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Dilma Rousseff

PSDB se une ao Democratas para apresentar um projeto de país, diz Aécio Neves

aecio-democratas-4-300x200Brasília (DF) – O presidente nacional do PSDB e candidato à Presidência da República, senador Aécio Neves, participou, nesta segunda-feira (30), da Convenção Nacional do Democratas (DEM), em Brasília. Por aclamação, o Democratas definiu o apoio à candidatura presidencial do PSDB, que conta com o respaldo de outros seis partidos – Solidariedade, PTB, PTC, PTN, PEN, PMN e PTdoB.

Ao lado do candidato à vice-presidência, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), e do presidente nacional do DEM e coordenador-geral de campanha, senador Agripino Maia (DEM-RN), Aécio destacou a importância da aliança para o fortalecimento da unidade dos partidos e para a defesa da democracia e de propostas que visem o bem estar dos brasileiros.

“O PSDB se une aos Democratas para apresentar ao Brasil não uma candidatura presidencial, uma chapa, mas um projeto de país, que curiosamente tem no seu âmago uma preocupação crescente com as nossas instituições democráticas, com a liberdade de imprensa no Brasil, pressupostos absolutamente fundamentais para que possamos continuar avançando”, afirmou.

O presidente nacional do PSDB salientou que o apoio do DEM não tem como único objetivo as eleições de 5 de outubro. “Estou nisso porque eu quero mudar o Brasil. E o Brasil vai mudar a partir dessa nossa aliança, de homens e mulheres que não se submeteram durante doze anos a esse governismo de cooptação que ultrapassa todos os limites do que poderia ser minimamente aceitável”, disse.

Nós e eles

O candidato à Presidência da República criticou ainda o discurso do governo federal da presidente petista Dilma Rousseff, que insiste em dividir o país entre “nós e eles”.

“Queremos construir um país diferente. Não queremos um país dividido entre nós e eles. Queremos um Brasil onde todos possamos ser nós, com mais saúde, educação, infraestrutura adequada, para que o extraordinário potencial produtivo do Centro Oeste e de outras regiões possa cada vez ser mais competitivo. Queremos uma aliança para retomar o crescimento sustentável do Brasil, que não pode se contentar em ser lanterna na nossa região, como ocorre no período da atual presidente da República. Queremos política fiscal que resgate a confiança do crescimento para que, o país crescendo, possa também debelar o fantasma da inflação que volta a atormentar tantos brasileiros”, salientou.

Aécio completou dizendo que o discurso da oposição vai ser contrário ao dos adversários, que optam pelo “ódio, medo e pela divisão perversa do país”.

“Nós vamos falar de futuro, de esperança. Vamos falar de construção de pontes que permita a todos os brasileiros conviver com uma saúde melhor, educação digna, segurança nas ruas e nas portas das nossas casas, mas, principalmente, com a esperança que esse governo fez com que milhões de brasileiros perdessem”.

“Um governo a serviço do PT”, análise de O Estado de S. Paulo

planalto2-300x200É grave a informação segundo a qual um funcionário da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República pretendia elaborar uma lista de prefeitos do PMDB do Rio de Janeiro que aderiram à candidatura presidencial de Aécio Neves (PSDB). Não se pode aceitar que um servidor público trabalhe na coleta de informações com o óbvio objetivo de municiar a campanha da presidente Dilma Rousseff (PT), ainda mais quando se trata de dados sobre dissidentes da coligação governista. O espantoso caso constitui mais um exemplo de como os petistas confundem seu partido com o governo – além de revelar as táticas pouco republicanas do PT contra aqueles que ousam desafiá-lo.

Conforme informou o jornal O Globo (26/6), Cássio Parrode Pires, assessor da Secretaria de Relações Institucionais, enviou um e-mail à assessoria de imprensa do PMDB fluminense solicitando a lista de presença do almoço de lançamento da aliança entre o governador peemedebista Luiz Fernando Pezão, candidato ao governo do Estado, e Aécio.

Conhecido como “Aezão”, o movimento de adesão ao tucano por parte do PMDB do Rio representa uma importante dissidência no principal partido da coligação que apoia a reeleição de Dilma e tem, inclusive, o vice na chapa, Michel Temer. Como o Rio é o terceiro maior colégio eleitoral do País, é possível medir o grau de apreensão no comando da campanha petista. Por esse motivo, nos últimos dias, o Planalto vem procurando reduzir o alcance da aliança favorável a Aécio, tentando mobilizar prefeitos do Estado que ainda não aderiram ao “Aezão”.

