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Fernando Henrique Cardoso

Governo FHC transformou setor de transportes e logística

fhc-e-homenageado-com-documentario-no-congresso-300x200Brasília – O governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 2002, realizou investimentos que levaram o Brasil a um novo patamar em termos de infraestrutura e mobilidade urbana. As ações contemplaram áreas como metrô, estradas, hidrovias e ferrovias, o que trouxe ganhos em termos de emprego, segurança e crescimento econômico.

Um número revela a prioridade destinada ao setor: em 2001, o governo federal aplicou R$ 3,3 bilhões em transporte no Brasil. O montante destinado em 1994 foi de apenas R$ 783 milhões.

Em sete capitais, o governo investiu fortemente na construção do metrô: Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Salvador, Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. As aplicações em Belo Horizonte, Recife, Fortaleza e Salvador foram da ordem de US$ 1,14 bilhão.

A ligação do Brasil com os outros países do continente foi visada em obras como a pavimentação da rodovia BR-156, que liga Macapá e Oiapoque, e posteriormente segue para a Guiana Francesa, firmada com o governo francês em 1997. Outro exemplo é o corredor que liga Manaus à fronteira com a Venezuela, cujo asfaltamento foi concluído em 1998.

O programa Desestatização dos Portos, lançado em 1996, trouxe competitividade e novos investimentos para o setor. Entre os resultados, está o aumento da movimentação de carga: 531 milhões de toneladas em 2002 contra apenas 360 milhões de toneladas em 1994.

Desempenho similar foi identificado com as ferrovias: investimentos no setor fizeram com que, entre 1996 a 2001, o transporte de carga por ferrovia aumentasse 17%, o índice de acidentes caísse 34% e a velocidade média dos trens crescesse 31%. O transporte de cargas (insumos e produtos siderúrgicos, grãos, cimento e derivados de petróleo), medido em tonelagem-útil, passou de 256 milhões, em 1994, para 306 milhões, em 2001.

Marchezan mostra preocupação com cadastro de telefones de beneficiários do Bolsa Família

Nelson-Marchezan-Foto-George-Gianni-PSDB-4-300x199Brasília – “O histórico do PT na gestão pública federal nos faz crer que, sim, é possível que isso seja utilizado com finalidades partidárias e eleitorais”. A declaração do deputado federal Nelson Marchezan Junior (PSDB-RS) se refere ao anúncio de que o governo federal irá cadastrar os números de telefone celular dos beneficiários do Bolsa Família.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, responsável pelo programa, o objetivo é aprimorar a comunicação com os beneficiários pelo plano. O cadastramento, de acordo com o Ministério, ficará a cargo dos gestores municipais. A medida foi impulsionada pelos boatos que, em maio, levaram milhares de pessoas a agências da Caixa Econômica Federal, motivadas por uma possível extinção do programa.

“O PT faz um trabalho de marketing muito bem feito – o oposto do que realiza no governo. Acreditamos que poderá se repetir, nesse caso, o que houve em outras ocasiões, em que dados pessoais como endereço foram utilizados pela máquina pública durante campanhas eleitorais”, disse Marchezan.

O deputado acrescentou que a medida não é uma resposta satisfatória do governo federal em relação aos episódios de maio. “É um governo que não presta esclarecimentos sobre as denúncias de corrupção, o desempenho fraco na educação e na saúde, e agora também em relação ao Bolsa Família”, declarou.

Marchezan destacou ainda que o Bolsa Família é resultado de projetos sociais implantados pelo governo de Fernando Henrique Cardoso – e que, na sua avaliação, foram desvirtuados pelos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

“O PT instrumentalizou um programa sério e que ajudou muitas pessoas a sair da linha da pobreza. É mais um passo de um governo que rotineiramente transforma instituições públicas em ferramentas privadas”, concluiu.

“Tempos difíceis”, artigo de Fernando Henrique Cardoso

* Artigo de Fernando Henrique Cardoso, publicado na edição de domingo (7) do jornal O Estado de S. Paulo

FHC-Magdalena-Gutierrez-IFHC-300x200Já se disse tudo, ou quase tudo, sobre os atos públicos em curso. Para quem acompanha as transformações das sociedades contemporâneas não surpreende a forma repentina e espontânea das manifestações.

Em artigo publicado nesta coluna, há dois meses, resumi estudos de Manuel Castells e de Moisés Naím sobre as demonstrações na Islândia, na Tunísia, no Egito, na Espanha, na Itália e nos Estados Unidos. As causas e os estopins que provocaram os protestos variaram: em uns, a crise econômico-social deu ânimo à reação das massas; em outros, o desemprego elevado e a opressão política foram os motivos subjacentes aos protestos.

