de Reestruturação e Modernização do Sistema Criminal e Penitenciário recebeu 3%. Para o Apoio à Construção de Estabelecimentos Penais Estaduais, 0,47%.

Realizada entre 02 e 03 de abril com 2.637 entrevistados, a pesquisa do Datafolha sobre segurança pública revelou que 20% dos brasileiros com 16 anos ou mais foram vítimas de algum crime nos últimos 12 meses – roubo, assalto, agressão, sequestro relâmpago e invasão da moradia. Os mais sacrificados são os jovens: 28% sofreram com algum desses crimes.

Segundo a pesquisa, quanto maior a cidade, mais vítimas da violência. Com até 50 mil habitantes, 14% foram vítimas. Até 200 mil, 20%. Entre aquelas com população acima de 500 mil, o índice subiu a 25%. Perguntados se tiveram parentes ou conhecidos assassinados nos últimos 12 meses, 21% responderam que sim – com índices acima da média na região Nordeste (31%) e entre jovens (30%).

No início do mandato de Lula, 18% da população apontavam a segurança como área que mais carecia de atenção do governo federal. Doze anos depois, o índice permanece idêntico – o que mostra a baixa resolutividade das administrações petistas. Não por coincidência, o Datafolha mostra que as vítimas são as mais descontentes com Dilma.

Enquanto o ministro Cardozo fica espantado, armas e drogas circulam sem restrição pelas ruas. 56 mil brasileiros perdem a vida inutilmente por ano. O sistema penal, cuja reforma deveria ser induzida pelo Ministério da Justiça, continua falido, anacrônico e amigo do bandido. O ministro é o próprio retrato da leniência. Em quatro anos, ele só mostrou que é bom em tirar o corpo fora e em repassar dossiês apócrifos.

*José Aníbal é deputado federal (PSDB-SP)

**Publicado no Blog do Noblat – 28-05-2014

Aécio Neves alerta que pesquisa Ibope mostra que brasileiros querem mudanças

aecio-neves-fala-sobre-o-program-300x168Brasília (DF) – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, analisou a pesquisa Ibope, divulgada nesta quinta-feira (22/05), que aponta crescimento de 14% para 20% das intenções de voto para a Presidência da República em seu nome. As últimas pesquisas Datafolha e Sensus divulgadas este mês também indicam crescimento nas intenções de voto do senador Aécio Neves.

“Os dados da última pesquisa Ibope confirmam, com algum atraso, o crescimento da nossa candidatura já apontado por todos os outros institutos. Confirma também o crescimento do conjunto das oposições, mesmo com o grau de conhecimento dos candidatos muito menor do que o da atual presidente. O que aponta, cada vez mais, para um cenário de segundo turno. Mas continuo entendendo que o dado mais relevante nesse instante é o alto percentual de brasileiros que clamam por mudanças profundas no país. Acredito que isso continuará a ser refletido nas próximas pesquisas”.

O terrorismo eleitoral promovido pelo último programa partidário do PT, exibido na semana passada em cadeia obrigatória de rádio e TV, não foi suficiente para impedir que a vantagem da petista Dilma Rousseff  em relação ao tucano,  no segundo turno, continuasse caindo.

O Ibope ouviu 2.002 eleitores em 140 municípios entre os últimos dias 15 e 19. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso quer dizer que o instituto tem 95% de certeza de que os resultados obtidos estão dentro da margem de erro.

Aécio sobe e eleição caminha para segundo turno, mostra Datafolha

aecio-abimaq-101-300x200Brasília (DF) – Pesquisa Datafolha publicada no jornal Folha de S.Paulo nesta sexta-feira (9) mostra que o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, cresceu quatro pontos em relação à pesquisa anterior e chegou aos 20% das intenções de votos no cenário mais provável para a disputa de outubro.

O tucano é o único dos pré-candidatos que registrou crescimento, de acordo com a pesquisa. Porém, Aécio reiterou que o importante da pesquisa é que mais de 70% dos brasileiros querem “mudanças profundas no pais”.

De acordo com o levantamento, o tucano é o pré-candidato a presidente que apresentou a maior variação entre todos os nomes avaliados pelo instituto. Já a presidente Dilma oscilou negativamente, seguindo tendência de queda no Datafolha.

O crescimento de Aécio fez aumentar a chance de segundo turno. Hoje, a soma das intenções de votos dos pré-candidatos de oposição chega a 38%, um ponto percentual a mais do que o percentual de Dilma.

Aécio também diminuiu a diferença em um eventual segundo turno contra a presidente Dilma. Em fevereiro deste ano, a diferença entre os dois era de 27 pontos percentuais. Agora, caiu para 11.

Aécio também tem a menor rejeição entre os pré-candidatos Dilma Rousseff e Eduardo Campos.

A pesquisa ainda revela que 74% dos brasileiros querem mudanças na forma como o Brasil é governado.

O Datafolha rmostra que Aécio Neves é considerado mais preparado do que Dilma para promover as mudanças que o país precisa.

O levantamento do Datafolha foi nos dias 7 e 8 de maio, com 2.844 entrevistas, em 174 municípios do país.

Em Alagoas: Aécio Neves reitera que pesquisas de opinião mostram que mais de 70% da população quer mudanças

aecio-maceio-22-300x200Maceió (AL) – Em visita a Maceió (AL), o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira (9). Na entrevista, o tucano respondeu a perguntas sobre eleições 2014; visita a Alagoas; dívida dos estados; etanol; carga tributária. A seguir, a entrevista coletiva.

Sobre o que os alagoanos podem esperar da candidatura do PSDB à Presidência da República?

Estou muito feliz de, mais uma vez, estar em Alagoas ao lado do meu amigo e grande governador, Teotonio Vilela, ao lado do meu também grande companheiro Eduardo Tavares, em uma expectativa de construção de mais uma etapa no desenvolvimento de Alagoas.

Sabemos que hoje a Federação está fragilizada, os estados cada vez mais dependentes da União. O que queremos é construir uma parceria diferente da parceria atual, onde os estados possam eles próprios ter capacidade para enfrentar as suas dificuldades.

Eu, por onde tenho andado no Brasil, tenho dito que o Brasil está se transformando em um Estado unitário. Não somos mais uma Federação. Para isso, é preciso que os recursos sejam distribuídos de formas equânimes para estados e municípios.

Sobre dívida dos estados 

 Em respeito à dívida dos estados para com a União, e tenho conversado muito com o governador Teotônio Vilela, não é justo que um estado, apesar do esforço do governador e de toda a população, que ainda tem carências muito grandes, como Alagoas, pague R$ 50 milhões por mês à União. Teremos que construir um caminho onde esses recursos possam ficar no Estado para investimento na segurança pública, na saúde e na educação. A base de toda a nossa proposta vai ser essa: a refundação da Federa%