PSDB – MS

Lula

Aloysio, sobre 2018: “Lula não mete medo no PSDB”

aloysio-nunes-ferreira-candidatuEm entrevista ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), disse que Lula não mete medo no PSDB caso entre na disputa pela Presidência da República em 2018.

“O Lula está muito decadente. Ele é muito carimbado pelos escândalos do mensalão e a maneira como ele tem se comportado, essa forma errática, ora condena, ora absolve. A tendência dele é ir se desgastando. Os conflitos de equipe, de estilo, de turma, entre ele e a Dilma são reais”.

Na opinião do tucano, Aécio Neves ganhou projeção nacional ao “encarnar” sentimentos da população.

Perguntado sobre o risco de o PSDB ter sua imagem associada a movimentos que pediram intervenção militar, Aloysio afirmou que não há por que o partido se dissociar de correntes políticas que pregam a volta do regime militar, porque é radicalmente democrático.

A respeito de um pedido de impeachment da presidente, o senador afirmou que o processo depende de duas condições: a vinculação direta da presidente no esquema de corrupção da Petrobras e a sua condição política. “É preciso, para que haja o impeachment, que a base do governo se evapore, como aconteceu com [Fernando] Collor”.

Petrobras

Perguntado sobre o relatório final da CPMI da Petrobras feito pelo relator, o deputado petista Marco Maia (RS), Aloysio o classificou de “piada”. “É um escárnio, uma coisa tragicômica”.

O líder do PSDB no Senado acredita ser possível instalar uma segunda comissão parlamentar de inquérito em 2015.

Para ele Graça Foster e José Carlos Cosenza, atual diretor de Abastecimento da estatal, mentiram perante a CPI. “Ela mentiu, dizendo que não sabia de nada. Mesmo Cosenza, que disse que estava apurando, estava apurando coisa nenhuma, ele sabia”.

Cassação

Perguntado sobre como ficará o cenário no Congresso com a potencial divulgação de nomes de parlamentares envolvidos, o tucano afirmou que será de grande turbulência. Ele não acredita na tese segundo a qual as cassações por quebra de decoro só ocorrerão depois do processo no Judiciário.

“Isso não tem nada a ver, até porque o Collor teve o impeachment e depois foi absolvido no Supremo. Então, haverá um tumulto grande e seguramente haverá uma tentativa de ‘acordão’. Quem fizer ‘acordão’ vai ser caçado a pauladas na rua, feito uma ratazana”.

Da Liderança do PSDB no Senado

Thame: Privilégio dado a Lula pela Bancoop reflete distorções do lulopetismo

mendes-thame-foto-george-gianni-2Brasília – O secretário-geral do PSDB, deputado federal Mendes Thame (SP), afirmou que o privilégio dado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por parte da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) é um “resultado visível das distorções praticadas pelo lulopetismo”.

“O tratamento privilegiado dado ao Lula mostra bem essa questão. O lulopetismo se caracteriza por aparelhar o Executivo, os fundos de pensão e as cooperativas, e neles espalhar pessoas que não se preocupam em zelar pelo bom funcionamento das instituições, e sim em prestar contas a quem os colocou lá”, destacou.

Thame citou que também as estatais e as agências reguladoras são afetadas por essa prática do PT.

O privilégio destinado a Lula foi noticiado pelo jornal O Globo neste domingo (7). Reportagem mostrou que, enquanto mais de 3 mil famílias aguardam a conclusão dos seus imóveis pela Bancoop, Lula recebeu por meio da cooperativa um triplex no Guarujá, ponto nobre do litoral de São Paulo.

Outra petista, Marice Correia de Lima, também foi beneficiada: seu imóvel foi finalizado pela empresa. Ela é cunhada de João Vaccari, tesoureiro do PT e ex-diretor da Bancoop, e é investigada na operação Lava Jato por ter recebido R$ 110 mil do doleiro Alberto Youssef.

A Bancoop foi fundada em 1996 e, nos anos 2000, chegou a 8 mil clientes. Atualmente, mais de 3 mil famílias que compraram imóveis com a cooperativa não tiveram suas unidades entregues.

Clientes acusam a empresa e Vaccari de estelionato e, nesta segunda-feira (8), o jornal Folha de S. Paulo divulgou que um delegado de São Paulo instaurou inquérito para avaliar o caso.

