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Dilma Rousseff

“Os nove malditos”, por Ademar Traiano

ademar-traiano-foto-al1-300x196Quem foi o responsável pelo xingamento a Dilma Rousseff no Itaquerão? Quem dirigiu aquele encaminhamento vexaminoso dado à ‘presidenta’ por milhares de vozes? Quem provocou aquele fiasco planetário transmitido para o mundo e presenciado, ao vivo, por uma penca de chefes de Estado?

O PT e Lula sacaram do coldre, no ato, uma acusação. “Foi a elite branca e ingrata, incapaz de ver os fantásticos benefícios que o PT trouxe ao Brasil nos últimos 12 anos”. Segundo essa curiosa explicação, elaborada pelo próprio PT, só a elite branca teria dinheiro para bancar um ingresso no espetáculo da abertura da Copa, uma festa produzida com dinheiro de todos os brasileiros.

E a elite branca estaria sob o comando de um grupo de intelectuais, e humoristas que se dedicam diariamente a difamar o glorioso papel do PT que – com seus Dirceus, Genoinos e Delúbios – trata de redimir o Brasil, depois de 500 anos de injustiças.

Quem se encarregou de nomear os responsáveis por essa desgraça foi Alberto Cantalice, vice-presidente do PT, que acusou“setores elitistas albergados na grande mídia” de “desgastar o governo federal e a imagem do Brasil no exterior”. Ele apontou nove “inimigos da pátria” aos quais insinuou que os verdadeiros crentes do PT estariam autorizados a impor todo tipo de punição, inclusive física, presume-se.

Os nove malditos do PT são os jornalistas Arnaldo Jabor, Reinaldo Azevedo, Demétrio Magnoli, Guilherme Fiúza, Augusto Nunes, Diogo Mainardi, o cantor Lobão, além dos humoristas Danilo Gentili e Marcelo Madureira.

É espantoso e assustador que o vice-presidente de um partido no poder, em uma democracia, tenha o desplante de apontar um grupo de intelectuais como “inimigos da pátria” e açule seus comandados a persegui-los de todas as formas possíveis.

A designação pública dos inimigos do povo era típica de lugares como a União Soviética de Stalin, a China de Mao, o Camboja de Pol Pot, a saudosa (para o PT) Cuba dos fuzilamentos, ou o Irã de Khomeini.

Uma ordem política, com ares de decreto religioso, direcionada para uma comunidade onde se encontram um número enorme de seguidores fanatizados, é uma forma de colocar esses críticos em situação de risco de vida.

Desde que chegou ao poder, em 2002, o PT protagonizou inúmeras tentativas de censurar a imprensa através de artifícios mal dissimulados com nomes como “controle social da mídia”, entre outras vigarices. Fracassaram sempre, mas não param de tentar porque o autoritarismo está no DNA do PT.

É a primeira vez, no entanto, que uma alta autoridade petista se atribui o direito dar os nomes para os inimigos do PT, creditar a eles a culpa pelos problemas do governo e sugerir que os petistas têm o dever de justiçá-los.

A radicalização do PT não é exclusividade de Cantalice. É visível nos discursos cada vez mais hidrófobos de Lula, e decorre do desespero provocado pelos desastres do governo Dilma Rousseff que parece prestes a fechar o ciclo petista com um indisfarçável fracasso.

As pesquisas não mentem. O último Ibope revela que o petismo no poder nunca foi tão mal avaliado. A taxa de aprovação (bom é ótimo) do governo petista é de 31%, a de reprovação (ruim e péssimo) é de 33%. A rejeição de Dilma (não votam nela de jeito nenhum) é de 43%.

O Ibope pesquisou o desempenho do governo em oito áreas chaves. Em todas elas a desaprovação é maior que a aprovação. Na Educação, 67% desaprovam contra 30% que aprovam. Na Saúde, 78% a 19%. Na segurança, 75% a 21%. No meio ambiente, 52% a 37%. No combate à fome e pobreza a 53% a 41%. No combate ao desemprego, 57% a 37%. No combate à inflação, 71% a 21%. Na política de juros, 70% a 21%. Nos impostos, 77% a 15%.

