Em debate sobre o projeto de lei que cria “moratória” de cinco anos para a pesca no Pantanal, o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) defendeu a conciliação da preservação ambiental com o desenvolvimento econômico sustentável da região. Reinaldo participou esta semana da audiência pública “Políticas de Gestão e Proteção do Bioma Pantanal”, realizada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.
O evento debateu o projeto de lei 750/2011, de autoria do senador Blairo Maggi (PR-MT), que suspende por cinco anos a pesca esportiva e amadora no bioma Pantanal.
“Dá para conciliar sim desenvolvimento e preservação. Dá para implantar avanços tecnológicos, trazer pesquisas científicas e conhecimento e preservar o meio ambiente”, defendeu o parlamentar.
Reinaldo pediu para que a proposta de lei apresentada por Blairo Maggi seja discutida com os moradores do Pantanal e que a opinião dos moradores seja levada em consideração para a elaboração de uma proposta. “Nós sabemos que muitas vezes uma lei aprovada lá em Brasília prejudica muitas pessoas aqui”, disse. “Precisamos de uma lei que traga equilíbrio, que preserve o meio ambiente, mas que não tire dos moradores locais o sustento”, afirmou, referindo-se ao impacto que a medida traria à pesca profissional e ao turismo.
“Não podemos aceitar um projeto de lei goela abaixo, porque dois terços do Pantanal está aqui em Mato Grosso do Sul. Respeito muito o senador Blairo Maggi, mas nós sul-mato-grossenses junto com as instituições, com a Embrapa, com o SOS Pantanal, temos que debater o assunto e não podemos deixar de ouvir quem mora no Pantanal. Tem gente aqui que nasceu no Pantanal e mais do que todos nós que não somos de lá conhece a realidade do lugar. Se o Pantanal é esse bioma maravilhoso é porque quem mora lá ajudou a preservar”, concluiu.
(Da assessoria de imprensa do deputado)