Tal articulação, do ponto de vista político, é legítima. Usar a máquina do Estado para fazer uma lista de dissidentes com propósitos obscuros não é. Lembra o modus operandi de regimes autoritários, que desqualificam, perseguem e criminalizam qualquer forma de oposição.

Com impressionante naturalidade, Pires, o funcionário público que solicitou os nomes dos prefeitos ao PMDB, disse que os dados seriam usados “apenas a título de conhecimento”. “Nós temos interesse em saber quais prefeitos do Rio que vão apoiar declaradamente ou que pelo menos estiveram nessa convenção com o intuito de apoiar o Aécio”, afirmou ele. E continuou: “É para a gente saber quem está apoiando. A gente faz o controle de todos os pré-candidatos ao governo federal. A gente quer saber quem está do lado do Aécio, do lado da Dilma…”.

Essa prática não tem rigorosamente nada a ver com o trabalho da Secretaria de Relações Institucionais, órgão que é responsável pela relação da Presidência da República com o Legislativo e com governadores e prefeitos. As diretrizes gerais da Secretaria no que diz respeito a assuntos federativos, conforme se lê em seu site, são “qualificar as relações com os entes federados”, “fortalecer a cooperação federativa” e “operar a concertação federativa”. Fazer uma lista de prefeitos do PMDB que decidiram não apoiar a candidatura de Dilma obviamente não se enquadra em nenhum desses objetivos – e, portanto, só pode servir para ajudar a campanha eleitoral petista e constranger aqueles que dela decidiram desembarcar.

Práticas sorrateiras como essa, que visam a prejudicar a oposição, não são novidade na trajetória recente do PT. Na disputa pelo governo de São Paulo em 2006, dois emissários petistas foram flagrados num hotel com R$ 1,75 milhão, dinheirama que serviria para comprar um dossiê com informações que supostamente comprometeriam o então candidato tucano, José Serra. O escândalo atingiu vários petistas, inclusive alguns graúdos, como Ricardo Berzoini, à época presidente nacional do PT e coordenador da campanha à reeleição do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, Lula qualificou esses companheiros de “aloprados”.

Passados oito anos, Berzoini não só foi “reabilitado”, como se tornou ministro de Dilma – justamente na Secretaria de Relações Institucionais. A respeito do contato da Secretaria com o PMDB do Rio para obter informações sobre os prefeitos do partido que decidiram apoiar Aécio, Berzoini disse que só queria “chamá-los para almoçar”. Acredite quem quiser.

“PAC: de vitrine à irrelevância”, análise do ITV

pac3O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi lançado em janeiro de 2007 para servir, acima de tudo, como vistosa peça de marketing do segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Com Dilma Rousseff, ganhou uma segunda fase, que nada mais é do que mera reciclagem de antigas promessas. Aos poucos, contudo, o PAC foi sendo retirado da vitrine e, acumulando fracassos, caminha para a irrelevância.

Na semana passada, o governo divulgou o décimo balanço do chamado PAC 2. A peça é de um irrealismo de deixar gestores responsáveis corados de vergonha. Obras que estão mais de meia década atrasadas aparecem como tendo cronograma “adequado”, marcadas com cartão verde; financiamentos são computados como investimentos e reforma de casas são classificadas como se obras novinhas fossem.

O governo Dilma afirma ter investido R$ 871 bilhões desde 2011. Destrinchando os números, o que se constata é que 1/3 deste valor refere-se a financiamentos habitacionais, dinheiro que foi emprestado a mutuários que, se não quiserem ter seu nome inscrito no SPC, terão de pagar regiamente as prestações. Não demora e corremos o risco de ver as mensalidades de fogões e geladeiras compradas nas Casas Bahia incluídas nos feitos do PT…

Quando se computam os dispêndios com o Minha Casa, Minha Vida, o setor de habitação chega a nada menos que 42% dos gastos totais do PAC desde 2011. Ainda assim, passados cinco anos desde o lançamento do programa habitacional, apenas metade das moradias prometidas pela gestão petista foi efetivamente entregue a seus moradores.

