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Oposição

Oposição sai fortalecida das eleições e preparada para cumprir seu papel

aecioneves-durante-reuniao-psdb-foto-georgegianni14-300x199Brasília – Líderes do PSDB que participaram nesta quarta-feira (5) do encontro promovido pelo partido no Congresso Nacional declararam que as forças políticas que fazem oposição no Brasil estão mais fortalecidas após o término das eleições de 2014. A avaliação foi feita durante reunião organizada pelo PSDB que lotou o auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, e que foi conduzida pelo presidente do partido, senador Aécio Neves.

“Saímos das eleições como o agrupamento político mais forte do Brasil”, declarou o ex-governador paulista Alberto Goldman, um dos vice-presidentes do PSDB. Segundo o tucano, a condição foi dada ao partido pela população, que se expressou nas urnas, com os mais de 51 milhões de votos destinados a Aécio na disputa presidencial, e também nas manifestações que pediram a vitória do presidente do partido e de outros candidatos pelo PSDB em todo o país.

O senador Cássio Cunha Lima (PB), também vice-presidente do PSDB, disse que a condição traz mais responsabilidade ao partido. “O PSDB recebeu mais de 51 milhões de votos do povo brasileiro e agora cabe a nós fazer oposição com responsabilidade ética, espírito público e decência. Vamos fiscalizar os atos de um governo que começa a se desmoralizar já nos primeiros instantes”, disse.

Para Cássio, a presença da oposição no Congresso é reforçada também por um crescimento “qualitativo e quantitativo” da bancada – representado, entre outros nomes, pelos ex-governadores Tasso Jereissati (CE), José Serra (SP) e Antonio Anastasia (MG), todos eleitos senadores e que começarão a exercer seus mandatos em 2015.

Na avaliação do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), a bancada do partido está preparada para cumprir seu papel oposicionista. “Faremos uma oposição qualificada, sob a liderança de Aécio Neves, e respaldados pelos 51 milhões de brasileiros que deram apoio à forma de gestão praticada pelo PSDB”, destacou.

Encontro e confiança
Secretário-geral do PSDB, o deputado federal Mendes Thame (SP) disse que o partido vive um momento de afirmação, traduzida pelo encontro desta quarta-feira.

“Estamos nos afirmando como uma alternativa a tudo que o PT representa. E também respondemos à mobilização feita pelo povo”, disse.

Para o deputado, um dos principais legados da eleição é o reforço do posicionamento do nome de Aécio Neves como uma referência para a esperança dos cidadãos.

“Aécio se tornou o depositório da confiança de milhões de brasileiros, que não tinham onde destinar sua esperança. O PSDB precisa canalizar essa insatisfação dos brasileiros e manter as expectativas criadas”, declarou Thame.

Governadores do PSDB ressaltam união entre oposição e sociedade

aecio_executivapsdb_orlandobrito_33-300x199Brasília (DF) – O momento político atual do Brasil é marcado pela união entre as forças oposicionistas e os cidadãos que acreditam em um novo modelo de gestão para o país. A opinião é de governadores do PSDB que participaram, nesta quarta-feira (5), da primeira reunião das oposições após as eleições presidenciais. O encontro, liderado pelo presidente do PSDB, senador Aécio Neves, lotou o auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, e reuniu tucanos e representantes de partidos aliados.

“A oposição está convencida de que um novo Brasil saiu das urnas. Aécio Neves colocou uma luz de esperança, de dignidade, de confiança de que essa nação pode, sim, caminhar de uma maneira diferente. E isso vai se traduzindo em uma costura oposicionista permanente, para que o exercício democrático esteja presente no nosso país”, afirmou o governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho.

Simão Jatene, que em outubro foi reeleito para o governo do Pará, disse que as eleições de 2014 registraram “um reencontro da nossa gente com sentimentos profundos”, que estão ligados ao desejo de melhoria na administração pública.

Jatene elogiou o desempenho e o perfil adotado por Aécio Neves na corrida presidencial: “Tu [Aécio] conseguistes galvanizar, aglutinar algo que imaginavam impossível. Fazer do impossível, possível. Obrigado pela garra, pela determinação, pela paciência e capacidade de fazer esse brasil sonhar de novo”.

