O senador Ruben Figueiró (PSDB-MS) reclamou da diferença gritante dos preços das passagens aéreas para um mesmo voo, dependendo da data da compra. Em audiência pública sobre turismo, realizada pela Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo, nesta quarta-feira (18), ele questionou o presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas, Eduardo Sanovicz. “Se você compra a passagem com um mês de antecedência, ela custa X, uma semana depois, custa 2X e faltando dois dias para a viagem, custa 10X! Essa reclamação, o faço não por mim, mas por todos os usuários de voos das empresas que cruzam o território nacional, em todos os sentidos”, reclamou.
O senador ficou insatisfeito com a resposta de Sanovicz e afirmou que os voos que pega sempre saem lotados, portanto não haveria justificativa para o preço exorbitante.
Sanocicz defendeu a redução da carga tributária sobre a aviação como condição para crescimento do turismo doméstico, sendo apoiado por Márcio Santiago de Oliveira, vice-presidente da Confederação Brasileira de Convention & Visitors Bureaux.
Greve
Rubem Figueiró ainda manifestou preocupação com a possibilidade de greve de aeronautas e aeroviários na semana do Natal, conforme tem sido divulgado pela imprensa. O sindicato da categoria ainda não chegou a acordo com as empresas aéreas sobre o índice de reajuste salarial, mas Eduardo Sanovicz se disse confiante nas negociações e acredita que a greve será evitada.
Mato Grosso do Sul
O senador Ruben Figueiró questionou o baixo investimento da Embratur em Mato Grosso do Sul. O Estado recebe apenas 1,6% dos gastos com turismo doméstico feitos no Brasil, apesar do seu alto potencial turístico, com o Pantanal, Bonito, etc. Ele ainda perguntou ao presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas sobre a possibilidade de criar novas rotas que facilitem o acesso às atrações turísticas do Estado.
Cortes em ano de Copa
O presidente da Embratur, Flávio Dino, lamentou o corte de R$ 30 milhões nos recursos destinados à Embratur no Orçamento da União para 2014, aprovado pelo Congresso. Segundo ele, o corte poderá comprometer as ações de fidelização dos turistas que visitarão o país no ano da Copa do Mundo.
“Se não formos competentes no receptivo, na infraestrutura e nas ações promocionais, os megaeventos ficarão, do ponto de vista histórico, como uma espécie de ato que não conseguiu se confirmar no momento seguinte”.
Na audiência pública ainda foi discutido projeto que amplia as funções da Embratur. Atualmente, o órgão responde pela promoção do país no exterior, ficando com o Ministério do Turismo políticas e programas para o turismo em território nacional. Pela proposta, a Embratur seria transformada em Agência de Promoção do Turismo Brasileiro e agregaria o conjunto de ações do setor, no Brasil e no exterior.
(Da assessoria de imprensa do senador)