O governo afirma ter executado 84% do investimento previsto para o mandato de Dilma. Só com muito malabarismo, e, principalmente, a ajuda de estatais (26% do total) e empresas privadas (19%), é possível chegar num resultado como este. Uma consulta ao Siafi mostra que, dos R$ 243 bilhões que dependem apenas do governo federal, nem metade dos gastos foi realizada até agora.

Os gestores petistas também exercitam sua criatividade de outras maneiras. Obras que deveriam estar prontas há anos são consideradas rigorosamente dentro do cronograma. Mas há algumas que, nem sob tortura, conseguem confessar o que o governo gostaria: para estas, o destino é a exclusão do PAC, discretamente, antes que recebam o cartão vermelho dedicado a obras com andamento insatisfatório.

A transposição das águas do rio São Francisco, por exemplo, deveria ter ficado pronta em 2010. Tem menos de 60% concluídos atualmente e só deve ser finalizada em dezembro do ano que vem, se for. Ainda assim, a gestão petista considera que o andamento da obra é “adequado”. O trem-bala também está lá, na mesma condição. Estranha contabilidade esta, não?

Nem toda a criatividade, porém, é suficiente para esconder fiascos retumbantes como o das promessas para a área social, em especial a de saúde. Das 500 unidades de pronto-atendimento (UPAs) prometidas por Dilma na campanha de 2010, apenas 23 estão concluídas. Das 6 mil creches (que já chegaram a ser mais de 8 mil), foram entregues somente 379. Das 8.600 UBSs, menos de ¼ ficou pronta.

Prometer e não entregar tornou-se marca indelével das gestões petistas. Falsear números também. Nas eleições de outubro, os eleitores confrontarão o país que esperavam ter com o que efetivamente têm ao final de três mandatos petistas. Verão que nem toda a fantasia é capaz de esconder que, na realidade, muito pouco dos compromissos firmados foram efetivamente cumpridos. Pelo conjunto da obra, Dilma e o PT merecem cartão vermelho.

Nota à Imprensa – PSDB representará no TSE contra Dilma Rousseff

logo-600x400-300x200O PSDB nacional fará representação por conduta vedada junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a candidata e presidente da República Dilma Rousseff por ser beneficiária direta de ato praticado pelo servidor federal e assessor da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Cássio Parrode Pires, junto ao Diretório do PMDB do Rio de Janeiro, para policiamento de prefeitos do partido com objetivo de ganhos eleitorais.

Na representação à Justiça Eleitoral, o PSDB denunciará a conduta vedada de utilização de equipamento público e de servidor federal para realizar atividade em campanha eleitoral. Os contatos foram feitos por telefone e e-mail pelo servidor federal durante seu horário de trabalho, utilizando-se da estrutura de governo e de equipamentos do patrimônio público com objetivos eleitorais.

A denúncia dos atos praticados no âmbito da administração federal foi publicada pelos jornais O Globo e Extra, que revelaram o e-mail enviado ao diretório do PMDB pelo assessor, em 12 de junho, às 11h32. Nele, Parrode pede envio dos nomes dos prefeitos que participaram, no Rio, de um encontro político em apoio à então pré-candidatura de Aécio Neves à Presidência da República.

O PSDB apresentará também representação por improbidade administrativa, junto ao Ministério Público Federal do Distrito Federal, contra o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, chefe de Parrode.

“A denúncia contra Berzoini fundamenta-se na declaração dada pelo próprio ministro de que, por meio da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, utilizou o assessor para contactar o diretório do PMDB e solicitar os nomes dos prefeitos”, afirmou o coordenador jurídico do PSDB, deputado federal Carlos Sampaio.

Na declaração ao jornal, Berzoni assume a responsabilidade pelo ato do assessor e afirma, inclusive, o objetivo de aliciamento dos prefeitos:

— Prefeito negocia com todo mundo. Enviamos o e-mail para saber quem eram e chamá-los para almoçar. Prefeito, quando você chama para almoçar, para conversar sobre algum assunto, ele vem. O (Jorge) Picciani pode falar o que quiser, mas isso é do jogo — afirmou Berzoini ao jornal.

“A conduta do ministro configura grave ato de improbidade administrativa com prejuízo aos cofres públicos”, afirmou Carlos Sampaio.

Ao jornal, o assessor do ministro assume realizar a atividade da Secretaria de Relações Institucionais de monitoramento político com objetivo eleitoral.

— É para saber quem está apoiando. A gente faz o controle de todos os pré-candidatos ao governo federal. A gente quer saber quem está do lado do Aécio, do lado da Dilma — disse.

