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Rinaldo Modesto reforça que ainda é prematuro discutir eleições em MS

Parlamentar reitera importância do Pensando MS para elaborar proposta tucana de governo

rinaldo_modesto_foto_giuliano_lopes“Temos que acabar com este vício de futurologia e de ‘achismos’ de candidaturas e coligações. O povo quer saber de projetos com seus interesses. O povo não saiu às ruas para as coisas continuarem como estão. Desde as últimas eleições o PSDB vem ao encontro destes anseios clamados nas ruas porque nós ouvimos as pessoas”, afirmou o deputado estadual Rinaldo Modesto (PSDB-MS).

O parlamentar comentava os pontos de vista defendidos pelo deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB-MS), em artigo publicado hoje (27/8) na imprensa de Campo Grande. Azambuja manifestou posição de que a antecipação do debate eleitoral é nociva à sociedade.

“Nos últimos dias constatamos a existência de um surto especulativo em torno de candidaturas apressadas, de supostas estratégias eleitorais encaminhadas, de alianças partidárias imaginárias, como se isso fosse a essência da política, num grave descuido com os temas que afligem as pessoas no dia a dia”, diz Azambuja.

Rinaldo concorda com a perspectiva do seu correligionário. O deputado estadual também faz coro à importância para Mato Grosso do Sul do projeto Pensando MS, que está sendo executado pelo PSDB, com o objetivo de buscar subsídios para elaboração de uma proposta de governo para o Estado.

“O Pensando MS busca base e propostas feitas pelo povo atendendo os anseios cotidianos. Com o Pensando MS, estamos percorrendo as cidades do Mato Grosso do Sul para elaborar um projeto político sem antecipação, estamos escrevendo as propostas junto com a população de cada município sul-mato-grossense porque política se faz com o povo”, afirmou Rinaldo.

No artigo, quanto ao Pensando MS, Azambuja diz: “Queremos ouvir, discutir, compreender as diferenças regionais, conhecer os olhares diferenciados, a diversidade de pensamento e de cultura, os enfoques econômicos, empresariais – enfim, queremos saber quais são as reais expectativas da sociedade em relação ao futuro e como podemos construir um Estado que emane da vontade geral e não de alguns iluminados”.

 

Com assessoria de imprensa do deputado Rinaldo Modesto

“Política é projeto e não jogada eleitoral”, por Reinaldo Azambuja

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Foto: Alexssandro Loyola

Reinaldo Azambuja*

O processo que antecipou o calendário eleitoral no País não está sendo um bom negócio para a sociedade. Nos últimos dias constatamos a existência de um surto especulativo em torno de candidaturas apressadas, de supostas estratégias eleitorais encaminhadas, de alianças partidárias imaginárias, como se isso fosse a essência da política, num grave descuido com os temas que afligem as pessoas no dia a dia. A população está pedindo uma coisa nas ruas – decência, melhores serviços públicos, mais saúde e educação – e a classe política está oferecendo em contrapartida “joguinhos” eleitorais. Isso certamente está mais do que equivocado.

Por mais que declaremos que eleição é um assunto para ser tratado com maior vigor a partir de meados do próximo ano, muitos preferem dar uma relevância à questão como se a eleição do próximo presidente da república, dos governadores, de senadores, de deputados federais e estaduais fosse acontecer nos próximos 30 dias. Com isso bagunçam-se orçamentos, lançam-se pacotes de obras meramente pirotécnicos e prejudicam a economia do País, adiantando gastos e desequilibrando as contas públicas. Os efeitos só serão sentidos depois, a partir de 2015, com crises e escândalos de corrupção, configurando-se assim um eterno estelionato eleitoral.

De minha parte, prefiro ser cauteloso em relação a este jogo, mesmo que haja forte e clara tentativa de acelerar o tempo por meio de divulgação de pesquisas de opinião. Não vejo seriedade em simulação quantitativa de candidaturas nesse momento.

Já vimos várias vezes esse filme. Caciques partidários lançam candidatos “fictícios” para depois suprimi-los de maneira humilhante, alegando que as “pesquisas” não o apontaram como o escolhido.

Estou ciente de que os novos tempos querem outra coisa. Estou mais preocupado em formular um projeto de futuro para o Estado do que ficar debatendo nomes. A fulanização da política carrega um mal em si: embaçam a nobreza da atividade, permitindo que seja relegado ao segundo plano o debate de propostas e projetos.
Por isso tenho defendido nas hostes de meu partido, o PSDB, e nos encontros que tenho mantido com lideranças da sociedade organizada, que o momento é o da discussão de projeto. Nossa proposta vem sendo concretizada por intermédio do “Pensando Mato Grosso do Sul”. Estamos realizando encontros com os mais diversos segmentos sociais para ouvir demandas, apontar propostas, discutir soluções, num gesto sincero e pleno de querer se inserir e conhecer a realidade de Mato Grosso do Sul.

