PSDB – MS

José Eduardo Cardozo

Para Líder do PSDB, AGU e Cardozo misturam funções de Estado a papel partidário

antonio-imbassahy-foto-george-gianni-psdb-300x1991O Líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), criticou a postura dos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams, que saíram em defesa das contas das campanhas do PT depois que empresários revelaram, no regime de delação premiada no âmbito das investigações do esquema de corrupção na Petrobras, que pelo menos R$ 20 milhões de propina caíram nos cofres do Partido dos Trabalhadores, R$ 4 milhões em doações legais.
Segundo o Líder, quem deve prestar esclarecimentos sobre isso é a direção do PT, do seu tesoureiro, João Vaccari Neto. Para ele, Cardozo e Adams meteram os pés pelas mãos ao reproduzirem a velha patologia do PT de confundir Estado com o partido, interesse público do privado e partidário.

“Os ministros, talvez pela ansiedade de se cacifarem para a vaga que está aberta no Supremo Tribunal Federal, queiram mostrar serviço e misturem as atribuições de Estado ao papel partidário. É até compreensível que ambos estejam também preocupados com a situação da presidente Dilma, que pode, lá na frente, enfrentar situações mais difíceis ainda, mas não está entre suas atribuições serem advogados do PT. Isso é inadmissível”, afirmou Imbassahy.

Para o Líder do PSDB, se essa conduta de Cardozo e Adams for uma estratégia para chegaram o STF, ela é comprometedora e revela parcialidade, conduta incompatível a um juiz. “Se misturam Estado e partido agora, serão eles despachantes do PT no Supremo?”, questiona. “Esse reiterado comportamento definitivamente retira a credibilidade necessária ao exercício das suas funções”, arrematou.

Segundo Imbassahy, se ambos almejam ocupar a cadeira de ministro da mais alta Corte do país, devem, pelo menos, cumprir os dispositivos legais que estabelecem as suas atribuições. “Os ministros deveriam dar uma espiada na lei 10683/2003, que define o papel do ministro da Justiça, e na lei complementar 73, de 93, com as funções da AGU. Nelas não tem nenhum artigo que os obrigue a defender tramoias de campanha eleitoral. Eles devem escolher o que preferem fazer: ou se dedicam a defender o Estado e o interesse público ou assumem a defesa do PT”, afirmou.

Da Liderança do PSDB na Câmara/Portal do PSDB na Câmara

“O dever da tolerância”, por José Aníbal

jose-anibal-foto-george-gianni-psdb-300x199Escrevi semanalmente neste blog, sempre às quartas-feiras, desde 12 de março de 2013. Neste período pude experimentar a tal “cachaça” de que falam os jornalistas. Escrever é tão estimulante quanto ler. Principalmente numa democracia como a nossa, vibrante, anárquica, cheia de excessos e lacunas.

Desde então, reservei as noites de quarta para espiar como o artigo se saiu e os comentários que os leitores do Noblat deixaram para mim. Falar sobre o cotidiano do país assim, com assiduidade, posicionamento e exposto ao contraditório (e ao ataque), não é fácil. Habituados a certa inviolabilidade, políticos raramente têm a possibilidade de saber o que dizem e o que pensam de suas ideias. Muitos não querem nem saber.

O mais interessante, no entanto, é observar que há no noticiário um nervo oculto que, por algum motivo, desperta o interesse de todo tipo de gente, interfere nas percepções coletivas e causa nas pessoas a necessidade de falar – o que sai daí tem sentidos dos mais variados. A utopia democrática é juntar essa diversidade com absoluta tolerância de uns para com os outros. Espaços como este blog, onde a praticamos, precisam ser preservados.

Foi justo no aperfeiçoamento democrático e no dever da tolerância onde Dilma, ao meu ver, mais deixou a desejar como presidente da República – mais do que pelo evidente populismo que marca seu governo ou no desleixo com a coisa pública. Dilma deu guarida aos guerrilheiros do achincalhe político, aos sequestradores de reputação, aos que usam o Estado para perseguir, intimidar e difamar adversários. Justo ela.

