Campo Grande (MS) – O governador tucano de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, assina neste Dia Internacional das Mulheres uma Carta Compromisso do Estado com as políticas públicas para as mulheres. Participam do ato a primeira-dama Fátima Azambuja, a vice-governadora e secretária de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast), Rose Modesto, e a subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres, Luciana Azambuja Roca.
Conforme a assessoria, serão anunciadas parcerias entre os órgãos governamentais para colocar em prática ações de inserção da mulher no mercado de trabalho, fortalecer a participação feminina nos espaços de poder e reduzir índices de violência.
“Já é tempo de começarmos a apresentar números mais favoráveis às mulheres. As ações que anunciaremos hoje são pontuais e vão começar a alterar os indicadores no Estado que até então ainda são preocupantes para as mulheres, tanto na questão da inserção do mercado de trabalho quanto para a violência”, argumentou Rose.
Mercado de trabalho
No mercado de trabalho ainda persiste a exclusão feminina na distribuição de cargos e lideranças, como atesta pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE-2014) que aponta a disparidade de salários, principalmente em Mato Grosso do Sul, que está no topo dos estados brasileiros nessa diferença: homens recebem em média R$ 1.825,00 e mulheres R$ 988,00.
Para diminuir essa distância salarial, o Governo do Estado além da qualificação, vai dar suporte financeiro disponibilizando linhas de microcrédito para capital de giro ou investimento fixo junto ao Banco Cidadão para as mulheres em situação de violência iniciarem negócio próprio.
Além disso, será fechada uma parceria com a Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab), que vai disponibilizar vagas nos cursos oferecidos pela Casa de Qualificação para mulheres em situação de violência que forem encaminhadas pelo Centro de Atendimento à Mulher (CEAM), unidade vinculada à Subsecretaria de Políticas Públicas para Mulheres (SPPM). “O nosso trabalho é exatamente articular essas ações e possibilitar o empoderamento das mulheres que muitas vezes não conseguem sair de uma situação de violência, pois não têm autonomia financeira”, avalia Luciana.
Outras parcerias
Uma das metas do governo, inédita no País e sugerida pela ONU Mulheres, é iniciar ainda este ano, um trabalho de acolhimento às famílias de mulheres vítimas de feminicídios. Mães, filhas, irmãs, sobrinhas de mulheres que foram violentamente assassinadas, terão à sua disposição os serviços oferecidos no CEAM (assistência social, psicologia, informação jurídica).
Serão formados grupos de apoio, permitindo que essas mulheres possam aplacar um pouco da dor da perda convivendo com famílias que passaram pelo mesmo trauma, trocando experiências e ajudando-se mutuamente.
Além destas, muitas parcerias já estão consolidadas desde 2015 para diminuir o preconceito, desigualdades de gêneros e violência, como o projeto “Maria da Penha vai à Escola” com a Secretaria Estadual de Educação (SED); as Rodas de Conversas nos diversos órgãos do governo e na Caravana da Saúde. (Com assessoria)
foto: Leca