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IPCA

Senado aprova IPCA como novo indexador das dívidas dos estados, índice defendido por Aécio

aecio-neves-plenario-sf-foto-george-gianni--300x199Depois de 12 anos de promessas dos governos do PT em rever a dívida dos estados com a União, foi aprovado, nesta quarta-feira (05/11), pelo Senado, projeto que possibilita a redução dos encargos pagos por estados e municípios sobre suas dívidas. A revisão da dívida dos estados é uma bandeira do senador Aécio Neves, desde 2003, quando assumiu o governo de Minas Gerais.

Reivindicação antiga de governadores e prefeitos, que veem suas dívidas crescerem mais de 20% ao ano, o projeto do Executivo troca o indexador dessas dívidas, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), como sugeriu o senador Aécio Neves em projeto apresentado em 2012. Além disso, reduz os juros, dos atuais 6% a 9% ao ano, para 4% ao ano.  Pelo projeto de Aécio Neves, o melhor para os estados seria taxa real de juros ainda menor, de 2% ao ano.

Aumento da inflação no governo do PT penaliza o trabalhador, critica Reinaldo Azambuja

Em junho, Campo Grande registrou a segunda maior inflação (0,47%) entre as capitais brasileiras

29.07.2014  Lançamento da Candidatura no Comitê do Vagner de Almeida
Fotos: Chico Ribeiro

Candidato a governador pela Coligação Novo Tempo (PSDB, PSD, PPS, DEM, PMN e Solidariedade), Reinaldo Azambuja criticou a má gestão do governo do PT, que nos últimos anos gerou instabilidade econômica nacional com o aumento e descontrole da inflação. Durante encontro com lideranças políticas de Campo Grande, na noite dessa terça-feira (29), ele destacou que quem mais sofre com o descontrole da economia nacional são os trabalhadores e as donas de casa.

“Você vê o governo falando que não tem inflação, mas a dona de casa que vai ao supermercado percebe que os preços estão subindo e bastante”, disse Reinaldo.

Entre as capitais do país, Campo Grande registrou a segunda maior inflação no mês de junho, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Cálculos do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) revelaram que a variação na capital sul-mato-grossense foi de 0,47% no mês passado. No mesmo período, o Brasil apresentou variação de 0,40%.

“Além disso, a inflação dos alimentos é muito maior do que 10%. Você vai ao supermercado hoje e no mês que vem não consegue comprar a mesma coisa com o mesmo dinheiro. Isso vai corroendo o seu salário, o que você ganha”, destacou o candidato a governador pelo PSDB.

29.07.2014  Lançamento da Candidatura no Comitê do Vagner de AlmeidaReinaldo lembrou que o fim da inflação, na década de 1990, é um legado do seu partido, o PSDB, sob a gestão de Fernando Henrique Cardoso, com o Plano Real, proposto na gestão anterior por ele mesmo, quando ocupava a função de ministro da Fazenda.

“Um dos maiores legados que tivemos no Brasil foi o fim daquela hiperinflação. Você não podia planejar nada. Aquilo era galopante, os preços eram remarcados de um dia para o outro”, lembrou.

 

 

 

Assessoria de Imprensa Reinaldo Azambuja

(67) 3326-3187

IPCA volta a superar o teto da meta, aponta boletim Focus

dinheiro1-300x200Brasília (DF) – As estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2014 subiram, no geral, de 6,46% para 6,48%, quase que atingindo  o teto da meta estipulada pelo Banco Central (BC) – 6,5%. O limite, porém, voltou a ser superado nas projeções do grupo de analistas “Top 5”, que mais acertam as estimativas. Segundo eles, a mediana de médio prazo para o IPCA deste ano aumentou de 6,41% para 6,51%.

Os dados são do boletim Focus, que mostrou, mais uma vez, a queda das expectativas dos analistas de mercado sobre a inflação e a atividade econômica.

Ainda de acordo com os “Top 5”, a Taxa Selic, por sua vez, deve terminar este ano no nível atual de 11%. O juro, no entanto, continuará subindo mais 0,50 ponto até o fim de 2015.

As informações são da reportagem desta terça-feira (15) do jornal Valor Econômico.

