PSDB – MS

Escândalo

Coligação Novo Tempo desafia Delcídio do PT a provar que não está sendo investigado por corrupção

Em carta “MS contra a Corrupção”, partidos cobram esclarecimento de candidato do PT sobre investigações e ações junto ao STF, PF e PGR

16-09 Campo Grande/MSDiante da forma como o candidato do PT, Delcídio do Amaral, colocou o nome do Estado de Mato Grosso do Sul no centro do escândalo da “Máfia da Petrobras”, noticiado pela grande imprensa nacional, representantes dos seis partidos da Coligação Novo Tempo (PSDB, PPS, DEM, PSD, PMN e Solidariedade) apresentaram nesta terça-feira (16) a carta “MS contra a Corrupção”. Entre as ações cobradas para que o petista explique definitivamente seu envolvimento, a coligação “desafiou” Delcídio a esclarecer ao povo se está ou não sendo investigado ou responde ações junto a órgãos federais, como a Polícia Federal, a Procuradoria Geral da República (PGR) e o Supremo Tribunal Federal (STF).

“Apelamos às mesmas instituições, como o Supremo Tribunal Federal, a Procuradoria Geral da República, a Polícia Federal, entre outras, para que informem sobre candidatos em processo de investigação  e a natureza das acusações em curso, elementos fundamentais para que o eleitor vote com autonomia e consciência em 5 de outubro próximo. Por fim, lançamos aqui um desafio ao candidato do PT, Delcídio do Amaral, para que venha a público e esclareça definitivamente e sem subterfúgios se está sendo investigado ou não pelas instituições citadas acima”, traz o documento.

Silêncio inaceitável

Para o presidente estadual do PPS, Athayde Nery, é inaceitável o “silêncio” de Delcídio e sua tática de transformar seu envolvimento no escândalo nacional numa questão da política regional. “Não aceitaremos mais nenhum dia em que candidatos suspeitos e cobrados nacionalmente usem o nome do Estado de Mato Grosso do Sul e de seu povo para encobrir a lama de seus próprios atos”, disse.

Depoimento de um ex-diretor da Petrobras à Polícia Federal revela que Delcídio do PT foi beneficiário de um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 10 bilhões, em oito anos. Segundo a revista IstoÉ, o petista obteve quase R$ 6 milhões para a sua campanha  eleitoral de empresas que superfaturavam em 3% o valor dos contratos com a Petrobras.

16-09 Campo Grande/MSAto contra corrupção

Em razão das denúncias de participação do petista no esquema bilionário, a coligação vai realizar em Campo Grande, nesta quarta-feira (17), o “Ato contra a Corrupção”. Os partidos vão protocolar junto ao Ministério Público Federal pedido para que os atos do senador do PT sejam investigados. A concentração será, a partir das 15h, na avenida Afonso Pena, esquina com a rua Espírito Santo, no Centro da capital.

“Estamos em um momento que exige uma tomada de decisão de repúdio à corrupção em Mato Grosso do Sul, até em respeito aos que saíram às ruas nas manifestações de junho de 2013 para pedir mudanças na política”, disse Athayde Nery.

Credibilidade para governar

O presidente regional do DEM, Luiz Henrique Mandetta, entende que a investigação dos fatos durante o processo eleitoral serve para esclarecer o eleitorado e evitar que um candidato  suspeito de corrupção governe o Estado.

“Mato Grosso do Sul precisa eleger um governador que tenha credibilidade para atrair investimentos para gerar emprego e renda para a população”, afirmou Mandetta.

“E tomara, para bem de nosso Estado, que a gente consiga falar de Mato Grosso do Sul pela nossa cultura, pela nossa música, pela chipa, pelo tereré e que a gente coma churrasco com mandioca, e não que a gente coloque mais uma vez Mato Grosso do Sul na agenda negativa, por envolvimento dos nossos representantes com esse tipo de problema”, completou Mandetta.

Também participaram da coletiva o presidente estadual do PMN, Máximo Brasil, o presidente municipal do PSDB, Carlos Alberto de Assis, o secretário-geral do Solidariedade, Adauto Cândido de Almeida, e o vice-presidente do PSD de Campo Grande, Roberto Lastória.

 

Carta “MS CONTRA A CORRUPÇÃO”

Ao povo de Mato Grosso do Sul.

Neste momento em que se avizinham as eleições gerais no país, o povo de Mato Grosso do Sul exige respostas e explicações daqueles que vêm sendo apontados,  pelos grandes veículos da imprensa nacional, como parte do maior escândalo de corrupção da história do Brasil, a Máfia da Petrobras, que envolve uma operação suja de desvio de dinheiro para financiar a base aliada dos governos do PT, com superfaturamento e pagamentos de propina.

