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“A união contra o ódio”, análise do ITV

alckminconvencao-300x200Há duas forças políticas em disputa hoje no país. Uma prega o ódio; a outra defende a união. Uma quer dividir os brasileiros; a outra busca uma nação que seja melhor para todos, indistintamente.

Inverter estes papéis é a estratégia de quem sempre apostou num Brasil conflagrado e, quando colhe o que planta cotidianamente, age como o batedor de carteira que, apanhado, grita “pega ladrão”.

Quem, mais que o PT, vem insuflando o ódio e tentando, com seu discurso sectário, dividir o país entre pobres e ricos, entre brancos e negros, entre elite e miseráveis? Não há cargo nem liturgia que impeçam seus próceres de exercitar sua retórica da intransigência, onde quer que a oportunidade surja.

Os petistas usam todos os meios à mão, lícitos e, principalmente, ilícitos, para propagar sua ode à divisão do país. Quem não está a favor do governo é tachado de “pessimista”, de “perdedor”, de antipatriótico. Não apenas nos palanques, mas também em solenidades oficiais. Cadeias de rádio e televisão tornaram-se tribuna de honra para ataques partidários.

Os líderes petistas aproveitam todos os espaços disponíveis – e subvertem os que não deveriam estar disponíveis – para constranger adversários, sempre classificando-os como espécies de vendilhões da pátria, traidores da nação, feitores do povo. Quem não está conosco está contra nós – é esta a mensagem sempre veiculada pelos porta-vozes do PT.

Que militantes sectários ajam assim, até vá lá. Mas a coisa muda muito de figura quando até a presidente da República não se furta a desrespeitar quem pode interpor-se ao projeto de poder total de seu partido. Foi o que fez Dilma Rousseff ontem ao atacar um governador de Estado em mensagem gravada a petistas no lançamento de seu candidato ao governo de São Paulo.

É assim que o PT faz política: atacando, achincalhando, desrespeitando. Quando tomam apupos como respostas, posam de vestais. As vaias e os xingamentos são difusos, partem de gente insatisfeita com o governo, ainda que com maus modos. São uma réplica à forma de governar de um partido e não agressão a uma mulher.

A retórica agressiva do PT, em contrapartida, é parte essencial de sua estratégia política, espinha dorsal de sua lógica de comunicação. Tanto que partiu de seu marqueteiro, o 40° ministro da República, João Santana, a comparação dos adversários de Dilma a “uma antropofagia de anões, (que) vão se comer, lá embaixo”. Se nove meses atrás a ordem unida já era esta, imagina agora depois da Copa…

O mago das campanhas eleitorais petistas dá a nota, mas quem executa a sinfonia de diatribes é Luiz Inácio Lula da Silva. A cada vez que lhe abrem os microfones para falar, o ex-presidente mostra-se incapaz de produzir uma mensagem construtiva, uma palavra em favor de uma concertação nacional. Sua lógica sempre é a do sectarismo.

À guisa de “responder” a investida da oposição, o petista exercitou ontem, mais uma vez, sua pregação do ódio. Mais uma vez, apostou na divisão da sociedade. Mais uma vez, lançou mão de manipulações da história e da reescrita do passado. É assim, e só assim, que o PT busca conseguir seus triunfos.

Os brasileiros de bem não suportam mais a maneira conflituosa de fazer política que o PT pratica. Os brasileiros de bem querem, isso sim, a reconquista da união e da civilidade. A mesma união que fez o país superar a truculência política, a instabilidade econômica, o atraso social. A união que, nas últimas três décadas, construiu a nação que hoje somos. O Brasil é de todos os brasileiros e não de uma facção que dele considera ter se apossado.

“Dilma, a campeã da mentira”, análise do ITV

dilma51Em tempo de Copa do Mundo, os povos costumam se irmanar. O sentimento de união tende a ser ainda mais forte quando o torneio acontece em países muito identificados com o esporte, como é o caso do Brasil. Mas ontem a presidente da República foi à televisão agredir os brasileiros que não comungam da visão rósea que seu governo busca propagar do Mundial.

Dilma Rousseff ocupou novamente uma cadeia nacional sob o pretexto de, segundo o Blog do Planalto, dizer que o Brasil “venceu os principais obstáculos e está preparado” para a Copa. Curiosa a razão do pronunciamento: fosse verdadeira, provavelmente a presidente não precisaria ir ao rádio e à TV para tentar convencer os brasileiros.

Basta andar nas ruas e ter olhos para ver que o Brasil que chega amanhã à Copa do Mundo não se parece nem um pouquinho com aquele que se projetava quando o país foi escolhido sede do torneio, em outubro de 2007 na Suíça. É abismal a distância entre o clima desalentado hoje reinante no país e o que a propaganda oficial vendeu em todos estes últimos anos.

