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Dilma Rousseff

“Irrealismo Fiscal”, análise do ITV

Dilma-ABr1-300x206A irresponsabilidade do governo petista no trato das contas públicas do país parece ilimitada. Não é apenas a tentativa de, agora, obter do Congresso carta branca para transformar o que é rombo em superávit. É também o patente desconhecimento sobre as reais condições das contas públicas expresso pela presidente da República.

Ontem, depois de sua escala numa luxuosa suíte presidencial em Doha, Dilma Rousseff disse que a situação fiscal do Brasil é “bastante diferenciada” se comparada à dos demais países que compõem o G-20. Segundo ela, estamos bem na fita, com “uma das menores dívidas (públicas) líquidas”. A presidente pretende, com isso, defender o drible fiscal que seu governo propõe.

Dilma diz que o Brasil é uma das poucas economias relevantes do mundo que não terá déficit neste ano – estaríamos no zero a zero, segundo ela. Mas ignora que entre os 19 países do G-20 só quatro deverão ter rombo fiscal maior que o nosso, segundo escreve Vinicius Torres Freire na Folha de S.Paulo.

Na realidade, a situação das contas públicas do país está entre as piores do mundo: é alta em proporção do PIB, é cara e é de curtíssimo prazo. Quando Dilma assumiu o governo, a dívida pública bruta era de 53,4% do PIB; hoje chega a 61,7%, com aumento de mais de oito pontos percentuais em menos de quatro anos. O que isso produziu de desenvolvimento? Nada!

O descontrole já é um fato. Em auditoria sobre a contabilidade oficial, o TCU descobriu que o país produziu déficit fiscal de 0,9% do PIB ou R$ 43 bilhões em 2013, e não um superávit, quando se excluem das contas os malabarismos que se tornaram praxe com o petismo. Para o governo, o que houve foi um saldo de R$ 77 bilhões.

Há descompasso evidente entre o que o governo arrecada e o que gasta. Até setembro, as receitas cresceram 6,4%, mas as despesas aumentaram o dobro disso: 13,2%. Este tem sido o padrão nos últimos anos. Quando se apuram todas as receitas e todas as despesas, o caixa do país hoje fecha no vermelho no equivalente a 4,9% do PIB. É o maior déficit em 11 anos, analisa a Folha.

O gasto do governo brasileiro com juros, considerando União, estados e municípios, bate em 5,5% do PIB. Só Grécia e Líbano, que não são modelos econômicos para nada nem para ninguém, consomem tanto dinheiro quanto o Brasil com esta despesa.

Das duas uma: ou Dilma Rousseff ignora a gravidade da nossa situação fiscal ou age com absoluta má-fé ao receitar maior leniência no trato do dinheiro pago pelos contribuintes brasileiros. A petista caminha a passos largos para quebrar o país e nos transformar novamente em párias no concerto econômico global.

Aécio: “Se houvesse um Procon das eleições, Dilma teria de devolver o mandato”

coletivaaecionevessenado-300x199O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB), criticou nesta quarta-feira (12) a proposta encaminhada pela presidente Dilma Rousseff  ao Congresso Nacional, que abre brecha para o governo federal descumprir a meta fiscal deste ano. Aécio antecipou que a oposição não concorda com essa manobra do governo e estudará medidas cabíveis do ponto de vista judicial, pois o descumprimento da meta aprovada pelo Legislativo pode caracterizar um crime de responsabilidade da presidente da República.

“Esse governo comete estelionato eleitoral ao propor imediatamente após as eleições medidas opostas a que anunciava no período eleitoral. Se houvesse um Procon das eleições, a presidente Dilma ia estar sendo hoje instada a devolver o mandato que recebeu”, disse Aécio em entrevista coletiva à imprensa no Senado.

Para Aécio, Dilma abre um precedente perigoso ao propor a alteração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). “O governante é obrigado a cumprir a lei. Quando ele não cumpre a lei, independente das razões que levaram a isso, e no caso do governo foi o excesso de gastos descontrolados, o governante não pode ter como alternativa a mudança da lei. Amanhã se um governador não cumprir o percentual, por exemplo, da Saúde, ele vai mudar a lei?”, questionou o presidente nacional do PSDB.

