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Após pressão, Padilha cancela contrato com ONG do pai

duarte-nogueira-foto-george-gianni-psdb--300x206Brasília (DF) – Suspeitas lançadas sobre convênio de R$ 199,8 mil assinado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, com a organização não governamental (ONG) Koinonia – Presença Ecumênica e Serviço, da qual seu pai, Anivaldo Padilha, é sócio e fundador, fizeram com o petista anunciasse, nesta quinta-feira (30), o cancelamento do contrato. A entidade prometeu recorrer da decisão. As informações são de reportagem desta sexta-feira (31) do jornal Folha de S. Paulo. O PSDB cobra uma avaliação ética sobre os atos de Padilha.

Segundo o ministro, que deixa o cargo para assumir pré-candidatura ao governo de São Paulo, a decisão de voltar atrás no contrato firmado visa “poupar a instituição de qualquer exploração política”. A ONG já teve pelo menos nove outros convênios com o governo federal, de acordo com o Portal da Transparência. Oito deles foram firmados após o início da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003.

Questão ética

Para o presidente regional do PSDB de São Paulo, o deputado federal Duarte Nogueira, do ponto de vista da regularidade, apenas uma análise melhor da relação contratual do ministério da Saúde com a entidade seria capaz de afirmar se todos os trâmites necessários para o convênio ocorreram dentro das formalidades legais.

“A atitude de cancelar o convênio corrobora uma eventual não observância do aspecto legal e do também do aspecto ético de se manter uma relação contratual entre pai e filho, sendo um o ministro da Saúde e o outro sócio e fundador de uma entidade que vai se beneficiar com uma possível contratação”, avaliou.

O parlamentar salientou que o contrato é também questionável do ponto de vista moral: “Nada contra, mas é sempre inadequado esse tipo de relacionamento, que pode ser colocado em benefício de uma das partes. Uma relação de parentesco em âmbito público não é correta do ponto de vista republicano”.