Em seu pronunciamento, Dilma mirou a oposição, mas vilipendiou os brasileiros que ousam não compactuar com a mordaça com a qual o PT quer silenciar seus críticos e constranger os que não lhe dizem amém. Várias pesquisas de opinião mostram a desaprovação da nossa população à Copa ou a aspectos relacionados à promoção do torneio no Brasil.

Em abril, o Datafolha constatou que 55% dos brasileiros vêm mais prejuízos que benefícios na realização da Copa no país e só 36% acham o contrário. Outra pesquisa, feita pelo Ibope sob encomenda do Planalto, constata: em 11 das 12 cidades-sede os que enxergam mais prejuízos que benefícios são ampla maioria, conforme publica O Globo em sua edição de hoje.

Sim, os brasileiros esperavam bem mais da Copa, mas o governo que nos governa há 12 anos foi incapaz de cumprir suas responsabilidades. Há um mês, a Folha de S.Paulo fez extenso levantamento no qual constatou que somente 41% das 167 obras previstas relacionadas ao torneio foram realizadas.

Dilma tem razão quando diz que os estrangeiros não vão levar na bagagem os metrôs, os aeroportos e as obras de mobilidade associadas à Copa. Até porque elas não existem: só 10% ficaram prontas a tempo do Mundial.

O número de obras abandonadas também não cabe nos dedos das duas mãos, incluindo todos os cinco VLT (Veículos Leves sobre Trilhos) originalmente previstos. Corredores de ônibus, como o do Rio, e metrôs, como o de Salvador, estão sendo entregues incompletos.
Não é irrealista apenas a visão que Dilma apregoa sobre a Copa num espaço institucional que ela se especializou em desrespeitar. São falsas também boa parte das informações que ela destilou em seu pronunciamento – mais correto seria dizer que se tratou de um programa eleitoral – exibido ontem.

Dilma mente quando diz que “dobramos a capacidade dos aeroportos”. Melhoramos, é verdade, mas muito, muito menos: o aumento foi de 36%. Além disso, em 11 das 12 cidades-sede os aeroportos têm falhas, obras inacabadas, sujeira e desorganização, como mostrou a Folha na semana passada. Em Fortaleza, foi necessário erguer um terminal de lona; em Salvador, as obras foram simplesmente postergadas para depois da Copa.

Dilma afirmou que “estamos entregando, também, um moderno sistema de comunicação e transmissão que reúne o que há de mais avançado em tecnologia (…) em todas as 12 sedes”. Sabe-se, porém, que metade dos estádios não contará com redes sem fio, tornando a comunicação bem lenta, conforme admitiu o Sinditelebrasil na semana passada.

Mas a presidente exagera mesmo é quando coteja os gastos com estádios da Copa aos investimentos supostamente feitos em saúde e educação. Diz que estes são “212 vezes” maiores que o valor aplicado nas arenas. Para chegar a esta esdrúxula comparação, Dilma somou despesas de estados e municípios, mas foi bem mais longe e adicionou desde salários a gastos com cafezinho na conta.

Considerando apenas investimentos feitos pelo governo federal em saúde e educação desde 2011 até hoje, foram despendidos tão somente R$ 24,5 bilhões, conforme dados do Siafi levantados pela assessoria do DEM. Para chegar aos R$ 1,7 trilhão que a presidente afiança ter torrado nas duas áreas ao longo de seu governo é preciso muita ginástica…

Amanhã começa oficialmente a Copa do Mundo do Brasil. É tradição que chefes de governo locais deem boas-vindas aos esportistas e aos que acompanham a festa ao redor do mundo. A presidente brasileira preferiu o ambiente frio de um estúdio de TV para fazer seu pronunciamento. Lá pôde mentir à vontade, sem temer as vaias que, num estádio, certamente receberia.

A desagregação começou por São Paulo e se espalha pelo Brasil, por Alberto Goldman

alberto-goldman-foto-divulgacao-300x200Como me foi possível intuir e expressar durante evento do Instituto Teotônio Vilela ( ITV ), há um ano e meio, e escrever sobre o fim da era (ou do ciclo) petista há um ano, os sinais da desagregação do PT estão cada vez mais evidentes, em especial a partir do sentimento do povo brasileiro que vive em território paulista.

O desespero petista já vinha se anunciando com as declarações e atitudes dos dirigentes públicos que nos governam, em especial da Dilma e do Lula.  Dilma já se tornou alvo do ridículo ao afirmar a realização de projetos que não se concretizam, ao insistir em apresentar o país por uma visão rósea e irrealista, ao fazer o jogo do contente e, ultimamente, em apontar a oposição ao seu governo como a responsável pelas dificuldades do país, sem nunca reconhecer os seus próprios erros.