Na sua opinião, a proposta de lei enviada por Dilma ao Congresso é um atestado definitivo do fracasso do governo na condução da política econômica; “Não podemos permitir e aceitar que a ineficiência e a incapacidade do governo possam ter como uma única alternativa a alteração da lei. Mais uma vez quer se mascarar os números. O governo na verdade quer produzir um déficit e chamá-lo de superávit. Um governo que não foi responsável na administração dos gastos públicos não tem autoridade moral para pedir ao Congresso que altere uma lei por ele aprovada.”

Aécio prometeu empenho da oposição para impedir que a nova a manobra governista para maquiar as contas públicas avance no Legislativo. “Estaremos vigilantes para impedir a modificação dessa lei. Vamos discutir, inclusive do ponto de vista judicial, quais as medidas cabíveis, porque a presidente da República incorre em crime de responsabilidade se não cumprir a meta aprovada pelo Congresso Nacional”, afirmou Aécio Neves.

Fernando Henrique: Dilma está quebrando o país ao tentar flexibilizar meta fiscal

fhc-foto-arquivo-abr--300x200O ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, comentou a tentativa do Executivo de flexibilizar a meta fiscal para 2014.

Em entrevista ao jornal O Globo, publicada na edição desta quarta-feira (13), o tucano  disse que a presidente Dilma Roussef “está quebrando” o Brasil.”

E ressaltou: “A situação do país é difícil, eles não têm como cumprir o superávit fiscal. Eles têm que reconhecer isso. Dilma disse que eu quebrei o Brasil três vezes. Não sei quando, mas agora ela está quebrando.”

Confira a íntegra da entrevista no link

“Faz de Contas”, análise do ITV

dilma-foto-fabio-pozzebom-abr1-300x199A gestão das contas públicas brasileiras virou conto da carochinha. Depois de anos de manipulações, maquiagens e “pedaladas”, o governo Dilma se superou e agora fabricou o rombo que vira superávit fiscal. Com esta gente, a criatividade não tem limites.

Há tempo, especialistas vêm alertando que as contas públicas estão em completo descontrole. O governo nega, assim como fez a candidata oficial durante toda a campanha presidencial. Mas a verdade acaba de vir à tona, com a revisão das metas fiscais de 2014 proposta ontem pelo Executivo.

A flexibilização agora inclui a possibilidade de descontar da meta fiscal todos os gastos com o PAC e todas as desonerações tributárias – que, só até outubro, somaram R$ 130 bilhões. Com isso, o governo pode não poupar um centavo sequer dos R$ 116 bilhões que se dispôs a alcançar neste ano. Na realidade, vai poder registrar déficit e considerar que produziu superávit. Haja criatividade.

As contas públicas estão em frangalhos, apesar de a ministra Miriam Belchior considerar a situação “bastante confortável”. Em setembro, as contas do governo federal fecharam com rombo de R$ 20,4 bilhões. Foi o quinto déficit seguido e o pior de toda a história.

Tudo indica que 2014 deve marcar o registro do primeiro déficit desde 1997, já que nos nove primeiros meses do ano o rombo já supera R$ 15,7 bilhões. A questão de fundo, que o governo tenta escamotear, é o forte aumento das despesas, que cresceram nos últimos quatro anos tanto quanto nos 12 anos anteriores, segundo Mansueto Almeida.

Aos poucos, a gestão Dilma Rousseff vai enterrando todos os pilares que fizeram com que a economia brasileira se reorganizasse e o país pudesse prosperar. O compromisso com o controle da inflação já vem sendo comprometido. Agora é a vez da implosão fiscal.

Na prática, a presidente está rasgando uma das leis que mais contribuiu para avanços institucionais e para o resgate da confiança de investidores no Brasil: a de Responsabilidade Fiscal. Editada em 2000, traça metas e define punições para administradores irresponsáveis, mas, com sua criatividade, o PT a está transformando em letra morta.