Para o governador, as forças de oposição precisam manter como prioridade a luta pela permanência do ambiente de união que se instalou após as eleições.

Descartando a divisão

Governador eleito do Mato Grosso do Sul, o deputado federal Reinaldo Azambuja disse que a busca pela união entre os brasileiros é necessária também por ser um contraponto ao buscado pelo PT durante o período eleitoral. Para Azambuja, o partido de Dilma Rousseff apostou na divisão do Brasil e fez uma “política baixa, sórdida, que atacou pessoas e famílias”.

“Nós temos que unir o Brasil em torno de princípios que se perderam nos últimos anos – que é a busca por uma política decente, de resultados, que faça o Brasil crescer e que dê esperanças ao povo brasileiro”, declarou.

O vice-governador eleito do Maranhão, deputado federal Carlos Brandão, acrescentou que a atuação do PSDB é um exemplo do modelo de trabalho que o partido quer implantar no país. “Os governos do PSDB são caracterizados pelo compromisso com o desenvolvimento e pelos resultados que trazem à população, com uma somatória entre efetividade e ética “, resumiu.

Para deputados, PSDB completa 26 anos com legado de força e protagonismo

padrao_foto_logo-300x200Brasília (DF) – Com um vasto legado em benefício do país ao longo de sua história, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) completa 26 anos de fundação nesta quarta-feira (25). Às vésperas do aniversário da legenda, deputados destacaram o passado de realizações, a força da legenda no presente e as perspectivas positivas para o futuro. Para os tucanos, a legenda continuará sendo protagonista no cenário político nacional e mostrará sua capacidade de promover as mudanças tão cobradas pela população nos rumos do país.

História

Fundado em 1988, ano da promulgação da Constituição, o partido já nasceu grande. Poucos meses após sua fundação, elegeu 18 prefeitos, inclusive de Belo Horizonte. O tempo foi passando e o PSDB foi ganhando mais força. O deputado federal Marco Tebaldi (PSDB-SC) disse que o partido tem uma vasta história de sucesso e de realizações de Norte a Sul. “Podemos ressaltar a questão da estabilidade econômica, os programas sociais, os investimento na educação e o cuidado com a saúde e com a segurança pública”, disse ele acrescentando que esse legado ocorreu durante as gestões de Fernando Henrique Cardoso, que governou o país de 1995 a 2002.

O deputado federal Alfredo Kaefer (PSDB-PR) também recordou a herança bendita do governo Fernando Henrique Cardoso e avaliou que o partido está sintonizado com as vozes das ruas. “Eu diria que há um equilíbrio entre uma situação de esquerda e de direita, mostrando uma social democracia que privilegia a liberdade econômica, fortalece a iniciativa privada, sem deixar de dar atenção à essencialidade do plano social”, resumiu.

O enfrentamento das desigualdades sociais e a modernização da economia e das instituições são algumas das marcas tucanas à frente do governo federal. Em 2014, o Plano Real completa 20 anos.

Oposição

Ao assumirem o poder, em 2003, os petistas rasgaram o histórico discurso radical e mantiveram as linhas mestras da política econômica que tanto criticavam no passado. Além disso, reuniram programas sociais implementados por FHC sob o nome de Bolsa Família, em mais uma prova de que receberam uma herança bendita. No entanto, não foram capazes de manter o país no rumo do desenvolvimento ao longo do tempo.

Desde 2003, o partido se tornou a principal força de oposição do país, alertando para sucessivos malfeitos das gestões petistas e apontando caminhos para os principais desafios nacionais. A força tucana é comprovada pelos números das urnas: nas últimas eleições, por exemplo, foram oito governadores vitoriosos – inclusive em estados como São Paulo e Minas Gerais. Também foram eleitos mais de 700 prefeitos país afora. No Congresso, o PSDB tem 11 senadores e 44 deputados federais em exercício. Ética, responsabilidade e gestão eficaz são algumas das marcas do partido ao longo de sua história.