Lula, por sua vez, que percebe que a sua casa está caindo, vem no mesmo diapasão e acrescenta entre as oposições as que ele chama de “elites”, dentre elas a mídia, que ele supõe sabotando o medíocre governo que ele implantou com a sua candidata vitoriosa.  Mais irônico é que ele coordena  uma frente, que define como “progressista”, juntando em São Paulo – e repisando o que fez no Brasil –  o PT , o Maluf e o Paulo Skaf.   Tudo a peso de ouro ( e de cargos ). Haja progressismo.  Aliás a Dilma já disse que em São Paulo tem dois candidatos: o Padilha e o Skaf.  Já enterrou o Padilha.

Eles são os progressistas e nós – social democratas e liberais – somos os reacionários.  Piada digna do José Simão.

Os sinais da desagregação são muito fortes.  No plano econômico a inflação, os baixos investimentos, a baixa criação de empregos, o crescimento econômico tangenciando a recessão, o déficit fiscal crescente, a balança de pagamentos cada vez mais desequilibrada.  No campo social os movimentos que expressam o descontentamento da população.  No campo político os deputados e vereadores petistas que são descobertos como aliados do tráfico  ou dos doleiros.  Tudo lhes vai mal.

Os resultados começam a aparecer nas pesquisas nacionais que mostram que estão ladeira abaixo.   Começando fortemente por São Paulo, onde as pesquisas dizem que o governo Dilma tem a aprovação de apenas 23% do eleitorado e que 61% não votariam nele em hipótese alguma.   O índice do governo de ruim e péssimo é 39%.  Por incrível que pareça, em um eventual segundo turno entre ela e Aécio Neves, ela teria 34% e o ainda desconhecido Aécio teria 46%.  Perde até do Eduardo Campos.   E ela está, há 4 meses das eleições, em trajetória descendente!!!

São Paulo já a rejeitou e o Brasil, na sua totalidade, o fará logo mais.

*Alberto Goldman é um dos vice-presidentes do PSDB Nacional

**Artigo publicado no Blog do Goldman – 10-06-2010

“As boas-novas do Datafolha”, análise do ITV

urna-eletronica_1_0O detalhamento da mais recente pesquisa de intenção de votos feita pelo Datafolha sugere que a oposição tem uma pista livre para decolar nos próximos meses até a eleição de outubro. Tudo indica que o tempo do PT está chegando ao fim. Está se aproximando a hora da mudança. Ufa!

O resultado geral mais significativo é a persistente queda das intenções de voto na presidente Dilma Rousseff. Desde fevereiro, ela perdeu dez pontos e hoje tem 34%. As quedas mais acentuadas ocorreram no Norte e no Nordeste. Também não aconteceu a decantada decolagem que João Santana, no alto de toda a prepotência, previu em outubro do ano passado.

Num eventual segundo turno, a petista já sente o calor da aproximação de Aécio Neves. Na simulação feita no início deste mês, a diferença a favor da candidata-presidente é de apenas oito pontos percentuais: 46% a 38%. Há quatro meses, em fevereiro, na mesma simulação, Dilma tinha simplesmente o dobro das intenções de voto do tucano: 54% a 27%.

Em estados cruciais como São Paulo, que reúne 22% do eleitorado brasileiro, a presidente já está atrás de Aécio nas simulações de segundo turno (46% a 34%) e aparece tecnicamente empatada com ele na disputa em primeiro turno: 23% a 20%, segundo informa a Folha de S.Paulo em sua edição de hoje.

Ainda em relação a um cada vez mais certo segundo turno, Aécio vence Dilma nas regiões Sul e Sudeste enquanto no Centro-Oeste há rigoroso empate. A rejeição à candidata-presidente vem subindo e hoje já é a maior entre todos os candidatos (35%), enquanto a de Aécio é declinante e hoje encontra-se em 29%.

O caldo geral a favor da mudança continua engrossando: 74% dos entrevistados pelo Datafolha pedem um governo que tome atitudes diferentes do que faz a gestão Dilma. Para 21% dos entrevistados, Aécio é quem está mais preparado para fazer as transformações que o Brasil precisa – o percentual equivale ao dobro dos que pensavam assim em fevereiro. Dilma é apontada agora por 16%.

Todo o bom desempenho do senador tucano acontece a despeito do bombardeio propagandístico que o governo federal promove em rádios e televisões de todo o país tentando apropriar-se de realizações que, na maioria dos casos, nem dele são – como acontece em Minas e em São Paulo, para ficar apenas em alguns poucos exemplos.