Todos esses fracassos seriam culpa da “elite branca” sob a batuta dos “nove malditos”? Nada disso. Apanhado em um vídeo que vazou para a grande imprensa, falando, para variar, francamente, numa reunião com blogueiros chapa branca, o ministro daSecretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, teve um ataque de sincericídio.

“Me permitam, pessoal! No Itaquerão não tinha só elite branca, não!”, disse Gilbertinho aos blogueiros. O ministro contou que foi aos arredores do Itaquerão. Assistiu ao Brasil X Croácia numa escola. “Fui e voltei de metrô”, informou. “Não tinha só elite no metrô, não. Tinha muito moleque gritando palavrão dentro do metrô, inclusive, [gente] que não tinha nada com elite branca.”

A soma das manifestações de Cantalice e Gilberto Carvalho dá um resultado explosivo. O PT sabe que fracassou, mas não está disposto a assumir o fracasso nem a aceitar uma possível derrota sem uma reação violenta.

*Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB e Líder do Governo na Assembleia Legislativa no Estado do Paraná.

“O outono da presidente”, análise do ITV

dilma2_2-300x225Dilma Rousseff vai de mal a pior. Suas perspectivas eleitorais são muito ruins e a avaliação sobre seu governo é cada vez mais negativa. A presidente está hoje tão mal quanto estava no auge das manifestações de junho do ano passado. Em alguns casos, consegue estar bem pior. A petista parece estar vivendo seu outono.

Ontem o Ibope divulgou nova pesquisa de intenção de votos e de avaliação do governo. No aspecto eleitoral, mesmo com toda a superexposição produzida por sua estratégia de campanha, Dilma no máximo oscila.

Dilma tem hoje os mesmos 39% de intenção de voto que tinha em 2010 quando faltavam quatro meses para as eleições que a sufragaram. Sua situação, antes e agora, porém, era muito distinta: lá estava em ascensão e representava a continuidade de um governo bem avaliado; cá, está numa claríssima descendente.

A relativa manutenção das intenções de voto na presidente é fruto do desinteresse da população pelo processo eleitoral: nesta altura do campeonato, 55% dos entrevistados têm pouco ou nenhum interesse nas eleições de outubro. Ainda assim, já somam 43% os que dizem que hoje não votariam de jeito nenhum em Dilma Rousseff para presidente.

Enquanto o cenário eleitoral pode resultar de desinteresse momentâneo, a evidente piora na avaliação do governo e da presidente é uma manifestação real, efetiva, posto que decorre da visão que as pessoas têm do que está acontecendo no seu dia a dia.

Um, o voto, é decisão futura e, portanto, ainda postergada para depois. Outra, a avaliação de governo, é percepção presente, fruto da vivência cotidiana. E, naquilo que pensa de seu dia a dia, o brasileiro está claramente insatisfeito, contrariado, infeliz com as condições de vida que estão lhe oferecendo.

Para começar, pela primeira vez na série do Ibope, tornou-se majoritário o contingente de pessoas que consideram o governo Dilma ruim ou péssimo. A avaliação negativa da gestão atual é feita por 33% dos entrevistados pelo Ibope, enquanto os que a consideram ótima ou boa somam apenas 31%. Nem no auge dos protestos do ano passado isso chegou a acontecer (na ocasião, houve rigoroso empate em 31%).

Da mesma maneira, são maioria os brasileiros que desaprovam a maneira de a candidata-presidente governar: são 50%, contra 44% que ainda a aprovam. Neste quesito, isso se dá pela segunda vez na atual gestão: em julho do ano passado, Dilma também era mais rejeitada que aprovada (49% a 45%), situação que agora volta a acontecer.

