PSDB – MS

Minas Gerais

Nota à imprensa

logo-600x400-300x200A declaração do presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) de que irá representar na Procuradoria-Geral da República pelo uso do aeroporto da cidade de Cláudio sem homologação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) revela a realidade da campanha de Dilma Rousseff.

Não tendo como explicar a queda da atividade econômica do país, a escalada da inflação e o desarranjo econômico nas contas do governo, criam factóides para desviar a atenção do povo brasileiro.

A verdade é que o crescimento da intenção de votos em Aécio Neves, como revelam as últimas pesquisas eleitorais, a baixa aprovação do governo de Dilma Rousseff e seu alto e crescente índice de rejeição fizeram com que batesse o desespero na campanha do Partido dos Trabalhadores.

A consequência é que, não tendo mais o que dizer, se tornaram repetidores de um único discurso.

As explicações já foram apresentadas, e a prova da legalidade dos atos praticados pelo governo do Estado de Minas Gerais é incontestável. Agora é hora de falarmos do futuro do Brasil. E o futuro do país é a mudança.

Carlos Sampaio
Coordenador jurídico da Coligação Muda Brasil

“A verdade sobre o aeroporto”, por Aécio Neves

verdade-sobre-aeroporto-aecio-neves1-1024x426Nasci no ambiente da política e vivi nele toda a minha vida. Sei que todo homem público tem uma obrigação e um direito: a obrigação de responder a todo e qualquer questionamento, especialmente os que partem da imprensa. E o direito de se esforçar para que seus esclarecimentos possam ser conhecidos.

Nos últimos dias, fui questionado sobre a construção de um aeroporto na cidade de Cláudio, em Minas Gerais. Como o Ministério Público Estadual atestou e a Folha registrou em editorial, não há qualquer irregularidade na obra. Mas surgiram questionamentos éticos, uma vez que minha família tem fazenda na cidade. Quero responder a essas questões.
A pista de pouso em Cláudio existe há 30 anos e vem sendo usada por moradores e empresários da região. Com as obras, o governo de Minas Gerais transformou uma pista precária em um aeródromo público. Para uso de todos.

As acusações de benefício à minha família foram esclarecidas uma a uma. Primeiro, se disse que o aeroporto teria sido construído na fazenda de um tio-avô meu. A área foi desapropriada antes da licitação das obras, como manda a lei. O governo federal reconheceu isso, ao transferir a jurisdição do aeroporto ao governo de Minas Gerais, o que só é possível quando a posse da terra é comprovada. Depois, levantaram-se dúvidas sobre o valor da indenização proposta pelo Estado. O governo ofereceu R$ 1 milhão. O antigo proprietário queria R$ 9 milhões e briga até hoje na Justiça contra o governo de Minas.

Finalmente, se disse que a desapropriação poderia ser um bom negócio para o antigo proprietário, porque lhe permitiria usar o dinheiro da indenização para arcar com os custos de uma ação civil pública a que responde. Não é verdade. O dinheiro da indenização está bloqueado pela Justiça e serve como garantia ao Estado de pagamento da dívida, caso o antigo proprietário seja condenado. Se não houvesse a desapropriação, a área iria a leilão. Se fosse um bom negócio para ele, não estaria lutando na Justiça contra o Estado.

 

Sempre tomei cuidado em não misturar assuntos de governo e questões pessoais. Durante meu governo, asfaltamos 5.000 quilômetros de estradas, ligando mais de 200 cidades. Apesar desse esforço, deixei sem asfalto uma estrada, no município de Montezuma, que liga a cidade ao Estado da Bahia e passa em frente à fazenda que meu pai possuía, há décadas, na região. Avaliei que isso poderia ser explorado. Foi a decisão correta. De fato, na semana passada, fui acusado de construir um aeroporto em Montezuma. A pista, municipal, existe desde a década de 1980 e recebeu em nosso governo obras de melhoria de R$ 300 mil, inseridas em um contexto de ações para a região. Pelo que me lembro, pousei lá uma vez.

No caso de Cláudio, cometi o erro de ver a obra com os olhos da comunidade local e não da forma como a sociedade a veria à distância.

Tenho sido perguntado se usei o aeroporto de Cláudio, como se essa fosse a questão central. Priorizei até aqui os esclarecimentos sobre o que me parecia fundamental: a acusação de ter cometido uma ilegalidade à frente do governo de Minas. Hoje, me parece que isso está esclarecido. Não tenho nada a esconder. Usei essa pista algumas vezes ao longo dos últimos 30 anos, especialmente na minha juventude, quando ela ainda era de terra.

Depois de concluída essa obra, demandada pela comunidade empresarial local, pousei lá umas poucas vezes, quando já não era mais governador do Estado. Viajei em aeronaves de familiares, no caso da família do empresário Gilberto Faria, com quem minha mãe foi casada por 25 anos.

Refletindo sobre acertos e erros, reconheço que não ter buscado a informação sobre o estágio do processo de homologação do aeródromo foi um equívoco. Mas reitero que a obra foi não apenas legal, mas transparente, ética e extremamente importante para o desenvolvimento do município e da região.

*Artigo publicado na Folha de S. Paulo – 31/07/2014

“O debate agora será entre continuidade e mudança”, prevê Marcus Pestana

Marcus-Pestana-Foto-George-Gianni-PSDB2-300x200Recife (PE) – Em entrevista a uma rádio do Recife nesta quarta-feira (9), o presidente do PSDB de Minas Gerais, deputado federal Marcus Pestana, comentou a derrota do Brasil por 7 a 1 contra a Alemanha e ressaltou que, passada a Copa do Mundo, “a discussão eleitoral será entre continuidade e mudança”.