As chances de Aécio ganham ainda maior relevância quando se sabe que, segundo o Datafolha, ele ainda é pouco conhecido pela população em geral. Enquanto 55% dos entrevistados dizem conhecer Dilma muito bem, apenas 19% afirmam o mesmo em relação ao ex-governador de Minas Gerais. Ou seja, à medida que começa a ser mais bem conhecido, Aécio sobe.

Do potencial de maior conhecimento do candidato do PSDB também pode depender a migração dos que hoje se mostram desalentados com as eleições e indicam disposição para votar branco, nulo ou abster-se em outubro. Nesta condição encontram-se 30% dos brasileiros, que ora se declaram sem candidatos.

Os resultados do Datafolha – que ouviu 4.337 pessoas, mais que o dobro do usual – corroboram outras pesquisas de outros institutos. Ou seja, não são pontos fora da curva. A eleição, de fato, caminha para favorecer a escolha de um novo rumo para o Brasil. Não é por outra razão que o desespero ora campeia nas hostes petistas, a ponto de Lula deitar críticas, dia sim dia também, ao governo de sua pupila. Agora, Lula, é tarde.

“Tungando os trabalhadores”, análise do ITV

pac-2-300x225O governo que se autoproclama “dos trabalhadores” está garfando os trabalhadores. Dois dos fundos públicos mais caros aos empregados brasileiros estão sob ataque: o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) estão sendo tungados pelos petistas.

Criado há 46 anos, o FGTS é uma espécie de poupança compulsória de todos os trabalhadores que têm carteira assinada no país. Os empregadores depositam o equivalente a 8% do salário mensalmente em contas individuais. O problema é como estes recursos são remunerados: taxa referencial (TR) mais 3% ao ano a título de juros.

Nos últimos anos, a TR tem sido mantida em patamar baixíssimo, segurando, também, os rendimentos das cadernetas de poupança. Com isso, o que já era ruim ficou pior: os depósitos feitos no FGTS passaram a perder feio para a inflação.

O economista Armando Castelar fez as contas. “Nos primeiros 38 meses do governo Dilma, o FGTS rendeu em média 3,6% ao ano, contra uma inflação média anual de 6,2%. Em média, portanto, o trabalhador viu sua poupança no FGTS sofrer uma perda de 2,4% ao ano”, escreveu em artigo publicado no Correio Braziliense.

Com Lula não foi diferente: a poupança do trabalhador também foi tungada pelo governo “dos trabalhadores”. Entre 2003 e 2010, calcula Castelar, a inflação média anual foi de 5,8%, enquanto o rendimento médio do FGTS foi de 5% ao ano, configurando, assim, um confisco médio real de 0,7% ao ano.

A situação contrasta com o que acontecia no governo Fernando Henrique. “Nos oitos anos de governo FHC, a inflação média anual foi de 9,1%, enquanto o FGTS rendeu em média 11,9% ao ano. O trabalhador teve, portanto, um ganho real médio 2,6% ao ano”, estimou Castelar.

No fim do ano passado, o instituto FGTS Fácil estimou quanto o trabalhador brasileiro terá perdido nos últimos tempos por ter recebido do governo remuneração tão abaixo da inflação. Na última década, considerando uma inflação média anual de 5,5%, o rombo chegaria a R$ 150 bilhões, informou o Estado de Minas, em outubro passado.

Há uma disputa em andamento para que o dinheiro mantido compulsoriamente pelo trabalhador no FGTS seja mais bem remunerado. No mínimo, ser corrigido pela inflação ou, talvez, pela mesma taxa de juros que o Tesouro paga a quem adquire seus títulos: enquanto o FGTS paga 3% de juros ao ano, o mercado cevado por Selic recebe 11% anuais…

Os problemas com a má gestão do patrimônio do trabalhador não param aí. O FAT também se tornou um dos potes de ouro alvos da cobiça petista. Suas reservas vêm sendo exauridas ano após ano e correm o risco de zerar nos próximos cinco anos, segundo publicou O Globo em sua edição de sábado.

O rombo é crescente. Em 2013, o déficit do FAT foi de R$ 10,3 bilhões. Neste ano, deverá chegar a R$ 12,7 bilhões e em 2015 poderá alcançar R$ 19,7 bilhões, conforme proposta orçamentária a ser votada nesta semana pelo Condefat (Conselho Deliberativo do FAT).

“O FAT não dura mais do que cinco anos. O buraco vai engolir todo o patrimônio do Fundo”, resume um conselheiro ouvido pelo jornal.

Os maus negócios com o dinheiro do trabalhador também alcançam o FI-FGTS. Trata-se de um fundo de investimentos gerido pela Caixa Econômica Federal que aporta parte do FGTS dos trabalhadores para financiar obras de infraestrutura em empresas escolhidas.