Como é de conhecimento público, o enredo que imputa a mim desvios que jamais cometi foi forjado dentro do Ministério da Justiça. Arranjado por um deputado petista, o documento apócrifo foi vazado com a chancela do Cade e plantado na Polícia Federal, clandestinamente, pelo ministro José Eduardo Cardozo. O protocolo de entrada do documento na PF não existe. O PT tentou sujar meu nome e usou a estrutura do Estado para espalhar o boato. Semana passada, a oitiva, voluntária, das testemunhas, desmoralizou as calúnias do bandido delator protegido pelos petistas.

Não é de se estranhar que os mesmos que sustentam, acobertam e tiram proveito político dessas desonras defendem ardorosamente o “controle social” da mídia e produzem listas negras de jornalistas. A imprensa comprada, obviamente, os idolatra. Dilma, vértice desta edificação, contribuiu, com sua permissividade, para corrosão dos costumes políticos que ora observamos. Não construiu instituições nem reforçou os anteparos democráticos. Não foi estadista.

Quanto a mim, continuo entusiasta da democracia pois, entre outras vantagens, ela se encarrega da própria depuração. Para isso, é fundamental que, mesmo discordando, todos sejam livres para falar. A verdade e justiça são irreprimíveis. Basta que não nos intimidemos. Agradeço ao Noblat e aos leitores pela generosidade da troca democrática. Tanto os que gostaram como os demais. Que bom que vocês leram. Eu li o que vocês escreveram.

*José Aníbal é deputado federal (PSDB-SP)

**Artigo publicado no Blog do Noblat – 02-07-2014

“O espantado”, por José Aníbal

Jose-Anibal-Foto-George-Gianni-PSDB-1-300x199O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se disse “espantado” na semana passada com as críticas do senador Aécio Neves à omissão do governo federal na segurança pública. Embora Cardozo não seja propriamente reconhecido por sua firmeza e competência, dizer-se espantado com as críticas ao seu desempenho já é cinismo. Receio que vou acabar de horrorizá-lo. Vamos aos dados.

Segundo informações do Mapa da Violência, adiantadas por O Globo ontem, a taxa de homicídios no Brasil é a maior desde 1980. Baseado em dados do Ministério da Saúde, o número de mortes violentas aumentou 7,9% em relação ao último estudo. Atingiu nada menos que 56.337 óbitos. A taxa de homicídios chegou a 29 por 100 mil. Espantoso.

Nos três primeiros anos de Dilma, foram liberados só 10,8% dos recursos previstos para o Fundo Penitenciário Nacional. Segundo o Siafi, de R$ 1,4 bilhão previsto, só R$ 156 milhões foram pagos até dezembro. O programa de Reestruturação e Modernização do Sistema Criminal e Penitenciário recebeu 3%. Para o Apoio à Construção de Estabelecimentos Penais Estaduais, 0,47%.

Realizada entre 02 e 03 de abril com 2.637 entrevistados, a pesquisa do Datafolha sobre segurança pública revelou que 20% dos brasileiros com 16 anos ou mais foram vítimas de algum crime nos últimos 12 meses – roubo, assalto, agressão, sequestro relâmpago e invasão da moradia. Os mais sacrificados são os jovens: 28% sofreram com algum desses crimes.

Segundo a pesquisa, quanto maior a cidade, mais vítimas da violência. Com até 50 mil habitantes, 14% foram vítimas. Até 200 mil, 20%. Entre aquelas com população acima de 500 mil, o índice subiu a 25%. Perguntados se tiveram parentes ou conhecidos assassinados nos últimos 12 meses, 21% responderam que sim – com índices acima da média na região Nordeste (31%) e entre jovens (30%).

No início do mandato de Lula, 18% da população apontavam a segurança como área que mais carecia de atenção do governo federal. Doze anos depois, o índice permanece idêntico – o que mostra a baixa resolutividade das administrações petistas. Não por coincidência, o Datafolha mostra que as vítimas são as mais descontentes com Dilma.