É incrível que o governo mexa nas metas fiscais faltando 50 dias para terminar o ano. Mas não se trata de ato isolado. Desde 2012, a criatividade come solta na contabilidade oficial. Instituições como Caixa e Banco do Brasil, por exemplo, estão levando beiço do Tesouro e acumulam passivos bilionários.

A perspectiva futura não é boa. Os parâmetros usados para elaborar as diretrizes orçamentárias de 2015 são de um irrealismo que beira a ficção. O governo acha que merece um cheque em branco para sacar a descoberto. Mas a verdade é que não tem mais crédito na praça para fazer jus a qualquer voto de confiança.

Recorde em gastos secretos “fecha com chave de ouro” falta de transparência do PT, diz Marchezan

Nelson-Marchezan-Foto-George-Gianni-PSDB-300x199Brasília – Os gastos secretos da Presidência da República com cartões corporativos alcançaram em 2014, dois meses antes do fim do ano, o recorde para o mandato de Dilma Rousseff. Os dados foram divulgados pela Folha de S. Paulo nesta terça-feira (11). Segundo o jornal, as despesas até novembro foram de R$ 6,5 milhões, valor que supera em 9,2% o registrado em todo o ano passado.

“É uma notícia que completa a trajetória do PT no governo federal: cheia de questões secretas, de maquiagem nas contas. Fecha com chave de ouro um ciclo de falta de transparência”, declarou o deputado federal Nelson Marchezan Junior (PSDB-RS).

O tucano contestou ainda o fato de a marca ter sido alcançada em um ano eleitoral: “Chama a atenção o recorde aparecer logo no ano em que Dilma foi menos presidente do que candidata. Mostra, assim, que o PT realmente não consegue distinguir o que é atividade governamental e o que é rotina partidária”.

Sigilo
As despesas com cartões corporativos não são discriminadas no Portal da Transparência, página na internet do governo federal que mostra as movimentações oficiais. Há apenas a menção do valor gasto, sem a sua especificação – a restrição é motivada por questões de segurança, alega o governo.

Porém, o presidente da ONG Contas Abertas, Gil Castelo Branco, disse à Folha de S. Paulo que certos dados são mantidos secretos principalmente para não expor hábitos de presidentes e ministros.

Na avaliação de Marchezan, o sigilo excessivo dificulta o controle das despesas. “Não há como fiscalizarmos os gastos e cuidarmos de recursos que são públicos – ou seja, pertencem a todos nós”, disse.

Gestão do FGTS no governo Dilma é “crime contra o trabalhador”, diz Rogério Fernandes

rogerio-fernandes-sindical-foto-divulgacao-300x199Brasília – A dívida do Tesouro Nacional com o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) atingiu R$ 17,7 bilhões no mês de setembro, segundo reportagem publicada nesta sexta-feira (7) pelo jornal Valor Econômico. O alto valor se distribui entre subsídios para o programa Minha Casa, Minha Vida e as multas pagas pelas empresas que demitem funcionários sem justa causa. Para o presidente do PSDB-Sindical de Minas Gerais, Rogério Fernandes, os problemas com o fundo representam um “crime contra o trabalhador” e as dificuldades tendem a se ampliar nos próximos anos.

“O governo Dilma Rousseff administra mal demais o FGTS, que é um patrimônio de todos os brasileiros”, declarou o sindicalista, que apontou que a gestão correta do fundo esteve entre as prioridades apresentadas pelo PSDB durante as últimas eleições.

Segundo Fernandes, um dos fatores que comprova a má gestão do FGTS por parte do governo Dilma é a pequeno correção que é feita anualmente sobre as verbas dos trabalhadores. A adequação é de 3% – patamar inferior ao da inflação. Em 2013, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) alcançou 5,91%.

“O dinheiro do trabalhador é corrigido de maneira insuficiente. Pior: o governo pega esses recursos e os transfere a bancos, que depois emprestarão aos trabalhadores com juros superiores a 7%. Ou seja, é uma agiotagem feita com dinheiro público”, disse. O sindicalista apontou ainda que uma medida positiva para o fundo seria o estabelecimento de um teto para o valor remetido aos bancos.

