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“O desemprego de Dilma”, análise do ITV

carteira_de_trabalho_0-300x225Está ruindo o último pilar sobre o qual o governo Dilma vem sustentando sua fantasia de que a economia do país vai bem, obrigado. O paradeiro na atividade produtiva está afetando seriamente o mercado de trabalho. Será que agora a presidente irá se convencer de que precisa mudar?

O sinal vermelho – porque o amarelo já havia acendido há bastante tempo – veio com os resultados de contratações e demissões em outubro. O mês registra, tradicionalmente, geração de vagas, mas desta vez foram fechados 30,3 mil postos de trabalho.

Nem os mais pessimistas previam isso. Foi a primeira vez desde 1999 que o saldo foi negativo no mês, ou seja, em 15 anos. Para ter ideia mais precisa da derrocada, um ano atrás, ou seja, em outubro de 2013 haviam sido criados 95 mil empregos no país.

Exceto o comércio e os serviços, estes com a pior marca até agora no ano, todos os setores demitiram. A indústria continua atrofiando, com 162 mil empregos ceifados nos últimos 12 meses – dos quais 12 mil só em outubro.

Neste ano, foram criados ao todo 912 mil empregos no país. Como novembro tende a ser negativo e em dezembro tradicionalmente ocorre forte corte de vagas, o resultado do ano será apenas uma fração dos 1,4 milhão de empregos que o governo previa.

Mais: caminha para ser o pior deste século até agora – a queda em relação a 2013 já está em 38%. Em todos os anos do governo Dilma, a geração de emprego caiu em relação ao ano anterior.

Outro fato notável é o perfil salarial das poucas vagas que ainda têm sido geradas. Desde 2008 não há abertura líquida de empregos que paguem salários acima de dois mínimos. Cerca de 35% das oportunidades criadas pagam no máximo o piso salarial, mostrou o Valor Econômico há uma semana.

Enquanto o emprego mingua, o fundo destinado a amparar o trabalhador em caso de demissões sangra. O TCU constatou que o FAT, cujos recursos têm sido usados para engordar a “bolsa empresário” concedida pelo BNDES, demandará aporte de R$ 80 bilhões até 2017 apenas para tapar rombos. Os desequilíbrios estão por toda parte…

A tendência doravante é as taxas de desemprego começarem a subir. Na realidade, elas só se mantêm comportadas porque boa parte dos que estão sem trabalho sequer se animam a ir atrás de uma ocupação. Se fossem, os índices já estariam bem mais altos.

Tem gente no governo que acha que a situação brasileira é “exemplar”. Enquanto Dilma Rousseff e seus principais conselheiros continuarem a olhar a realidade com lentes distorcidas, a chance de vencer as dificuldades é nula. A presidente, infelizmente, garantiu o emprego dela por mais quatro anos, mas tem um monte de trabalhadores que já estão procurando vagas nos anúncios de classificados.

Reinaldo Azambuja anuncia proposta de criação da Secretaria de Indústria, Comércio, Serviços e Turismo para reforçar diálogo com setor

Candidato do PSDB apresentou várias ações para criar um novo modelo de desenvolvimento para Mato Grosso do Sul, durante encontro com diretores da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande
27.08 Campo Grande/MS
Foto: Jéssica Barbosa

O candidato a governador Reinaldo Azambuja (PSDB) anunciou na noite dessa quarta-feira (27) a proposta de criação da Secretaria de Indústria, Comércio, Serviços e Turismo para dinamizar a economia de Mato Grosso do Sul. O objetivo da nova pasta é organizar o setor produtivo na formulação das políticas públicas para aumentar a competitividade do Estado e gerar mais oportunidades de emprego e renda para todas as regiões, em especial, para as mais empobrecidas.