Segundo informações divulgadas na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), após subir 0,40% em junho, o IPCA acumulou alta de 6,52% em 12 meses. No Focus, a previsão da inflação no mesmo período subiu de 5,89% para 5,92%. Já em 2015, o índice seguiria para 6,10%.

Retração

Em relação à atividade econômica, a estimativa dos analistas é que, pela sétima vez consecutiva, o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano passe de 1,07% para 1,05%. A queda atingiu também a projeção para a produção industrial, que terá retração de 0,90%.

Para 2015, as projeções continuam em baixa. A estimativa do PIB ficou em 1,50%, enquanto a projeção de crescimento da produção industrial agora é de 1,80% ante 2,10%.

Déficit

A mediana das estimativas para o saldo da balança comercial também diminuiu, passando de US$ 2,7 bilhões para US$ 2,01 bilhões. Até a primeira semana de julho, a balança continua com déficit de US$ 1,2 bilhão.

Ainda de acordo com a reportagem, os analistas do Focus estimam que o déficit em conta corrente também diminuirá. Segundo eles, a projeção é de um resultado negativo em US$ 80,75 bilhões neste ano.

“A goleada da inflação”, análise do ITV

supermercado-marcelo-camargo-abr-300x225A Copa do Mundo está chegando ao fim e, à medida que seus eflúvios vão se dissipando, os brasileiros vão se virando cada vez mais para os muitos problemas que se acumulam no país à espera de solução. Um dos mais preocupantes é a inflação. O governo petista brincou com fogo e não parece nem um pouco capaz de controlar o incêndio.

No mês de junho, mais uma vez, a inflação acumulada superou o limite superior da meta. Nos últimos 12 meses, o IPCA variou 6,52%, de acordo com o IBGE. O regime em vigor no país determina como alvo o percentual de 4,5%, com tolerância de até dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

Em 42 meses da administração Dilma Rousseff, esta é décima primeira vez que a meta é estourada. Ou seja, em mais de um quarto do mandato da presidente transcorrido até agora a política econômica em vigor não foi capaz de entregar a inflação prometida. Qualquer semelhança com o desempenho geral do PT no governo não é mera coincidência…

A tendência é não haver refresco nos próximos meses. Até por uma questão estatística. Nesta altura do ano passado, em função de recuo no preço de alimentos, o IPCA registrado foi muito baixo, chegando, por exemplo, a 0,03% em julho de 2013.

Estima-se agora que os dados de um ano atrás serão substituídos nos próximos meses por altas mais fortes, engordando a inflação acumulada em 12 meses. Deve ser assim pelo menos até a véspera das eleições gerais de outubro.

Há risco de 2014 terminar com o IPCA acima do limite superior da meta. Hoje, a média das previsões de mercado, colhidas semanalmente pelo Banco Central e divulgadas no Boletim Focus, está em 6,47%. A um triz, portanto, o teto.

Em seus três anos de mandato transcorridos até aqui, Dilma não passou nem perto de cumprir o que determina o Conselho Monetário Nacional. A meta – que é de 4,5% e não de 6,5% como o governo tenta apregoar – nunca foi cumprida pela presidente, e nem será.

Trata-se de uma sina das gestões petistas. Nos últimos 12 anos, apenas em três ocasiões a inflação oficial não superou a meta: 2006, 2007 e 2009. Mas o governo prefere sustentar que foi bem sucedido apenas por não ter deixado o índice estourar o limite superior.

O Brasil tem registrado uma das mais elevadas inflações do mundo. Entre os países do G-20, por exemplo, apenas seis exibem índices de preços mais altos que o nosso: Argentina (11% acumulados nos últimos 12 meses), Turquia (9,2%), Índia (8,3%), Rússia (7,8%), Indonésia (6,7%) e África do Sul (6,6%), segundo o Trading Economics.

Para complicar, há sério risco de os índices de inflação escalarem mais adiante, porque há muitos preços sendo fortemente controlados pelo governo. Sua alta é de 3,9% nos últimos 12 meses. Se a intenção não for quebrar a Petrobras, inviabilizar a geração de energia ou sucatear ainda mais o transporte público no país, logo logo eles terão que ser reajustados.