Para os tucanos, a agremiação tem as credenciais para se apresentar como capaz de recolocar o país nos trilhos. Os deputados expressaram orgulho de participar da história do PSDB. “Nós temos o que mostrar e vamos fazer muito mais pelo Brasil nos próximos anos”, finalizou Tebaldi.

Do Portal do PSDB na Câmara

Para o pernambucano Daniel Coelho, Aécio desmonta discurso do PT e mostra empenho em aprimorar o Bolsa Família

Daniel-Coelho-Foto-Assembleia-PE1-300x177Brasília (DF) – Ao prorrogar o Bolsa Família por mais seis meses para os beneficiários que conseguirem aumentar sua renda ou retornar ao mercado de trabalho, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, deixa claro o interesse do PSDB em aprimorar e não acabar com o programa de transferência de renda, como insinuam os petistas as vésperas de cada eleição. A opinião é do deputado estadual Daniel Coelho (PSDB-PE).

“Aécio expõe ao país que, caso o PSDB chegue à Presidência da República, o Bolsa Família será não apenas mantido, como também aperfeiçoado”, destacou Coelho.

A iniciativa de Aécio, aprovada ontem pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado, a despeito do voto contrário dos petistas e integrantes de base aliada de Dilma Rousseff, agora segue para avaliação da Comissão de Direitos Humanos.

“A proposta de Aécio tem tudo para auxiliar, de modo definitivo, a população que mais precisa do benefício”, acrescentou Coelho.

Oposição de qualidade

Para Coelho, a iniciativa de Aécio mostra que a oposição não faz apenas críticas ao governo Dilma, mas tem propostas. “O PSDB não pratica a política de modo mesquinho. Não temos problema em reconhecer que o governo do PT teve méritos ao expandir um projeto que foi concebido pelo PSDB na época do governo de Fernando Henrique. Agimos diferente do PT, que teve uma atitude pequena ao votar contra o projeto no Senado”, disse.

O deputado lamentou ainda o terrorismo eleitoral feito pelo PT, que tenta enganar a população alegando que só eles seriam como capazes de manter o Bolsa Família.“O povo está cada vez mais consciente e consegue diferenciar as coisas”, completou.

“Quem conhece a oposição prefere a oposição”, análise do ITV

charge-2904-300x200Os resultados da pesquisa de intenção de votos publicada ontem pelo Ibope não deixam margem a dúvidas: quem conhece as alternativas que a oposição põe à disposição do país prefere a oposição. São os ventos da mudança que sopram cada vez mais fortes no Brasil.
Quanto mais os candidatos vão ficando conhecidos, menos brasileiros mantêm-se indecisos. Quanto menos são os indecisos, mais a oposição avança.

O total dos que pretendiam votar em branco ou anular o voto caiu de 24% para 14% entre abril e maio. Indecisos passaram de 13% para 10%. Neste meio tempo, o PSDB veiculou sua bateria de comerciais e seu programa eleitoral na TV. O PT fez o mesmo. O povo pôde comparar e parece ter feito suas escolhas.

De abril para maio, todos os principais candidatos cresceram na pesquisa do Ibope. Mas os de oposição subiram mais. Aécio Neves avançou o dobro de Dilma: subiu de 14% para 20%. A petista passou de 37% para 40%. Com isso, a vantagem da candidata-presidente sobre os adversários estreitou-se de 13 para 4 pontos percentuais.

Quanto mais a eleição se aproxima, também mais se solidifica nos eleitores o clamor pela mudança: 65% dos entrevistados pelo Ibope querem que o próximo presidente mude tudo ou muita coisa no próximo governo. Neste segmento mudancista, Aécio já empata tecnicamente com Dilma, destaca O Estado de S. Paulo.

O sentimento de mudança começa a se espraiar por toda a sociedade, por todas as faixas etárias e níveis de renda, em todas as regiões do país. Entre os mais pobres, as intenções de voto em Aécio passaram de 10% para 17%. No estrato de renda acima de cinco salários mínimos, mantiveram-se no patamar de 25%.

Outro dado corrobora a constatação de que quem conhece a oposição prefere a oposição. Entre abril e maio, a taxa de rejeição à candidata-presidente manteve-se estável em 33%. A de Aécio, depois da veiculação das propagandas no rádio e na TV, caiu de 25% para 20% e a de Eduardo Campos passou de 21% para 13%.