Para o parlamentar, as recentes pesquisas de intenção de voto comprovam que há na opinião pública a “intuição de que o Brasil não está no rumo certo, que o país não aguenta mais quatro anos de Dilma”.

Pestana acredita que, com a campanha eleitoral propriamente dita, a lei democratizará as oportunidades entre os candidatos à Presidência da República e dará um basta no “monólogo da Dilma”.

Leia abaixo, a íntegra da entrevista de Marcus Pestana:

Fim da Copa do Mundo
Vamos ter que administrar essa ressaca da derrota do Brasil na Copa do Mundo. Foi algo inimaginável e acho que esse time deve ao povo brasileiro um terceiro lugar. É importante ter concentração e resgatar a dignidade do povo brasileiro. Sou daqueles que sempre achei que não há relação entre a política e o resultado esportivo. Isso parte de uma visão equivocada que infantiliza o povo brasileiro.

O debate da eleição
O superfaturamento de algumas obras, o atraso das obras de mobilidade urbana, etc, estarão agora na mesa de discussão do ponto de vista da natureza da qualidade de gestão e da capacidade de governo. Todos os aspectos da vida brasileira serão debatidos: inflação, baixo crescimento, a desindustrialização. Mas a derrota da seleção não terá dimensão eleitoral. Muito antes do resultado da Copa eu já dizia que nem a Dilma se beneficiaria de uma vitória do Brasil, nem a oposição de uma derrota. A população sabe separar e vai discutir os temas que afetam seu dia a dia.

Mudança x Continuidade
As pesquisas já vêm demonstrando que a maioria da população quer mudança profunda. Há uma intuição na opinião pública de que o Brasil não está no rumo certo e isso unifica Aécio Neves e Eduardo Campos, a sensação de que o Brasil não suporta mais quatro anos de Dilma. Essa será a discussão entre continuidade e mudança, é nisso que apostamos.

De igual para igual
As eleições presidenciais são decididas nos meios de comunicação de massa, particularmente a TV. Com a entrada da campanha propriamente dita e o fim da pré-campanha, onde atingimos todos nossos objetivos que eram os de unificar o PSDB, fazer uma aliança sólida que nos garantisse capilaridade, plantar dissidências na base da Dilma e colocar o Aécio em segundo lugar com cheiro de alternativa de poder, tudo isso foi atendido plenamente. Agora, com tempo igual na mídia, evita-se o monólogo da Dilma.

Acabamos de obter uma decisão judicial no sentido de suspender a propaganda oficial que só falta pedir votos. Num recente evento do programa Minha Casa, Minha Vida foram mobilizados doze ministros e a máquina do governo para fazer um evento que quase tinha palanque eleitoral. Agora, com a entrada da campanha a lei democratiza as oportunidades. O que minimiza essas circunstâncias que levam ao domínio de quem está no poder.

* Da assessoria de comunicação do PSDB de Pernambuco

Aécio Neves dispara na intenção de votos para presidente em Minas Gerais

aecionevescoletiva2brito-300x199Pesquisa MDA/EM Data sobre a intenção de voto dos mineiros para a Presidência da República mostra que o candidato do PSDB, Aécio Neves, aparece com 43,8%, contra 31,9% da atual presidente Dilma Rousseff.  Segundo o levantamento, o tucano também venceria em uma simulação de segundo turno.

A primeira rodada da pesquisa MDA/EM Data, encomendada pelo Estado de Minas, mostra o tucano na dianteira da disputa presidencial, com 43,8% das intenções de voto, seguido da presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), com 31,9%.

A informação foi publicada no site UAI

A pesquisa registrada sob o número 00188/2014, feita entre 22 e 26 de junho e ouviu, 2.002 eleitores. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Na modalidade espontânea – quando não são apresentados os nomes dos candidatos –, o senador Aécio Neves está na frente dos demais concorrentes ao Palácio do Planalto.

Em uma simulação de segundo turno, Aécio Neves vence. No primeiro deles, contra Dilma Rousseff, o tucano derrota a petista por 49,7% a 35,5%. Brancos, nulos e indecisos somaram 14,8%.

Aprovação

Um ponto que chama a atenção na pesquisa é o baixo número de indecisos (7,1%) e daqueles que manifestaram a intenção de votar em branco ou nulo (9,7%). Uma explicação apresentada por Marcelo Costa é o fato de ambos serem bem conhecidos no estado: Aécio por ter sido governador por dois mandatos, e Dilma por ser a atual presidente da República. Na disputa para o governo mineiro, acontece o contrário. A edição de ontem do EM mostrou que 45% do eleitorado mineiro ainda não definiu o voto para governador em outubro.

Aécio Neves lidera pesquisa em Minas Gerais e abre vantagem de 16 pontos sobre Dilma

senador-aecio-neves-21-08-2013-foto-george-gianni--300x200Brasília (DF) – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, lidera, em Minas Gerais, pesquisa de intenções de voto para a Presidência da República, em todos os cenários analisados. Em um deles, o tucano estabelece uma vantagem de 15,9 pontos percentuais sobre a presidente Dilma Rousseff (PT).

A pesquisa, feita pela CP2 Consultoria, Pesquisa e Planejamento Ltda, foi divulgada pelo jornal O Tempo nesta terça-feira (3).

No cenário, que contempla somente os nomes de Aécio Neves, Dilma Rousseff e Eduardo Campos (PSB), o senador tem 45% das intenções de voto, contra 29,1% da petista e 9,6% do ex-governador de Pernambuco.

Aécio mantém a dianteira também quando Dilma é substituída pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – no cenário que inclui somente Aécio, Lula e Eduardo Campos, o tucano tem 40,5% e Lula, 36,9%.