Enquanto isso, os demais preços – os chamados “livres” – estão subindo muito mais que a média do IPCA. No acumulado em 12 meses, a alta chega a 7,3%. Desde 2010, os alimentos estão subindo em média 9% ao ano no Brasil. Mas há itens com aumento bem mais expressivo, como carnes, com preços mais de 16% maiores em um ano, como analisa o economista Felipe Salto.

Os brasileiros já se deram conta da corrosão mensal de seus salários e apontam a inflação como principal problema do país hoje. Precisamos de políticas consistentes contra a carestia, a ser tratada com tolerância zero. A gestão Dilma, porém, parece ainda acreditar que preços um pouquinho mais altos não fazem mal se o objetivo é conquistar mais crescimento econômico. Não conseguiu nem uma coisa nem outra. E agora assiste o circo pegar fogo, perdendo de goleada para o dragão.

Nota à Imprensa – IPCA

facebook-logo-psdb-300x300O IPCA divulgado hoje confirma aquilo que temos alertado ao longo de todo último ano: o governo da Presidenta Dilma Rousseff não tem conseguido reduzir a inflação e permanece leniente no seu combate.

O índice de junho foi de 0,40% e, no acumulado de 12 meses, a inflação está no teto da meta de 6,5%.

A se confirmar a expectativa do mercado de que a inflação este ano será de 6,5%, em quatro anos de governo Dilma a inflação será de 27%, o que dá uma média anual de 6,2% ao ano. É uma taxa de inflação absurdamente elevada com sérios agravantes.

1 ) O Brasil está com a inflação elevada apesar do baixo crescimento da economia. O ritmo de crescimento da economia este ano é de apenas 1% e o crescimento médio do PIB ao longo do governo Dilma será inferior a 2% ao ano. Esse é o pior dos mundos.

2) A inflação já passou de 7% ao ano em várias grandes cidades do Brasil – Recife, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre. E a inflação de serviços está em um ritmo de 9% ao ano nos últimos anos. Ou seja, em alguns locais, e dependendo da cesta de consumo de uma família, a inflação já está muito acima do teto da meta.

3) O governo prejudicou não só o passado, mas prejudicou também o futuro. Ao tentar segurar artificialmente reajustes de preços,  aumentou a expectativa de uma inflação corretiva no futuro, tendo o país agora pressionadas as expectativas de reajustes de preços.

4) Além da inflação muito elevada e no teto da meta, os índices de confiança dos empresários da indústria, comércio e serviços estão em queda nos últimos quatro meses e atingiram os níveis baixo de 2009 no auge da crise financeira.

Os empresários perderam a confiança no governo e estão postergando as decisões de investimento, o que agrava a inflação futura.

O Brasil precisa de um governo sério, comprometido em trabalhar para o controle do crescimento do gasto público,  capaz de criar novas perspectivas  e um novo ambiente de confiança e de crescimento para os brasileiros.

Aécio Neves

Para 58% dos entrevistados, a inflação vai aumentar

Comercio-Foto-Getty-Images-1-300x196Brasília (DF) – A pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (03), indica que 58% dos eleitores entrevistados acreditam que a inflação vai aumentar. O índice já está na casa dos 3,3% após cinco meses. Foram entrevistadas 2.857 pessoas, em 177 municípios, entre os dias 1º e 2 de julho.

Do total dos entrevistados, apenas 9% acreditam na queda da pressão sobre os preços dos alimentos e serviços. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Ainda de acordo com a reportagem, na última segunda-feira (30), analistas consultados pelo Banco Central demonstraram opinião semelhante a dos entrevistados. Segundo eles, a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2014 foi revisada de 6,44% para 6,46%, praticamente no limite do teto da meta – 6,5%.

“Dilma eletrocuta os brasileiros”, análise do Instituto Teotonio Vilela (ITV)

palacio-do-planalto-foto-george-gianni--300x199Prepare o bolso: as contas de luz que chegarão nas próximas semanas a residências, comércio e indústrias contêm reajustes de tirar o fôlego. São, na realidade, quase um choque de alta voltagem. Melhor seria dizer que são um choque de realidade: a quimera das tarifas baratinhas forjada pela presidente Dilma Rousseff como bandeira eleitoral virou fumaça.