Bancoop entrega triplex de Lula e deixa milhares de famílias na espera

Lula-foto-ABr-Brasília – Enquanto milhares de famílias que compraram apartamentos com a Bancoop, Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo, ainda não conseguiram morar em seus imóveis, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu um triplex que adquiriu junto à empresa no Guarujá, no litoral paulista. As informações estão em reportagem do jornal O Globo neste domingo (7).

A matéria da Globo destaca ainda que outra petista, Marice Correia de Lima, também foi uma das clientes da Bancoop que teve seu imóvel entregue. Ela é cunhada de João Vaccari Neto, tesoureiro do PT e ex-diretor-presidente da Bancoop. Em 18 de novembro, Marice prestou depoimento à Polícia Federal por conta da operação Lava Jato – ela recebeu R$ 110 mil do doleiro Alberto Yousseff, apontado como um dos operadores do esquema de corrupção na Petrobras.

A Bancoop foi fundada em 1996 tendo, além de Vaccari, o atual ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, entre seus dirigentes. A empresa teve 8 mil cooperados nos anos 2000 e, a partir daí, os problemas começaram a aparecer. Mais de 3 mil pessoas que se juntaram à Bancoop não receberam seus imóveis e muitos acusam a companhia e seus dirigentes de estelionato.

“Esse Vaccari é um grande cara de pau. Paguei R$ 100 mil pelo meu apartamento no Residencial Altos da Mooca em 2005 e até hoje não tenho escritura. Agora, para recebê-la, a Bancoop diz que eu preciso pagar mais 30 prestações de R$ 3 mil. Certa vez o Vaccari nos disse numa reunião que as 252 famílias do Altos da Mooca teriam que pagar uma dívida de R$ 8 milhões. Esse dinheiro deve ter ido para o caixa do PT. É uma corrupção sem tamanho”, disse ao jornal O Globo Tânia Moraes, uma das afetadas pelo esquema.

A situação de Tânia e de outros clientes contrasta com a de Lula. Segundo o jornal, o ex-presidente e sua família receberam pela Bancoop um triplex na Praia das Astúrias, ponto nobre da cidade do Guarujá. Entre os benefícios do apartamento, há uma piscina com área gourmet e um elevador privativo. Lula comprou o imóvel em 2006, na planta.

Reinaldo sai em defesa de trabalhadores e produtores rurais contra ataques preconceituosos de Lula

Candidato do PSDB lamenta preconceito destilado pelo ex-presidente e diz que “povo de MS é livre para votar em quem quiser”

01-09 Debate FamasulO candidato a governador Reinaldo Azambuja (PSDB) saiu em defesa dos trabalhadores e produtores rurais de Mato Grosso do Sul depois dos ataques desferidos pelo ex-presidente Lula e seus correligionários, na noite de quarta-feira (22), em Campo Grande. Lula chegou a dizer que os homens do campo “tinham a obrigação de votar no PT”.

“O voto em Mato Grosso do Sul e no Brasil é livre. Ninguém é obrigado a votar em A ou B. É uma tremenda deselegância de um ex-presidente vir a nosso estado e tratar os trabalhadores e produtores rurais desta forma odiosa”, disse Reinaldo.

Preconceito

A declaração de Lula e também de outros petistas, como Zeca do PT, causou revolta também no presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Eduardo Riedel. Para ele, o ex-presidente da República se mostrou extremamente preconceituoso.

“As falas do ex-presidente Lula e do Zeca do PT foram preconceituosas. Eles falam que fazendeiro não vai ganhar eleição, falam em latifundiário, e fazem essa divisão de classe, entre pobre e rico. Isso é extremamente preconceituoso”, analisou.

Insegurança

Para o presidente da Famasul, os governos do PT “fazem um discurso paradoxal” em que até reconhece a importância da produção agrícola, “mas criam uma agenda de insegurança jurídica”.

Riedel foi além e avaliou que o governo federal do PT “não fez o dever de casa”, tratou o Mercosul de maneira ideológica e sem fazer os investimentos necessários em infraestrutura e logística para escoar a produção. “Eles passaram 12 anos discutindo um modelo de privatização que até agora não sabemos se vai funcionar”, completou.

