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Gasto público

Gasto público para controlar artificialmente tarifas de energia já soma R$ 63 bilhões

Dilma-Foto-Antonio-Cruz-ABr-300x199Brasília (DF) – O governo Dilma deve gastar R$ 63 bilhões este ano para segurar artificialmente as tarifas de luz, gasolina e diesel. Segundo a reportagem de ontem (15), da Folha de S. Paulo, o valor cresceu, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), 310%, saindo e 0,29%, em 2011, para 1,19%, em 2014.

De acordo com o cálculo feito pelo Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), os gastos superaram os desembolsos com seguro desemprego e abono salarial (R$ 46, 4 bilhões).

O valor dos subsídios equivale a quase todas as despesas dos programas sociais, incluindo o Bolsa Família (R$ 62,5 bilhões).Especialistas também afirmaram que os incentivos financeiros sugam o caixa da Petrobras, derrubando os investimentos e o preço das ações da estatal.

Para eles, essa medida prejudica o setor do etanol com a concorrência desleal entre álcool e gasolina, e estimulam o consumo de eletricidade em época de risco de racionamento.

Desses subsídios, R$ 42 bilhões serão pagos pela estatal, que banca a diferença entre os preços dos combustíveis praticados no exterior e no Brasil, R$ 13 bilhões pelo Tesouro, que irá cobrir parte do desfalque das distribuidoras de energia, e R$ 8 bilhões pelos bancos que financiarem a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Dobro

Segundo o especialista em finanças públicas, Mansueto de Almeida, o rombo no setor de energia seria suficiente para dobrar os investimentos públicos, “uma das grandes frustrações do país”. De acordo com ele, no ano passado, o governo investiu R$ 63,2 bilhões, incluindo o Minha Casa, Minha Vida.

À Folha, a Petrobras não comentou o assunto e o Ministério de Minas e Energia afirmou que o “socorro ao setor elétrico é um empréstimo, já que o Tesouro será ressarcido nos próximos cinco anos”.