Hoje há R$ 40 bilhões alocados, alguns deles em micos homéricos como a Rede Energia e a Nova Cibe, que quebraram logo depois de receber aportes.

É assustadora a balbúrdia que o governo do PT faz disseminar sobre as contas do país. A responsabilidade fiscal foi árdua conquista da sociedade brasileira e ora vê-se cotidianamente erodida pelos gestores petistas. É bom segurar a carteira, porque a sanha do pessoal de Brasília não tem limites. É o dinheiro suado do trabalhador escorrendo pelo ralo da inépcia petista.

“O Brasil em desalento”, análise do ITV

abr260613vac_7453Os brasileiros têm motivos de sobra para voltar às ruas. Têm motivos para estarem insatisfeitos com o país. Têm motivos para protestar contra um governo que não mostrou a que veio e aproxima-se de um fim de feira melancólico. Tornamo-nos um país de desalento.

É este o clima reinante hoje no Brasil, e justamente às vésperas do que a propaganda oficial vendeu como a maior festa de todos os tempos. A “Copa das Copas” só não é um fiasco completo porque os jogadores da seleção de futebol se esforçam para manter acesa a chama da esperança. Na vida cotidiana, está tudo uma dureza só.

Pesquisa do Datafolha divulgada hoje confirma o clima de desânimo. Otimista inveterado, o brasileiro caiu na real e tornou-se um pessimista empedernido. São maioria (36%) os que acreditam que a situação do país na economia vai piorar. Parte relevante dos que antes achavam que tudo continuaria como está agora enxerga o futuro com viés negativo.

Teme-se a inflação, que voltou a subir no acumulado em 12 meses – agora para 6,37%, conforme divulgou o IBGE nesta manhã. Segundo o Datafolha, a expectativa de alta nos preços voltou a seu patamar mais alto: 64% dos entrevistados apostam nisso. Nesta semana, o Pew Research também listou a inflação como maior preocupação atual dos brasileiros.

Teme-se também o desemprego. Para 48% dos entrevistados pelo Datafolha, a falta de trabalho vai aumentar no país. O patamar só é menor que o registrado em março de 2009, no auge da crise econômica que se seguiu à quebra do banco americano Lehman Brothers. Sintetiza a Folha de S.Paulo: o pessimismo “bate recorde”.

Decerto não é “canalhice”, como acusa o falastrão Luiz Inácio Lula da Silva, a amarga constatação. Decerto a sensação expressa nas pesquisas e vocalizada por formadores de opinião e empresários é a mesma que acomete quem toma ônibus lotado, quem não obtém atendimento decente em hospital e não consegue comprar na feira o mesmo que comprava no mês anterior.

Nossa gente parece ter se cansado do blábláblá das autoridades. Chega de diagnóstico, chega de promessas. Até porque ninguém mais que eles conhece tão bem o que os diagnósticos expressam. Sabe tão bem o que as promessas não cumpridas acarretam em forma de uma vida cada vez mais dificultosa.

Há esperança, porém. O mesmo Datafolha mostra que as intenções de voto em Dilma Rousseff continuam mergulhando, o que permite antever riscos concretos de derrota do projeto de reeleição que ela encarna. Em quatro meses, dez pontos percentuais foram para o buraco, levando junto a candidata-presidente.

O Datafolha constata que a insatisfação com o governo petista ainda não se reverteu em votos para os candidatos da oposição. De fato. Mas é de se ressaltar a enorme distância entre os meios à mão do governo e os disponíveis àqueles que tentam apear Dilma do poder. É abissal e ainda está longe de ser transposta.

A exposição das opções, a partir de julho, na campanha eleitoral, tende a fazer o quadro se alterar. É o que quase sempre ocorre, com foi em 2010, neste caso a favor da hoje presidente. Os brasileiros estão convictos de que é hora de mudar. Só precisam de um pouco mais de informação e tempo para saber qual o rumo tomar. A mudança chegará.

“Quando novembro chegar”, análise do ITV

planalto-300x199É preciso dar razão à presidente Dilma Rousseff: a situação do país vai melhorar quando novembro chegar. Vai melhorar porque o eleitor brasileiro terá decidido por ponto final à experiência de governo do PT. Quando novembro, finalmente, chegar, o Brasil estará a um passo de começar a mudar. Ninguém aguenta mais o que aí está.

O país atravessa hoje uma de suas mais graves crises de confiança. O futuro parece turvo, se não para todos, para grande maioria. O brasileiro olha para a governante no Palácio do Planalto e não enxerga nela quem possa lhe conduzir a um amanhã melhor. Afinal, foi a mesma governante quem o trouxe a este presente penoso.