O anúncio foi feito durante encontro com a diretoria da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG). Reinaldo assumiu o compromisso de também desburocratizar o Estado, incentivar o uso de inovação e tecnologia, reduzir a carga tributária, qualificar a mão de obra e investir em segurança, uma das preocupações da população e dos comerciantes de MS. O setor de comércio e serviços gera mais de 60% da riqueza do Estado.
“São propostas importantes para criarmos um novo modelo de desenvolvimento para Mato Grosso do Sul, para a geração de renda e empregos de qualidade no Estado”, disse Reinaldo, que estava acompanhado do candidato a senador Antônio João (PSD). MS tem hoje a maior carga tributária e o pior desempenho econômico da região Centro-Oeste.

Canal de diálogo

Segundo Reinaldo, a criação da Secretaria de Indústria, Comércio, Serviços e Turismo com o desmembramento da pasta que hoje abriga também desenvolvimento agrário e produção, contribui para o diálogo permanente com os segmentos econômicos. “Vamos manter um canal de diálogo permanente para discutirmos problemas e soluções, principalmente nas questões tributárias”, completou.

Com a nova pasta, a ideia é ainda agilizar o processo de concessão de licenciamento ambiental para criar um ambiente favorável à realização de negócios. “No nosso governo, licenciamento ambiental vai ter data de protocolo de pedido e data de entrega da licença, porque essa responsabilidade tem que ser do Estado”, disse o tucano.

Reinaldo também prometeu reduzir a carga tributária do setor e criar a Lei e o Fundo de Ciência, Tecnologia e Inovação para tornar o Estado mais moderno, aumentando a competitividade do setor produtivo.

Outra preocupação é com a segurança pública. Uso de videomonitoramento, ação integrada das polícias e aumento do efetivo são algumas medidas que serão tomadas para diminuir a sensação de insegurança, inclusive entre os comerciantes.

“Em visita ao comércio a gente vê pessoas que atendem hoje atrás de grades, porque já foram assaltados mais de 20 vezes”, completou.

Empresários aprovam propostas

Criada em 1926, a Associação Comercial e Industrial de Campo Grande reúne cerca de 4.700 associados. Para o presidente da entidade, João Carlos Polidoro, as propostas de Reinaldo foram ao encontro dos anseios do segmento. “O Reinaldo conhece como é a vida de um empresário e isso ele demonstrou com os projetos. Estando no governo vai poder contribuir fortemente para o desenvolvimento do comércio da indústria e do serviço”, disse João Carlos.

O vice-presidente da ACICG, Luiz Fernando Buainain, também fez uma avaliação positiva do encontro. “Estamos escutando os candidatos e quando Reinaldo diz que o comércio, a indústria, terá espaço no governo isso é muito importante”, afirmou.

O vice-presidente do Conselho de Jovens Empreendedores, Rodrigo Correa, afirmou que o  tucano surpreendeu com as propostas inovadoras. “O lançamento de uma Secretaria da Indústria, Comércio e Serviço demonstra sua capacidade de planejar o governo. A gente enxerga que vai ser feito alguma coisa em prol dos empresários”, completou Correa.

Sugestão das propostas em tópicos para editoria de arte*

1 – Criar Secretaria de Indústria, Comércio, Serviços e Turismo;

2 – Criar e Implementar a Lei e o Fundo Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação

3 – Desburocratizar o Estado;

4 – Diálogo com segmentos produtivos;

5 –  Incentivos à formação e emprego de mão de obra qualificada;

6 – Institucionalização da parceria com o Sistema S;

7 – Apoio à nova lei do Simples Nacional, que vai acabar com o ICMS Garantido;

8 – Eliminar o sublimite estadual de R$ 1,8 milhão de faturamento anual e adotar o limite federal (R$ 3,6 milhões), para o Super Simples;

9 – Editar lei complementar estadual destinada a disciplinar as atividades das MPEs, visando conferir efetividade às diretrizes estabelecidas na Lei Complementar Nacional do Super Simples no âmbito estadual.

10 – Priorizar as alianças/parcerias público-privadas (PPP);

11 – Criação e ampliação da REDESIM – integração dos procedimentos e órgãos de registro e controle de atividades produtivas;

12 – Priorizar compras governamentais dos negócios locais, estimulando a economia de proximidade e o ciclo virtuoso da economia.