O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Antonio Imbassahy, apresentou hoje requerimento de convocação para que o ministro de Relações Institucionais explique no Congresso a denúncia e esclareça o tipo de atividades e o monitoramento mantidos pela secretaria ligada à Presidência da República.

“O desespero tomou o lugar da compostura no Palácio do Planalto. Se fosse algo normal, como tenta fazer crer o ministro Berzoini, por qual motivo o servidor evitou utilizar o email institucional e enviou a solicitação por meio de seu endereço particular? Não há mais dúvidas: diante do fim melancólico de seu governo e da rejeição crescente ao seu nome, Dilma passa a utilizar seu ‘exército de aloprados’ para fazer o diabo, algo prometido por ela e esperado desde as nomeações de Aloizio Mercadante e Berzoini”, disse Imbassahy.

Brasília, 26 de junho de 2014

“Palavra dada é palavra empenhada”, análise do ITV

palacio-do-planalto-foto-george-gianni--300x199Dilma Rousseff é uma pessoa de palavra. Quatro anos atrás, apresentou-se ao eleitorado como gerente gabaritada. Eleita, correu para vestir uniforme de faxineira. Há algumas semanas, assegurou que não mudaria sua equipe ministerial apenas em troca de alguns minutinhos a mais no rádio e na TV. As circunstâncias e o figurino podem mudar, mas Dilma Rousseff mantém a coerência: não cumpre nada do que fala.

Dilma havia dito há algum tempo que “faria o diabo nas eleições”. Mas, vê-se agora, é muito mais que isso: a candidata-presidente está disposta mesmo é a vender a alma ao diabo. Os lances mais recentes da montagem do palanque reeleitoral são pródigos neste sentido. No balcão de negócios, o céu é o limite.

A presidente da República trocou ontem mais um de seus ministros para assegurar o apoio de mais um partido à sua elástica coligação eleitoral. Dilma dissera que estava muito satisfeita com César Borges no Ministério dos Transportes – e, convenhamos, pelo histórico de inoperância da pasta na era petista ele até vinha bem – e jamais o tiraria do cargo.

A palavra dada pela presidente, contudo, não foi honrada. O partido do ministro, o PR, cobrou a substituição de Borges e Dilma prontamente atendeu. Entregou sua cabeça e trouxe de volta para o cargo o mesmo ministro afastado há menos de 15 meses. Se isso não é ser coerente, o que mais pode ser? A Borges, restou a Secretaria dos Portos como prêmio de consolação.

Em 2011, o mesmo partido e o mesmo Ministério dos Transportes estiveram no centro da “faxina” – aquela em que a sujeira é varrida para baixo do tapete – promovida pela presidente. Se havia alguma dúvida do artificialismo do figurino ético de Dilma, não remanesce nenhuma mais. Na alça da mira agora estão a diretoria-geral do Dnit e o comando da Valec, também num movimento de desfazer a limpeza que, embora timidamente, fora feita.

A coerência administrativa da presidente ao nomear sua equipe é de dar gosto. Basta lembrar, também, o que aconteceu no Ministério da Pesca três meses atrás. Lá o ministro que não sabia o que era uma minhoca deu lugar a seu suplente no Senado, um teólogo e jornalista que, possivelmente, não faz ideia do que seja pescar com caniço e samburá.

Em todos estes episódios, salta aos olhos a falta de autoridade da presidente e sua total ausência de controle e critérios para compor uma equipe. Já não bastassem os maus resultados que ela tem a exibir em termos de obras e realizações, cabe a pergunta: Que espécie de gerentona eficiente é esta?

No seu vale-tudo pelo poder, o PT faz uso de suas armas mais típicas, como a também odienta caça aos que ousam não compactuar com os planos eleitorais do partido. Os jornais Extra e O Globo noticiam hoje que o Planalto foi em busca dos nomes de cada um dos prefeitos do PMDB fluminense que hipotecaram apoio a Aécio Neves. Para que será?

Pego no flagra, o ministro de Relações Institucionais disse que pretendia apenas convidá-los para um convescote no Planalto. “Prefeito, quando você chama para almoçar, para conversar sobre algum assunto, ele vem. Isso é do jogo”, disse Ricardo Berzoini, de notáveis atuações no submundo da guerrilha petista em eleições passadas. Não parece um fidalgo?