Nos últimos dias, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vem anunciando percentuais de reajustes a serem aplicados às tarifas das concessionárias para os próximos 12 meses. Há casos de aumentos que superam 30% e quase invariavelmente os índices autorizados chegam a dois dígitos.

Ontem, saíram os reajustes de nove distribuidoras, que atendem 24 milhões de unidades consumidoras em vários estados do país. Os aumentos autorizados variam de 11,16% a 35,7% (estes válidos para consumidores industriais de nove municípios gaúchos). Apenas para aquilatar o tamanho do tarifaço, vale lembrar que a inflação acumulada nos últimos 12 meses está em 6,15%, quando medida pelo IPCA.

O caso mais emblemático entre os divulgados ontem é o da AES Sul, que atende 1,3 milhão de unidades consumidoras no Rio Grande do Sul. Com o reajuste médio de 29,54% autorizado pela Aneel, as novas tarifas cobradas dos gaúchos já anularam completamente a redução feita na marra pelo governo federal no ano passado: desde então, a alta real acumulada é de 1,96%, calcula o Estado de S. Paulo.

Ou seja, durou quase nada o malabarismo para diminuir as contas de luz a fórceps, tentado pela presidente Dilma e seu séquito de xamãs e dançarinos da chuva. Não sem antes, contudo, dizimar o setor de energia no país e deixar um rastro de desmonte que levará anos para ser revertido.

Até agora, cerca de 37 milhões de unidades consumidoras já tiveram aumentos autorizados pela Aneel neste ano. Nos próximos dias virão, ainda, reajustes de Light, Copel, Celpe, Eletropaulo e Celesc, para citar apenas os mercados mais relevantes, atingindo metade dos brasileiros. O tarifaço adicionará pelo menos 0,28 ponto percentual à inflação deste ano.

Não pense o consumidor que o choque elétrico irá parar por aqui. Para os próximos anos, estima-se que haja aumentos represados que ultrapassam 20%, porque custos bilionários de empréstimos e socorro às empresas serão repassados para os consumidores a partir de 2015. A energia que Dilma prometeu baratinha vai sair bem carinha.

As tarifas sobem no ritmo de um foguete porque as distribuidoras estão tendo que pagar preços altos para dispor de uma energia cada vez mais escassa, gerada por usinas térmicas altamente poluentes. Estão tendo que pagar caro porque só as concessionárias forçadas pelo governo se aventuraram a fornecer energia nas condições que Brasília impôs – e estão quebrando, como é o caso da Eletrobrás.

A realidade, esta malvada, move-se na contramão das decisões voluntaristas dos petistas de gabinete: conta de luz barata só é viável quando há sobra e não falta de energia, como está ocorrendo no país agora. Os sinais estão, portanto, trocados e as ideias do pessoal de Brasília, para variar, estão embaralhadas.

As empresas de energia elétrica foram fragilizadas e hoje não encontram segurança para investir. Sequer conseguem gerar caixa suficiente para fazê-lo. Ir a mercado para captar recursos é uma temeridade, já que nenhuma delas consegue vislumbrar horizonte longo o suficiente para seus negócios após a intervenção da mão peluda do Estado no setor.

O desarranjo no setor de energia também golpeia a competitividade da economia brasileira. O país mantém-se como um dos que pratica as mais caras tarifas em todo o mundo, conforme levantamento da Firjan. Para a indústria, o custo do megawatt-hora é o décimo mais alto em todo o mundo, superando com sobra concorrentes como China e Rússia.

O choque de alta voltagem ainda vem acompanhado de gastos estratosféricos incorridos até agora pelo Tesouro – ou seja, bancados por todos os contribuintes – para maquiar as tarifas e transformá-las em bandeira eleitoral. Cerca de R$ 32 bilhões já foram torrados, parte a fundo perdido, parte ainda a ser cobrada dos consumidores.