Há meses, o escândalo está em processo de investigação por parte da Polícia Federal, Ministério Público, Judiciário e Comissões Parlamentares de Inquérito. E nem de longe se restringe a uma disputa eleitoral, como a covardia e a sordidez de alguns envolvidos tentam pregar como uma mentira dita mil vezes, na tentativa de que um dia se torne verdade.

É imprescindível esclarecer a opinião pública e lançar luz  sobre  as graves acusações envolvendo postulantes a cargos públicos no Estado e as suspeições e acusações que pesam sobre eles.

No caso do senador Delcídio do Amaral, candidato do PT, já ficou provado que recebeu, no mínimo, R$ 5.700.000,00 de empresas envolvidas no esquema da Máfia da Petrobras. Dinheiro público que deveria estar sendo usado na saúde, na segurança, na educação e na melhoria da qualidade de vida dos sul-mato-grossenses e brasileiros.

Neste sentido, cobramos que os acusados saiam do vergonhoso silêncio. Rechaçamos ainda as reiteradas tentativas de substituir os necessários esclarecimentos por manobras diversionistas, baixas e afeitas ao jogo da velha política, que visam exclusivamente alçar os que estão sob grave suspeição à posição de vítimas do processo político.

É inadmissível que suspeitos, como o senador Delcídio do Amaral do PT, joguem sobre o povo de Mato Grosso do Sul e sobre seus adversários políticos locais as suas próprias culpas por manchar o nome do estado e de seus moradores em nível nacional.

Da mesma forma, condenamos e denunciamos a manobra de ater o fato do envolvimento com o escândalo apenas a uma ação isolada dos dias próximos, não menos grave do que todo o processo de investigação, denúncias embasadas em fatos e respectivo silêncio usado como cortina de fumaça há quase um ano.

Em defesa da transparência e da democracia, apelamos ao espírito público e à responsabilidade das instituições legalmente constituídas para que informem sobre as eventuais condenações de candidatos, em qualquer instância, e o objeto que as motivaram.

Da mesma forma, apelamos às mesmas instituições, como o Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria Geral da República (PGR), a Polícia Federal, entre outras, para que informem sobre candidatos em processo de investigação e a natureza das acusações em curso, elementos fundamentais para que o eleitor vote com autonomia e consciência em 5 de outubro próximo.

Por fim, lançamos aqui um desafio ao candidato do PT, Delcídio do Amaral, para que venha a público e esclareça definitivamente e sem subterfúgios se está sendo investigado ou não pelas instituições citadas acima.

Sendo assim, rechaçamos e não aceitaremos mais nenhum dia em que candidatos suspeitos e cobrados nacionalmente usem o nome do Estado de Mato Grosso do Sul e de seu povo para encobrir a lama de seus próprios atos.

 

Coligação Novo Tempo (PSDB, PSD, PPS, DEM, PMN e Solidariedade)

Campo Grande, 16 de setembro de 2014.

 

Fotos: Alexandre C. Mota

Assessoria de Imprensa Reinaldo Azambuja

(67) 3026-3187

Mensalão: Maior escândalo de corrupção da história recente da política veio à tona em 2005

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José Dirceu foi o chefe do esquema, segundo PGR

Brasília – De acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da República, o PT montou um esquema de pagamento de propina para deputados na Câmara em troca de apoio aos projetos de interesse dos petistas no Congresso. Ainda de acordo com a Procuradoria-Geral da República, o mensalão foi arquitetado entre as paredes do Palácio do Planalto.

O mensalão do PT colocou no banco dos réus 38 pessoas, entre elas José Dirceu, ex-chefe da Casa Civil no governo Lula, apontado como chefe da quadrilha, José Genoíno, ex-presidente do PT, e Delúbio Soares, ex-tesoureiro do partido.

Sete anos após a denúncia, em agosto de 2012, o Supremo Tribunal Federal (STF) começou o julgamento, que acabou se tornando o mais longo na história da corte.

Os acusados foram julgados por crimes de corrupção ativa e passiva, evasão de divisas, formação de quadrilha, gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e peculato.

Após quatro meses e meio de julgamento, foram condenados 25 dos 38 réus.

O STF entendeu que houve um esquema de compra de votos de parlamentares no Congresso durante os primeiros anos do governo Lula, financiado por meio de desvio de dinheiro público e contratos que envolviam a Câmara, o Banco do Brasil, o Banco Rural e empresas de propaganda.

Entre os condenados: José Dirceu, braço-direito de Lula, José Genoino, ex-presidente do PT, João Paulo Cunha, deputado federal do PT e Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT.

Mesmo condenados pelo STF, os réus ainda não foram presos.

Alguns deles, como os petistas José Genoino e João Paulo Cunha, continuam ocupando cargos de deputado federal na Câmara.

O julgamento entrou na fase de análise dos recursos. A expectativa é que essa nova etapa dure, pelo menos, 30 dias.