 

Foto: Chico Ribeiro

Assessoria de Imprensa Reinaldo Azambuja

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“Lula exagera na análise e mistifica a realidade”, diz Figueiró

Plenário do SenadoO senador Ruben Figueiró (PSDB-MS) afirmou que o ex-presidente Lula está querendo mistificar a realidade ao fazer uma análise exagerada da conjuntura econômica brasileira. O parlamentar tucano reagiu ao comentário de Lula durante almoço promovido pela Eurocâmara e pela Câmara de Comércio França-Brasil de São Paulo, na capital paulista, nesta terça-feira. Lula teria dito que há muita gente agindo de “má-fé” contra o Brasil.

Para Figueiró, Lula faz uma previsão otimista. “A realidade é que existe desemprego, a inflação está oscilando e não se conhece aumento de salário para qualquer trabalhador do sistema produtivo”, afirmou o senador sul-mato-grossense.

Figueiró destacou pesquisa do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados que detectou queda de 18% no número de trabalhadores com carteira assinada de maio do ano passada em comparação com o mesmo mês de 2014. A indústria de transformação fechou 28,5 mil postos. “A desaceleração da economia e a postura intervencionista do governo têm afugentado os investidores. Nem a Copa do Mundo refletiu na geração esperada de empregos”, ressaltou o senador.

O ex-presidente Lula havia afirmado que “controlar a inflação, manter a estabilidade fiscal e controlar os gastos com desemprego é fácil, mas você manter a inflação dentro da meta, com seriedade fiscal, gerando emprego e aumentando de salário, é precedente pouco usual em qualquer país do mundo”.

 

 

(Da assessoria de imprensa do senador)

A desagregação começou por São Paulo e se espalha pelo Brasil, por Alberto Goldman

alberto-goldman-foto-divulgacao-300x200Como me foi possível intuir e expressar durante evento do Instituto Teotônio Vilela ( ITV ), há um ano e meio, e escrever sobre o fim da era (ou do ciclo) petista há um ano, os sinais da desagregação do PT estão cada vez mais evidentes, em especial a partir do sentimento do povo brasileiro que vive em território paulista.

O desespero petista já vinha se anunciando com as declarações e atitudes dos dirigentes públicos que nos governam, em especial da Dilma e do Lula.  Dilma já se tornou alvo do ridículo ao afirmar a realização de projetos que não se concretizam, ao insistir em apresentar o país por uma visão rósea e irrealista, ao fazer o jogo do contente e, ultimamente, em apontar a oposição ao seu governo como a responsável pelas dificuldades do país, sem nunca reconhecer os seus próprios erros.

Lula, por sua vez, que percebe que a sua casa está caindo, vem no mesmo diapasão e acrescenta entre as oposições as que ele chama de “elites”, dentre elas a mídia, que ele supõe sabotando o medíocre governo que ele implantou com a sua candidata vitoriosa.  Mais irônico é que ele coordena  uma frente, que define como “progressista”, juntando em São Paulo – e repisando o que fez no Brasil –  o PT , o Maluf e o Paulo Skaf.   Tudo a peso de ouro ( e de cargos ). Haja progressismo.  Aliás a Dilma já disse que em São Paulo tem dois candidatos: o Padilha e o Skaf.  Já enterrou o Padilha.

Eles são os progressistas e nós – social democratas e liberais – somos os reacionários.  Piada digna do José Simão.

Os sinais da desagregação são muito fortes.  No plano econômico a inflação, os baixos investimentos, a baixa criação de empregos, o crescimento econômico tangenciando a recessão, o déficit fiscal crescente, a balança de pagamentos cada vez mais desequilibrada.  No campo social os movimentos que expressam o descontentamento da população.  No campo político os deputados e vereadores petistas que são descobertos como aliados do tráfico  ou dos doleiros.  Tudo lhes vai mal.

Os resultados começam a aparecer nas pesquisas nacionais que mostram que estão ladeira abaixo.   Começando fortemente por São Paulo, onde as pesquisas dizem que o governo Dilma tem a aprovação de apenas 23% do eleitorado e que 61% não votariam nele em hipótese alguma.   O índice do governo de ruim e péssimo é 39%.  Por incrível que pareça, em um eventual segundo turno entre ela e Aécio Neves, ela teria 34% e o ainda desconhecido Aécio teria 46%.  Perde até do Eduardo Campos.   E ela está, há 4 meses das eleições, em trajetória descendente!!!