Não é difícil perceber que Dilma Rousseff, que desenhou todo o modelo elétrico em vigor, tratou a questão de maneira irresponsável e conduziu o setor a um túnel sem luz e sem saída. Na realidade, o que a presidente da República fez foi eletrocutar os brasileiros, lesados em sua boa-fé pela esperteza petista.

Previsão para 2014: Inflação mais alta e crescimento menor

Dinheiro-Foto-Divulgacao1-300x199Brasília (DF) – O Boletim Focus, relatório divulgado pelo Banco Central com as estimativas das instituições financeiras, informa que a previsão para o PIB (produto Interno Bruto) deste ano ficou menor, enquanto a estimativa de inflação cresceu.

De acordo com o levantamento, baseado em análises de mais de 100 bancos, a previsão para o IPCA (considerado a “inflação oficial” do país) de 2014 passou de 6,3% para 6,35%. Foi a quinta elevação consecutiva deste indicador. Para 2015, a expectativa dos analistas para a inflação avançou de 5,80% para 5,84%.

As informações são do site G1 nesta segunda-feira (7).

Com o novo aumento na previsão para o IPCA deste ano, a estimativa do mercado financeiro para a inflação de 2014, portanto, se aproxima mais ainda do teto de 6,5% vigente no sistema de metas. Nos últimos quatro anos, a inflação tem oscilado ao redor de 6%. Em 2010, somou 5,91%, passando para 6,50% em 2011, para 5,84% em 2012 e para 5,91% no último ano.

Pelo sistema que vigora no Brasil, o BC tem que calibrar os juros para atingir metas preestabelecidas, tendo por base o IPCA. Para 2014 e 2015, a inflação tem de ficar em 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.

A perspectiva do mercado financeiro é que a alta de juros, realizada na semana passada pelo Banco Central, não seja a última elevação no ano da taxa básica da economia brasileira – que vem avançando desde abril do ano passado para conter pressões inflacionárias. Para o fechamento de 2014, a previsão dos analistas para a taxa de juros permaneceu em 11,25% ao ano e, para o final de 2015, ficou estável em 12% ao ano.

Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2014, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, a previsão dos economistas recuou de 1,69% para 1,63% na última semana. Foi o segundo recuo seguido deste indicador.

O crescimento previsto para 2014 segue abaixo do estimado no orçamento federal – de 2,5% – e também está menor do que a previsão feita pelo BC no mês passado (2%). Para 2015, a perspectiva de expansão da economia brasileira, feita pelos analistas do mercado financeiro, ficou inalterada em 2% de alta.

“O Brasil cada vez mais caro”, análise do ITV

consumidorebcEstá cada vez mais caro sobreviver no Brasil. A inflação não dá trégua; a carga de impostos só sobe; os desequilíbrios criados pela intervenção excessiva do governo na economia e pelas soluções artificiais que nada solucionam só pioram a situação. Desse jeito, o país não para em pé.

A inflação está de novo em escalada. Os índices de preços sobem justamente quando o governo dizia que cairiam, como mostra o Valor Econômico. Isso não chega a ser novidade: em geral, nos últimos tempos a economia brasileira tem se comportado sempre de maneira distinta da que os petistas dizem que ela se comportaria. Percebe-se um traço esquizofrênico na nossa política econômica.

Em fevereiro, o IPCA tornou a subir, chegando a 0,69% no mês. Em 12 meses, acumula aumento de 5,68%. Custos com escolas foram o item que mais pesou no mês passado, mas no horizonte altista estão os alimentos, cujos preços salgados o consumidor já está sentindo no bolso. A perspectiva é de que a alta se mantenha neste mês de março.

A seca que drena os reservatórios e põe o país sob risco de racionamento de energia também está afetando diretamente a produção de legumes, hortaliças e frutas, cujos preços estão pela hora da morte. Em média, ficaram 11,4% mais caros em fevereiro, de acordo com o IBGE. Um quilo de tomate, que subiu 67% em fevereiro no principal entreposto de São Paulo, já chega a custar R$ 20.

A inflação deste primeiro trimestre deverá ser mais alta do que a dos três meses iniciais de 2013. Mesmo eliminando comportamentos destoantes, como os causados pela falta de chuvas, os índices de preços estão agora mais elevados do que há um ano. Poderia ser apenas uma preocupação estatística, mas é bem mais que isso.