A desaprovação ao governo Dilma é a mais alta já registrada pelo Ibope. Atingiu 33% e é estatisticamente igual aos 35% que consideram sua gestão ótima ou boa. Pela primeira vez desde o início do mandato, a avaliação negativa também supera a regular. No auge das manifestações de rua de um ano atrás, ruim ou péssimo somavam 31%. Ou seja, desde então o caldo para o governo só engrossou.

Ainda são poucos os que realmente estão atentos às eleições, que acontecem daqui a pouco mais de quatro meses. Segundo o Ibope, 57% dos entrevistados têm pouco ou nenhum interesse na disputa de outubro. Por enquanto.

À medida que o tempo for passando, a Copa do Mundo tiver acabado, o sentimento de frustração que provavelmente advirá em relação ao torneio e seus parcos legados manifeste-se mais forte, a população naturalmente prestará mais atenção aos candidatos e escolherá quem encarna melhor o figurino da mudança.

Entre os 27% que hoje não têm nenhum interesse na eleição, 39% classificam o governo da presidente Dilma como ruim ou péssimo – mais que o dobro dos que a avaliam positivamente neste grupo (17%). Será que, quando forem obrigados a decidir-se, mudarão de opinião? Difícil. Na outra ponta, os 14% que têm muito interesse na eleição optam preferencialmente por Aécio, com 19% das intenções – a petista tem 17%.

As pesquisas de opinião têm deixado claro que os brasileiros estão ávidos por darem novo rumo ao país, ávidos por virar a página de descaso, descalabro e desvios éticos que marca os anos recentes. A campanha que se aproxima deve respeitar este sentimento e apresentar ao eleitor alternativas realistas, e não insistir em fantasmas de quem está morrendo de medo de ver-se apeado do poder.

Petrobras: “CPI mista será mais eficaz”, diz Figueiró

figueiró_foto_waldemir_barreto_agência_senadoO senador Ruben Figueiró (PSDB-MS) fez coro à manifestação dos colegas oposicionistas e defendeu que as denúncias contra a Petrobras sejam investigadas por meio de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), formada por deputados e senadores. Os governistas querem que a CPI ocorra só no âmbito do Senado e com objeto de investigação ampliado.

“Na CPI mista a oposição terá mais presença, o que é importante porque a prerrogativa deste tipo de colegiado é justamente a de levantar os mal feitos do governo, por isso, é naturalmente de oposição às ações da Administração Federal. Sou pela CPMI porque aqui no Senado ela será torpedeada pela maioria governista e não se conhecerá a verdade verdadeira, reclamo da população. Certamente, a CPMI será mais eficaz”, disse Figueiró.

O líder do PSDB, senador Aloysio Nunes Ferreira (SP), afirmou que há consenso entre os partidos da oposição pela CPI mista. “A oposição quer que funcione uma CPI com deputados e senadores porque terá muito mais força política e institucional, além de mais autoridade para averiguar os fatos e identificar culpados”, defendeu Aloysio Nunes.

Uma reunião de líderes partidários do Senado e da Câmara marcada para a tarde desta terça-feira (6) deve definir se a CPI será mista ou formada apenas por senadores. Nesta segunda, o Senado entrou com recurso contra a decisão da Ministra do STF, Rosa Weber, que deferiu liminar em favor da oposição, determinando a imediata instalação de uma CPI exclusiva da Petrobras. A Mesa do Senado e a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) entendem que, como foram aprovadas duas CPIs, uma restrita à estatal e outra mais ampla, esta última deve prevalecer.

 
(Da assessoria de imprensa com informações da Agência Senado)

Aécio Neves e líderes da oposição recorrem ao STF para garantir CPI da Petrobras

aecio-stf-2-1-300x200O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, e os principais líderes da oposição entraram nesta terça-feira (08) com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) em defesa da garantia de instalação da CPI para investigar as graves denúncias de má gestão e corrupção na Petrobras. Aécio Neves afirmou que a oposição quer passar a limpo as denúncias e o Parlamento deve ter garantido seu direito constitucional de investigação dos atos do governo.