Esse é o nosso caminho. Queremos ouvir, discutir, compreender as diferenças regionais, conhecer os olhares diferenciados, a diversidade de pensamento e de cultura, os enfoques econômicos, empresariais – enfim, queremos saber quais são as reais expectativas da sociedade em relação ao futuro e como podemos construir um Estado que emane da vontade geral e não de alguns iluminados.

Por isso estamos percorrendo os municípios do Estado. Não é nossa prioridade construir candidaturas. Queremos ouvir a população e compreender seus anseios. Assim, pretendemos elaborar um projeto de gestão com bases sólidas, abandonando a política de improvisações e de “achismos” que tem caracterizado governos autoritários que acreditam que pacotes podem iludir homens e mulheres de bem. Estamos propondo uma inversão da pauta: a hora é de elaborar um grande projeto para mudar de fato o Mato Grosso do Sul. O jogo eleitoral deve ficar para o ano que vem.

 

*Deputado Federal do PSDB de Mato Grosso do Sul

“Ainda sobre representação política e participação direta”, Marcus Pestana

Marcus-Pestana-foto-George-Gianni-300x200As recentes manifestações de rua tiveram profundo impacto na política brasileira e abalaram o status quo. As eleições de 2014, que as forças dominantes tinham como resolvida, se configuram como um quadro totalmente aberto. As ruas foram esvaziadas, mas há um sentimento geral de que a qualquer problema relevante ou mesmo na Copa do Mundo serão retomadas.

Nas últimas semanas, houve dezenas de pequenas manifestações de grupos radicalizados, por vezes com viés extremamente autoritário. As movimentações de junho foram difusas, contraditórias e não possuíam horizonte estratégico claro. Por sua própria natureza, não houve a institucionalização de lideranças que pudessem falar em nome do conjunto. As minorias que permaneceram mobilizadas vocalizam forte sentimento antipartidos, contra o Estado e suas instituições. Expressões como “assembleia popular horizontal”, “fora do eixo”, coletivo popular expressam um desejo, que não é novo, de uma democracia direta exercida sem mediações institucionais.

Os anarquistas perseguiam uma sociedade sem Estado, a utopia marxista imaginava a supressão do Estado após a transição socialista, os liberais sempre defenderam o Estado mínimo. A democracia representativa nasceu exatamente diante da impossibilidade de governar sociedades complexas de forma direta. Mas a partir do final do século 20, com a emergência da chamada sociedade pós-moderna – fragmentada, múltipla em seus interesses, com a organização autônoma de movimentos diversos –, a democracia representativa vive uma crise crônica de legitimidade. As redes sociais temperaram esse quadro com a possibilidade de forte participação à margem das instituições.

Portanto, o descolamento relativo do poder e dos partidos políticos do sentimento da população não é privilégio do Brasil. As ruas tomaram emprestado dos “Indignados” espanhóis o lema “vocês não nos representam”. Há indiretamente aí um clamor por uma profunda reforma política e, principalmente, uma mudança cultural, de atitude, de forma e conteúdo, na ação de partidos, autoridades, lideranças.

Precisamos aprofundar, no Brasil, a discussão sobre como rechear nossa democracia representativa com elementos radicais de transparência e participação direta. Os movimentos de massa difusos e sem institucionalização podem contestar e até demolir o poder constituído. Mas por si são incapazes de erguer alternativas para governar os rumos da sociedade.

Há experiências cheias de elementos para a reflexão, como a do comediante, blogueiro e ativista italiano Beppe Grillo e seu Movimento 5 Estrelas, que com uma plataforma entre o populismo e o anarquismo, confrontou lideranças tradicionais como Bersani e o seu PD e Berlusconi e seus aliados, alcançando 25% dos votos nas eleições de fevereiro de 2013.

A tarefa coletiva é canalizar a energia das ruas para o fortalecimento e modernização de nossa democracia, como ferramenta de avanço social e econômico do país.

 

Publicado no jornal O Tempo – 19-08-13

Datafolha: Aécio é o preferido de 32% entre eleitores que conhecem os pré-candidatos

IMG_0905-300x200Brasília – Quem conhece Aécio Neves, escolhe Aécio Neves. Esta é a conclusão dos números da última pesquisa Datafolha divulgados nesta terça-feira (13) pela Folha de S.Paulo.

O resultado do Datafolha indica que o senador mineiro e presidente nacional do PSDB mais do que dobra o percentual de intenções de votos considerando os eleitores que dizem conhecer muito bem os pré-candidatos: as intenções de voto em Aécio pulam de 12% para 32%.