Futuro
A reportagem do Valor Econômico destacou também que o orçamento do FGTS terá, para 2015, um reajuste de 5,78%. A adequação é próxima da inflação anual, o que sugere uma variação quase nula nas verbas do fundo. Deverão ser destinados R$ 330 milhões para o pagamento das multas por demissão e ainda não há um valor previsto para os subsídios do Minha Casa, Minha Vida.

“Enquanto o governo agir dessa forma, o patrimônio dos trabalhadores será afetado a cada ano”, afirmou Fernandes.

Resolução petista é “atestado do preconceito”, afirma Duarte Nogueira

duarte-nogueira-foto-george-gianni-psdb--300x206Brasília (DF) – Os tucanos reagiram com veemência à resolução do PT divulgada na última segunda-feira (3), na qual o partido da presidente Dilma Rousseff voltou a mostrar sua dificuldade em conviver com o contraditório. O texto aprovado pela cúpula petista tentou diminuir o desempenho do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, na campanha presidencial, da qual saiu com mais de 51 milhões de votos no segundo turno.

Após ser acusado pela resolução petista de ter exaltado o “machismo, racismo, preconceito, ódio e intolerância” durante o pleito, Aécio rebateu em seu primeiro pronunciamento na tribuna do Senado após as eleições. na sua opinião, o PT “tenta carimbar na nossa candidatura características que, na verdade, retratam a própria ação petista”.

“Não, nós não somos isso que querem fazer crer. Somos, na verdade, brasileiros de várias matrizes ideológicas que se, de alguma forma, se juntaram, se encontraram, no mesmo campo político, no mesmo projeto, é porque este era o projeto melhor para o país”, acrescentou.

Antidemocracia

Para o deputado federal Duarte Nogueira, a resolução petista é “o atestado do preconceito e da atitude antidemocrática do partido”. Ele afirmou que “o mandato conquistado nas urnas nada mais é do que a extensão de como se fez a campanha política”.

“Se você fez a campanha mentindo, segregando as pessoas, atuando com preconceitos e, ao mesmo tempo, usando instrumentos ilegais e inadequados, o seu mandato será isso. E, infelizmente, é esse resultado que podemos esperar desse novo mandato da presidente Dilma”, destacou.

Ainda segundo o deputado, “não se faz democracia em uma nação desenvolvida tentando destruir os seus adversários a qualquer custo e ‘fazendo o diabo’. Desenvolve-se mostrando o caminho correto para que as dificuldades possam ser superadas, e não rotulando seus adversários”.

O parlamentar também disse ter convicção de que o povo nunca erra. “A prerrogativa, porém, é que se tenha todos os instrumentos e conhecimento necessários para isso. Infelizmente, o Brasil ainda não conhecia o PT, por isso o elegeu. Com o tempo, e com esse conhecimento vindo à tona, a sociedade ficará mais preparada e não votará mais no PT”, concluiu.

“Só Mais um Slogan”, análise do ITV

Dilma-ABr1-300x206Quando foi eleita em 2010, a principal promessa de Dilma Rousseff foi “erradicar a miséria” no país. Parecia tão imbuída da missão, que a transformou no slogan de seu governo. Infelizmente, não passou disso.

Assim como aconteceu com a maior parte de seus compromissos de campanha, a meta da presidente não apenas não foi cumprida, como, pela primeira vez desde 2004, a situação do país neste quesito piorou.

De acordo com dados da Pnad recém-publicados pelo Ipea, o número de miseráveis no Brasil aumentou em 2013. Somam agora 10,45 milhões de pessoas, ou 4% da população. Eram 10,08 milhões um ano antes, o equivalente a 3,6% dos brasileiros.

Os resultados preliminares haviam circulado extraoficialmente durante o período eleitoral, mas o governo negou-se a confirmá-los. O Ipea fez pior e impediu a divulgação de estudos que atestavam o recuo, sob a alegação de “não afetar o processo eleitoral”. Como consequência, o diretor da área responsável pediu exoneração do cargo.

Em 2010, quando os dados eram favoráveis, não houve censura alguma. Com os petistas, vale a máxima: o que é bom eles divulgam, o que é ruim escondem. Censurar e cercear a liberdade de expressão e de manifestação são marcas indeléveis do petismo.