 

Assessoria de imprensa Reinaldo Azambuja
(67) 3026-3187

Indústria pode atingir maior déficit comercial da história em 2014

industriaebc1Brasília (DF) – Más notícias para a economia brasileira. A perda de competitividade dos produtos do país deverá fazer com que a indústria brasileira atinja o maior déficit comercial da história.

Apenas no primeiro semestre de 2014, o saldo da balança de itens manufaturados ficou negativo em US$ 56 bilhões, valor maior do que os US$ 54,72 bilhões negativos registrados de janeiro a junho do ano passado.

As informações são de reportagem do jornal O Estado de S. Paulo (13).

De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, nos últimos 12 meses até junho, o déficit atingiu US$ 106,44 bilhões, superando o recorde negativo do ano anterior. Em 2013, as importações de bens industrializados superaram as exportações em US$ 105 bilhões.

Crise

Para analistas de comércio exterior, a situação é crítica e não há solução de curto prazo. O panorama negativo é potencializado pela crise econômica na Argentina.

De acordo com um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), os itens com maiores quedas nas exportações são automóveis de passageiro, partes e peças para veículos e tratores, motores e veículos de carga, reflexo direto da redução do comércio entre o Brasil e o país vizinho. Esses produtos tiveram uma queda de US$ 1,58 bilhão em relação ao primeiro semestre de 2013.

Emprego industrial sofre mais uma queda em 2014

industriageral2Brasília (DF) – O setor industrial brasileiro sofreu com a queda de mais um índice neste ano: o de empregos. De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal: Emprego e Salário, divulgada nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o total do pessoal ocupado assalariado na indústria recuou 0,7% em maio ante abril. Na pesquisa anterior, o emprego já havia diminuído 0,4%.

O índice também caiu levando em consideração maio do ano passado: 2,6%. Este é 32º resultado negativo consecutivo na comparação do mesmo mês em 2013 e 2014. A pior queda aconteceu em novembro de 2009, chegando a 3,7%.

Em todo o ano de 2014, o número de pessoas empregadas na indústria já diminuiu 2,2%. Nos últimos 12 meses, a queda foi de 1,7%.

Devem recuar indústria e investimentos, segundo o Banco Central

industria-300x207Brasília (DF) – Pela previsão do Banco Central, o ano deve ser negativo para a indústria e para os investimentos. A previsão anterior era de um avanço de 1,5% para o produto da indústria brasileira, mas agora há indicações que haverá uma retração de 0,4% em 2014.  Outro rebaixamento foi nas expectativas para a evolução da capacidade produtiva no País. Para o BC, o investimento, medido como formação bruta de capital fixo, deve recuar 2,4% em 2014. Antes, a autoridade monetária acreditava que haveria um avanço de 1%.

As informações estão no Estado de S. Paulo nesta sexta-feira (27).

A previsão de recuo para este ano, diante de um avanço de 6,3% no ano passado, mostra dificuldades de reação dos investimentos, mesmo com projetos de concessão de infraestrutura e as linhas de financiamento subsidiadas pelo Tesouro Nacional do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

As previsões no Relatório Trimestral de Inflação divulgado ontem, em que o BC derrubou a projeção para o investimento em 2014, a autoridade monetária também mudou sua avaliação sobre a Utilização da Capacidade Instalada (UCI).

Pelo segundo mês consecutivo, indústria apresenta queda na produção

industriaebc1Brasília (DF) – A indústria brasileira teve a pior geração de emprego em 22 anos. Nos últimos dois meses, foram fechados 28,5 mil postos de trabalho. Em todos os segmentos do setor, o saldo de vagas está muito aquém das expectativas do governo. As informações são da reportagem desta quarta-feira da Folha de S. Paulo.

Segundo o deputado federal Alfredo Kaefer (PSDB-PR), uma série de fatores tornou a conjuntura “desfavorável” e “negativa” para o setor.

“De cada cinco produtos consumidos, um manufaturado é importado. O governo adotou uma taxa cambial reprimida, que é um instrumento de combate à inflação, mas que causa diversos problemas. É uma gestão totalmente equivocada”, afirmou o tucano.