As expectativas estão ruins. Do empresário que desiste de produzir ao consumidor que prefere não comprar, passando pelo investidor que migra seu dinheiro daqui para bem longe. Dilma e um monte de petistas acha que é pura birra de quem faz “beicinho”, como decretou o ministro Paulo Bernardo há uns meses. Não entendem – ou não querem compreender – como funcionam as coisas no mundo real.

Os indicadores de confiança e expectativa estão todos apontando para baixo. Os da indústria, do comércio e dos consumidores estão nos menores níveis desde a crise de 2008, ano em que o mundo todo mergulhou numa profunda recessão. Ao contrário de antes, contudo, o mau humor agora é propriedade nossa, exclusividade dos brasileiros.

A constatação é reforçada por pesquisa feita pelo Pew Research Center divulgada ontem nos EUA. Os números são acachapantes. Para começar, 72% dos brasileiros estão insatisfeitos com a situação do país. O nível de insatisfação, porém, não é de agora: supera sistematicamente o de satisfação desde 2012, embora o abismo entre um e outro tenha se acentuado nestes últimos 12 meses.

A situação da nossa economia é ruim para 67% dos pesquisados, numa situação completamente inversa à de um ano atrás, quando 59% a avaliavam como boa. Neste caso, a reversão é total: desde 2010, quando o Pew Research fez sua primeira pesquisa nacional, até 2013, as avaliações positivas sobre o ambiente econômico brasileiro sempre superaram as negativas.

Os resultados colhidos não decorrem de avaliações aleatórias. O brasileiro sabe exatamente o que lhe incomoda: 85% apontam a alta de preços, a inflação, como principal problema do país atualmente. Insegurança e falta de saúde aparecem logo na sequência, com 83%. Também preocupam a corrupção política (78%) e a perda de oportunidades de trabalho (72%).

A visão que os entrevistados professam em relação à forma com que Dilma Rousseff cuida dos principais assuntos do país é amplamente negativa. O Pew Research apresentou nove temas e áreas aos pesquisados e em absolutamente todos a relação é de, no mínimo, dois que desaprovam para cada um que aprova, chegando a seis para um no caso da corrupção, da segurança e da saúde.

“O atual nível de frustração que os brasileiros expressam em relação à direção do seu país, a sua economia e os seus líderes não tem paralelo nos anos recentes”, resumem os pesquisadores. Segundo Juliana Horowitz, brasileira responsável pelo trabalho, o instituto fez levantamentos em 82 países desde 2010 e só viu oscilações tão acentuadas em lugares que passaram por crises ou rupturas institucionais, como o Egito, registra O Estado de S. Paulo.

O que o Pew Research, um dos principais institutos de pesquisa dos EUA, constata é algo que os que vivemos no Brasil atestam cotidianamente. Tornou-se insuportável aceitar a degradação das condições de vida, o desleixo com conquistas econômicas e sociais, a corrosão de valores que se tornaram norma nos anos recentes. Já deu. Que novembro chegue rápido, para enxotar o quanto antes esta gente do governo.

“Padrão Dilma”, análise do ITV

dilma-abr-300x206A Copa do Mundo está logo ali na esquina, mas o Brasil está a milhas de distância do país que emergiria do torneio, como, durante anos, prometeu o discurso oficial. A preparação para o campeonato legará poucos benefícios duradouros à população. E o pouco que foi feito exibe um padrão de qualidade muito abaixo da crítica.

As decepções começam logo na porta de entrada do país. Com honrosas exceções, os aeroportos continuam tão ruins quanto sempre foram. O cenário é quase de terra arrasada, como descreve a Folha de S. Paulo em sua edição de hoje. Não parecemos um país às vésperas de uma grande festa, mas sim um país depois da guerra.

Das 12 cidades sedes, 11 têm aeroportos com falhas, obras inacabadas, muita sujeira e, sobretudo, desorganização. Que cartão postal! Tem até obra que começou e foi abandonada pelo caminho, por absoluta inépcia dos realizadores, como é o caso do aeroporto de Fortaleza, substituído por um puxadinho.

Levantamento mais amplo, divulgado há três semanas, mostrou que apenas 41% das 167 obras previstas para a Copa, conforme a chamada matriz de responsabilidade, estavam prontas. O número mais atualizado dá conta de que o percentual subiu para 50%. Ou seja, sete anos depois de escolhido sede do torneio, o Brasil do PT só fez metade do que deveria. Quanta competência!