O presidente do PSDB também lidera os confrontos contra o segundo turno – contra Dilma Rousseff, faz 50,4% e a petista soma 31,7%, e contra Eduardo Campos, estabelece 57,2% e o socialista, 18,1%.

Rejeição
A pesquisa verificou também que Dilma Rousseff é a pré-candidata mais rejeitada pela população de Minas Gerais: 34,6% dos mineiros declararam rejeição à petista.

“Minas manterá o rumo certo”, diz Pimenta da Veiga

pimenta-da-veiga-foto-Arquivo-PSDB-300x217Belo Horizonte (MG) – O pré-candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais, Pimenta da Veiga, afirmou nesta segunda-feira (19) que Minas Gerais “manterá o rumo certo” na administração local. Pimenta, que é ex-prefeito de Belo Horizonte e ex-ministro das Comunicações, disse ainda que o atual governo federal “virou as costas para Minas”.

Pimenta participou, nesta segunda-feira (19), de encontro em Belo Horizonte que confirmou as pré-candidaturas de Antonio Anastasia (PSDB) ao Senado e de Dinis Pinheiro (PP) ao cargo de vice-governador. O encontro reuniu cerca de 4 mil pessoas no ginásio do Cruzeiro e contou com a presença do presidente do PSDB, senador Aécio Neves, e de lideranças tucanas e de outros partidos que integram o Movimento Todos por Minas.

O pré-candidato tucano elogiou o trabalho feito pelas gestões do PSDB em Minas e disse que os próximos desafios para o estado estão na obtenção de mais avanços nas áreas de educação, segurança e infraestrutura. Pimenta defendeu o fortalecimento das parcerias com prefeituras locais para a construção de estradas, entre outras ações.

Em relação ao governo federal, Pimenta disse que ouviu, em diferentes cidades de Minas, opiniões sobre a necessidade de mudanças. “Precisamos nos livrar da omissão e do descaso de um governo federal que virou as costas para Minas”, acrescentou.

Movimento
O Movimento Todos por Minas é composto pelo PSDB e mais 19 partidos: PP, DEM, PPS, PDT, PTB, PSD, PR, PV, PTdoB, PHS, PRB, PSC, PSDC, PEN, PMN, PSL, PTC, PTN e Solidariedade.

Discurso de Aécio Neves na cerimônia da Inconfidência Mineira

aecioouropreto6Ouro Preto (MG) – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, foi o orador da cerimônia da entrega da Medalha da Inconfidência Mineira, em Ouro Preto (MG), nesta segunda-feira (21).

A seguir a íntegra do discurso de Aécio Neves.

Mineiros e Mineiras,
Brasileiros e Brasileiras,
por inúmeras vezes pisei o chão sagrado desta praça para compartilhar com os nossos a sempre inspiradora celebração da Inconfidência Mineira. Vim inúmeras vezes como estudante, depois como parlamentar, outras tantas como agraciado, e depois por vários anos como governador de Minas Gerais e anfitrião dos homenageados com a nossa insígnia maior.

Mas esta é a primeira vez que sou convidado à posição orador oficial,grande deferência que agradeço, honrado, ao governador de Minas, Alberto Pinto Coelho.

Minhas primeiras palavras, neste 21 de abril carregado de emoção, renovam nosso reconhecimento a todos os que nos legaram o sentimento de pátria e o compromisso com a nação.

A todos os que nos ensinaram que não foram fortuitos os sonhos de liberdade em que fomos forjados e onde foi moldado o nosso amor intenso pelo Brasil.

Volto a essa praça, chão permanente da nossa história, mais uma vez tomado pelo sentimento de Minas, este sentimento que habita, generoso, a alma da nossa gente.

Neste momento em que vos falo, fala o coração de um mineiro que, como cada um de vocês, olha com respeito e reverência para o passado e com enormes esperanças para o futuro.

Porque essa é a mágica de Minas. Aqui, o tempo se funde e somos, ao mesmo tempo, passado, presente e
Porque Minas é pátria. E pátria é sempre.

Nas lições de coragem que herdamos dos inconfidentes celebramos a rebeldia e o compromisso com a liberdade, que se manifestam de diferentes formas ao longo da nossa história.

Este ano, fazemos especial homenagem aos homens e mulheres que escreveram a mais importante página da nossa história contemporânea.

Que foram às ruas, há 30 anos, abraçados à bandeira brasileira, exigir o fim da ditadura e as eleições diretas para presidente.

Rendemos nossa gratidão a cada um dos perseguidos, humilhados e E saudamos todos os que não se curvaram, venceram o tempo e encheram as ruas conduzindo o Brasil ao reencontro com a democracia.

Falo dos amigos – tantos; Dos companheiros de jornada – todos; Celebramos hoje, aqui, emoldurados pelos valores mais altos dos inconfidentes, a memorável campanha pela redemocratização do Brasil.
Campanha que foi passo inicial e crucial para a ressurreição da Nação de homens e mulheres livres que felizmente somos hoje.

Nenhuma outra ocasião serve tanto de inspiração à causa da democracia brasileira, quanto a comemoração da Inconfidência.

A celebramos todos os anos, professando de forma renovada seus princípios, como hinos que ecoam, indefinidamente, por todo o canto onde há Minas.

A cultuamos como um relicário precioso, portador dos valores fundamentais que advogamos durante todo o curso da formação da nacionalidade.

E guardamos a sua memória, dentro de cada um de nós, como um porto seguro para nossas causas coletivas de hoje.

Aqui, nesta Vila Rica de Minas, não por acaso, foi onde tudo começou.

Aqui, ficaram as marcas da luta renhida e determinada em defesa de uma

única e preciosa causa: a liberdade.