Enquanto o ministro Cardozo fica espantado, armas e drogas circulam sem restrição pelas ruas. 56 mil brasileiros perdem a vida inutilmente por ano. O sistema penal, cuja reforma deveria ser induzida pelo Ministério da Justiça, continua falido, anacrônico e amigo do bandido. O ministro é o próprio retrato da leniência. Em quatro anos, ele só mostrou que é bom em tirar o corpo fora e em repassar dossiês apócrifos.

*José Aníbal é deputado federal (PSDB-SP)

**Publicado no Blog do Noblat – 28-05-2014

Declaração do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, sobre afirmativas feitas pelo ministro José Eduardo Cardozo

aecio-neves-pesquisa-mostra-que-300x168“Disse e repito que o governo federal é omisso no enfrentamento dos desafios da segurança pública no país.

Além dessa constatação, faço outra: é lamentável ver um ministro de Estado utilizando o cargo público para falar como militante partidário. Com isso, ele não só diminui o cargo que ocupa, mas confirma que o PT definitivamente não separa a esfera pública da partidária.

As grosserias do ministro, por maiores que sejam, são insuficientes para esconder a realidade do abandono da segurança pública pelo governo federal e revelam a ausência de argumentos de um governo que se especializou em transferir responsabilidades.

É triste vermos quão desinformado o ministro da Justiça encontra-se, não apenas sobre meu trabalho como senador, mas sobre o do meu partido no Congresso Nacional.

Se melhor informado, ou munido do mínimo de boa fé que o cargo exige, saberia do esforço do PSDB, que discutiu e apresentou, através da atuação do nosso líder, senador Aloysio Nunes, único parlamentar do PSDB indicado como membro da Comissão Especial de Reforma do Código Penal e que representou todos os demais senadores, quase 50 emendas tratando de temas como: prescrição, progressão de regime, causas de aumento e redução de penas, penas alternativas, crimes contra a vida, a honra, a administração pública, de corrupção, drogas, sistema penitenciário, entre vários outros.

Saberia que tramita, desde 2011, sem apoio da base governista, projeto de lei de minha autoria que proíbe contingenciamento dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública e do Fundo Penitenciário.

É uma pena que o ministro não tenha aproveitado a oportunidade para explicar por que o governo federal participa com apenas 13 % dos gastos em segurança pública em todo país. Poderia ter explicado, por exemplo, a pífia execução orçamentária da área e dos fundos de segurança e penitenciário durante seu período como ministro. O Fundo Penitenciário pagou apenas 11 % dos recursos nos últimos três anos, apesar da grave crise no setor.

Pena também que o ministro não tenha usado a oportunidade para esclarecer se é verdadeira a denúncia que circula de que, por decisão sua, a Polícia Federal agora é obrigada a avisar previamente ao ministro cada vez que ocorre uma investigação que envolva uma pessoa pública.

O tempo das bravatas acabou. A velha tática de atacar para não ter que explicar já é percebida por todo o país. Por isso, cada vez mais brasileiros exigem mudanças no país.”

PSDB chamará Tuma Jr à Câmara e cobra agilidade do ministro Cardozo na investigação de denúncias

carlos-sampaio-foto-george-gianni-psdb-41-300x199O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), chamou a entrevista do ex-secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., de “esclarecedora e estarrecedora”.
Sampaio vai requerer no início desta semana à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara a realização de audiência pública com a presença de Tuma Jr. O objetivo é esclarecer as graves denúncias feitas à revista Veja e que fazem parte de um livro que está sendo lançado.“O ex-secretário Tuma Jr, que fez parte do alto escalão do governo Lula por três anos, confirmou tudo aquilo que sempre denunciamos: a fábrica de dossiês petista, o até hoje obscuro assassinato político do prefeito Celso Daniel e a existência de uma conta no exterior para onde foram enviados os recursos do Mensalão, entre outras afirmações graves ”, disse Carlos Sampaio.