A mesma coisa se passa com o grau de confiança nela. Segundo o Ibope, 52% simplesmente não confiam na presidente que os governa, enquanto 41% mantêm a confiança. É a maior marca negativa neste quesito registrada por Dilma – em julho de 2013, a desconfiança também superava a confiança, mas em menor margem (50% a 45%).

Em rigorosamente todas as nove áreas pesquisadas pelo Ibope, as políticas adotadas pela presidente Dilma são majoritariamente desaprovadas pelos brasileiros: educação, saúde, segurança pública, combate à fome e à pobreza, combate ao desemprego, meio ambiente, impostos, combate à inflação e taxa de juros.

A pesquisa do Ibope foi realizada após a abertura da Copa, sugerindo, quem sabe, que a população em geral não compartilhou o repúdio aos péssimos modos da torcida no Itaquerão, como o PT se encarregou de tentar fazer todos crerem – embora sequer os mais destacados porta-vozes petistas, como Gilberto Carvalho, demonstrem acreditar em suas versões…

O mais certo é que os brasileiros de fato compartilham a avaliação que o secretário-geral da Presidência da República externou entre militantes e ativistas amigos do PT: “(A percepção de que) Inventamos a corrupção, de que nós aparelhamos o Estado brasileiro, de que somos um bando de aventureiros que veio aqui para se locupletar, essa história pegou.” A pesquisa do Ibope mostra que ele está coberto de razão.

CNI/Ibope confirma Aécio no segundo turno e desaprovação de Dilma chega a 50%

aecio-discurso-igo-estrela40-300x200A nova pesquisa da CNI/Ibope, divulgada nesta quinta-feira (19), confirma a presença do candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves, no segundo turno da disputa eleitoral. Na simulação do primeiro turno, o tucano aparece na segunda colocação com 21% das intenções de votos.

No segundo turno, Aécio avançou seis pontos percentuais em relação a pesquisa do Ibope divulgada em maio. Na simulação divulgada nesta quinta, o tucano reduziu a vantagem da presidente Dilma de 19 para 13 pontos. Ele aparece com 30% das intenções de votos.

Já a reprovação dos brasileiros à maneira como a presidente Dilma Rousseff governa o país chegou a 50%. Isso reflete não só a queda no índice de aprovação à administração da petista, assim como na confiança do eleitor em relação à presidente da República.

Dilma foi reprovada pela maioria dos brasileiros em todas as nove áreas avaliadas, inclusive no combate a fome e a pobreza. Nada menos do que 63% dos ouvidos pela pesquisa, ou seja, dois terços do total, classificam seu governo como regular, ruim ou péssimo.

A pesquisa do Ibope foi custeada pela CNI e entrevistou 2.002 pessoas entre os dias 13 e 15 de junho de 2014. Está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo BR-00171/2014.

Aécio lidera com folga no Brasil e dispara em SP entre os eleitores que conhecem os candidatos

aecio-convencao-24-300x200O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, tem a maior intenção de voto entre os eleitores que conhecem os três principais candidatos nas eleições deste ano, segundo o último Datafolha.

Computados os votos dos eleitores que afirmam conhecer “muito bem” ou “um pouco” Aécio, Dilma Rousseff e Eduardo Campos, Aécio lidera com 29% das intenções de voto. Dilma tem 23%, enquanto Campos fica com 14%.

A diferença de Aécio em relação aos demais candidatos fica ainda maior entre os eleitores de São Paulo, No estado mais populoso do país, Aécio tem 33%, enquanto Dilma e Campos ficam com 17%.

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“Tarde demais”, análise do ITV

palacio-do-planalto-foto-george-gianni--300x199O governo prepara para hoje o anúncio do que seria um “pacote de bondades” para aliviar a situação da economia, mais especificamente da indústria e do setor exportador. Como boa parte do que acontece na atual gestão, as medidas chegam com cheiro de improviso e, sem sombra de dúvida, com grande atraso.