A liberdade que é, sempre foi e continuará sendo o primeiro nome de O compromisso com a justiça e o amor pelo Brasil são pontes que unem os mineiros e atravessam os tempos.

Foram esses valores que forjaram nossa coragem e alimentaram nosso ânimo para perseverar em defesa da democracia ultrajada e superar a longa e obscura noite da ditadura.

Foram esses mesmos valores que iluminaram o coração de tantos homens e mulheres ao logo da nossa historia.

E que agigantaram homens como Ulysses, Tancredo, Montoro, Teotônio, Brizola, Arraes e tantos outros brasileiros. E todos pisaram no chão desta praça.

A memória afetiva não me permite esquecer…

Ainda muito jovem, fui testemunha do verdadeiro mar de autêntica cidadania que transbordava pelas ruas e em cada praça do Brasil.

Posso voltar no tempo e ouvir a voz rouca de Ulysses dizendo: ‘Eu tenho ódio e nojo à ditadura’.

Posso ver Teotônio com as suas mãos frágeis, já doentes, erguidas pelo espírito altivo, a nos ensinar: ‘O sonho é próprio de todos nós. Não há nenhuma realidade sem que antes se tenha sonhado com ela’.

Foi esse sonho que marejava e fazia brilhar os olhos miúdos do nosso primeiro presidente civil após a ditadura, Tancredo Neves, olhando o horizonte da pátria amada Brasil.

Nada, para eles, no entanto, foi mais importante do que caminhar pelas ruas, de braços dados com a nossa gente.

Por isso, é preciso que também nos lembremos daqueles tantos brasileiros, tomados pela esperança, que souberam fazer a hora e não esperaram acontecer.

De todos os grandes personagens daquele emblemático trecho de história, nenhum superou a grandeza e a força do povo brasileiro.

O povo brasileiro representado em sua irreverência e coragem, pelos jovens e pelos estudantes.

O povo brasileiro e a consciência maiúscula sobre os nossos deveres, iluminados pelas universidades e seus mestres.

O povo brasileiro sedento de justiça e igualdade, mobilizado nas fábricas de trabalhadores e operários.

O povo brasileiro na expressão de seus artistas, músicos, poetas, escritores……

O povo brasileiro reunido em suas casas simples, onde moravam a indignação e também o sonho.

O povo brasileiro em toda a sua integridade.

Há 30 anos, fomos nós, o povo brasileiro quem vencemos o arbítrio.

Brasileiros de Minas Gerais.

A tragédia que se abateu sobre o país, naquele fatídico, mas também emblemático 21 de abril de 1985, ficará para sempre em nossa memória.

Perdemos o Presidente Tancredo e com ele se foi o sonho de uma república nova que se inaugurava.

O país seguiu em frente, como precisava seguir, cuidando de suas tarefas mais básicas e essenciais:

– Primeiro reconquistamos o pleno estado de direito, com a Constituinte Cidadã de 88.

– Restauramos o compromisso fundamental do país com as eleições diretas para presidente, que mais uma vez se avizinham.

– As instituições brasileiras deram uma inequívoca demonstração de maturidade, garantindo a ordem constitucional, quando houve o afastamento do primeiro mandatário eleito de forma direta.

– E continuamos nossa caminhada, em uma outra difícil trincheira: a luta contra a carestia e o caos econômico que reinava no país.

Mais uma vez vencemos.

E mais uma vez esteve à frente desta grandiosa tarefa outro coração mineiro: o ex-presidente Itamar Franco, a quem devemos também render nossas justas homenagens e nosso reconhecimento.

Mineiros. Brasileiros.

A República Nova de que nos falava Tancredo e seus companheiros de jornada em boa parte restou intocada.

Apesar dos avanços das ultimas três décadas, resultado da contribuição de diferentes líderes e gerações de brasileiros, permanecemos portadores de uma das maiores desigualdades do planeta.

Novas crises se acumulam e nos exigem vigilância atenta e disposição.

O país assiste, passivamente, um forte recrudescimento da violência em cada um dos estados federados.

São mais vidas perdidas do que nas guerras ao redor do mundo. Uma geração inteira de brasileiros se esvai vitimada pela brutalidade ou aliciada pelo crime.

Da mesma forma, o país não aceita o regime de insuficiências elevado à enésima irresponsabilidade, que tanto precariza o sistema nacional de atendimento à saúde pública – as filas intermináveis, a espera humilhante, a falta de médicos, leitos, remédios e respeito a quem mais precisa e o país sonha ainda hoje verem cumpridas as promessas que se repetem em vão para ser redimido em suas fragilidades estruturais por uma educação de verdade.

Que ofereça qualidade e prepare para o trabalho, mas especialmente forme cidadãos conscientes dos seus diretos e o país quer garantias que preservem os avanços e a estabilidade, que foram duramente conquistados, depois de anos e anos de sacrifícios e inúmeros esforços frustrados.

É crucial e imperativo o controle da inflação.

É imprescindível a retomada do crescimento e a justa distribuição de oportunidades e renda.

É fundamental que o Brasil recupere sua importância e seu lugar. O país anseia por justiça tributária e por um novo pacto federativo, capazes de nos fazer convergir em torno das grandes causas nacionais e
realizar as vocações do Brasil do Sul e do Sudeste; do Brasil central; do Brasil do Norte e do Nordeste, onde permanecem intocados verdadeiros enclaves do esquecimento.

E aqui não posso deixar de registrar especialmente a solidariedade de Minas com os municípios brasileiros. Que veem suas portas sendo paulatinamente fechadas pela insolvência e a insuficiência financeira para cumprir suas obrigações mais básicas.

