A deputada estadual Dione Hashioka (PSDB-MS) disse acreditar que mensaleiros podem estar acreditando na “impunidade como certeza” ou então que não denigrem a imagem do partido ao qual se vinculam ao participar com destaque de evento da CUT – Central Única dos Trabalhadores.
Delúbio Soares e José Dirceu foram homenageados na festa dos 30 anos da CUT, realizada nessa quarta-feira (28/8) em São Bernardo do Campo (SP). Ambos foram condenados no Supremo Tribunal Federal (STF) no processo que ficou conhecido com Mensalão do PT. Há poucos dias, o STF manteve a condenação deles ao rejeitar recursos.
Delúbio é ex-tesoureiro do PT e Dirceu é ex-ministro-chefe da Casa Civil. Eles foram condenados junto com outros 23 réus.
Brasília – De acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da República, o PT montou um esquema de pagamento de propina para deputados na Câmara em troca de apoio aos projetos de interesse dos petistas no Congresso. Ainda de acordo com a Procuradoria-Geral da República, o mensalão foi arquitetado entre as paredes do Palácio do Planalto.
O mensalão do PT colocou no banco dos réus 38 pessoas, entre elas José Dirceu, ex-chefe da Casa Civil no governo Lula, apontado como chefe da quadrilha, José Genoíno, ex-presidente do PT, e Delúbio Soares, ex-tesoureiro do partido.
Sete anos após a denúncia, em agosto de 2012, o Supremo Tribunal Federal (STF) começou o julgamento, que acabou se tornando o mais longo na história da corte.
Os acusados foram julgados por crimes de corrupção ativa e passiva, evasão de divisas, formação de quadrilha, gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e peculato.
Após quatro meses e meio de julgamento, foram condenados 25 dos 38 réus.
O STF entendeu que houve um esquema de compra de votos de parlamentares no Congresso durante os primeiros anos do governo Lula, financiado por meio de desvio de dinheiro público e contratos que envolviam a Câmara, o Banco do Brasil, o Banco Rural e empresas de propaganda.
Entre os condenados: José Dirceu, braço-direito de Lula, José Genoino, ex-presidente do PT, João Paulo Cunha, deputado federal do PT e Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT.
Mesmo condenados pelo STF, os réus ainda não foram presos.
Alguns deles, como os petistas José Genoino e João Paulo Cunha, continuam ocupando cargos de deputado federal na Câmara.
O julgamento entrou na fase de análise dos recursos. A expectativa é que essa nova etapa dure, pelo menos, 30 dias.