São Paulo já a rejeitou e o Brasil, na sua totalidade, o fará logo mais.

*Alberto Goldman é um dos vice-presidentes do PSDB Nacional

**Artigo publicado no Blog do Goldman – 10-06-2010

Pessimismo dos brasileiros com a economia bate recorde, segundo o Datafolha

dinheiro_calculadora-economia-ebc-300x199Brasília (DF) – A visão dos brasileiros acerca dos rumos da economia é cada vez mais pessimista. A conclusão é da nova pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada nesta sexta-feira (6). De acordo com o levantamento, 36% dos brasileiros acreditam que a situação econômica do país vá piorar nos próximos meses. O índice recorde é oito pontos percentuais maior que o da pesquisa anterior, realizada no início de maio.

Esta é a primeira vez que o grupo de pessimistas supera o de pessoas que acham que a situação fica como está, 32% dos entrevistados. A pesquisa evidencia ainda o aumento no número de brasileiros que temem o avanço da inflação e do desemprego. 48% da população acredita no aumento do desemprego nos próximos meses. O número, outro recorde da gestão Dilma, é apenas menor do que os 59% registrados em março de 2009, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Para o senador Cyro Miranda (PSDB-GO), os resultados apurados pelo Datafolha já eram esperados. “Embora o governo sempre diga que a oposição é pessimista, que está inventando coisas, esse é justamente o porquê da população estar sentindo tamanho pessimismo em relação ao Brasil”, disse.

“O pessimismo que a população externa é o de quem tem empregos ameaçados, apesar dos índices. Sem qualidade e com salários baixos. Esses índices são prenúncios da falência do sistema de gerenciamento do PT. Estamos preocupados, alertando há vários meses. Se o governo não tomar as rédeas dos gastos públicos, não vamos aguentar”, afirmou.

Inflação

A pesquisa do Datafolha também revela a preocupação do brasileiro com um tema recorrente: inflação. Apesar das promessas petistas, 64% dos entrevistados considera que o índice inflacionário vai subir. Consequentemente, a porcentagem de pessoas que espera uma diminuição no poder de compra de seus salários cresceu de 34% para 38%.

“A inflação está acelerando, corroendo o poder dos salários das pessoas mês a mês. Esses resultados são fruto de uma política econômica mal planejada. O governo não tem planejamento. E, por isso, vamos pagar muito caro”, alertou o senador Cyro Miranda.

O tucano reiterou ainda que os gastos descontrolados e excessivos do governo federal dificultam a retomada do caminho do crescimento e desenvolvimento. “A Copa do Mundo tem contribuído muito para isso, com seus gastos bilionários. Temos uma arrecadação gigantesca, inúmeros impostos, mas não vemos reflexo disso nos investimentos. A população já está entendendo isso. Nosso governo está à deriva”, completou.

“A farsa de democracia direta”, análise do ITV

congresso-nacional-memoria-ebc-300x192Sociedades maduras devem muito de sua prosperidade a suas instituições. O contrato social estabelece regras de convívio e funcionamento das diversas instâncias. A perenidade das normas orienta o comportamento dos cidadãos e a democracia oferece meios para participação e representação. Tudo dentro da ordem.

Há, porém, os que não comungam destes valores. Querem subverter a ordem, atropelar as instituições, instituir seus próprios princípios de convivência. Consideram regras consagradas como meros instrumentos de “dominação burguesa”. Opõem-se, com vigor, à democracia representativa e lutam por formas diretas de manifestação popular.

Esta é uma visão que predomina entre petistas. Trata-se de um vezo segundo o qual tudo o que se interponha no caminho de seu projeto de poder merece repúdio. Assim se dá com o tratamento dispensado a órgãos de fiscalização e controle, à imprensa e ao Judiciário, sempre que não comungam das teses do petismo.

Assim é também em relação ao Congresso. No passado, Lula disse que lá havia “300 picaretas”; hoje, ele e o PT aliam-se às piores picaretagens de que se tem notícia na história republicana. Mas o PT quer mais: quer subverter a representação e impor na marra a vontade das massas. Quer fazer valer suas vontades na pressão.

A nova Política Nacional de Participação Social (PNPS) insere-se neste contexto. Lançada há dez dias pela presidente Dilma Rousseff por meio de decreto, expressa como objetivo “fortalecer e articular os mecanismos e as instâncias democráticas de diálogo e a atuação conjunta entre a administração pública federal e a sociedade civil”.