Esperamos a hora em que finalmente a solidariedade política e o espírito público os libertarão do ferrolho da crônica dependência e das humilhantes obrigações de reverência ao poder central. A hora em que serão reconhecidos, como devem ser, como parceiros fundamentais do nosso processo de desenvolvimento.

O país também nos exige rigor, responsabilidade e austeridade na condução do estado.

Rechaça, e rechaça de forma vigorosa, os escândalos em série, intermináveis e vergonhosos, que nos humilham como povo e reduzem nossa dimensão perante a comunidade internacional.

Não é esse o Brasil que queremos.

O país nos cobra, exausto e indignado, a necessidade de uma reforma política, onde não haja mais qualquer espaço para a conivência, o aparelhamento, o compadrio, os desvios de conduta e a corrupção
endêmica que tomou de assalto o estado nacional.

Esta é a mais importante tribuna de Minas.

21 de Abril é o dia em que Minas fala ao Brasil.

Ao falar ao país com a alma dos inconfidentes, Minas se inspira no passado e agrega novos e amplos significados à bandeira da liberdade – marca e identidade da nossa história.

Da liberdade representada por uma autêntica e verdadeira democratização do processo de desenvolvimento, que precisa alcançar o Brasil como um todo, sem distinções e fronteiras.

Da liberdade de acesso às oportunidades de ascensão social, baseadas na educação, no emprego e na habilitação plena da cidadania.

E em serviços públicos de qualidade, em áreas vitais como saúde, saneamento, habitação e transporte público, sem os quais a redução da pobreza resume-se apenas a um slogan sem efetividade e realismo.

Minas nos fala da liberdade de ir e vir, garantida por um serviço de segurança pública que combata o império da criminalidade violenta, mas respeite as manifestações da cidadania.

É a liberdade lastreada na transparência, na responsabilidade e na ética pública que Minas defende e pratica, com o necessário respeito às diferenças e ao contraditório.

Na defesa da independência das instituições. Liberdade que, em sua plenitude, se traduz em confiança e respeito;

Em democracia…

Vasta e exuberante como a força e a história de Minas.

Minas Gerais está onde sempre esteve no longo e emblemático curso de Sempre ao lado do Brasil e dos brasileiros.

Sempre pelo Brasil e pelos brasileiros. Esta posição original e atávica tem nos exigido um alto senso de responsabilidade e ânimo entusiasmado para cumprir os nossos deveres.

Eles se resumem em uma só frase de Tancredo: ‘A Pátria, para nós, é tarefa de todos os dias’.

Uma tarefa que nos engrandece, comove e mobiliza como nenhuma Porque vem das profundezas de Minas, da alma de Minas, da coragem de Minas, a origem do sonho deste país.

Por ele, começamos, todos os dias, nas grandes lutas do presente, a busca incessante e determinada por um novo futuro.

E mais do que nunca guardamos as palavras do grande poeta Carlos

‘O presente é tão grande…

Não nos afastemos. Não nos afastemos muito.

Vamos de mãos dadas. É assim, de mãos dadas; Cabeça erguida; Coração altivo…que, em nome do nosso passado, entraremos, juntos, no futuro’. Ao futuro, mineiros!

Muito obrigado!

Que as razões da nacionalidade nos fortaleçam para que juntos possamos construir o país sonhado por tantos brasileiros.

Em Belo Horizonte, Aécio Neves concede entrevista coletiva

aecio-neves-george-gianni-300x199Belo Horizonte (MG) – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira (4) em Belo Horizonte, após a transmissão de cargo de governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB) para Alberto Pinto Coelho (PP).  Aécio respondeu a perguntas sobre o  ex-governador Antonio Anastasia, governador Alberto Pinto Coelho, apoio PP, a CPI Petrobras, inflação, tarifa de energia, PSB, as eleições e a presidente Dilma Rousseff.

A seguir, a entrevista:

Estou  muito  feliz  em  ver  que  a  nossa  obra  de  governo  respeitada  pelos mineiros  e  admirada  no  Brasil  vai  ter  continuidade.  Em  2003,  construímos aqui  um  ousado  projeto  administrativo  que  permitiu  que Minas  avançasse  em várias áreas. Claro que com dificuldades enormes como em todos os estados, mas  nenhum  avançou  tanto  como  Minas  Gerais  em  especial  na  educação.

O Alberto Pinto Coelho tem toda  a  nossa  confiança  para  dar  continuidade  ao extraordinário trabalho  dessa figura  humana  notável  e  singular. O  governador Antonio Anastasia que hoje deixa o governo de Minas não é apenas o gestor público  como  ele  é  apresentado,  não  é  apenas  um  homem  leal  como  ele  é reconhecido.  É  um  quadro  raríssimo  na  política  brasileira  porque  ele  alia  um profundo  conhecimento  jurídico  a  uma  sensibilidade  insuperável  para  com os  problemas  das  pessoas  reais.  Ele  sofre  com  os  problemas  das  pessoas reais. Isso dá a ele uma coragem e uma força para tomar as decisões corretas e  enxergar  longe.  O  que  distingue  o  político  do  estadista  é  a  capacidade de  enxergar  além  do  amanhã  e  perceber  que  medidas  que  você  toma hoje  podem,  de  alguma  forma,  mudar  a  vida  de  gerações  que  ainda  nem chegaram.  Anastasia,  portanto,  é  um  estadista.  É  um  dos  homens  públicos mais  qualificados  e  um  dos  cidadãos mais  respeitáveis  que  conheci  ao  longo da minha vida. Estou com saudade de um lado, emocionado com a conclusão do mandato de Anastasia, mas também feliz em saber que Alberto tem toda a qualidade e as condições de dar continuidade a ele. E quem sabe, vamos ter mais quatros anos ainda de muito trabalho no Palácio da Liberdade.