A uma presidente sem autoridade e com um currículo de parcas realizações para mostrar ao eleitorado como justificativa para merecer um novo mandato, junta-se um partido disposto a tocar o terror para vencer as eleições e perpetuar-se no poder. Nem com todos os arranjos e malandragens do mundo isso vai dar certo. O vale-tudo tem limite.

Nota à Imprensa – Resposta à Dilma sobre esperteza ter vida curta

aloysio-nunes-foto-george-gianni-psdb--300x200A presidente Dilma tentou firmar-se como líder do país e não conseguiu: faz campanha mais uma vez sob a tutela de Lula.  A fama de gestora foi desmentida pela mediocridade do seu governo. Que faxineira é essa que traz de volta ao seu regaço os que haviam sido dele excluído com estardalhaço?

Às favas com as razões éticas alardeadas à época da faxina: agora vale tudo em troca de alguns segundos de propaganda na TV. Para esse mesmo fim, Dilma, nos últimos dias, raspou o tacho do fisiologismo para aplacar o apetite insatisfeito de aliados descontentes, prestes à defecção.

Líder, gestora, faxineira: nada disso ela é.

Pois não é que agora pretende posar de moralista?

Discorreu hoje sobre as virtudes da sinceridade e da lealdade na ação política. Nem bem concluiu os últimos retoques de uma vasta e subterrânea operação de aliciamento

eleitoral com recursos públicos exalta, na convenção do PSD, a prevalência das convicções sobre as conveniências.

E tudo isso ao lado do ex-prefeito Gilberto Kassab, aliado correto que, há dois dias, fora impiedosamente vaiado na convenção do PT na presença da mesma presidente Dilma.

Na final de sua homilia, a falsa moralista saiu-se com uma surra do aforismo: a esperteza tem pernas curtas. Tem razão. E é por isso que seu governo também tem perna curta: vai acabar no próximo 31 de dezembro, sem direito à prorrogação.

Aloysio Nunes Ferreira (SP)
Líder do PSDB no Senado

Brasília, 25 de junho de 2014

“Empregos a perigo”, análise do ITV

imagesO governo Dilma sempre se recusou a discutir a sério os problemas da economia. Escuda-se na alegação de que o mercado de trabalho vai bem e que, sendo assim, não há que se falar em fraquezas. O que dirão agora que a geração de empregos despencou no país?

Porta-vozes oficiais têm adotado o mantra de que “PIB não enche barriga” no intuito de criar uma narrativa que – com o fracasso de Dilma Rousseff na promoção do crescimento – desdenha a importância da expansão econômica para o bem-estar da população. Mas, se PIB não enche barriga, é o emprego que põe comida na mesa. Ou não?

Neste sentido, são muito ruins os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem pelo governo. Em maio, foram criadas apenas 58,8 mil novas vagas de trabalho em todo o país.

Parece bom? Uma frase ajuda a qualificar o dado: foi o pior resultado para meses de maio desde 1992, tempo em que Fernando Collor ainda era presidente da República. Lá se vão 22 anos. Nem em tempos de crise brava, como foi 2009, fomos tão mal assim.

Nos cinco primeiros meses deste ano, foram criadas 543 mil novas vagas de trabalho, com queda de 28% em relação ao mesmo período de 2013. Na comparação com os cinco meses iniciais do primeiro ano da gestão Dilma, a queda é bem mais significativa: 55% quando comparadas as médias mensais.

O segmento mais penalizado pelos cortes é a indústria da transformação: em maio, 28,5 mil postos de trabalho foram eliminados. É o segundo mês seguido com quedas no setor – em abril, o saldo fora negativo em 3,4 mil e, no acumulado no ano, a redução no emprego industrial já é de 2% em relação a 2013.

No ano, até maio, a indústria criou apenas 3,6 mil novas vagas de trabalho e caminha para fechar 2014 praticamente no zero a zero, na melhor das hipóteses. O pior é que, em geral, os ciclos de demissões na economia começam pelo setor industrial, o que permite acender luz amarela para o mercado de trabalho em geral nos próximos meses.

Ao mesmo tempo, a atividade industrial deve ter queda no ano (-0,14%), conforme as previsões mais recentes colhidas pelo Boletim Focus do Banco Central. Frise-se que são os empregos industriais justamente os mais bem remunerados e qualificados. O trabalhador brasileiro, portanto, empobrece.