Pode ser tarde demais para evitar o naufrágio, tanto econômico, quanto eleitoral – que é o que, efetivamente, interessa à presidente da República e sua equipe neste momento. O que move o governo é tentar minorar o mau humor de empresários e investidores que não exibem ânimo para continuar aturando as más condições que a gestão petista espalha pela economia.

O tal pacote conterá, segundo informam os jornais de hoje, estímulo a exportadores, novas facilidades tributárias e a manutenção de linhas de financiamento subsidiadas pelo BNDES. São importantes, sim, para tentar injetar alguma adrenalina numa economia que respira por aparelhos. Mas, possivelmente, são insuficientes para surtir o efeito pretendido.

Pontualmente, é válido que exportadores contem com um mecanismo de estímulo como o Reintegra no mesmo momento em que o câmbio não os ajuda. Mas são as péssimas condições gerais de competitividade da nossa economia que lhe tiram completamente o oxigênio na hora de disputar mercado no exterior com concorrentes em situação muito melhor para produzir.

Renegociação de débito tributário, por meio do Refis, já deixou de ser uma forma de atenuar a escorchante carga de impostos praticada no Brasil para se tornar um instrumento para aumentar a arrecadação e evitar resultados fiscais mais catastróficos. Permitir, pela enésima vez, que devedores parcelem e quitem suas dívidas deixou de ser novidade.

A manutenção do Programa de Sustentação do Investimento – há quem diga, como O Estado de S. Paulo, que é mais que isso, com o programa tornando-se permanente como linha regular do BNDES – é um pleito dos empresários. O problema tem sido a forma como se dá o processo de seleção dos (poucos) beneficiários.

O ideal é que os juros “padrão BNDES” não fossem só para uns poucos eleitos, mas para os muitos no país que precisam de fôlego financeiro para investir e fazer seu negócio crescer. Subsídios são necessários, mas hoje sequer se conhece que benefícios acarretam e quem paga ou deixa de pagar por isso. Poderiam ser muito melhor empregados.

Pelo que se noticia, exceto o Refis as novas medidas valeriam para o ano que vem. Ou seja, no duro do real, o governo da presidente Dilma Rousseff vende o que não tem, porque seu mandato acaba em 31 de dezembro próximo e as urnas ainda não lhe deram a recondução – se é que lhe darão…

O que se constata é que pode ser tarde demais para as bondades que o governo assaca agora da algibeira a fim de tentar reanimar uma situação econômica que já se encontra em estado tal que remendos não convencem, tampouco são suficientes. O buraco em que nos metemos está bem mais embaixo.

Mais grave ainda é o risco de, no afã de tentar manter-se no poder a qualquer preço, o atual governo lançar-se em iniciativas irresponsáveis que comprometam ainda mais o futuro e dificultem mais ainda a recuperação econômica. A inclinação petista a vender terreno na lua é, mais que uma evidência, prática a que se lançam sempre que o calo aperta.

Não se espera, contudo, que o governo fique imobilizado. Mas, sim, que adote medidas responsáveis e consequentes. Improvisar é tudo o que não se deve fazer numa economia que caminha para seu quarto ano de anemia, consolidando-se, sob a égide de Dilma Rousseff, como um dos patinhos mais feios entre todos os países do mundo.

Aécio supera Dilma entre eleitores que conhecem os candidatos, no Datafolha

aecio-george-gianni-2-300x200O candidato à Presidência da República e presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, supera a presidente Dilma Rousseff em intenções de votos no Datafolha entre eleitores que afirmam conhecer “muito bem” ou “um pouco” os principais candidatos.

De acordo com notícia divulgada no blog do jornalista Fernando Rodrigues nesta terça-feira (17), Aécio aparece com 29% das intenções de votos, contra 23% de Dilma e 14% de Eduardo Campos.

Os números fazem parte de um recorte da último Datafolha, realizado entre os dias 4 e 5 de junho. Segundo a pesquisa, apenas 20% dos eleitores afirmam conhecer muito bem ou pouco os candidatos, o que pode indicar um potencial de crescimento ainda maior para Aécio a medida em que ele for se tornando conhecido pelos eleitores.