Ocorre que, neste último ano, a taxa básica de juros do país subiu 3,5 pontos percentuais, justamente para frear os preços. A Selic saiu de 7,25% ao ano em março de 2013 para os atuais 10,75%. Ou seja, aumentou quase 50% em menos de 12 meses, mas a inflação simplesmente não saiu do lugar – em alguns aspectos, até piorou.

Não fosse o garroteamento artificial de preços como o da energia e o da gasolina, a inflação estaria mais alta. Os preços livres exibem alta de algo como 7% ao ano e os serviços sobem ainda mais, por volta 8,2%. Preços que o governo controla aumentam em torno de 1,5%, mas este calmante tem limite e já está com prazo de validade vencido.

Não será possível segurar artificialmente custos em alta por muito mais tempo. Os combustíveis já iniciaram um processo de correção no ano passado, mas ainda continuam bastante defasados em relação ao preço que a Petrobras paga para importá-los do exterior – o que está na raiz do desmonte da nossa maior estatal.

Com a energia, dá-se o mesmo. O governo tentou derrubar os preços na marra, mas fracassou.

Diante de riscos crescentes de racionamento – de “zero” a chance subiu para “baixíssima” e ontem escalou mais um degrau para “baixa” – os custos explodiram. O Tesouro – leia-se os contribuintes – tentou matar a conta no peito, mas ontem também admitiu que a repassará para os consumidores a partir de 2015.

Como se não bastasse este arrazoado de preços em desequilíbrio e em galopada, nossa carga tributária segue alta e em expansão. Registrará aumento em proporção do PIB nos quatro anos da atual gestão e em sete dos oito anos em que Guido Mantega responde pela condução da política econômica do país. É conta que fica mais salgada para ser paga pelo contribuinte.

Não há menor sombra de dúvida de que a chamada nova matriz econômica do governo petista fracassou. Na realidade, ela é a velha diretriz estatista, que a experiência mundial já tinha varrido para debaixo do tapete, mas gente como a presidente Dilma Rousseff insistiu em tentar ressuscitar. Fizeram o país de laboratório e a experiência deu toda errada. Quem paga por isso somos nós.

Pessimismo dos economistas na indústria derruba projeção do PIB em 2014

industriaebc2-300x225Brasília (DF) – O desânimo que assola investidores e especialistas da área econômica conseguiu derrubar, mais uma vez, a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) para 2014. De acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda (10), feita pelo Banco Central semanalmente com instituições financeiras, a estimativa de crescimento da economia neste ano caiu de 1,7% para 1,68%. As informações são de reportagem desta terça-feira (11) do jornal O Globo.

O pessimismo dos analistas com a economia é associado ao desempenho da indústria. A perspectiva de expansão do setor também sofreu uma queda: de 1,8% para 1,57%. Essa foi a terceira semana seguida de baixa dos índices.“Com muita preocupação estamos vendo esse desequilíbrio da economia, onde uma coisa puxa a outra”, avaliou o deputado federal Marco Tebaldi (PSDB-SC), integrante da comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara.

“Já enfrentamos a questão da queda da balança comercial, uma forte desindustrialização, estamos gerando menos empregos, comprando mais, e agora temos a volta da inflação”.

Inflação

 Na contramão da retração do setor industrial, a expectativa de inflação neste ano voltou a subir, segundo a pesquisa Focus. Passou de 6% para 6,01%, e distanciou-se ainda mais do centro da meta para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – 4,5% neste ano.

Para Tebaldi, a gestão petista carece de bússola e instruções precisas para encontrar o rumo certo: “Vivemos uma situação de grande preocupação. Parece que o governo federal perdeu o controle da economia”, afirmou.

“Por sorte temos o agronegócio, que tem sustentado o país. Mas o que precisamos é de planejamento, metas. Temos um governo de improviso, que não priorizou o investimento, especialmente em infraestrutura, não apoiou o setor industrial, não deu condições logísticas para o país crescer. Infelizmente, o bumerangue está voltando”, acrescentou.