No papel, tudo muito bonito. Na prática, nem tanto. O que o PT parece querer é implantar mecanismos de democracia direta no país, ao arrepio dos canais institucionais da nossa democracia representativa. De acordo com a pregação petista, a sociedade não interfere na administração pública e no processo legislativo. Será?

Nossos representantes são democraticamente eleitos para atuar no Parlamento e para governar. Há inúmeras formas de fiscalizá-los e de cobrá-los, sem que, no entanto, seja necessário criar novas estruturas burocráticas e instâncias passíveis de manipulação por parte de movimentos ditos sociais. O voto é a melhor arma para punir quem não cumpre os desígnios emanados da sociedade.

O governo petista brada o slogan “Todo brasileiro tem direito de participar” como se vivêssemos hoje numa ditadura. Como se não participássemos. Como se o voto fosse algo de somenos importância. Como se o que valesse mesmo fossem apenas as formas de pressão direta das massas sobre os governantes.

Há milênios, a humanidade testa formas de participação que vêm se aperfeiçoando, mas nenhuma delas mostrou-se mais saudável que a democracia e seu caráter representativo.

O PT prefere outros caminhos, inspirado, talvez, nas malfadadas experiências que pipocam pelo nosso continente – usadas, claro, sempre em favor de governantes caudilhescos.

A PNPS é mais uma forma de subverter a ordem democrática, de usurpar o papel das nossas instituições e de fazer valer vontades na marra. A participação popular precisa, sim, ser fortalecida, com cobrança firme sobre governantes e decisores. Mas não inventaram nada melhor para isso do que o voto. A urna é a forma mais adequada e direta de melhorar o país.

“Vejo como leviandade essas afirmações” de Lula, diz o presidente do PSDB-MS

pensandoMS_foto_marycleide_vasques-1-1024x684O presidente do PSDB-MS, deputado estadual Marcio Monteiro, classificou como “leviandade” as afirmações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a respeito das obras de mobilidade urbana referentes à Copa do Mundo no Brasil. Lula disse o seguinte: “Nós nunca reclamamos de ir a pé [ao estádio]. Vai a pé, vai descalço, vai de bicicleta, vai de jumento, vai de qualquer coisa. A gente está preocupado? Ah não, porque agora tem de ter metrô até dentro do estádio. Que babaquice que é essa?”.

Para Monteiro, tais declarações são uma justificativa antecipada das obras que o governo do PT não realizou. Mato Grosso do Sul não receberá jogos da Copa, mas mesmo assim, Monteiro demonstra preocupação com os demais estados que sediarão jogos, já que o legado seria dos brasileiros.

A propósito, quanto ao legado da Copa, o deputado reage com ceticismo. “Eu ainda vou pagar para ver isso. Quanto ao legado da Copa, nós ainda não sabemos, nós temos muita dúvida se vai ser positivo ou negativo. Quando o ex-presidente coloca que o cidadão pode chegar aos estádios por qualquer meio já vem aí uma justificativa de que tudo aquilo que se anunciou não vai ser concluído”, avaliou Marcio Monteiro.

Na semana passada, a Folha de S. Paulo publicou levantamento sobre as 167 obras e ações previstas para o campeonato de futebol. Faltando menos de um mês para o início do evento, só 68 estão prontas, ou seja, menos da metade. Outras 88 (53%) ainda estão incompletas ou ficarão para depois da Copa. Onze obras – cerca de 7% – foram simplesmente abandonadas e não sairão do papel.

Esse cenário, segundo Monteiro, “apenas vem reafirmar toda a falta de planejamento que o governo do PT tem demonstrado ao longo desses anos de gestão. Não só falta de planejamento, mas mostrando também a incompetência do governo para tomar atitudes de médio e longo prazo”.

“Quanta babaquice”, análise do ITV

lula-e-dilma-foto-ebc-300x190Com Dilma Rousseff perdendo força na corrida eleitoral, Luiz Inácio Lula da Silva tem voltado a ocupar mais espaço e se dedicado a agitar a militância petista. Tais ocasiões, cada vez mais comuns, demonstram o desespero que lhes assombra. Mas são também valiosas por revelar a forma com que o petismo enxerga o papel que um governo deve desempenhar na vida das pessoas.