O recorte da pesquisa também aponta a liderança de Aécio Neves em São Paulo, maior colégio eleitoral do país. Neste cenário, o tucano tem 33%, quase o dobro das intenções de votos de Dilma Rousseff e Eduardo Campos, que aparecem com 17% cada.

Pesquisa Istoé/Sensus mostra crescimento de Aécio e queda de Dilma

aecio-neves-convencao-do-ptdo-b-george-gianni3-300x199A nova pesquisa Istoé/Sensus, feita no período 26 de maio a 4 de junho, mostra que o candidato do PSDB à Presidência, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) saltou de 19,9% para 21,5%. O levantamento indica ainda que a presidenta Dilma Rousseff caiu 1,8% em relação ao levantamento anterior, passando de 34% para 32,2% das intenções de voto.

“As variações não são grandes, mas são significativas na medida em que traduzem uma migração de votos para a oposição”, diz Ricardo Guedes Ferreira Pinto, diretor do Sensus.

A pesquisa que ouviu cinco mil eleitores em 191 municípios de 24 Estados também mostra a tendência de crescimento da principal candidatura da oposição.

Nos cenários de segundo turno, a última pesquisa Istoé/Sensus confirma o crescimento da oposição.

“A união contra o ódio”, análise do ITV

alckminconvencao-300x200Há duas forças políticas em disputa hoje no país. Uma prega o ódio; a outra defende a união. Uma quer dividir os brasileiros; a outra busca uma nação que seja melhor para todos, indistintamente.

Inverter estes papéis é a estratégia de quem sempre apostou num Brasil conflagrado e, quando colhe o que planta cotidianamente, age como o batedor de carteira que, apanhado, grita “pega ladrão”.

Quem, mais que o PT, vem insuflando o ódio e tentando, com seu discurso sectário, dividir o país entre pobres e ricos, entre brancos e negros, entre elite e miseráveis? Não há cargo nem liturgia que impeçam seus próceres de exercitar sua retórica da intransigência, onde quer que a oportunidade surja.

Os petistas usam todos os meios à mão, lícitos e, principalmente, ilícitos, para propagar sua ode à divisão do país. Quem não está a favor do governo é tachado de “pessimista”, de “perdedor”, de antipatriótico. Não apenas nos palanques, mas também em solenidades oficiais. Cadeias de rádio e televisão tornaram-se tribuna de honra para ataques partidários.

Os líderes petistas aproveitam todos os espaços disponíveis – e subvertem os que não deveriam estar disponíveis – para constranger adversários, sempre classificando-os como espécies de vendilhões da pátria, traidores da nação, feitores do povo. Quem não está conosco está contra nós – é esta a mensagem sempre veiculada pelos porta-vozes do PT.

Que militantes sectários ajam assim, até vá lá. Mas a coisa muda muito de figura quando até a presidente da República não se furta a desrespeitar quem pode interpor-se ao projeto de poder total de seu partido. Foi o que fez Dilma Rousseff ontem ao atacar um governador de Estado em mensagem gravada a petistas no lançamento de seu candidato ao governo de São Paulo.

É assim que o PT faz política: atacando, achincalhando, desrespeitando. Quando tomam apupos como respostas, posam de vestais. As vaias e os xingamentos são difusos, partem de gente insatisfeita com o governo, ainda que com maus modos. São uma réplica à forma de governar de um partido e não agressão a uma mulher.

A retórica agressiva do PT, em contrapartida, é parte essencial de sua estratégia política, espinha dorsal de sua lógica de comunicação. Tanto que partiu de seu marqueteiro, o 40° ministro da República, João Santana, a comparação dos adversários de Dilma a “uma antropofagia de anões, (que) vão se comer, lá embaixo”. Se nove meses atrás a ordem unida já era esta, imagina agora depois da Copa…

O mago das campanhas eleitorais petistas dá a nota, mas quem executa a sinfonia de diatribes é Luiz Inácio Lula da Silva. A cada vez que lhe abrem os microfones para falar, o ex-presidente mostra-se incapaz de produzir uma mensagem construtiva, uma palavra em favor de uma concertação nacional. Sua lógica sempre é a do sectarismo.