Sobre o PP

Tenho  de  respeitar  a  posição  que  o  PP  tem  hoje  nacionalmente,  aliado da  presidente  da  República,  mas  há  um  movimento  crescente  em  vários
estados  que  aproxima  o  PP  de  nós.  Acredito  muito  nas  coisas  naturais  na política. As alianças que acontecem em torno de um projeto no qual todas as
pessoas  acreditam  e  não  apenas  em  torno  da  distribuição  desse  ou  daquele espaço, são os que darão  resultado. O que posso dizer, entrando na questão
nacional,  é  que  estou  cada  vez  mais  convencido  de  que  temos  avançado  e que vamos vencer as eleições. Talvez não tenha dito com esta clareza. Cada
vez me  convenço mais  de  que  há  um  cansaço  de  um  governo  que  perdeu  a capacidade  de  transformar,  de  ousar.  Um  governo  que  está  na  defensiva  o
tempo  inteiro  que  não  permite  sequer  que  denúncias  da  gravidade  daquelas que hoje surgem em relação à Petrobras sejam investigadas.

O que queremos é apenas a investigação. Não estamos condenando ninguém. O  governo  usa  a  sua  maioria  para  impedir  investigações.  Mas  no  campo
da  infraestrutura,  o  PT  nos  deixou  dez  anos  atrasados  demonizando  as participações  com  o  setor  privado.  Perdemos  tempo  em  relação  a  outros
países do mundo. Nos indicadores sociais paramos de avançar. Na segurança, há  uma  omissão  quase  que  criminosa  do  governo  federal,  que  investe  cerca
de 13% apenas de tudo o que se investe em segurança pública. Na educação e na saúde, estamos no final da fila. Já deu. Este modelo de governo que está
aí  está  vivendo  os  seus  estertores.  Está  vivendo  os  seus  últimos  suspiros.

Estou  me  preparando  ao  lado  das  pessoas  mais  qualificadas  do  Brasil,  mas sempre  com  a  inspiração  dos  valores,  da  história  de  Minas  para  iniciar  uma
nova página.

O sr. disse que está pronto para tomar ‘medidas impopulares’, quais Transparência  e  rigidez  na  condução  da  política  fiscal.  A  inflação  tem  que
ser focada no centro da meta, e não no teto, como existe hoje. O governo do PT,  o  governo  da  presidente  Dilma,  foi  leniente  com  a  inflação.  Temos  uma
inflação,  hoje,  já  alcançando  o  teto  da  meta  e  com  preços  controlados  de energia, de combustíveis, de transportes públicos, que hoje estão em 1,5%. Na
hora que esses preços saírem, que abrir a tampa dessa panela de pressão, a inflação vai chegar próxima de 10%. A presidente prepara uma bomba-relógio
para depois das eleições,  com  reajuste de energia, em  razão de uma medida desastrada  que  ela  tomou  no  setor,  e  também  do  preço  de  combustíveis,
já  que  a  Petrobras  está  caminhando  para  a  insolvência  se  não  houver  uma recuperação da gestão da empresa. O que orienta a ação do governo hoje é o
calendário eleitoral, infelizmente. E quanto mais você demora na administração pública  para  tomar  uma  medida  necessária,  o  custo  lá  na  frente  é  muito
maior. O  custo  será muito maior  para  o Brasil,  com  o  adiamento  de  algumas medidas  que  já  poderiam  ser  tomadas,  mas  não  foram  tomadas  porque  são
impopulares.

Tenho  dito  o  seguinte:  quando  vencermos  as  eleições,  vamos  cortar  pela metade o número de ministérios, vamos colocar gente qualificada nos lugares
certos, vamos estabelecer um programa de segurança pública audacioso, com maior  participação  de  recursos  da  União.  Vamos  proibir  o  contingenciamento
de  recursos  da  segurança  pública  como  ocorre  hoje.  Vamos  enfrentar  a reformulação  do  Código  de  Processo  Penal  e  do  Código  Penal,  para  não
estimular  a  impunidade  e,  a  partir  dela,  a  criminalidade  como  estamos assistindo  hoje.  A  minha  percepção  e  meu  sentimento  é  que  há  um  final  de
ciclo chegando, e o PSDB é quem terá as condições de liderar um início de um

O prefeito Marcio Lacerda pediu seu apoio a uma possível candidatura?

Em momento algum. Ele foi fazer uma visita e ele próprio disse qual era a sua decisão  –  que  eu,  pessoalmente,   já  conhecia,  que  é  de  dar  continuidade  no
seu trabalho na Prefeitura.

Sobre o PSDB em Pernambuco.

O PSDB está  se  reunindo. Acho que o  caminho natural do PSDB,  segundo a posição da maioria do partido, é estar ao lado da candidatura do PSB. E eu não
vou interferir nisso.

Sobre retorno da presidente Dilma a Minas dia 7.

É direito dela vir a Minas Gerais. O que percebo é que, nesses poucos meses desse ano, ela já veio a Minas mais do que nos 40 anos em que ela ficou fora
de Minas. Mas ela sempre será muito bem-vinda, como  recebemos em Minas todos aqueles que nos visitam. Gostaria apenas de que ela pudesse estar aqui
não apenas lançando e anunciando, mas inaugurando e entregando obras, já que  ela  está  no  12º  ano  de  um  governo  do  qual  ela  participou  intensamente,
como ministra durante todo o tempo e, agora,  como presidente da República. Infelizmente,  as  mesmas  demandas,  as  mesmas  expectativas  que  tínhamos
quando  o  PT  assumiu  são  as  mesmas  que  temos  hoje.  Vamos,  com  a tradicional hospitalidade mineira, receber mais uma vez – e quantas ela venha
aqui nos visitar – a presidente da República.

