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Doações

“Siga o Dinheiro”, análise do ITV

petrobras1Começam a surgir evidências bastante robustas de que a prática que parecia ter tido seu ápice no mensalão está mais viva do que nunca no PT. O uso de dinheiro sujo para financiar campanhas e, assim, garantir a permanência do partido no poder agora tem nota fiscal e recibo oficial. O que mudou foi a escala: agora, tudo é na casa dos bilhões.

Novos depoimentos de investigados na Operação Lava Jato indicam que parte da propina decorrente de contratos firmados por empreiteiras com a Petrobras era paga na forma de doações oficiais ao PT. O valor era definido como percentual dos montantes contratados pela estatal. Tudo na ponta do lápis e das planilhas.

Há pelo menos R$ 3,6 milhões em doações desta natureza de uma das investigadas, a Toyo Setal, registradas entre 2008 e 2011 ao partido. A maior parcela entrou nos cofres do PT às vésperas da eleição em que Dilma Rousseff venceu José Serra e tornou-se presidente. Dos cofres do diretório nacional do PT saíram, por sua vez, R$ 21 milhões para a campanha dilmista de 2010. É onde pode estar o rastro de ilegalidade que chegaria aos dias atuais.

As contas da campanha petista encerrada em outubro último também estão eivadas de suspeitas. Há gastos não declarados, como pagamentos a blogs aliados, e contas maquiadas, como as referentes a remessas de correspondências pelos Correios sem o devido registro.

É espantoso, ainda que não surpreendente, como os cofres do PT vivem aos borbotões desde a ascensão de Lula ao poder. Neste ano, o partido fez a mais cara campanha eleitoral da história e uma das mais custosas de que se tem notícia em todo o mundo: previa gastar R$ 298 milhões, gastou mais ainda (R$ 318 milhões) e mesmo assim sobrou dinheiro.

Recorde-se que o PT já entrou no ano eleitoral com as burras lotadas. Apenas em 2013, ano sem eleições, arrecadou oficialmente R$ 79,8 milhões, dos quais 75% vieram de empreiteiras. É mais que tudo o que a campanha de Eduardo Campos e Marina Silva conseguiu reunir nesta eleição.

Nos estados, novamente as campanhas petistas foram as mais ricas, a começar pela que elegeu Fernando Pimentel governador de Minas. Foram R$ 52,2 milhões, sem falar nas malas de dinheiro que, ainda na campanha, a polícia apreendeu com assessores dele. O preferido das empresas investigadas pela Lava Jato foi o petista Rui Costa, eleito na Bahia.

Até aqui se diz que as falcatruas em torno dos negócios da Petrobras podem ter girado R$ 10 bilhões. Estimativas sugerem que uns R$ 2 bilhões podem ter ido parar nos cofres do PT. São muitos os depoimentos colhidos pela PF até agora apontando na mesma direção.

Resta seguir as pegadas deixadas pelo dinheiro sujo de lama para ver onde ele foi parar. Crescem as chances de a dinheirama roubada do povo brasileiro ter chegado aos mais altos degraus da hierarquia de poder. Que as investigações avancem para que aqueles que devem paguem por isso. Custe isso o que custar, a quem custar.

Propina paga em ‘doações oficiais ao PT’ aproxima Petrolão de Dilma

dilma_diplomatas-300x198Brasília – A presidente Dilma Rousseff pode entrar na rota das investigações do chamado Petrolão após as revelações feitas pelo executivo Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, da Toyo Setal, que em delação premiada na Operação Lava Jato admitiu que parte do pagamento da propina para o ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras Renato Duque foi feita por “doações oficiais ao Partido dos Trabalhadores”. Essa é avaliação feita pelos líderes do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy, e no Senado, Aloysio Nunes.

“Isso abre um flanco na carapuça que a presidente tentou construir em torno dela”, destacou Aloysio. “É um fato de enorme gravidade. Na medida que as investigações avançam, mais esses crimes se aproximam do Palácio do Planalto”, acrescentou Imbassahy, lembrando que a petista ocupou anteriormente os cargos de ministra de Minas e Energia, ministra da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras.

“As declarações de Aécio Neves, de que foi derrotado nas eleições presidenciais por uma organização criminosa, ficam comprovadas”, acrescentou Imbassahy.

Para Aloysio Nunes, a revelações feitas pelo executivo da Toyo Setal prejudicam a imagem da presidente da República: “Essa denúncia fragiliza muito a posição da presidente Dilma. É uma impressão digital colocada na contabilidade do PT, que alimentou sua campanha”. O senador pediu também que as investigações sejam levadas “às últimas consequências”.

A opinião é endossada por Imbassahy. Segundo o deputado, não faz sentido acreditar que Dilma não sabia de nada: “Pode-se até dar um crédito de que ela não sabia de toda a extensão do esquema. Mas nenhum brasileiro com discernimento vai crer que ela não sabia de nada”.

Na avaliação de Imbassahy, após a deflagração do esquema do mensalão, a Petrobras tornou-se um refúgio dos petistas para a corrupção. “O PT identificou a Petrobras como uma fonte inesgotável de recursos e, pela imagem positiva da empresa, a consideraram inexpugnável a investigações”, destacou.

Ainda de acordo com a delação premiada de Mendonça Neto, as empresas responsáveis pelas doações ao PT foram a Setec Tecnologia e a PEM Engenharia, entre 2008 e 2011. O jornal Folha de São Paulo, em reportagem publicada nesta quarta-feira (03/12), localizou, na prestação de contas enviada pelo Diretório Nacional do PT à Justiça Eleitoral em 2010, doações de R$ 1 milhão em nome de duas empresas – a PEM doou R$ 500 mil em abril daquele ano e a Setec, R$ 500 mil em junho, às vésperas da eleição.

Empresas citadas no esquema da Petrobras financiam campanha de Delcídio do PT e do vice Londres Machado

Empresas envolvidas no escândalo da Petrobras e investigadas pela Polícia Federal sustentam a campanha de Delcídio do PT para o governo do Estado, cujo candidato a vice é Londres Machado. Dos R$ 10,5 milhões arrecadados pelo candidato até o momento, R$ 8,2 milhões vieram de empresas com contratos com a estatal ou que estão sendo investigadas no esquema de propina que eclodiu na Operação Lava Jato.

As quatro maiores doadoras da campanha de Delcídio estão nessa condição. A Construtora Andrade Gutierrez doou ao petista, conforme prestação de contas, R$ 2,85 milhões, maior valor da relação de doadoras ao candidato. A UTC Engenharia, outra investigada pela PF, é a segunda maior doadora da campanha do petista: R$ 2.327.500,00.

Nas mesmas condições, a empreiteira OAS doou R$ 622,500,00 ao petista. Já a Construtora Triunfo doou diretamente à campanha de Delcídio R$ 1 milhão.

As empresas estão envolvidas no escândalo de corrupção pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que se submeteu às condições de delação premiada para redução da pena. O ex-diretor foi preso em junho pela PF.

Os nomes de empresas, governadores, senadores, ministro e deputados federais começaram a vir à tona no final de semana em reportagem da revista Veja. O assunto poderá ser retomado com mais detalhes na próxima edição da revista.

Mensalão 2

Conforme noticiado pela mídia nacional, as empresas, como a UTC, fechavam contrato com a Petrobras pagando 3% de propina a políticos. O diretório nacional do PT é o partido que mais se beneficiou do esquema, que está sendo chamado “Mensalão 2”, e pode ter lesado os cofres públicos em R$ 10 bilhões.

 

Assessoria de Imprensa Reinaldo Azambuja

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