À guisa de “responder” a investida da oposição, o petista exercitou ontem, mais uma vez, sua pregação do ódio. Mais uma vez, apostou na divisão da sociedade. Mais uma vez, lançou mão de manipulações da história e da reescrita do passado. É assim, e só assim, que o PT busca conseguir seus triunfos.

Os brasileiros de bem não suportam mais a maneira conflituosa de fazer política que o PT pratica. Os brasileiros de bem querem, isso sim, a reconquista da união e da civilidade. A mesma união que fez o país superar a truculência política, a instabilidade econômica, o atraso social. A união que, nas últimas três décadas, construiu a nação que hoje somos. O Brasil é de todos os brasileiros e não de uma facção que dele considera ter se apossado.

“Dilma faz comparações inadequadas sobre gastos da Copa”, no Contas Abertas

copadomundoebc1-300x210A comparação utilizada por Dilma Rousseff em pronunciamento realizado na terça-feira (10), em rede nacional, foi, no mínimo, inadequada. O que ela chamou de “investimento”, termo utilizado pela presidente para classificar os R$ 1,7 trilhão desembolsados para Saúde e Educação, na realidade envolve, predominantemente, despesas correntes.

A natureza de despesas  “investimentos” engloba apenas os dispêndios com obras e compra de equipamentos, ou seja, aqueles que contribuem diretamente para a formação ou aquisição de um bem de capital. É nessa modalidade de despesa que se encaixam os gastos com os estádios.

Não foi nesses moldes que Dilma contabilizou o investimento em Saúde e Educação. Conforme pesquisa realizada pelo Contas Abertas, para chegar aos R$ 1,7 trilhão, juntou-se o valor global gasto tanto pelo governo federal, quanto pelos estados e municípios nas respectivas áreas. O número inclui todas as despesas com custeio, como água, luz, vigilância, manutenção e pagamento de pessoal, ou seja, vai do cafezinho da recepção do hospital ao giz da sala de aula.

O deputado Romário (PSB-RJ) afirmou ser lamentável a presidente da República dissimular números para confundir a população. “Ela não pode comparar investimentos em estádios com o orçamento global para saúde ou educação. Investimentos com estádios devem ser comparados com investimentos na construção de hospitais ou escolas”, afirmou o parlamentar.

Com a contabilização da despesa global, Dilma procurou demonstrar que o governo teria “investido” 212 vezes mais em Saúde e Educação do que o valor gasto em estádios – R$ 8 bilhões, tornando ínfimo o valor das arenas. A comparação leva em conta todo o valor empenhado na “ Função Saúde” e na “ Função Educação” , na União, nos estados e nos municípios, entre 2010 e 2013, período em que os estádios estavam sendo construídos.

O parlamentar também destacou que alguns estádios, em sua maioria financiados com dinheiro do governo federal, serão pagos pelos estados e municípios – além do Distrito federal – , com recursos públicos . Dessa forma, segundo ele, não é correto, por exemplo, comparar o valor que a União gasta com saúde com os R$ 1,6 bilhão que o Distrito Federal gastou com construção do Mané Garrincha.

“Dilma está tentando defender o indefensável e cada dia se enrola mais com suas próprias palavras”, defende Romário.

Em termos de comparação, com os R$ 8 bilhões gastos na construção dos estádio seria possível construir 4.000 Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) de porte II, que cobrem locais que possuem entre 100 mil e 200 mil habitantes e recebem até 300 pacientes diariamente.

Com o valor também seria possível erguer 2.263 escolas com capacidade de 432 alunos por turno, cada. Uma escola com 12 salas de aula e quadra coberta, financiada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), custa R$ 3,5 milhões.

