O senador Ruben Figueiró (PSDB-MS) avaliou positivamente a reunião sobre a importância do sistema financeiro para o crédito agrícola realizada nessa terça-feira (4) na Comissão de Agricultura do Senado. Essa foi a segunda de quatro reuniões que serão realizadas a respeito do crédito rural. “Da análise do que está sendo proposto e executado pelo governo federal, chegamos à conclusão de que o atendimento ao produtor rural está muito aquém do necessário”, comentou.
Em dezembro, Figueiró vai apresentar o relatório final sobre a fiscalização dos critérios adotados no planejamento, execução e controle de políticas públicas relacionadas ao crédito rural.
Para Figueiró, as dificuldades estão principalmente na burocracia e juros altos na concessão do crédito. Ele também destacou a ineficiência do seguro rural e a carência de logística adequada (rodoviária, ferroviária e hidroviária). “Crédito, seguro rural e logística adequada precisam de solução para atender bem o produtor brasileiro”, afirmou.
A audiência dessa terça, que ocorreu por iniciativa do senador, contou com a participação de representantes do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Banco da Amazônia, Banco do Nordeste e do TCU (Tribunal de Contas da União).
Para Amoque Benigno de Araújo, secretário de controle externo da Fazenda do TCU, um grave problema está nos atrasos com que o governo federal repassa os recursos da subvenção. De acordo com ele, esses repasses são contingenciados ano após ano, o que gera dificuldades para os produtores obterem novos empréstimos. “Em parte, é falha de gestão, mas também há o problema dos cortes orçamentários”, apontou.
Segundo Oduval Lobato Neto, do Banco da Amazônia, nem todo dinheiro disponibilizado pelos bancos acaba nas mãos dos produtores por causa do atraso da regularização fundiária e do não cumprimento pelos agricultores de exigências das instituições financeiras.
Mato Grosso do Sul
O senador Figueiró afirmou que poucos produtores sabem das opções de crédito junto ao BNDES a fim de promover o programa de baixo carbono que no Estado tem contado com as contribuições da Embrapa Pantanal e da Famasul, estendendo-se também para a recuperação das áreas assoreadas pelo Rio Taquari no Pantanal.
Ele também insistiu para a realização de um seminário ou uma ampla reunião com o objetivo de divulgar a possibilidade de investimentos do BNDES para um programa de terras degradadas, que, segundo a Embrapa, atingem quase 10 milhões de hectares no Estado.
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(Da assessoria de imprensa do senador, editada)