De acordo com Kaefer, a conjuntura negativa e a inflação têm feito com que o Banco Central aplique uma política monetária mais apertada. “Isso levanta a taxa Selic a 11%, o que inibe o crescimento da indústria”, destacou ele.

Números

O segmento de mecânica, em que se situam as montadoras de veículos, teve o maior saldo de demissões: 6.664 trabalhadores. Já a indústria de material de transporte demitiu mais do que contratou 5.330 funcionários.

O setor automobilístico, que influencia cerca de 12% no resultado industrial brasileiro, tem apresentado queda na produção, aumento dos estoques, programas de demissão voluntária e férias coletivas.

Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em maio houve uma queda de 18% na produção de carros em comparação com maio de 2013.

Em abril, a indústria cai 0,3% e pode fechar o ano em retração

industriaebc1Brasília (DF) – Analisas econômicos avaliam que fatores, como o pessimismo de empresários, inflação alta e juros elevados, a indústria crescerá pouco neste ano e sentirá o efeito de uma economia fraca e um consumo menor. De acordo com as análises, a produção conseguirá avançar, no máximo, 0,5% neste ano. O Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda o dado de abril: frente a março, a indústria manteve a tendência de retração e caiu 0,3% –em linha com  as projeções.

As informações são da Folha de S. Paulo nesta quinta-feira (5).

Em relação a abril de 2013, o setor registrou forte queda de 5,8%, a maior desde setembro de 2009, quando a indústria sofria os efeitos da crise global daquele ano.

Para analistas, o pior sinal da pesquisa de abril, que sofreu com menos dias úteis e uma base elevada em igual mês de 2013 (alta de 9,9%), foi que o  segundo trimestre  já começou em baixa.

Tal movimento fez bancos e consultorias revisarem para baixo  suas previsões para o setor –o que terá reflexos no PIB. A LCA passou a estimar uma queda de 0,3% da indústria em 2014 –estimava alta de 1,7%. A Rosenberg & Associados diz que, “sob um pano de fundo pouco animador”, a projeção foi reduzida de 1% para 0,2%.

De março para abril, alguns ramos tiveram um desempenho mais favorável, como alimentos e bebidas (2,6%) e a fabricação de TVs, impulsionados pela Copa. Ao todo, porém, houve queda de produção em 70% dos itens industriais pesquisados. No caso das TVs, dados do varejo já mostram que o “efeito Copa” ficou para trás, uma vez que muitos consumidores anteciparam compras.

No caso das TVs, dados do varejo já mostram que o “efeito Copa” ficou para trás, uma vez que muitos consumidores anteciparam compras.

A preocupação de analistas está centrada no fraco desempenho dos bens de capital, itens como máquinas e equipamentos para construção, energia, agropecuária e indústria e veículos para o transporte de cargas (como caminhões).

Essa categoria é o termômetro dos investimentos, que se deterioram a cada divulgação da indústria. Em abril, a produção de bens de capital despencou 14,4% na comparação com igual mês de 2013.

Desaceleração da indústria evidencia a incompetência do PT, diz Colnago

industria-300x207Brasília (DF)A indústria brasileira coleciona números negativos e se afunda numa crise marcada pelos juros altos, desaceleração de investimentos e redução de exportações, segundo análises de especialistas. Com depósitos abarrotados de estoques, sem perspectivas de reaquecimento do consumo e com calendário tomado por feriados em função da Copa do Mundo, muitas fábricas decidiram interromper suas produções e conceder férias coletivas aos funcionários.

O deputado federal César Colnago (PSDB-ES) afirmou que a desaceleração da indústria é a expressão mais evidente da incompetência do governo de Dilma Rousseff. Ao abandonar investimentos em áreas essenciais e permitir que a inflação comece a aterrorizar as famílias, a gestão petista caiu no descrédito.

“Há um elenco de situações ruins que paralisa a economia”, afirmou o tucano. “Ninguém mais confia nesse governo. Quando isso acontece, todos se recolhem. Param os investimentos e o consumo”, completou.