Sobre a Copa do Mundo.

Eu  quero  que  o  Brasil  ganhe.  Na  verdade,  na  Copa  do  Mundo,  o  grande legado  prometido  não  virá.  Apenas  23%  das  obras  para  a  Copa  do  Mundo
anunciadas  pelo  governo,  portanto,  comprometidas  pelo  governo,  estarão prontas.  Apenas  23%.  Isso  significa  que  3/4,  ou  um  pouco  mais,  das  obras
prometidas  não  serão  entregues.  Por  que  o  governo  não  quis?  Não,  porque o  governo  é  incapaz.  Porque  o  governo  atrasou  nas  parcerias  com  o  setor
privado. Porque o governo afugenta esses setores que podem ser parceiros no desenvolvimento de obras de mobilidade, por exemplo. Não tem gestão nesse
governo. É uma falácia.

A presidente da República foi eleita suportada por dois pilares: o da economia, dizendo que continuaria a fazer a economia a crescer. Nosso resultado é pífio.
O Brasil cresceu ano passado mais do que só a Venezuela na América do Sul.

A  nossa  equação  é  a mais  perversa  de todas:  inflação  alta  com  crescimento baixo,  e  uma  perda  crescente  da  credibilidade  do  Brasil.  O  que  fizeram  com as  nossas  empresas  públicas  é  quase  um  crime  de  lesa-pátria.  A  Petrobras perdeu metade  do  seu  valor,  a Eletrobras muito mais  do  que  isso. O BNDES é  uma  caixa  preta,  que  empresta  recursos  sabe-se  lá  como,  através  de operações secretas. Na economia nós vamos muito mal.

E  o  segundo  pilar:  o  da  grande  gestora.  Estamos  vendo  aí  que  infelizmente a grande gestora não nos  visitou ao longo desses quatro anos de governo. A
presidente da República-candidata tem vindo muito a Minas, e eu a  receberei sempre  com  enorme  respeito.  Até  porque,  e  aproveito  para  dizer  ao  final,  a
presidente  da  República  é  uma  mulher  de  bem.  É  proba.  Não  há  qualquer dúvida  em  relação  ao  seu  caráter,  não  há  nenhum  questionamento  em
relação  à  sua  correção  pessoal.  O  que  há  é  um  enorme  questionamento pelos  indicadores  da  economia,  pelos  atrasos  da  infraestrutura,  pela  projeção
extremamente  preocupante  dos  indicadores  sociais,  de  que  ela  não  estava preparada  para  assumir  a  responsabilidade  de  administrar  um  país  da
complexidade do Brasil.

“O legado de Minas para o Brasil”, por Antonio Anastasia

Antonio-Anastasia-Foto-Gov-MG1-300x199Despedida não é coisa fácil. Mas essa hora é gratificante quando deixamos um legado, fruto do dever cumprido com ética e probidade. É assim que me sinto ao entregar o governo de Minas ao meu sucessor. Trabalharei agora a fim de que a rica experiência que desenvolvemos nos últimos anos no estado – hoje referência nacional e internacional em boa governança- contribua para a construção de um país mais eficiente e mais próspero.

Durante estes quatro anos – três anos e três meses do segundo mandato e nove meses do primeiro -, tive 20 milhões de parceiros. É ao povo de Minas, pela confiança traduzida, até o final, em altos índices de aprovação, que devo primeiramente agradecer. Quem acompanha minha trajetória sabe que sou, antes de tudo, um servidor público – professor de direito administrativo dedicado à gestão pública.Não sou político de origem tradicional, mas técnico que apostou no poder transformador da política. Sempre acreditei que a máquina pública deveria se modernizar para oferecer às pessoas o máximo retorno social pelos tributos pagos.

Há mais de 20 anos, quando iniciava minha vida profissional, tive a sorte de encontrar um ambiente político – o PSDB – convergente com minhas ideias. Em 2003, com a vitória de Aécio Neves em Minas, começamos então a implantar o choque de gestão. Nosso legado, em uma década ininterrupta de inovações no gerenciamento do estado de Minas Gerais, conjuga eficiência de serviços públicos com modernização econômica e prioridade para a educação.

Fomos, por exemplo, o primeiro estado a colocar crianças com 6 anos de idade na escola e hoje colhemos os frutos desse pioneirismo, como a liderança nos rankings do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica e da Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas. É essa visão, já testada no presente, que levaremos para o programa de governo do senador Aécio, futuro candidato à Presidência da República.

Choque de gestão nada mais é do que um processo de aprimoramento da máquina pública para enfrentar os gargalos que entravam o desenvolvimento. Graças a esse inovador modelo de administração pública, saímos de um deficit de R$ 2,4 bilhões para o deficit zero em 2004. Recuperamos a capacidade de investimento do estado e, com a profissionalização da máquina pública, passamos a cumprir metas socioeconômicas prioritárias para o bem-estar dos cidadãos – que opinam sobre essas escolhas.

Os bons resultados – medidos pelo governo federal, por instituições reconhecidas e organismos internacionais – logo se consolidariam. Na última década, Minas conquistou um patamar de IDH alto, a melhor educação básica, a mais alta expectativa de vida e o melhor desempenho do SUS no Sudeste, taxa de desemprego inferior à nacional, maior participação no PIB e melhor renda. Como já atingimos sete dos oito Objetivos do Milênio, repactuamos com a ONU, de forma inédita, metas sociais mais elevadas para 2015.