“Até mesmo a investigação sobre o cartel do metrô em São Paulo, que o ministro Eduardo Cardozo negou ter sido fruto de exploração político-partidária, obedeceu ao modus operandi usual. Surge um dossiê apócrifo e em seguida é encomendada à Polícia Federal uma investigação sigilosa que não permite sequer ao denunciado qualquer chance de defesa. Ao fim, quando provadas a improcedência da ação e a inocência do acusado, já é tarde demais – ele já foi vítima do que Tuma Jr chamou de ‘assassinato de reputações’”, completou o líder tucano.

Sampaio espera agora que o ministro Eduardo Cardozo tenha a mesma agilidade e disposição para investigar o conteúdo do livro que demonstrou em relação ao dossiê apócrifo vazado à imprensa, apesar do que chamou de “predileção do ministro por documentos sem autor”.

“Ao contrário do dossiê anterior, esse tem conteúdo facilmente comprovável, além de ser assinado por alguém que carrega uma reputação pessoal e familiar histórica e que esteve dentro do próprio governo. Vamos ver qual será o procedimento do ministro da Justiça”, concluiu.

 

Da assessoria da liderança

“Ministro Cardozo se complica a cada noticiário”, afirma líder do PSDB na Câmara

Carlos-Sampaio-Foto-George-Gianni-1-300x200Para o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), a cada elemento novo trazido pelo noticiário dos últimos dias, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se complica ainda mais. Sampaio destaca o fato de que Cardozo teria tido encontros com sócios de consultoria investigada na ação sobre formação de cartel.

“Esses encontros com os consultores são mais um elemento complicador da situação do ministro, ainda mais se levarmos em conta que foi o próprio Simão Pedro, deputado do PT e amigo de Cardozo, quem os acusou de terem pago propina para agentes políticos do governo estadual. Será que Simão Pedro não alertou seu amigo, que à época era deputado federal, sobre o ‘proceder ilegal’ desses consultores? Por outro lado, o que justifica o encontro do então deputado federal José Eduardo Cardoso com consultores que atuam na área do Executivo e não no Legislativo?”, questiona Sampaio.

“A verdade é que, se o encontro ocorre com membros do PSDB, são fortes indícios de conluio e irregularidades. Agora, quando inexplicavelmente o então parlamentar e hoje ministro da Justiça se encontra com os mesmos consultores, tudo não passou de uma conversa normal e republicana”, ironiza Sampaio.

Para o líder, “está evidente que o ministro Cardozo, que fez parte de uma armação para tentar desgastar e prejudicar adversários, atacando os consultores, agora não consegue explicar a razão pela qual os convidou para um bate papo!”.

Segundo Sampaio, “o ministro prestaria um grande serviço à nação afastando-se do cargo e deixando as investigações acontecerem sem o direcionamento que ocorre hoje”, afirma.

“Politicamente expostas” – Sampaio destaca ainda outro elemento que reforça a tese que defende de que o ministro Cardoso usa o seu cargo e a estrutura do ministério para controlar as informações contra adversários. É que por decisão do Ministro Cardoso, segundo notícia da revista Veja, a Polícia Federal passou a inserir, nos relatórios das operações que realiza, a informação sobre a existência de pessoas “politicamente expostas” nas investigações em curso.

Para Sampaio, “procedimentos como esses, que não existiam nem mesmo na era Lula, são preocupantes em virtude do histórico do PT em fabricar dossiês falsos e do que temos visto, mais recentemente no caso Siemens: vazamento seletivo de informações, incluindo documentos adulterados com o claro objetivo de prejudicar adversários”.

O líder afirmou ainda que esse procedimento assemelha-se à censura. “A tirar pelo comportamento do PT, essas informações poderão ser utilizadas de forma bem pragmática – se os envolvidos nas operações forem do PT, esconde-se ou abafa-se o caso. Se forem adversários, aí o tratamento poderá se outro, bem diferente. É uma espécie de censura ao trabalho da Polícia Federal, que sempre foi independente”, afirmou Sampaio.