Na quarta-feira, o governo escalou dois ministros de Estado para negar o óbvio, ou seja, que temos hoje mais gente na miséria do que tínhamos um ano antes. Segundo eles, tudo não passa de “flutuações estatísticas, dentro da margem de erro”. Será?

No quadro geral, o crescimento foi de 3,7%, o que já não é nada desprezível. Nos cortes regionais, contudo, a variação foi muitíssimo mais expressiva. No Centro-Oeste, o número de miseráveis cresceu 29% em um ano; no Sudeste, 17%, segundo o Valor Econômico.

Na classificação petista, miseráveis são todos aqueles cuja renda individual é inferior a R$ 70 por mês, o que não é suficiente nem para uma passagem de ônibus por dia. Se fosse respeitado o critério da ONU, a linha de corte estaria próxima de R$ 90 mensais e o número de miseráveis no país seria ainda maior.

O discurso petista adora dizer que “gente não come PIB”. Mas é possível que não consiga negar que PIB gera emprego e põe comida na mesa das pessoas… O recente aumento da miséria está diretamente ligado ao quadro recessivo que se instalou no Brasil com Dilma.

A principal lição a tirar do episódio é que o país ainda tem muito a fazer pra efetivamente superar a chaga da pobreza – começando por não encará-la apenas como mera insuficiência de renda, como gostam de fazer os governos petistas. Enquanto nada mais sério é feito, mesmo as melhores intenções acabam não passando de slogans vazios.

“Assistimos ao despertar de um novo país: crítico, sem medo e mobilizado”, diz Aécio no plenário do Senado

aecio_plenariosenado_orlandobrito_2-300x200O primeiro discurso do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), no plenário do Senado após as eleições de 2014, nesta quarta-feira (5/11), foi marcado pelo agradecimento aos 51 milhões de brasileiros que confiaram em sua candidatura à Presidência da República. Aécio afirmou que o Brasil assistiu ao despertar de um novo país nas urnas – crítico, sem medo e mobilizado, com voz e convicções.

“Esse é o fato mais marcante, extraordinário e maravilhoso dessas eleições, que a história haverá de registrar: nós assistimos ao despertar de um novo país. Um país sem medo. Um país crítico. Um país mobilizado. Um país com voz e convicções. Um país que não aceita mais o discurso e a propaganda que tenta sempre justificar o injustificável. Que tenta esconder a realidade. O Brasil que saiu das urnas é um novo Brasil, onde os brasileiros descobriram que podem eles próprios ser protagonistas do seu próprio destino”, avaliou.

Aécio destacou que viveu uma das jornadas mais importantes de toda a sua trajetória política, “a mais difícil e desafiadora que um homem com responsabilidade pública pode protagonizar”.

“Estou agradecido e honrado pela manifestação de mais de 51 milhões de brasileiros de todas as nossas regiões, de todos os municípios, de todas as idades e classes sociais, que viram na nossa candidatura a possibilidade de construir um caminho melhor, para mudar de verdade o Brasil”, disse.

Aplaudido pelos parlamentares presentes, o discurso teve vários apartes, entre eles dos senadores Pedro Taques (PDT-MT), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Cyro Miranda (PSDB-GO), Ana Amélia Lemos (PP-RS), Cristovam Buarque (PDT-DF), Magno Malta (PR-ES), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) e Sérgio Petecão (PSD-AC). Ao final do pronunciamento, Aécio foi saudado pelo deputado Beto Albuquerque (PSB-PE), vice-candidato à Presidência da República na chapa de Marina Silva.

Disputa desigual
Aécio destacou que, durante sua campanha, se colocou como alternativa na defesa de um Estado mais eficaz, valorizando a transparência e a meritocracia no serviço público, a retomada de reformas para a modernização da economia, uma agenda de desenvolvimento sustentável, a maior participação do investimento privado na infraestrutura, a manutenção e o avanço dos programas sociais.