Prejuízos

De acordo com matéria veiculada pelo jornal “O Globo” desta terça-feira (3), indústrias de diferentes áreas estão sendo levadas a dar férias coletivas aos empregados a partir deste mês em função do ritmo morno da economia.

Levantamento junto a 550 empresas do setor feito pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) constatou que 58% delas preveem perdas na produção por causa dos horários diferenciados dos jogos da Copa.

O desânimo identificado em quase todo o setor começou nas montadoras há aproximadamente dois meses. Para ajustar a produção ao fraco ritmo de vendas, fabricantes de veículos anteciparam folgas e férias coletivas, além de suspender contratos de trabalho temporários.

Números

O desempenho pífio do setor não é mais novidade para analistas de mercado e população. Segundo o IBGE, a indústria representou o principal destaque negativo do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2014, com queda de 0,8%.

Nos segmentos, a indústria de transformação caiu 0,8% e a construção civil, 2,3%. A indústria extrativa mineral cresceu 0,5% e as de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana tiveram crescimento de 1,4%.

Do Portal do PSDB na Câmara

Aécio Neves apresenta propostas para recuperar indústria do etanol

aecio-premio-etanol-71-300x200São Paulo (SP) – O presidente nacional do PSDB e pré-candidato a presidente da República, senador Aécio Neves, apresentou em São Paulo nesta segunda-feira (2)  algumas propostas para o setor sucroenergético, que enfrenta uma das piores crises de sua história.

Nos últimos meses, cerca de 40 usinas fecharam as portas e outras 30 encontram-se em situação de recuperação judicial.  A crise custou até agora cerca de 100 mil empregos.

Em discurso no 5º Prêmio Top Etanol, Aécio afirmou que o setor é vítima da incapacidade do governo federal na condução da política macroeconômica.

“O setor de etanol, construído ao longo de 40 anos pelo esforço, dedicação e pela pesquisa de inúmeros brasileiros, foi abandonado pelo atual governo, que optou ir na contramão do mundo, que busca energia alternativas, não poluentes e renováveis. O setor vive um impasse e precisa de uma resposta”, afirmou Aécio Neves.

Aécio anunciou medidas consideradas por ele como prioritárias. O senador disse que o setor precisa de um marco legal estável, com regras de longo prazo confiáveis,  de uma proposta clara por parte do governo de aumento da participação do etanol na matriz energética, além de uma política ousada de comércio exterior para que o país passe a exportar mais e importar menos etanol.

Cadeias Globais

“É preciso inserir o Brasil nas cadeias globais de produção. O país não pode ficar amarrado ao anacronismo do Mercosul, que não tem nos levado a lugar algum. Abrir o Brasil para o restante do mundo é essencial”, defendeu o senador.

Outro ponto abordado pelo pré-candidato a presidente foi a inovação. Aécio afirmou que o atual governo não investe o suficiente na área, lembrando que os fundos setoriais para a inovação existentes hoje no Brasil são os mesmos criados no governo Fernando Henrique. Outro problema é a baixa execução orçamentária.

“O Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico teve, no período do atual governo da presidente Dilma, R$ 13 bilhões aprovados no Orçamento e sequer R$ 5 bilhões foram utilizados. Portanto, criar estímulos à inovação é essencial para voltarmos a dar um passo consistente na recuperação da capacidade competitiva do setor ”, ressaltou o tucano.

O presidente nacional do PSDB defendeu ainda o fim da disputa entre ambientalistas e ruralistas, argumentando que é possível produzir de forma sustentável. “Temos que acabar com essa dicotomia entre ambientalistas e ruralistas. O Brasil,  a partir da década de 90, ampliou em 40% a área plantada e aumentou a produção em 220%. Isso é uma demonstração de que o setor rural, que sustenta hoje nossa a balança comercial e o crescimento da economia brasileira, precisa ser prestigiado, com diálogo permanente”, ressaltou.

Aécio encerrou o discurso no evento defendendo mais espaço para o Ministério da Agricultura na discussão de políticas macroeconômicas e no planejamento do governo federal. O presidenciável também anunciou que pretende por fim ao loteamento político na pasta da agricultura.