São todos resultados muito ruins para um país em véspera de Copa do Mundo, como era o Brasil em maio passado. Se, dentro de campo, o Mundial de futebol está sendo um espetáculo, fora dele os sinais são frustrantes, como ilustra o mercado de trabalho. Deveríamos estar bombando, mas não.

O governo prefere culpar empresários e seu “pessimismo”, como se humores e não dados da realidade fossem o motor dos investimentos produtivos. Gente como Lula consegue ser ainda mais irrealista, ao dizer que Dilma está “mantendo a inflação na meta com manutenção de salário e emprego”. Só se for em Marte…

A meta de criação de 1,4 milhão de vagas neste ano não deve se confirmar e deve ser oficialmente revista pelo governo já no próximo mês. O governo Dilma diz que criou 5,1 milhões de empregos. Não é verdade. Segundo o Caged, foram apenas 3,6 milhões. É bom, mas é quase 30% menos do que a propaganda oficial apregoa.

A crise na criação de empregos no país é mais um efeito da duvidosa política econômica da presidente Dilma Rousseff. Se já tínhamos a mais perversa das combinações, com inflação alta e crescimento baixo, agora adicionamos uma pitada a mais de pimenta, com a forte perda de dinamismo do mercado de trabalho. O caldo entornou.

Mundial não ajuda e maio tem a pior geração de emprego em 22 anos

carteiradetrabalho2-300x225Brasília (DF) – Pelos dados do Ministério do Trabalho, o Brasil teve o pior saldo de criação de vagas de trabalho com carteira assinada para um mês de maio desde 1992. O total de empregos formais gerados no mês foi de 58,8 mil. Em maio do ano passado, as contratações foram 111, 2 mil. No ano, foram criadas 543,2 mil vagas formais, considerando dados ajustados.

Durante o governo Dilma –de janeiro de 2011 até este maio–, foram 5,05 milhões de novos empregos, informou o governo. A indústria de transformação puxou a desaceleração do ritmo de contratações, com um corte de 28,5 mil postos de trabalho. É o segundo mês seguido em que a in0dústria tem queda no número de vagas.

As informações são da Folha de S. Paulo.

No setor de indústria de transformação, a indústria mecânica –que engloba as montadoras de veículos– foi a que mais teve redução de vagas, um total de 6.600.

O setor automobilístico tem passado por queda na produção e acúmulo de estoque, o que tem motivado empresas a promover demissões, férias coletivas, entre outras medidas.

A agricultura sustentou a leve alta de crescimento, com a criação de 44,1 mil postos de trabalho. O setor de serviços, sobretudo de alojamento e alimentação, também segurou a baixa no ritmo de contratações, com um saldo de 38,8 mil novas vagas.

A região Sudeste concentrou a maior quantidade de novos postos: 55,1 mil. Em seguida, o Centro-Oeste, com 7,8 mil vagas criadas.

“Velhas promessas e o ranço de sempre”, análise do ITV

sda-300x193Dilma Rousseff foi ungida no fim de semana como candidata à reeleição pelo PT com uma mistura de promessas recicladas, velhos ranços e slogans inverossímeis. É a demonstração mais evidente de que, em seu mandato, a presidente da República não produziu realizações suficientes para justificar mais quatro anos de governo.

Um marciano que descesse à Terra no sábado passado provavelmente concluiria que ali reunia-se um partido em guerra para assumir pela primeira vez o comando do país. Imaginaria que a mulher que discursava prometendo mundos e fundos jamais sequer passara perto de sentar-se numa cadeira no Executivo.

O mesmo marciano provavelmente levaria um susto ao saber que o partido que realizava sua rica e tecnológica convenção governa o Brasil há quase 12 anos e já está prestes a completar sua terceira gestão seguida no comando do país.

Nosso ET imaginário certamente cairia para trás ao saber que a mulher tão pródiga em prometer ocupa há quase quatro anos a cadeira de principal mandatária do país, além de ter participado, durante todos os dias, dos dois governos que a precederam.

O marketing petista parece crer na necessidade de tornar suas promessas mais vistosas. Para tanto, até criou um novo rótulo para enfeixá-las: Plano de Transformação Nacional, que chega para ocupar o vácuo do Programa de Aceleração do Crescimento. Um e outro se assemelham: não passam de vento, intenções ao léu, cantilena sem efeitos benéficos para a população.