“Todos os requisitos foram cumpridos. O número de assinaturas, o fato determinado. Cabe ao presidente do Senado Federal não enviar a um outro colegiado para que ele tome uma decisão sobre o protocolo da CPI e, sim simplesmente instalá-la. O que queremos é que se cumpra a Constituição e que se cumpra o regimento do Senado Federal. Se prevalecer a posição do presidente Renan, estamos abdicando ad aeternum, para sempre, do direito das minorias investigarem qualquer denúncia grave que ocorra em relação a atos do governo.  Esse nosso ato tem uma dimensão até maior do que o simples pedido de instalação da CPI da Petrobras. Estamos garantindo também um direito sagrado das minorias, que é o de investigar delitos cometidos pelo governo”, disse Aécio Neves.

O pedido de mandado de segurança foi protocolado com as presenças dos presidentes do DEM, senador Agripino Maia, e do Solidariedade, deputado federal Paulinho da Força (SP), os senadores Pedro Simon (PMDB-RS), Aloysio Nunes  Ferreira (PSDB-SP), Álvaro Dias (PSDB-PR), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Ranfolfe Rodrigues (PSOL-AC), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Cristovam Buarque (PDT-DF) e Pedro Taques (PDT-MT) e os deputados Antonio Imbassahy (PSDB-BA), Domingos Sávio (PSDB-MG) e Mendonça Filho (DEM-PE).

A imagem dos líderes da oposição no Supremo é considerada histórica por sua relevância neste momento.

Aécio Neves respondeu a alegação feita pela presidente Dilma Rousseff de que a CPI tem objetivo eleitoral, e não o de investigação das denúncias reveladas pela imprensa e pela Polícia Federal.

“Não foi a oposição que criou os fatos que hoje derivam para a necessidade de uma CPI. Hoje, estamos vendo uma teia de relações promíscuas dentro da Petrobras com ex-diretores presos e com outros sob gravíssimas suspeitas, com parlamentares participando deste jogo. É importante que isso seja passado a limpo. A oposição está fazendo o que precisa fazer. É sua obrigação. É sua responsabilidade investigar. E esperamos que a base do governo e o próprio governo aprendam a viver em democracia. Não permitir essa investigação é um atentado contra a própria democracia”, disse Aécio Neves em entrevista.

O senador reiterou que todos os requisitos constitucionais para a criação da CPI foram cumpridos pelo Parlamento. Assim, o presidente do Senado ou qualquer outra liderança não tem a prerrogativa da escolha sobre como agir, mas sim a obrigação de determinar o início das investigações.

Rombo de US$ 1,2 bilhão

A CPI da Petrobras busca investigar suspeitas relativas à compra da refinaria de Pasadena, no Texas (Estados Unidos), que voltou à tona após a revelação de que a então ministra Dilma Rousseff, que era a presidente do Conselho de Administração da Petrobras, apoiou a negociação que seria responsável pelo maior rombo da história da empresa.

Em 2006, a Petrobras pagou US$ 360 milhões por 50% da refinaria, que um ano antes havia sido avaliada em US$ 42,5 milhões. Em 2012, devido a obrigações previstas no contrato por ela assinado, a Petrobras foi obrigada a comprar a outra metade da refinaria, dessa vez por US$ 839 milhões, totalizando US$ 1,2 bilhão. Ainda assim, a Refinaria de Pasadena não consegue fazer o processamento do petróleo brasileiro, mais pesado que o norte-americano.

Além disso, parlamentares também querem apurar os US$ 20 bilhões investidos na construção da refinaria Abreu e Lima, após previsão inicial de US$ 2 bi, em parceria com a Venezuela; denúncias de pagamento de suborno a diretores da empresa para beneficiar a companhia holandesa SBM  e a colocação em alto-mar de plataformas que ofereciam risco aos funcionários da Petrobras.