“No governo do PSDB,  o Ministério da Agricultura sairá da balança de contabilidade política e eleitoral. Não será instrumento de barganha política. Será ocupado por gente do setor, com legitimidade, que conheça as realidades, as demandas e as dificuldades do setor. É preciso dar ao ministério o poder que ele precisa ter é essencial para que nós possamos continuar crescendo”, concluiu o pré-candidato do PSDB a presidente da República.

“Retrato de uma indústria enferrujada”, análise do ITV

industria-300x181A indústria brasileira enfrenta crise aguda. Nos últimos anos, vem perdendo importância relativa na composição de nossa economia. Nem mesmo a aguardada revisão da metodologia de pesquisa sobre o desempenho do setor foi capaz de revelar um retrato mais benigno da situação. Enferrujamos.

Ontem, o IBGE divulgou os resultados da produção industrial brasileira no primeiro trimestre. No cômputo geral, houve aumento de apenas 0,4% entre janeiro e fevereiro, na comparação com igual período de 2013. O desempenho permite projetar um PIB fraco no ano – o que já se tornou consenso entre analistas.

O IBGE mudou a forma de avaliar o comportamento da indústria porque sua base metodológica estava defasada e não considerava produtos que, hoje, são ícones de consumo, como tablets e smartphones. Com o novo recorte, a indústria brasileira passou de um crescimento de 1,2% para 2,3% em 2013.

Mas o retrato das nossas fábricas continua marcado pela ferrugem. Hoje, a participação da indústria de transformação no PIB é a mais baixa em mais de 60 anos de história. Evidencia-se, assim, um indesejável processo de desindustrialização, cuja marcha os governos recentes nada fizeram para estancar. Pelo contrário.

Em meados da década de 80, a indústria respondia por 27% do PIB brasileiro. Desde então, vem caindo, até chegar aos 13% registrados no ano passado. Nunca antes mergulhamos tão fundo.

Nosso setor industrial produz hoje nos mesmos níveis de 2008, ou seja, lá se vão seis anos perdidos. Entre 2011 e 2013, cerca de 230 mil empregos industriais – justamente os que tendem a ser mais qualificados e bem remunerados – foram eliminados.

Trata-se de retração muito prematura, que se dá muito antes de a renda média do país atingir os patamares que as economias avançadas tinham alcançado quando suas indústrias começaram a perder espaço no conjunto da economia.

Hoje, a indústria nacional não encontra condições de competir, ganhar mercados, nem manter os existentes. Em síntese o que acontece é que o produto nacional tornou-se caro, perde espaço interno, não consegue manter clientes no exterior, nem conquistar novos. Definha.

Não conseguimos vender ao exterior e compramos cada vez mais: no ano passado, a balança comercial da indústria brasileira registrou déficit de US$ 105 bilhões, um rombo histórico. Pudera: o custo de se produzir, por exemplo, uma máquina no Brasil é 37% maior do que fabricar a mesma máquina na Alemanha, de acordo com a Abimaq.

Nossos problemas são amplamente conhecidos: alto custo de produção, agravado por burocracia e impostos que o governo petista ainda cogita aumentar mais; ineficiência logística e infraestrutura defasada; baixa qualificação da mão-de-obra; parcos investimentos em inovação; e isolamento cada vez maior do país das cadeias globais de produção.

Não há soluções simples para esta situação. A debacle da indústria brasileira exige uma resposta sistêmica, que parta da recuperação das condições macroeconômicas – as mesmas que Dilma Rousseff, e só ela, crê estarem “bombando” – e ataque gargalos, transformando-os em oportunidades.

Incentivo à pesquisa e à inovação, maior integração global e melhores condições para investir e produzir são fundamentais para recuperar a competitividade e a produtividade perdidas. E o apoio indutor do Estado deve servir como alavanca – democraticamente, e não apenas para uns poucos escolhidos, como tem acontecido com a política de crédito que tem no BNDES seu principal artífice.