Tampouco as consequências foram idênticas. Em algumas sociedades onde havia o propósito específico de derrubar governos autoritários, o movimento conseguiu contagiar a sociedade inteira, obtendo sucesso. Resolver uma crise econômico-social profunda, como nos países europeus, torna-se mais difícil. Em certas circunstâncias, consegue-se até mesmo alterar instituições políticas, como na Islândia. Em todos os casos mencionados, os protestos afetaram a conjuntura política e, quando não vitoriosos em seus propósitos imediatos, acentuaram a falta de legitimidade do sistema de poder.

Os fatos que desencadeiam esses protestos são variáveis e não necessariamente se prendem à tradicional motivação da luta de classes. Mesmo em movimentos anteriores, como a “revolução de maio” em Paris (1968), que se originou do protesto estudantil “por um mundo melhor”, tratava-se mais de uma reação de jovens que alcançou setores médios da sociedade, sobretudo os ligados às áreas da cultura, do entretenimento, da comunicação social e do ensino, embora tivesse apoiado depois as reivindicações sindicais. Algo do mesmo tipo se deu na luta pelas Diretas-Já. Embora antecedida pelas greves operárias, ela também se desenvolveu a partir de setores médios e mesmo altos da sociedade, aparecendo como um movimento “de todos”. Não há, portanto, por que estranhar ou desqualificar as mobilizações atuais por serem movidas por jovens, sobretudo das classes médias e médias altas, nem, muito menos, de só por isso considerá-las como vindas “da direita”.

O mais plausível é que haja uma mistura de motivos, desde os ligados à má qualidade de vida nas cidades (transportes deficientes, insegurança, criminalidade), que afetam a maioria, até os processos que atingem especialmente os mais pobres, como dificuldade de acesso à educação e à saúde e, sobretudo, baixa qualidade de serviços públicos nos bairros onde moram e dos transportes urbanos. Na linguagem atual das ruas, é “padrão Fifa” para uns e padrão burocrático-governamental para a maioria. Portanto, desigualdade social. E, no contexto, um grito parado no ar contra a corrupção – as preferências dos manifestantes por Joaquim Barbosa (ministro presidente do Supremo Tribunal Federal) não significam outra coisa. O estopim foi o custo e a deficiência dos transportes públicos, com o complemento sempre presente da reação policial acima do razoável. Mas se a fagulha provocou fogo foi porque havia muita palha no paiol.

A novidade, em comparação com o que ocorreu no passado brasileiro (nisso nosso movimento se assemelha aos europeus e norte-africanos), é que a mobilização se deu pela internet, pelos twitters e pelos celulares, sem intermediação de partidos ou organizações e, consequentemente, sem líderes ostensivos, sem manifestos, panfletos, tribunas ou tribunos. Correlatamente, os alvos dos protestos são difusos e não põem em causa de imediato o poder constituído nem visam questões macroeconômicas, o que não quer dizer que esses aspectos não permeiem a irritação popular.

Complicador de natureza imediatamente política foi o modo como as autoridades federais reagiram. Um movimento que era “local” – mexendo mais com os prefeitos e governadores – se tornou nacional a partir do momento em que a presidenta chamou a si a questão e a qualificou primordialmente, no dizer de Joaquim Barbosa, como uma questão de falta de legitimidade. A tal ponto que o Planalto pensou em convocar uma Constituinte e agora, diante da impossibilidade constitucional disso, pensa resolver o impasse por meio de plebiscito. Impasse, portanto, que não veio das ruas.

A partir daí o enredo virou outro: o da relação entre Congresso Nacional, Poder Executivo e Judiciário e a disputa para ver quem encaminha a solução do impasse institucional, ou seja, quem e como se faz uma “reforma eleitoral e partidária”. Assunto importante e complexo, que, se apenas desviasse a atenção das ruas para os palácios do Planalto Central e não desnudasse a fragilidade destes, talvez fosse bom golpe de marketing. Mas, não. Os titubeios do Executivo e as manobras no Congresso não resolvem a carestia, a baixa qualidade dos empregos criados, o encolhimento das indústrias, os gargalos na infraestrutura, as barbeiragens na energia, e assim por diante.

O foco nos aspectos políticos da crise – sem que se negue a importância deles – antes agrava do que soluciona o “mal-estar”, criado pelos “malfeitos” na política econômica e na gestão do governo. O afunilamento de tudo numa crise institucional (que, embora em germe, não amadurecera na consciência das pessoas) pode aumentar a crise, em lugar de superá-la.