Não é apenas nas obras relacionadas ao campeonato de futebol que este padrão lambão de fazer as coisas transparece. Ele está presente também na gestão cotidiana do governo, no comando das empresas públicas, no descompromisso com a boa aplicação do dinheiro dos contribuintes, na forma errática de conduzir a economia. Dá para sintetizar numa expressão: é o padrão Dilma de governar.

Neste padrão, promessas só servem para não serem cumpridas e, um pouco mais à frente, serem oportunisticamente recicladas. É o que acontece com as sucessivas fases de programas como o PAC, o Minha Casa, Minha Vida, o Ciência sem Fronteiras e o Pronatec – todas anunciadas ou por serem anunciadas muito antes de as metas originais terem sido atingidas, quando o são.

O padrão Dilma envolve não apenas inapetência, mas também o gosto pelo engodo. Tome-se o PAC. Sua segunda versão, lançada no início de 2010, serviu para reembrulhar o muito que a primeira, datada de 2007, não entregara. O expediente, claro, foi insuficiente para transformar saliva e discurseira em realizações de verdade.

Das 49.905 obras do PAC 2, apenas 12% foram concluídas nos três primeiros anos de governo Dilma. Pior: mais da metade das obras (53%) sequer foram iniciadas, de acordo com levantamento divulgado em abril pela revista Veja, com base em dados da ONG Contas Abertas. A presidente, contudo, prepara-se para anunciar a terceira fase do programa…

Este padrão chumbrega também está na gestão de empresa como a Petrobras, onde investimentos bilionários, como os da Abreu e Lima, em Pernambuco, são feitos nas coxas, na base da “conta de padeiro”, no dizer de seu mais notório dirigente: o hoje presidiário Paulo Roberto Costa. Não espanta que a refinaria – decidida à época em que Dilma presidia o conselho de administração da estatal – tenha se tornado a mais cara já feita em todo o mundo.

O retrocesso que o país experimenta nos anos recentes, com crescimento anêmico e inflação renitente, é produto direto deste método medíocre de gestão. O Brasil foi posto na mão de aprendizes de feiticeiro que transformaram a nação num laboratório e num mero detalhe de seu projeto de poder eterno. Com o padrão Dilma de governar, fomos para o buraco. De lá, temos que sair rápido, antes que afundemos irremediavelmente.

“A farsa de democracia direta”, análise do ITV

congresso-nacional-memoria-ebc-300x192Sociedades maduras devem muito de sua prosperidade a suas instituições. O contrato social estabelece regras de convívio e funcionamento das diversas instâncias. A perenidade das normas orienta o comportamento dos cidadãos e a democracia oferece meios para participação e representação. Tudo dentro da ordem.

Há, porém, os que não comungam destes valores. Querem subverter a ordem, atropelar as instituições, instituir seus próprios princípios de convivência. Consideram regras consagradas como meros instrumentos de “dominação burguesa”. Opõem-se, com vigor, à democracia representativa e lutam por formas diretas de manifestação popular.

Esta é uma visão que predomina entre petistas. Trata-se de um vezo segundo o qual tudo o que se interponha no caminho de seu projeto de poder merece repúdio. Assim se dá com o tratamento dispensado a órgãos de fiscalização e controle, à imprensa e ao Judiciário, sempre que não comungam das teses do petismo.

Assim é também em relação ao Congresso. No passado, Lula disse que lá havia “300 picaretas”; hoje, ele e o PT aliam-se às piores picaretagens de que se tem notícia na história republicana. Mas o PT quer mais: quer subverter a representação e impor na marra a vontade das massas. Quer fazer valer suas vontades na pressão.

A nova Política Nacional de Participação Social (PNPS) insere-se neste contexto. Lançada há dez dias pela presidente Dilma Rousseff por meio de decreto, expressa como objetivo “fortalecer e articular os mecanismos e as instâncias democráticas de diálogo e a atuação conjunta entre a administração pública federal e a sociedade civil”.

No papel, tudo muito bonito. Na prática, nem tanto. O que o PT parece querer é implantar mecanismos de democracia direta no país, ao arrepio dos canais institucionais da nossa democracia representativa. De acordo com a pregação petista, a sociedade não interfere na administração pública e no processo legislativo. Será?

Nossos representantes são democraticamente eleitos para atuar no Parlamento e para governar. Há inúmeras formas de fiscalizá-los e de cobrá-los, sem que, no entanto, seja necessário criar novas estruturas burocráticas e instâncias passíveis de manipulação por parte de movimentos ditos sociais. O voto é a melhor arma para punir quem não cumpre os desígnios emanados da sociedade.

O governo petista brada o slogan “Todo brasileiro tem direito de participar” como se vivêssemos hoje numa ditadura. Como se não participássemos. Como se o voto fosse algo de somenos importância. Como se o que valesse mesmo fossem apenas as formas de pressão direta das massas sobre os governantes.

