“Preconceito racial no Brasil faz parte da sua História”, diz ainda presidente do secretariado
Nesta sexta-feira, 21 de março, comemora-se o Dia Internacional de Combate à Discriminação Racial. O presidente do Tucanafro-MS, jornalista Rafael Domingos, aproveitou a ocasião para alertar contra o que chamou de preconceito “sutil” que vigora na sociedade brasileira.
“No Brasil, costuma-se acreditar em um convívio racial harmonioso, acredita-se, inclusive, que em nosso País não existe distinção de raças devido à mestiçagem. Mas não é bem assim, no dia a dia podemos notar, sem consulta a qualquer pesquisa ou dado estatístico, que a maioria dos pobres é negra, e que isso não se trata de mera coincidência”, avaliou Rafael.
O presidente do secretariado disse ainda que a discriminação se revela, muitas vezes, em atitudes inconscientes, manifesta-se em pequenos gestos como perguntar “como uma menina tão branquinha namora essa negão”, exemplificou. Rafael disse ainda que termos coloquiais como “crioulo” ou “macaco” quando se fala de negros também denotam racismo.
“O preconceito racial no Brasil faz parte da sua história, do seu passado escravista a uma abolição que pouco modificou a situação dos negros da época, que se reflete até hoje na permanência dos negros nas funções subalternas”, critica ele.
Dia de Combate – A data foi instituída pela ONU (Organização das Nações Unidas) em memória do Massacre de Shaperville, ocorrido em Joanesburgo (África do Sul), em 1960. Na ocasião, o exército atirou e matou 69 pessoas e deixou outros 186 feridos em resposta a um protesto.
O PSDB, como forma de propor ações e políticas públicas em prol da igualdade racial e combate à discriminação, atua através de secretariados setoriais, nesse caso específico, pelo Tucanafro. O secretariado existe no âmbito partidário em nível nacional, estadual e municipal. Em Mato Grosso do Sul, o Tucanafro atua há quase um ano.