“Também me posicionei na firme na defesa de valores que foram aviltados dia após dia. Na busca da recuperação da ética atropelada pelo vale-tudo político, na preservação do interesse público, tão vilipendiado por interesses privados e partidários, e no combate sem tréguas à corrupção, que atinge níveis como nunca antes se viu no país”, ressaltou.

Para Aécio, a disputa presidencial com a atual presidente da República, Dilma Rousseff, foi desigual, “em que os detentores do poder usaram despudoradamente o aparato estatal para se perpetuarem, por mais quatro anos, no comando do país”. “Esta é a verdade. Adotou-se um vale-tudo nunca antes visto na nossa história. Nossos adversários cumpriram o aviso dado ao país, de que nas eleições se pode “fazer o diabo”. E fizeram. Mostraram que não enxergam limites na luta para se manter no poder”, salientou.

“No geral, o que se assistiu foi uma campanha baseada no estímulo ao ódio – um projeto amesquinhado e subordinado ao marketing do medo e da ameaça. Tentaram, a todo custo, dividir o país ao meio, entre pobres e ricos, entre Nordeste e Sudeste, como se não fôssemos um só povo, um só país, uma só esperança de tempos melhores”, lamentou.

Arma dos adversários
O senador acrescentou que a principal arma dos adversários na disputa eleitoral foi a mentira. “Mentiram sobre o passado para desviar a atenção do presente. Mentiram para esconder o que iriam fazer tão logo passasse as eleições. Fomos acusados de propostas que nunca fizemos. Assistimos a reiteradas tentativas de reescrever a história, sempre nos reservando o papel de vilões que jamais fomos, e não somos. No entanto, não demorou muito para que a máscara começasse a cair”, disse.

Aécio lembrou que as insistentes negativas da presidente Dilma Rousseff quanto à alta dos preços e os riscos do crescimento inflacionário caíram por terra quando o Banco Central, apenas três dias após as eleições, elevou os juros para tentar conter o avanço da inflação. “Para a presidente, em sua campanha, elevar os juros era retirar comida do prato dos mais pobres. Pois bem. Se isso era verdade, foi o que ela fez logo que ganhou as eleições: prejudicando os brasileiros mais carentes. E sabia que iria fazer isso”, exemplificou.

Compromissos fundamentais
Em seu discurso, Aécio afirmou que três compromissos fundamentais vão orientar a nova oposição que se estrutura: o compromisso com a liberdade, com a transparência e com a democracia. “Este talvez seja o grande desafio do Brasil do nosso tempo: ser uma nação que garanta direitos dignos dos cidadãos. O Brasil real exige providências efetivas que resgatem os direitos das pessoas à vida, à dignidade. Basta de tanta omissão. Chega de terceirizar responsabilidades e penalizar estados endividados e municípios à beira do colapso financeiro”.

O senador acrescentou ainda que a oposição irá retomar o seu trabalho a partir de já com o ânimo redobrado. “Nossa travessia não terminou. Nós não vamos nos dispersar. Faremos uma oposição incansável, inquebrantável, intransigente na defesa dos interesses dos brasileiros. Vamos fiscalizar, acompanhar, cobrar e denunciar. Vamos combater sem tréguas a corrupção que se instalou no governo brasileiro. E, mesmo sendo minoria no Congresso, vamos lutar para que o país possa avançar nas reformas e nas conquistas que precisamos alcançar”, disse.

E completou: “É hora de olhar para frente. De cuidar do presente, para prover o futuro que o Brasil e os brasileiros merecem ter. A cada brasileiro e a cada brasileira que foi às ruas. Que vestiu as cores da nossa bandeira. Que enfrentou as calúnias e constrangimentos de um exército pago nas redes sociais. Que com alegria e esperança defendeu a mudança, a ética, e a união dos brasileiros. A cada um de vocês, digo em nome dos companheiros da oposição, agora e a cada dia dos próximos anos, estaremos presentes. Vamos em frente, juntos sempre, por um Brasil melhor que o Brasil atual”.