A reflexão vem a propósito de mais uma das declarações abjetas dadas pelo ex-presidente. Desta vez, na sexta-feira passada, ele discorreu acerca das melhorias que o governo dele e de sua pupila prometeram aos brasileiros e não entregaram. No caso específico, a ligação dos estádios da Copa a redes de metrô.

Em encontro com blogueiros pagos pelo governo para falar bem do governo, Lula saiu-se com esta: “Nós nunca reclamamos de ir a pé [ao estádio]. Vai a pé, vai descalço, vai de bicicleta, vai de jumento, vai de qualquer coisa. A gente está preocupado? Ah não, porque agora tem de ter metrô até dentro do estádio. Que babaquice que é essa?”

Lula parece insuperável no seu estoque de declarações jocosas. Não fosse um líder tão popular, já seria tratado por muito mais gente com o escárnio e a condenação que merece quando afirma coisas assim.

Mas a “quase lógica” de Lula – como uma pesquisadora definiu suas manifestações nonsense numa ocasião – é preciosa para demonstrar que o povo só ocupa lugar destacado no discurso petista como fonte de voto. Direitos, não tem.

O petista não disse o que disse à toa. Disse porque, de fato, não acha que seja importante os cidadãos, seja para ir ao estádio ver seu time jogar ou para locomoverem-se diariamente para trabalhar, dispor de transporte digno e de qualidade. Se o governo prometeu e não cumpriu, como é a tônica das gestões petistas, dane-se: “Vai de jumento”.

Como pode um líder político com tamanha desonestidade e desrespeito pretender ainda manter seu grupo no comando do país? Como um partido que trata seus compromissos desta forma pode querer que milhões de brasileiros lhe garantam o voto que, pelo jeito, só serve mesmo é para manter abertas as portas de milhares de boquinhas no aparato do Estado?

É perda de tempo rebater Lula apenas com alegações racionais, dados objetivos, honestidade de argumentação. Mas, só para registro, das 12 cidades-sedes da Copa, apenas três têm estações de metrô próximas a estádios. Em outras duas, havia previsão de construção, mas foram adiadas, talvez para as calendas. Em síntese, somente 10% das obras de mobilidade urbana associadas à Copa estão prontas.

Em resposta, o governo da presidente Dilma prepara mais uma campanha publicitária milionária para tentar convencer os cada vez mais incrédulos brasileiros de que a promoção da Copa pelo Brasil está valendo a pena. Competência para isso, os petista têm de sobra. Mas legado que é bom, o torneio até agora não deixou quase nenhum.

Na semana passada, a Folha de S. Paulo publicou levantamento sobre as 167 obras e ações previstas para o campeonato de futebol. Faltando menos de um mês para o início do evento, só 68 estão prontas, ou seja, menos da metade. Outras 88 (53%) ainda estão incompletas ou ficarão para depois da Copa. Onze obras – cerca de 7% – foram simplesmente abandonadas e não sairão do papel

A Copa e seu legado inexistente acabam sendo um microcosmo do que acontece no país em geral nestes últimos anos. As promessas são muitas e vistosas. As realizações são parcas e, não raro, decepcionantes. São obras e intervenções há muito aguardadas, mas que nunca chegam; são serviços pessimamente prestados, sem perspectiva de melhora.

É possível que Luiz Inácio Lula da Silva também considere “babaquice” os brasileiros reclamarem atendimentos decentes nos hospitais públicos, pedirem educação que lhes permita sonhar com um futuro menos penoso e segurança para dormir em paz e não ter o filho subtraído pelo crime.

São todos direitos de cidadãos que pagam seus impostos, cumprem suas obrigações, desempenham seu trabalho honesto, cuidam de suas famílias. Labutam, enfim, e tentam dignamente construir um amanhã melhor para si e para a comunidade. Declarações como a que Lula deu são um soco no estômago do orgulho desta nossa gente.

Há, sim, muita babaquice no país: em governantes que veem as demandas da população com tanto desdém, que encaram as promessas que fazem com tamanho descompromisso, que enxergam o poder como mero meio de vida. O que as pessoas mais querem são líderes que cuidem bem e zelem por elas. Com a dignidade e o respeito que merecem. Lula e o PT, certamente, não dispõem destes atributos.