“Os aloprados voltaram”, análise do ITV

itv-300x200Bastou os mensaleiros irem para a cadeia para o PT ressuscitar seus velhos e espúrios métodos de luta política. Nesta guerra, a arma mais comum é a difamação, a manipulação e a produção em série de dossiês fajutos. Aconteceu novamente agora, com o agravante de que, desta vez, quem está à frente das aloprações é nada menos que o ministro da Justiça.

O PT parece ter visto na investigação da denúncia de prática de cartel em concorrências para obras de expansão da rede metroferroviária em São Paulo uma oportunidade para tentar envolver seus maiores adversários políticos na mesma lama em que o partido dos mensaleiros chafurda. Para tanto, botou suas engrenagens em ação e envolveu o aparato estatal na luta política.

Na última semana, veio a público um documento que supostamente envolveria políticos tucanos no recebimento de propina ligada a contratos do Metrô e da CPTM na capital paulista. O papel teria partido de um ex-dirigente da Siemens, empresa que, envolvida no cartel, firmou acordo de delação premiada com o Cade (Conselho Administrativo de Direito Econômico).

Soube-se, em seguida, que o suposto autor do papelucho desconhece seu conteúdo e até refuta as acusações que supostamente constam do “documento”. A trama ficou ainda mais cabeluda quando José Eduardo Cardozo assumiu ter sido o responsável por encaminhar a denúncia à investigação da Polícia Federal. O ministro da Justiça enfiou as patas na lama.

Ontem o PSDB mostrou que Cardozo deu guarida a um papel fraudado que sequer correspondia à fiel tradução do original, com a inclusão criminosa de nomes que simplesmente não constavam da versão em inglês. É o PT exercitando sua conhecida má-fé – ou, quem sabe, a “criatividade” que se tornou marca do partido até nas contas públicas do país…

Cardozo também tentou proteger um funcionário de Estado que foi aprovado para o cargo omitindo suas umbilicais ligações com o petismo: Vinicius Carvalho, parente do secretário-geral da Presidência da República que foi alçado à presidência do Cade depois de chefiar o gabinete do deputado petista Simão Pedro, o mesmo que agora se notabiliza pelas denúncias dos contratos das obras paulistas.

Curiosamente, o governo petista, com José Eduardo Cardozo à frente, só deu publicidade ao papelório seis meses depois de recebida a denúncia, cinco meses depois de encaminhá-la à Polícia Federal, mas somente cinco dias depois da prisão dos mensaleiros. Por que demorou tanto? Por que só divulgou o que tinha em mãos quando seus colegas de partido foram parar atrás das grades e na página da frente dos jornais?

Tem-se, portanto, um enredo em que um papel sem autoria reconhecida é, segundo a versão do ministro da Justiça, recebido oficiosamente num fim de semana e fora do ambiente de trabalho das mãos de um companheiro de partido – Simão Pedro, deputado licenciado e hoje secretário do governo Haddad – e dá origem a uma retumbante denúncia exatamente no mesmo momento em que petistas do mais alto coturno ocupam manchetes vestindo uniformes de presidiários.

Tratando-se do PT, faz todo sentido que assim seja. Seu propósito é cristalino: tumultuar, mais uma vez, o ambiente político, desviar o foco do escândalo do mensalão e dos mensaleiros petistas presos no presídio da Papuda, na capital federal, e tentar fazer crer à população que todos se igualam no lodo do submundo da política.

O PSDB deixou claro que não teme investigações. Quer, aliás, que elas aconteçam da maneira mais ampla, geral e irrestrita possível, desde que isentas, equilibradas, profundas. Neste sentido, é necessário também apurar suspeitas similares que pairam sobre contratos firmados pela CBTU, empresa federal vinculada ao Ministério das Cidades, para reforma de trens em Porto Alegre e Belo Horizonte, conforme a Polícia Federal e o Ministério Público Federal anunciaram em agosto, mas até agora não se sabe no que deu.