Aécio Neves mobiliza oposição para cobrar resposta de Dilma sobre prejuízo da Petrobras

aecio-e-fhc-no-senado-191-300x200Brasília – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, vai se reunir com líderes da oposição da Câmara e Senado na próxima terça-feira (25) para discutir a melhor estratégia para garantir uma resposta do governo Dilma ao prejuízo bilionário da Petrobras na operação de compra da Refinaria de Pasadena (EUA).

De acordo com reportagem do O Globo desta sexta-feira (21), líderes da oposição já teriam conseguido recolher pelo menos 102 assinaturas em favor do requerimento que propõe criação de uma CPI mista para investigar irregularidades na Petrobras. Para a instalação da comissão seriam necessárias pelo menos 171 assinaturas.

Aécio avalia como extremamente grave a revelação de que a presidente Dilma Rousseff deu aval para a Petrobras realizar o negócio, conforme relevou reportagem de O Estado de S.Paulo esta semana.

“O Brasil precisa que se esclareça quais foram as razões pelas quais a presidente da República, especialista na área de Minas e Energia, tomou uma decisão tão danosa para as finanças da Petrobras e para o próprio país”, cobrou Aécio Neves.

Em 2006, Dilma presidia o Conselho de Administração da Petrobras e autorizou a empresa a pagar US$ 360 milhões por 50% da refinaria, que um ano antes valia US$ 42,5 milhões. Quatro anos depois, a Petrobras perdeu uma batalha judicial e foi obrigada a desembolsar mais US$ 820,5 milhões. No total, a estatal brasileira desembolou US$ 1,18 bilhão por uma refinaria que hoje vale US$ 180 milhões.

Após a revelação, Dilma tentou jogar a responsabilidade para a área técnica da empresa, que teria fornecido “um parecer “técnica e juridicamente falho”, versão confrontada por diretores e especialistas do setor. De acordo com os executivos, Dilma e o Conselho de Administração tiveram acesso a todos os dados sobre a negociação.

O senador também classificou como inaceitável que o ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, apontado pela presidente como o responsável pelo “parecer falho”, tenha permanecido no cargo e depois indicado para o alto escalão da BR Distribuidora, uma subsidiária da estatal.

“Se houve um encaminhamento equivocado por parte da diretoria internacional, como atesta a nota da presidente da República, o esperado é que aquele que fez esse encaminhamento ou fosse demitido ou fosse investigado. Ele foi promovido! Ele, no governo da própria presidente Dilma Rousseff, ocupa a diretoria na BR Distribuidora. Isso é inaceitável”, criticou Aécio Neves.

Oposição quer transparência e exige investigação externa sobre Petrobras

petrobras1Brasília (DF) – O PT sofreu mais uma derrota na Câmara. O plenário da Casa rejeitou por 261 votos a 80, além de 4 abstenções, o pedido dos petistas para retirar de pauta requerimento de criação de comissão externa para investigar a denúncia envolvendo a Petrobras. A estatal é alvo de acusações que funcionários receberam propina da empresa holandesa SMB Offshore, que aluga plataformas de petróleo para clientes no mundo inteiro.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), adiou para esta quarta-feira (26) a votação do requerimento da oposição para a criação da comissão externa. Vários partidos entraram em obstrução após a decisão, o que inviabilizou as votações.

O pedido para a instauração da comissão foi proposto pela oposição. Deputados petistas criticaram a proposta e apresentaram uma série de requerimentos para protelar a discussão. Além do PT, apenas PCdoB, PRB e PV orientaram a favor da retirada de pauta.

O líder do PSDB, deputado federal Antonio Imbassahy (BA), disse que o governo quer impedir a investigação. “O que nós queremos é a proteção desse patrimônio público. Não entendemos por que o PT obstrui este esforço do Parlamento brasileiro para investigar a grave denúncia contra a Petrobras. O PT deixa claro que não quer investigar”, afirmou ele.

Reações

O líder da Minoria na Câmara, Domingos Sávio (MG), destacou que a Casa tem o dever de apurar o caso. “A Câmara tem um dever com o povo brasileiro diante de uma denúncia grave de que há corrupção na Petrobras. Se o Ministério Público da Holanda está investigando, o Brasil não vai investigar denúncia de corrupção em uma empresa que é patrimônio de todos os brasileiros?”, questionou.