A ver. Tudo dependerá da condução política do processo em curso e da paciência das pessoas diante de suas carências práticas, às quais o governo federal preferiu não dirigir preferencialmente a atenção. E dependerá também da evolução da conjuntura econômica. Esta revela a cada passo as insuficiências advindas do mau manejo da gestão pública e da falta de uma estratégia econômica condizente com os desafios de um mundo globalizado.

“19 anos do Plano Real”, por Clarissa Lins

clarissa-lins-foto-Divulgacao-239x300Tive o privilégio de estudar economia na PUC-RJ em meados dos anos 80, momento de grande efervescência acadêmica em torno do combate à inflação. Minha geração cresceu ouvindo os males causados por aumentos sucessivos de preços, desde a perversidade social até a má alocação de recursos como consequência da falta de clareza nos sinais de mercado.

Assim, quando fui convidada pelo Professor Winston Fritsch a juntar-me a ele, Gustavo Franco e Edmar Bacha para ajudar o então ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso a elaborar e implantar um plano sério de combate à inflação, não hesitei um só segundo, deixando para trás o que poderia ter sido uma bem sucedida carreira corporativa. Não sabia o que ia fazer, quanto iria ganhar, aonde iria morar, sabendo apenas que teria o privilégio único de trabalhar com meus ex-professores do departamento de Economia da PUC-RJ em um projeto para combater o maior mal de nosso país, a inflação.

Àquela altura, o então ministro da Fazenda era o terceiro nomeado pelo presidente Itamar Franco, sendo que seus antecessores tinham tido um tempo de permanência no cargo ao redor de três meses. Tudo parecia, portanto, um grande sonho de acadêmicos.

Entretanto, a história provou-se diferente. Ao grupo inicial, juntaram-se outras pessoas brilhantes – Pedro Malan, Pérsio Arida, André Lara Resende, Alkimar Moura, Francisco Pinto, para nomear alguns – respondendo à coordenação implacável de Clóvis Carvalho nas reuniões semanais de elaboração do Plano Real. A inspiração constante e renovada a cada percalço político vinha do líder de todos, Fernando Henrique Cardoso.

Com maestria e persistência, ele deu asas ao desenvolvimento das habilidades de cada um, tirando proveito da qualidade ímpar deste grupo e costurando um processo de diálogo com a sociedade, seus representantes no Congresso e demais membros do Governo.

Competência, trabalho em equipe, transparência, diálogo, convencimento e acima, de tudo, compromisso público são algumas das lições que levo comigo desta experiência única. Secretariei as reuniões da equipe econômica ao longo de todo o período de confecção do Plano Real. Guardei minhas anotações como alguém guarda seu tesouro mais precioso e, um belo dia, ao reencontrar o presidente Fernando Henrique e confessar que tinha isso bem guardado, ele me pediu que lhe entregasse cópias, para deixá-las arquivadas no iFHC.

Agradeço imensamente por ter tido o privilégio de ter podido seguir de tão perto a elaboração e a implantação do mais bem sucedido plano de combate à inflação do Brasil. Todos sabem que ele foi a base da retomada da economia brasileira, permitindo dar início ao fim do apartheid social. Que este seja um ativo do qual jamais tenhamos que abrir mão.

 

*Economista e diretora executiva da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável – FBDS

Fernando Henrique confirma favoritismo e é eleito para a Academia Brasileira de Letras

FHC-Magdalena-Gutierrez-IFHC-300x200Folha de S. Paulo – Confirmando seu anunciado favoritismo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, 82, foi eleito na tarde desta quinta-feira (27) para ocupar a cadeira nº 36 da Academia Brasileira de Letras (ABL), sucedendo ao jornalista João de Scantimburgo (1915-2013), morto em março deste ano.

A eleição aconteceu na sede da ABL, no centro do Rio. Fernando Henrique teve 34 dos 39 votos possíveis, com uma abstenção. “Essa eleição é um ato de respeito da Academia Brasileira de Letras à inteligência brasileira. A grande obra de Fernando Henrique Cardoso de sociólogo e cientista dá ainda mais corpo à Academia”, disse o imortal Marcos Villaça, ex-presidente da ABL, em comunicado oficial.

Terceiro presidente a integrar a Casa de Machado – após Getúlio Vargas (eleito em 1941) e José Sarney (eleito em 1980) – o novo imortal se juntará a dois membros graduados de seu governo, o vice-presidente Marco Maciel, 72 (eleito em 2004), e o ex-Ministro das Relações Exteriores Celso Lafer, 71, eleito em 2006.