Em tudo o mais novo capítulo da baixa política protagonizado pelos petistas se parece com episódios anteriores, como a falsificação de documentos por aloprados na campanha de 2006, o chamado dossiê Cayman, a “lista de Furnas” e a criminosa quebra de sigilo de tucanos na campanha presidencial de 2010. O melhor detergente para esta sujeira é a luz do sol. Que se apure a fundo todas as denúncias, mas que se deixe de lado o uso espúrio do aparato estatal para fazer disputa política, como faz o PT, mais uma vez.

Aníbal: “Ou Dilma demite o ministro da Justiça ou é cúmplice do Dossiê Aloprados 2”

anibal-foto-george-gianni-300x199Brasília – O secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, acusou nesta terça-feira (26) o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, de usar politicamente contra os adversários políticos o processo de investigações sobre o cartel das licitações de metrô e trens em São Paulo. Durante entrevista coletiva nesta terça-feira, Aníbal defendeu a saída de Cardozo do ministério da Justiça.

“[Tudo isso tem o objetivo] para tentar aquilo que é o cerne da ação petista, que é a alucinada com relação ao poder, que é jogar lama, jogar mentira, jogar podridão em cima dos adversários”, disparou Aníbal. E acrescentou:“Ou a presidente [Dilma Rousseff] demite o ministro, ou ela é cúmplice desse ‘Dossiê Aloprado 2’, como disse aqui o deputado Carlos Sampaio [SP].”

O secretário ressaltou que teve acesso ao depoimento do ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer, no qual não há referência alguma a integrantes do PSDB. Porém, ele destacou que houve uma manipulação na tradução dos documentos do inglês para o português.

“Nós tivemos acesso ontem às delações premiadas do senhor Éverton ao Ministério Público de São Paulo e à Polícia Federal. Em nenhum momento há qualquer menção, na delação premiada dele, a políticos do PSDB. Nenhuma menção”, disse o secretário.

Para Aníbal, o ministro da Justiça atuou como um “operador” partidário. “[Cardozo] deixou de ter a postura do magistrado, do ministro que tem preferência sobre todos os demais, que é o ministro da Justiça, e passou a agir como um operador do submundo, que o PT faz com muita freqüência”, afirmou Aníbal.

PSDB cobra transparência nas investigações de empresas públicas e denuncia adulteração de documento do ex-executivo da Siemens com objetivo de criar falsa acusação contra o partido

26-11-13-aecio-neves-plenario-fim-voto-secreto-300x200 Brasília – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), os líderes do partido no Senado, senador Aloysio Nunes Ferreira (SP), e na Câmara dos Deputados, deputado Carlos Sampaio (SP), acompanhados dos secretários estaduais de São Paulo Edson Aparecido e José Aníbal, denunciaram, nesta terça-feira (26/11), adulteração do relatório original do ex-executivo da empresa Siemens Everton Rheinheimer, com o objetivo de forjar denúncias contra o PSDB e parlamentares.

O relatório original entregue pelo ex-executivo à empresa não traz qualquer citação ao PSDB ou nomes de parlamentares tucanos. A citação ao partido foi forjada, dando origem a um documento falso entregue na versão traduzida para o português do relatório e que consta no processo aberto pela Polícia Federal.

Seguem os links do documento original em inglês e da tradução adulterada em português

A direção do PSDB e demais lideranças do partido pediram, nesta terça-feira, identificação do responsável pela falsificação do documento contra o PSDB, aceito pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e encaminhado à Polícia Federal. Denunciaram ainda o uso das instituições do Ministério da Justiça, do Conselho Administrativo de Direito Econômico (Cade) e da Polícia Federal para forjar acusações contra o PSDB.

Eles anunciaram as seguintes ações:

1 – Investigação para identificação do responsável pela falsificação do relatório do ex-executivo da Siemens e pela inclusão de referências ao PSDB inexistentes no documento original.