O tal plano prevê desburocratização, investimentos em educação, reforma do sistema político através de plebiscito, revisão de pacto federativo e melhorias nos serviços públicos. “Aglutina programas de governo que já existem com ideias genéricas que ainda estão em discussão”, sintetizou a Folha de S.Paulo no domingo.

Aquilo que não é platitude foi xerocado de propostas que a oposição vem sustentando há anos, como a necessidade de arejar o Estado, desonerar o cidadão e reequilibrar direitos e deveres dos entes nacionais. E também há excentricidades como o “Banda Larga para Todos” num país em que metade da população nem esgotamento sanitário tem.

Se nos compromissos a plataforma petista é enganosa, no tom é beligerante. A retórica nervosa e agressiva deu o norte na convenção que ungiu a candidatura à reeleição. Para alguém que hoje tem a atribuição de governar para todos os brasileiros, nada mais explícito para comprovar o desequilíbrio da mandatária.

O PT vai insistir na tese de que representa o bem e seus adversários são o mal encarnado. Mas os petistas se julgam tão superiores que contra o “nós” deles cabem todos os demais. Ou seja, será uma espécie de luta do “nós” (os petistas) contra todos – tucanos, republicanos, democratas, pipoqueiros, indignados, taxistas, sindicalistas e qualquer um que não diga amém.

Tomando por base o que disse Dilma no sábado, ela e seu partido também não veem problema algum na rota que o país vem trilhando nos últimos anos. Parecem crer que basta fazer mais do mesmo, aprofundar a opção pela equivocada “nova matriz econômica” para que as portas da esperança finalmente voltem a se abrir.

Como o espírito do tempo não deixa margem a ignorar o sentimento de mudança que grassa na população, os petistas não se furtaram a tentar apropriar-se dele: “Mais mudança; mais futuro”, pede seu slogan. Impossível admitir que quem está aí há tanto tempo, e é hoje o real responsável por problemas que remanescem sem solução, seja o portador de qualquer transformação.

O que o PT não entendeu é que o passado hoje são eles. Quando Dilma diz, como fez ontem em Macapá, que programas como o Minha Casa, Minha Vida nasceram porque “no passado não se dava importância à casa própria”, esquece-se convenientemente que, quando o programa foi lançado, o PT já era governo há seis anos.

Na campanha que se aproxima, Dilma Rousseff terá que responder pelos seus atos, pelo governo que comandou, pelas promessas que não cumpriu, pelo pouco que realizou. Na convenção que a escolheu candidata, não fez nada disso. Certamente porque não tem resposta para nenhuma destas questões.

Organização Repórteres sem Fronteiras condena “lista negra” de profissionais divulgada pelo PT

logoreporteressemfronteiraBrasília (DF) – A organização Repórteres sem Fronteiras, que reúne profissionais de imprensa do Brasil e do exterior, condenou a reação do vice-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Alberto Cantalice, que divulgou uma “lista negra” – de profissionais designados por ele de “pitbulls da grande mídia”. A entidade lembra que, desde o início da Copa do Mundo, houve registros de 18 agressões contra jornalistas no Brasil.

A “lista negra” inclui  os nomes de Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor, Demétrio Magnoli, Guilherme Fiúza, Augusto Nunes Diogo Mainardi, Lobão e dos humoristas Danilo Gentili e Marcelo Madureira. A nota da organização pode ser lida na íntegra ao clicar aqui

Cantalice argumenta que esses profissionais são contra as “medidas progressistas” dos governos do PT – de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff – e que tal posição se tornou ainda mais evidente desde o começo do Mundial, pois aguardam que a Copa fracasse.

De acordo com Repórteres sem Fronteiras, essas acusações foram lançadas num clima social tenso, com a multiplicação de movimentos populares contra as despesas do governo com a Copa do Mundo. A polícia militar tem respondido, por vezes, utilizando a força e alguns jornalistas foram agredidos.

Aos 17 casos citados se juntou a detenção arbitrária de Vera Araújo, de O Globo, elevando para 18 o número de abusos. A jornalista estava filmando a detenção de um turista argentino e acabou também sendo presa. Uma investigação foi aberta contra o policial militar responsável pela detenção.

O Brasil se situa no 111º lugar em 180 países na última Classificação Mundial da Liberdade de Imprensa, elaborada por Repórteres sem Fronteiras. Por ocasião da Copa do Mundo de futebol, a organização lançou uma campanha para sensibilizar o público sobre a situação da liberdade de informação nos países participantes.