Rosiska Darcy de Oliveira, 69, a última imortal empossada (no último dia 15), também participou do governo FHC, como presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher.

Leia a íntegra da matéria da Folha de S. Paulo AQUI.

PSDB 25 anos: uma história de conquistas

Fundacao-PSDB-Foto-PSDB-O PSDB comemora seus 25 anos de fundação com uma história de conquistas. O partido foi criado em 25 de junho de 1998, em meio aos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, a partir de uma dissidência do PMDB. De caráter reformista e de vanguarda, foi organizado em torno de princípios como a defesa dos direitos civis, o enfrentamento das desigualdades sociais, a livre iniciativa e a eficiência administrativa.

Desde então a legenda construiu um trajetória vitoriosa e mudou o Brasil não apenas período em que comandou o país (1995-2002), mas também nas dezenas de gestões municipais e estaduais ao longo do tempo. Os oito anos do governo FHC estão diretamente ligados à estabilidade da economia brasileira, conquistada pela implantação do Plano Real, que completa 19 anos.

A herança bendita deixada pelo tucano a seus sucessores inclui ainda reformas estruturais que modernizaram a economia, aperfeiçoaram as instituições e permitiram a implantação dos primeiros programas nacionais de transferência de renda com a chamada “Rede de Proteção Social”. Além disso, a universalização do acesso à educação para as crianças de 7 a 14 ano, a adoção dos remédios genéricos e o reconhecimento internacional do programa brasileiro de combate à aids estão entre os principais legados do governo FHC.

Ao comemorar seus 25 anos, o PSDB reitera ainda seu compromisso com algumas bandeiras que lhe são muito caras, como estabilidade, justiça social, saúde, educação, a boa gestão e ética.

Saiba mais sobre a história do partido AQUI

Golpe certeiro na inflação

O real é a moeda que faz parte da vida dos brasileiros desde julho de 1994. Ainda no governo Itamar Franco, em maio de 1993, Fernando Henrique Cardoso foi deslocado do comando do Itamaraty para o Ministério da Fazenda e liderou uma brilhante equipe de economistas que elaborou ao longo dos meses uma engenhosa estratégia para combater a hiperinflação. Colocado em prática no ano seguinte, o Plano Real foi exitoso em sua missão, apesar da oposição do PT. Em junho de 1994, a inflação estava em 47% mensais, mas a partir dali a alta de preços foi controlada drasticamente.

Aniversariante do dia, ex-presidente é personagem de destaque mundial

FHC-foto-Magdalena-Gutierrez-IFHC-11Nesta terça-feira, o PSDB celebra 25 anos e 19 anos do lançamento do Plano Real. Para marcar a data, o partido prepara uma exposição no corredor de acesso ao Plenário da Câmara dos Deputados.

A inauguração da exposição será às 14h30 desta terça-feira (17) e contará com a presença dos presidentes nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG); do Instituto Teotônio Vilela, deputado Sérgio Guerra (PE), do aniversariante do dia, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, além de deputados e senadores do partido.

FHC volta à Câmara nesta terça-feira para mais uma ocasião especial: o seu aniversário de 82 anos. Em 17 de abril de 2012 o tucano veio ao Congresso para o prestigiado lançamento de documentário da TV Câmara que destacava a sua rica trajetória de vida. Presidente de honra do PSDB, FHC é um personagem de destaque mundial.

Após ter proporcionado ao país avanços nas mais diversas áreas enquanto esteve à frente da Presidência, o tucano passou a se dedicar à direção do Instituto Fernando Henrique Cardoso (iFHC) e à participação ativa em discussões nos mais diversos fóruns internacionais, como a Comissão Global sobre Políticas de Drogas e do Clube de Madri, e em eventos de grande prestígio pelo mundo.

Nascido no Rio de Janeiro em 1931, foi casado com Ruth Cardoso (1930-2008) e tem três filhos. Sociólogo formado na Universidade de São Paulo, afirmou-se desde o final dos anos 1960 como um dos mais influentes intelectuais latino-americanos na análise de temas como os processos de mudança social, desenvolvimento e dependência, e democracia. Lutou ativamente pela redemocratização do Brasil e foi membro fundador do PSDB.

Saiba mais sobre a trajetória de FHC: www.ifhc.org.br

Exposição – 25 anos de fundação do PSDB e 19 anos do lançamento do Plano Real
Inauguração: 18/06/2013
Horário: 14h30
Local: Corredor de Acesso ao Plenário da Câmara dos Deputados
Período da Exposição: De 18 de junho a 4 de julho

Informações do PSDB-MG