2 – Representação junto à Procuradoria-Geral da República para abertura de investigação sobre relatório de ex-executivo da Siemens.

3 – Investigação rigorosa e transparente por parte da Polícia Federal dos contratos com empresa Siemens junto a empresas públicas federais, estaduais e municipais no país.

4 – Convocação do ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, nas duas Casas do Congresso para prestar explicações sobre sua atuação das denúncias apresentadas contra parlamentares do PSDB.

5 – Representação contra o ministro da Justiça junto ao Conselho de Ética Pública e ainda no Ministério Público Federal por improbidade administrativa.

6 – Destituição do presidente do CADE, Vinícius Carvalho, da presidência do órgão em razão de ter sonegado suas ligações com o PT no currículo apresentado à sabatina do Senado e exercer função pública com objetivos politico-partidário.

7 – Pedido de explicações do presidente do Cade, Vinícius Carvalho, sobre sua atuação nas denúncias feitas.

8 – Ações judiciais coletivas e individuais contra falsas acusações feitas.

Líderes tucanos acusam José Eduardo de forjar ‘Dossiê Aloprados 2’ contra PSDB

sampaio-aecio-e-aloysio-300x200Brasília – Os líderes do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), e na Câmara, Carlos Sampaio (SP), condenaram nesta terça-feira (26), em entrevista coletiva na sede nacional do partido, a manipulação de informações por parte do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, nas investigações sobre o cartel nas licitações do metrô e trens em São Paulo. Ambos anunciaram que serão movidas ações contra as acusações.

Para os líderes, é fundamental o afastamento de Cardozo das investigações. Ambos compararam o episódio atual ao Escândalo dos Aloprados – quando petistas, em 2006, tentaram comprar um falso dossiê contra o PSDB. Sampaio chegou a citar outros dossiês montados por petistas como o das Ilhas Cayman e da Lista de Furnas.

“O dossiê dos Aloprados, que aqui, o episódio da Siemens nos remete a um episódio muito parecido, que eu definiria como ‘Aloprados 2’, com uma diferença que em relação ao dossiê [dos Aloprados] foram presos aquele que foi o tesoureiro do PT e aquele que se intitulava o advogado do PT, o Gedimar e o Valdebran”, ressaltou o líder na Câmara.
Nunes Ferreira disse que requisitou ao Senado o direito de ter acesso aos dados divulgados que o envolvem. Para ele, Cardozo atrapalha o andamento das investigações e conduz o processo “com falta de decoro e seriedade”.

“Vamos passar a limpo toda essa questão. Quanto a mim, pessoalmente, eu quero dizer a vocês que esse episódio me causa um intenso sofrimento pessoal. Intenso, porque vi o meu nome misturado a um episódio nebuloso, a partir de um documento falso”, disse Nunes Ferreira. “[As informações] fizeram crer que eu fazia parte de algum esquema. Esquema quer dizer combinação, complô, para promover o cartel em troca de vantagens indevidas. Isso que foi tornado público me causa um profundo sentimento pessoal, além da indignação”, afirmou o líder.

Sampaio, que é promotor público, afirmou que o PSDB encaminhou representações para que Cardozo e o presidente do Conselho Administrativo do Conselho Econômico (Cade), Vinícius Carvalho, prestem esclarecimentos públicos sobre as denúncias. Para o líder na Câmara, tradicionalmente o PT “forja dossiês”.
“Se uma pessoa séria recebe um documento desses, chama os assessores e rasga o documento”, afirmou Sampaio, lembrando que o material não contém autoria. “Foi conversa de companheiros de partido na casa dele. Houve uma sucessão de desmentidos e de posturas”, acrescentou.

Participaram da entrevista coletiva o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), os deputados federais Bruno Araújo (PE), Antonio Imbassahy (BA), Marquezan Junior (RS), Vanderley Macris (SP), além do presidente do PSDB em São Paulo, deputado federal Duarte Nogueira, e os secretários estaduais de São Paulo, José Aníbal e Edson Aparecido.