Brasília (DF) – Uma lista feita pelo Federal Reserve (FED), o Banco Central dos Estados Unidos, comprovou que existem motivos de sobra para a crescente preocupação do mercado internacional com a economia brasileira. Segundo a instituição, de um ranking de 15 nações, o Brasil aparece como a segunda economia emergente mais vulnerável a choques externos, atrás apenas da Turquia. As informações são de reportagem desta quarta-feira (12) do jornal Folha de S. Paulo.
Ainda de acordo com o FED, Turquia e Brasil são seguidos por Índia, Indonésia e África do Sul. O grupo acabou apelidado de “os cincos frágeis” pelo banco americano Morgan Stanley.
Para o deputado federal Valdivino de Oliveira (PSDB-GO), integrante das comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, e Finanças e Tributação da Câmara, a imagem ruim que o Brasil passa para o exterior se deve a uma política econômica mal conduzida.
“Nós, que temos feito tantas críticas à política econômica do governo, temos discutido muito os seus efeitos na economia. O nosso ambiente macroeconômico é muito ruim, temos um baixo nível de investimentos, não temos capacidade de produção e não são realizados os investimentos necessários”, afirmou.
Vulnerabilidades
O banco norte-americano avaliou como fatores de vulnerabilidade no Brasil os níveis de inflação nos três anos anteriores, as reservas externas em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a participação da dívida pública no PIB e a variação de crédito ao setor privado em um período de cinco anos.
O parlamentar ressaltou que outro problema a ser considerado é o alto custo Brasil, na comparação com as nações vizinhas.
“Consequentemente, vivemos um processo de desindustrialização que vem acompanhado de um crescimento da dependência em relação à produção externa, de produtos vindos de fora. O baixo crescimento do PIB, e o baixo nível de reserva monetária internacional em relação ao PIB, são números que indicam e corroboram a decaída da economia”, apontou.
Valdivino salientou ainda que a gestão petista concentra suas ações unicamente no incentivo ao consumo popular, para trazer o povo para o seu lado, e no combate à inflação.
“O governo esquece do crescimento, do desenvolvimento. A solução para isso é só uma: mudar o eixo da política econômica brasileira, para que se que busque crescimento, desenvolvimento, geração de empregos e o fortalecimento do sistema econômico nacional”, acrescentou.