Publicado no site da ONG Contas Abertas – 13-06-14

“Vou levar de Minas os valores e a coragem para transformar o Brasil”, diz Aécio

aecio-e-maristela-orlandobrito_4-300x200S. João del Rei (MG) – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, fez uma série de visitas a S. João del Rei (MG) nesta manhã de sexta-feira (13). Ao final,
Aécio concedeu entrevista coletiva em que respondeu perguntas sobre   as visita a São João Del Rei, as eleições 2014, a escolha do candidato a vice, as conversas com o PSD, as pesquisas eleitorais e as manifestações contra a presidente Dilma Rousseff.

A seguir, trechos da entrevista do senador em S. João del Rei.

Sobre visita a São João Del Rei.

Esse é um momento, talvez, o mais emocionante que vivi. Aqui estão minhas origens, a minha raiz, a minha história política começou aqui. Grande parte da minha história pessoal foi em São João Del Rei. Andei por essas ruas durante toda a minha vida. E reencontrar meus amigos, amigos de toda a vida, no momento em que inicio uma caminhada pelo Brasil é, para mim, extremamente simbólico. Vou levar comigo sempre os exemplos de Minas, os valores de Minas, a história de Minas e a coragem que mineiros ao longo da história tiveram para transformar o Brasil.

Fiquei muito emocionado com a manifestação da Maria Estela, filha do presidente Juscelino Kubitschek, que há 60 anos permitiu ao Brasil dar um salto de desenvolvimento. Trinta anos de passaram, coube a outro mineiro, meu avô Tancredo, reconciliar o Brasil com a liberdade, com a democracia. E ele sempre dizia. Nos seus momentos de maior inquietação, de maior dificuldade, era aqui em São João que ele buscava energia para continuar a sua caminhada. E sigo esse exemplo. É aqui em São João, hoje, que dou a largada para uma grande trajetória.

Não sei o que o destino me reserva. Mas o que posso garantir aos meus companheiros, minhas companheiras, aos amigos de São João Del Rei, de toda a minha terra, é que farei essa caminhada com a mesma dignidade, com a mesma coragem e, sobretudo, com o meu coração cheio de esperança, características tanto de Tancredo, quanto de Juscelino. Deixo Minas Gerais para andar pelo Brasil com a nossa pregação de decência na política, de eficiência na gestão pública, mas levarei sempre Minas dentro do meu coração.

 

Sobre o vice, por que não indicar amanhã?

Porque temos o tempo. Felizmente o nosso caso é de abundância de nomes qualificados. Como a legislação permite que até o dia 30 essa decisão possa ocorrer e como existem ainda instabilidades em outras forças políticas, estamos aguardando que o cenário se desenhe de forma mais clara para ver qual o perfil mais adequado. O que estou hoje podendo dizer hoje é que o PSDB nunca esteve tão unido, tão determinado, e as forças de oposição cada vez mais fortalecidas para expressarem esse sentimento de mudança claro e crescente que assistimos hoje em todo o país. A indicação do vice ocorrerá, como ocorrerá formalmente por parte de outros partidos, até o dia 30 desse mês. Não há porque apressar isso e, repito, felizmente nomes extremamente qualificados, que podem ajudar muito nessa caminhada e no governo do Brasil, estão se dispondo a caminhar ao nosso lado.

 

Sobre o PSD.

O PSD tem hoje uma aliança nacional. Enquanto esse partido tiver uma aliança com o governo federal não cabe a mim fazer qualquer especulação. O que tenho visto é que tanto em relação ao PSD, ao próprio PMDB, ao PP e a vários outros partidos, é que no âmbito regional a maioria dessas forças está se somando ao nosso lado, porque elas querem mudança. A presidente da República, com um esforço enorme, com oferta de cargos públicos a rodo hoje no Brasil, consegue ficar com o tempo de televisão de alguns desses partidos, mas não ficará com o trabalho com a crença desses partidos no seu projeto. Podem esperar que teremos dissidências cada vez mais amplas por todo Brasil, e essas dissidências fortalecerão a oposição, porque elas representam o sentimento que é dos brasileiros hoje, sentimento de mudança e de mudanças profundas. Estamos saindo hoje de São João de Rei para dar a vitórias às oposições e atendermos a esse clamor por mudança que hoje tem mais de 70% da população brasileira.