“Um escândalo bilionário como esse não só precisa, como deve ter a atenção deste Parlamento. O Parlamento brasileiro tem o dever constitucional de fazer essa investigação”, acrescentou o 1º vice-líder do PSDB, Vanderlei Macris (SP).

O objetivo da oposição é que uma comitiva de deputados e técnicos vá à Europa para obter informações sobre as investigações do Ministério Público da Holanda.

Em outubro do ano passado, um ex-funcionário da empresa holandesa vazou dados de auditoria interna sobre o pagamento de propinas de até US$ 250 milhões em operações em pelo menos três países. A suspeita é que, desse montante, US$ 139 milhões foram destinados a intermediários e funcionários da Petrobras em troca de encomendas de plataformas de produção.

*Com informações do Portal do PSDB na Câmara

FHC celebra 20 anos do Real e pede “novo salto” para o Brasil

fhcsenado2-300x200Brasília – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou nesta terça-feira (25) que o Brasil precisa de um “novo salto” na gestão pública. FHC participou de sessão solene no Congresso Nacional que comemorou os 20 anos do Plano Real, responsável pela estabilização da economia brasileira. A sessão foi convocada pelo presidente do PSDB, senador Aécio Neves, e pelos deputados federais Mendes Thame (PSDB-SP) e Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR).

“O mundo está em uma nova fase, mas o Brasil ainda está no passado. Nós temos condição de avançar, mas é preciso abrir os olhos. O Brasil precisa de ar novo, sangue novo. Está na hora de mostrar que há novos caminhos no Brasil”, ressaltou Fernando Henrique, presidente de honra do PSDB.

Fernando Henrique se dirigiu ao público – formado por representantes de vários partidos, por jornalistas e por pessoas interessadas na história do Real – por cerca de 30 minutos e foi aplaudido em diversas ocasiões. “Eu disse que o Brasil tinha três grandes problemas: o primeiro era a inflação, o segundo era a inflação e o terceiro era a inflação. E, que nós íamos acabar com a inflação”, afirmou ele, lembrando quando era ministro da Fazenda.

Estabilidade

Em seu discurso, FHC disse que a estabilidade da economia, conquistada com base no Plano Real, foi apenas o “primeiro passo” e que muitos outros avanços são necessários – como exemplos, o tucano citou melhorias na educação e na segurança pública e a reforma política. “O modelo atual, com mais de 30 partidos e 39 ministérios, é uma receita para o aparelhamento da administração”, destacou.

O ex-presidente apontou que a população tem demonstrado que a reprovação ao modelo político atual é geral e que o sentimento de mudança é coletivo. “Quando as ruas estão insatisfeitas, quando os políticos estão insatisfeitos, quando as donas de casa estão insatisfeitas, é sinal de que há muita coisa enguiçada”, afirmou.

Oposição

FHC recordou que o Plano Real enfrentou forte oposição de diferentes setores – as críticas vieram de fontes distintas como o PT, o movimento sindical e até mesmo o Fundo Monetário Internacional (FMI). “Pouca gente sabe, mas o FMI era contrário ao plano. A falta de credibilidade do Brasil era tanta que eles não achavam que conseguiríamos reduzir a inflação”, disse.

Mas os maiores ataques, lembrou FHC, vieram do PT.  O tucano recordou que buscou atrair a aprovação do partido a um projeto que beneficiaria todos os brasileiros. “Eu me esforcei para que o Partido dos Trabalhadores desse seu apoio ao real. Cheguei a convidar os principais líderes do PT na época, Lula e José Dirceu, para falar sobre o plano e explicar suas vantagens. A primeira pergunta que eles me fizeram foi: ‘O PSDB terá candidato á Presidência da República?’”.

Apesar da oposição dos petistas, o Real entrou em vigor em 1º de julho de 1994. Os benefícios do plano foram colhidos rapidamente: a inflação despencou e o poder de compra dos brasileiros cresceu. A desvalorização, que superara os 2.000% em 1993, ficou em 14,7% em 1995. Fernando Henrique Cardoso, responsável pela criação do plano, ganhou as eleições presidenciais no primeiro turno em 1994 e 1998.