Há milênios, a humanidade testa formas de participação que vêm se aperfeiçoando, mas nenhuma delas mostrou-se mais saudável que a democracia e seu caráter representativo.

O PT prefere outros caminhos, inspirado, talvez, nas malfadadas experiências que pipocam pelo nosso continente – usadas, claro, sempre em favor de governantes caudilhescos.

A PNPS é mais uma forma de subverter a ordem democrática, de usurpar o papel das nossas instituições e de fazer valer vontades na marra. A participação popular precisa, sim, ser fortalecida, com cobrança firme sobre governantes e decisores. Mas não inventaram nada melhor para isso do que o voto. A urna é a forma mais adequada e direta de melhorar o país.

“O Bolsa Família é de todos os brasileiros”, análise do ITV

bolsafamiliaO Bolsa Família é uma conquista da cidadania e está incorporado à vida dos brasileiros. Trata-se de programa fundamental para garantir proteção social a milhões de cidadãos. Não é, porém, intocável e merece ser continuamente aperfeiçoado em benefício das famílias atendidas, de maneira a permitir-lhes superar a condição de pobreza.

Foi com este objetivo que a Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou ontem projeto de lei de autoria do senador Aécio Neves (PSDB-MG) que garante o pagamento do Bolsa Família por, pelo menos, seis meses a famílias que conseguirem aumentar sua renda e, desta forma, corriam risco de perder o direito ao benefício.

“O projeto permite a extensão da permanência no programa das famílias que, em função de atividade remunerada, percam as condições de extrema miséria e, ainda, retira o teto de meio salário mínimo, possibilitando aos beneficiários tranquilidade para administrar a melhoria em suas condições de vida, sem enfrentar a insegurança de ser excluído do programa”, escreve a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) no relatório aprovado ontem.

A proposta segue agora para análise na Comissão de Direitos Humanos do Senado em caráter terminativo, ou seja, se aprovada também lá, seguirá direto para apreciação da Câmara. O caminho é árduo, porque o PT já está fazendo de tudo para barrar o benefício. Eles se acham donos do Bolsa Família e não aceitam que ninguém, se não eles próprios, cuide do programa.

Na votação de ontem, quatro petistas e cinco senadores da base aliada votaram contra a proposta que garante aos beneficiários do Bolsa Família que eles não serão desligados do programa caso melhorem de vida. Nove senadores votaram contra a possibilidade de um pai de família poder buscar com tranquilidade um emprego, sem medo de perder o benefício.

Foram eles: Ana Rita (PT-ES), Ângela Portela (PT-RR), Humberto Costa (PT-PE) e Paulo Paim (PT-RS); Armando Monteiro (PTB-PE), João Alberto Souza (PMDB-MA), João Durval (PDT-BA), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Vital do Rêgo (PMDB-PB).

A proposta de Aécio foi vitoriosa com o apoio de dez senadores: Ana Amélia Lemos (PP-RS), Cícero Lucena (PSDB-PB), Eduardo Amorim (PSC-SE), Jayme Campos (DEM-RN), José Agripino (DEM-RN), Lúcia Vânia (PSDB-GO), Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), Paulo Davim (PV-RN), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e Sérgio Petecão (PSD-TO).

O PT acha que o Bolsa Família é propriedade sua e considera qualquer iniciativa em prol das 14 milhões de famílias beneficiárias um ato de lesa-pátria. Tanto que, ontem mesmo, logo após a votação no Senado, escalou a ministra de Desenvolvimento Social para atacar a proposta e fazer proselitismo eleitoral. Coisa feia.

O PT insiste em distorcer os fatos e em tentar reescrever a história. Nunca é demais lembrar que o Bolsa Família nada mais é do que o passo seguinte à rede de proteção social estruturada no governo Fernando Henrique Cardoso, apenas oportunistamente rebatizada pela gestão Lula. Naquela época, cerca de 6 milhões de famílias já eram beneficiadas – pouco menos da metade do total atual.

O relevante é que o PSDB tem uma concepção e um projeto de superação da pobreza que vai muito além da mera concessão de renda pelo Estado. Inclui também a melhoria das condições de vida da população mais pobre, por meio da oferta de melhores serviços de saúde, educação, saneamento e, principalmente, geração de emprego.

Em suma, a concessão, pelo Estado, de benefícios aos que deles necessitam é ponto de partida para uma vida mais digna e não ponto de chegada, como quer manter o PT. Aos petistas, o que interessa é ter um programa para chamar de seu e uma imensa massa de manobra para manipular a cada eleição. A nós, interessa a superação definitiva da miséria. Foi contra isso que os petistas, mais uma vez, votaram ontem.