Aliados destacam importância de mobilização e liderança de Aécio

aecioneves-durante-reuniao-psdb-foto-georgegianni8-300x199Brasília (DF) – Na primeira reunião das forças de oposição após as eleições presidenciais deste ano, promovida pelo PSDB nesta quarta-feira (5), representantes de partidos que integraram a Coligação Muda Brasil e outros líderes políticos que apoiaram a candidatura do senador Aécio Neves no segundo turno ressaltaram o fortalecimento garantido pelas urnas ao movimento em favor de mudanças.

Sob o comando do presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, que obteve 51 milhões de votos no segundo turno da disputa presidencial, o evento realizado no auditório Nereu Ramos na Câmara dos Deputados ficou lotado. Aécio fez questão de dividir a cena com seus aliados de oposição, dando a palavra a pelo menos um representante de cada um dos partidos presentes.

O líder do Democratas na Câmara, deputado federal Mendonça Filho (PE), disse que “a oposição deve intensificar sua mobilização”, seguindo o recado dado pelas urnas. Para o democrata, a somatória entre uma atuação forte da oposição no Congresso – como exemplo, ele citou a derrubada do decreto 8.243 que regulamentava a criação de conselhos populares proposto pela presidente Dilma – e a participação efetiva de líderes oposicionistas nas manifestações populares é a chave para que o ambiente de forte politização seja mantido.

Para o líder do DEM, “2018 começa agora”. E acrescentou: “É consenso que Aécio saiu das eleições maior do que entrou. Ele empenhou bandeiras muito boas”, disse.

Já a senadora Ana Amélia (PP-RS), que disputou o governo do Rio Grande do Sul e apoiou desde o primeiro turno a candidatura de Aécio, presidente do PSDB é um político que reúne características de líder e de estadista.

“Aécio é um jovem que conquistou 51 milhões de brasileiros. Ele faz política com o coração e com a razão, o que mostra que ele consegue ser, ao mesmo tempo, um líder e um estadista. Ele carrega a emoção de todos os que estão ao seu lado”, declarou.

Apoio

O presidente nacional do Solidariedade, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (SP), lembrou um episódio da campanha presidencial que, segundo ele, retrata a diferença que há entre o apoio popular autêntico recebido pelas candidaturas de Aécio Neves e da petista Dilma Rousseff.

“Nosso primeiro ato de campanha foi em uma fábrica na cidade de São Paulo. Lá, o Aécio foi carregado nos braços pelos trabalhadores, tamanha a aceitação às suas propostas. No começo da campanha nós tínhamos que correr atrás dos trabalhadores; depois, eles que nos procuravam para saber o que tínhamos a dizer. O PT, por sua vez, fez discursos esvaziados nas portas de fábricas, já que as pessoas não queriam ouvir os líderes deles”, disse.

Segundo Paulinho, Aécio trouxe de volta esperança aos brasileiros. O deputado acrescentou que, entre os objetivos das oposições, está o de cobrar que Dilma Rousseff cumpra suas promessas de campanha: “Vamos ver se ela consegue fazer a economia crescer e se apresenta uma proposta concreta para o fator previdenciário”.

Momento histórico

O vice-governador eleito de Pernambuco, Raul Henry (PMDB), elogiou a postura de Aécio Neves durante a campanha presidencial e destacou que o tucano defendeu o legado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que governou o Brasil entre 1995 e 2002 e foi o responsável pela criação de bases que ajudaram na modernização do país.

“Nós temos o privilégio de termos você para liderar um grupo de pessoas que quer mudança no país”, declarou.

Na avaliação do presidente nacional do PPS, o deputado federal Roberto Freire (SP), a união das oposições que se vê atualmente no Brasil é um momento histórico.

“Nós demos voz à indignação das ruas. Somos uma oposição democrática que surge de uma eleição renhida, e que emerge com força e com perspectivas históricas duradouras. Vamos derrotar o PT na luta democrática”, disse.

A defesa da democracia também foi apontada como prioridade pelo candidato do PSC à Presidência da República, Pastor Everaldo, identificado por Aécio Neves como “alguém que sensibilizou e que falou a todo o Brasil sobre a necessidade de mudança”.

“Nós acreditamos na força do povo brasileiro e na capacidade de construirmos um país melhor do que o que está aqui. Vamos, sempre dentro da democracia”, ressaltou.