O crescimento de Aécio entre esses eleitores é maior do que o da presidente Dilma Rousseff e o de Marina Silva.

O resultado do levantamento sinaliza que o partido está no rumo certo da construção do projeto presidencial de 2014, avalia o deputado federal Marcus Pestana, presidente do diretório do PSDB-MG.

“Mesmo sem ter um elevado grau de conhecimento no Brasil, o presidente nacional do PSDB registrou um crescimento expressivo de intenções de votos de um ano para cá”, observa Pestana.

E acrescenta: “Aécio Neves é extremamente conhecido e o maior líder de Minas nas últimas décadas. No entanto, nunca disputou eleição nacional, coisa que Marina e Dilma já fizeram. Portanto, ambas têm nível de conhecimento muito maior”.

Para o deputado, o importante é que uma eleição que o PT dava como resolvida transformou-se em uma eleição aberta: “O PSDB está unido. Esses dados mostram todo o potencial da candidatura de Aécio Neves”, disse.

O tucano acredita que o nível de conhecimento dos candidatos só será definitivamente equiparado após o início oficial da campanha, no ano que vem: “Há uma precipitação enorme na análise das pesquisas. Estamos a um ano e dois meses da eleição, e o eleitor, em sua maioria, só forma o quadro comparativo necessário para a decisão de voto após o horário eleitoral na TV, onde as oportunidades no principal veículo de comunicação são democratizadas”, pondera.

Sensus

Os dados do Datafolha confirmam o que a pesquisa do Instituto Sensus já havia constatado na semana passada. Entre os eleitores que conhecem os quatro principais pré-candidatos em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, Aécio lidera com 27,9% das intenções de votos, bem à frente da presidente Dilma Rousseff, que alcançou 21,3%.

“Governabilidade”, artigo de Aécio Neves na Folha de S. Paulo

Aecio-0905-300x199Por incrível que pareça, o maior problema que a presidente Dilma Rousseff enfrenta não está nas manifestações de rua, na queda da popularidade ou nas vaias em eventos. Quem se dedica à vida pública sabe que faz parte da democracia enfrentar adversidades como essas, por mais constrangedoras que sejam.

A grande dificuldade vem do seu próprio partido, o PT. Nunca antes na trajetória de um chefe de nação foi tão oportuno invocar a máxima segundo a qual quem tem determinado tipo de amigos, não precisa de inimigos.

Em fevereiro, com nada menos que 20 meses de antecedência em relação ao pleito de 2014, o PT lançou a candidatura da atual presidente e colocou em marcha, sem disfarce, sua campanha eleitoral, forçando o governo a escolher entre a lógica da reeleição e os interesses do país.

O marqueteiro ganhou funções de primeiro ministro, com poder para decidir prioridades capazes de fortalecer a imagem da candidata. A agenda de viagens da presidente passou a ser ditada pelas conveniências da afirmação regional de sua imagem. Multiplicou-se a formação de cadeia nacional de TV, substituindo-se, sem qualquer pudor, o horário político gratuito do TSE.

Imaginando que venceria por WO, o PT acabou atropelado pela força da realidade. Quando as pesquisas indicaram a queda brutal da intenção de voto na candidata, a legenda atirou o seu nome aos leões, ensaiando o coro pela volta do ex-presidente Lula à disputa, enquanto sua base de apoio a tudo assiste sem esboçar qualquer gesto de solidariedade.

Escolher um candidato é sempre prerrogativa de um partido ou das alianças que se formam. Entretanto, ao retirar o tapete sob os pés da presidente, movido pelas conveniências da conjuntura, o PT, na verdade, contribui para debilitar ainda mais a sua gestão, com graves riscos para a governança. O que é um assunto aparentemente doméstico do PT passa a ser, portanto, uma preocupação de todos.

A presidente não pode ser diariamente desafiada a demonstrar a viabilidade do seu nome para 2014. Ou ser instada a priorizar uma agenda meramente eleitoral, quando o país espera o combate à inflação e ao baixo crescimento e soluções para a extensa pauta de reivindicações no campo dos serviços públicos em áreas essenciais. Muitas das medidas necessárias talvez não atendam aos interesses políticos do seu partido ou à lógica do seu marketing pessoal, mas são fundamentais para o país e não podem mais ser retardadas.

Se é legítimo que a sociedade cobre soluções para os problemas brasileiros, é igualmente fundamental que não percamos de vista o que é de fato prioritário.

Não vamos nos enganar: não há nada que esteja muito ruim que não possa piorar.

 

Aécio Neves é senador pelo PSDB-MG. Foi governador de Minas Gerais entre 2003 e 2010. É formado em economia pela PUC-MG. Escreve às segundas-feiras na página A2 da versão impressa.