 

Sobre resultados de pesquisas.

O que é mais relevante nessas pesquisas, e acreditem nisso, continuo repetindo, é esse sentimento de mudança, esse sentimento crescente de mudança. No estado de São Paulo ele passa de 80%, em Minas chega próximo disso. Isso avança por todo país. E cabe a nós da oposição, e cabe a mim, em especial, como candidato do maior partido de oposição e da mais sólida aliança da oposição, representar e expressar esse sentimento de mudança corajosa, mudança verdadeira, mudança com quadros qualificados e é isso que vou dizer pelo Brasil. Estamos prontos para iniciar um novo ciclo no Brasil, onde a decência e a eficiência possam caminhar juntas. E é óbvio que as pesquisas que apontam um crescimento sólido da nossa candidatura nos animam e animam principalmente a nossa turma, a nossa militância, os nossos companheiros.

 

Sobre manifestações contra a presidente da República ontem no Itaquerão.

Acho que ela colhe um pouco aquilo que plantou ao longo dos últimos anos. Alguém que governa com mau-humor permanente, com enorme arrogância, sem dialogar com a sociedade brasileira, de costas para a sociedade, achando que por ter a caneta na mão tudo pode, sem se preocupar com o que virou o governo do ponto de vista ético, com essas sucessivas denúncias de corrupção, querendo vender para o Brasil um país que não existe, um país virtual, onde na propaganda oficial a Petrobras é a melhor das empresas públicas, a mais bem gerida do mundo, onde a saúde é de alta qualidade, onde não existe inflação. Esse não é o Brasil real.

E cada vez mais que se confrontar com o Brasil real acho que ela tem de estar preparada para manifestações da população brasileira. Na verdade, o que temos hoje é uma presidente sitiada, que não pode aparecer em público. Não, como ela diz, pelo pessimismo da oposição, mas, infelizmente, por um governo que fez perder nossos principais pilares macroeconômicos.

Somos o país que menos cresce na nossa região, a inflação volta a atormentar a vida daqueles que menos têm e mais precisam da ação do Estado. A saúde pública é de péssima qualidade com a omissão crescente do governo federal, que gasta hoje cerca de 10% a menos do que gastava quando ela assumiu o governo. Nossa educação ponteia os últimos lugares em todos os rankings sérios internacionais. Na segurança pública, repito que a omissão do governo federal é criminosa e, a permear tudo isso, um descompromisso com a ética, um descompromisso com a correção no exercício da vida pública.

Estamos vendo aí os sete ministros que foram afastados por denúncia de corrupção, ministros do governo, estamos caminhando para o final e o que aconteceu, o que foi apurado pelo governo? Qual a consequência daquelas demissões? Absolutamente nada.  Estão aí as denúncias em relação à Petrobras que aviltam, trazem indignação a todos nós brasileiros. A nossa principal empresa pública hoje vale metade do que valia quando ela assumiu o governo. Olhe as nossas agências reguladoras o que viraram: um balcão de negócios. Esta é que é a realidade do país. Os fundos de pensão, patrimônio dos trabalhadores brasileiros também atacados pela volúpia, pela sanha de grupos que estão hoje no poder. Setores do PT que aproveitaram esses fundos também para fazer negócios, levando alguns deles a prejuízos históricos, como o fundo dos Correios, por exemplo, o Postalis.

É o conjunto da obra. O conjunto da obra deste governo faz com que a população brasileira, cada vez mais, queira mudanças. E seremos a mudança que a população brasileira espera.