A criminalidade ainda nos desafia – como ocorre nos demais estados -, mas não esmorecemos: inauguramos, em parceria com a iniciativa privada, o complexo prisional mais moderno do país. E seguimos campeões em investimentos em segurança pública, incremento que se deu também em saúde, educação e infraestrutura.

Adotando o inovador Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) da ONU – que mede privações além da renda -, criamos o Programa Travessia e diminuímos fortemente a pobreza. Nenhum dos 853 municípios mineiros ostenta mais IDH muito baixo – eram 213 em 2000. Os com IDH baixo são 73, contra 425 anteriormente. Os demais 92% têm IDH médio, alto e muito alto.

Nossa capacidade de planejar tornou-se fator de estabilidade e segurança para o mercado. Conquistamos o “grau de investimento” concedido por agências internacionais de risco, fruto da boa gestão das contas públicas e de uma economia ativa e cada vez mais diversificada. Nada disso ocorreria, entretanto, sem um duro e contínuo trabalho coletivo – da minha equipe e de todo o funcionalismo, aos quais sou muito grato. Uma jornada que já vai além das montanhas de Minas e renova a esperança no futuro do país.

*Antonio Anastasia é governador de Minas Gerais pelo PSDB
**Artigo publicado no Correio Braziliense – 03-04-2014

“Troca de comando”, por Rodrigo de Castro

Rodrigo-de-Castro-Foto-George-Gianni-PSDB-1-300x200Minas Gerais vive uma semana especial, com a troca de comando na Cidade Administrativa. Na sexta feira, o governador Antônio Anastasia deixa o cargo e o vice- governador, Alberto Pinto Coelho, assume a responsabilidade de governar o estado. Ocasiões como essa estimulam a oportunidade de importantes reflexões. Geralmente faz-se um balanço sobre o governo e o mandatário que se despede, e especula-se sobre o novo governante e as perspectivas de sua gestão.

Anastasia deixa o posto com a missão cumprida. Nesse tempo, confirmou-se, Brasil afora, o que todos nós, mineiros, já sabíamos – que ele é o mais preparado gestor público de sua geração. Sua trajetória à frente do governo de Minas é uma prova incontestável da sua competência e vocação reformadora. Nunca avançamos tanto!

Desde que assinou o primeiro programa de governo do então candidato Aécio Neves, ainda em 2003, depois à frente da área de Planejamento e Gestão, secretário de Defesa Social, vice-governador e governador, ele vem dando uma contribuição superlativa à busca de soluções inovadoras para os grandes desafios de Minas, imprimindo em cada setor sob sua guarda o rigor ético que pauta sua vida.

Aécio e Anastasia nos deixam importantes legados, como a melhor educação básica do país e o mais eficiente sistema de saúde do Sudeste. Destaca-se, ainda, o esforço gigantesco para proporcionar aos nossos jovens a empregabilidade. Nesse tempo, nossa infraestrutura avançou assim como importantes parcerias com os municípios. Centenas de cidades superaram o dramático isolamento das estradas de terra; o saneamento básico expandiu-se; e descentralizaram-se as estruturas de saúde e seus respectivos equipamentos. Tivemos um governo municipalista, e o foco na luta por maior dinamismo e diversificação da economia foi uma obsessão.

Ninguém passa por tantos cargos e chega ao governo de seu estado apenas por méritos técnicos, por mais relevantes que estes sejam. Nos últimos quatro anos, assistimos ao nascimento de uma nova liderança política que, acredito, será importante referência para o Brasil que estamos construindo juntos agora.

O novo governador, Alberto Pinto Coelho, terá pela frente a desafiadora tarefa de comandar um extenso elenco de programas, projetos, obras e parcerias em andamento, nos quais, inclusive, já tem grandes responsabilidades. Alguns podem dizer que nove meses é pouco tempo. Mas esse é o período da gestação de uma nova vida. Alberto transforma-se, assim, no guardião de importantes conquistas e no construtor das pontes para um novo tempo de realizações.

O governador que assume enfrentará as mesmas dificuldades de Anastasia: uma crise mundial grave, que impacta grandes economias exportadoras como a nossa, e a piora dos indicadores econômicos nacionais. Acrescenta-se a realidade da deterioração das contas públicas dos estados, causada pela insidiosa concentração de recursos na órbita da União e pela incidência dos juros escorchantes, cobrados de nossa dívida, situação agravada pela notória má vontade do governo federal com as questões do nosso estado – as principais promessas do governo Dilma ficaram mesmo pelo caminho.

Quem acompanha de perto, como eu, a trajetória de Alberto nesses últimos anos, confia plenamente na sua capacidade de governança e no êxito de sua gestão. Acredito que terão peso relevante no perfil do novo governador as virtudes da conciliação e do diálogo, construídas durante os muitos anos de intensa atuação como parlamentar, em que também respondeu por missões importantes como líder dos governos Itamar e Aécio e à frente do Legislativo mineiro.

Sua experiência administrativa foi demonstrada na vice-governadoria, exercida com discrição e lealdade, como o cargo exige, mas ao mesmo tempo de grande relevância em áreas cruciais do governo, como nos programas de saneamento, o ProMunicípio e a coordenação de obras de mobilidade urbana na região metropolitana.
Homem público íntegro, de elevado espírito público, Alberto alia a serenidade de seu jeito ameno de ser, com a firmeza necessária dos grandes líderes para tomar decisões. A ampla sintonia existente entre os nossos principais líderes garantirá a integridade das conquistas advindas do choque de gestão e novos horizontes para Minas e os mineiros.

*Rodrigo de Castro é deputado federal (PSDB-MG)

**Artigo publicado no Estado de Minas – 1º-04-14