PSDB – MS

Pernambuco

Irregularidades envolvendo construção de refinaria em PE mancham história da Petrobras, diz Imbassahy

RefinaAbreueLima-Foto-Petrobras-1-300x200Brasília (DF) – O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), disse nesta terça-feira (24) que a combinação explosiva de incompetência e corrupção em torno da construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, mancha a história da Petrobras. “Nesse caso específico houve falta de planejamento, de projeto, má fé, irregularidades e corrupção explícita. O que o governo do PT fez com a Petrobras é inacreditável”, criticou o tucano.

O estarrecimento de Imbassahy com os desmandos dos petistas na principal estatal do país cresceu diante do surgimento de novos detalhes sobre o empreendimento erguido em Ipojuca, na região metropolitana de Recife (PE). De acordo com o jornal “O Globo”, Abreu e Lima é uma das refinarias mais caras da indústria de petróleo. “Cada um dos 230 mil barris de óleo refinados vai custar no mínimo US$ 87 mil, acima do dobro da média internacional”, afirma trecho de uma das reportagens publicadas desde o fim de semana.

Nesta quarta-feira (25), o ex-presidente da empresa José Sérgio Gabrielli presta depoimento na CPI Mista da Petrobras e deve ser cobrado sobre o escândalo em torno da unidade pernambucana.

Enredo 

Desde domingo (22) o jornal vem destacando todo o processo em torno da refinaria que deveria ser construída numa cooperação entre o governo brasileiro e a PDVSA, a Petroleos de Venezuela S.A, ao custo de US$ 2,3 bilhões, conforme os ex-presidentes Lula e Hugo Chávez anunciaram há 11 anos.

A parceria, no entanto, não foi concretizada e coube à Petrobras tocar sozinha a obra. Três anos atrasada, a construção da refinaria consumirá até novembro deste ano US$ 20,1 bilhões, valor dez vezes maior que o estimado preliminarmente e seis vezes superior que todo o dinheiro gasto pelo país na construção e na reforma de 12 estádios para a Copa do Mundo.

Uma sucessão de erros, contratos superfaturados e corrupção explicam a escalada de cifras, revela o jornal. Foram US$ 3 bilhões em custos adicionais, por meio de aditivos realizados a partir de março de 2008. Até dezembro do ano passado, houve 141 alterações contratuais com acréscimos de custos. Durante 2013, a média foi de três aditivos por quinzena, segundo dados em análise na CPI Mista da Petrobras.

“Esse é um grande escândalo que se apresenta no governo da presidente Dilma. Temos que investigar isso com a CPI mista. Essa é nossa obrigação para proteger e preservar a maior empresa estatal do Brasil, que é orgulho de todos nós”, disse o líder do PSDB na Câmara.

Suspeito

Uma revelação alarmante é que a petroleira ocultou do Tribunal de Contas da União (TCU) orçamentos e estudos de viabilidade da unidade sob a alegação de “sigilo”. Há três anos, no entanto, auditores fiscais rebelaram-se e entenderam que havia uma deliberada obstrução ao trabalho do TCU.

Em reação, eles listaram indícios de sobrepreços, relataram a existência de “metodologias inadequadas para definição de viabilidade”, alinharam deficiências no projeto básico e citaram “contratações diretas e antieconômicas”. Além disso, recomendaram que o então presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, fosse autuado por “sonegação de documento”.

Além de subtrair dados e informações, Gabrielli e demais integrantes da diretoria executiva da Petrobras teriam ignorado alertas de técnicos da estatal de que a refinaria era economicamente inviável desde 2009 e criaram um cenário positivo para formalizar a execução do plano de construí-la.

Suplente do PSDB da Câmara na CPI Mista da Petrobras, o deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF) afirmou que os petistas “perderam os limites” à frente da companhia e a transformaram em instrumento de corrupção. “Cada dia aparece uma coisa nova. A CPI mista vai desvendar essas falcatruas”, disse o tucano, que lamentou a perda de competitividade da companhia. “Com essa quadrilha que tomou conta dela, a empresa é uma das maiores devedoras do mundo. ”

Cara a Cara

O ex-titular da empresa não deve escapar de questionamentos a respeito de todas as revelações sobre a Abreu e Lima em seu depoimento na CPI mista da Petrobras.

Para Imbassahy, o petista deve oferecer poucas novidades. “É difícil que ele traga novas informações. Ele já esteve no Congresso e não apresentou nada que pudesse elucidar esse caso inacreditável”, afirmou. “De qualquer maneira, trata-se, agora, de uma CPI mista. Ele não pode mentir. Tem que dizer a verdade sob pena de ser responsabilizado criminalmente”, avisou o deputado.

O PSDB fará um governo para todos e inclusivo, diz Aécio Neves em Pernambuco

aecio-recife-61-300x200Recife (PE) – Em visita ao Recife (PE) nesta quarta-feira (18), o candidato à Presidência da República pelo PSDB, o senador Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva à imprensa. Ele respondeu a perguntas sobre as indicações de um nome do Nordeste na sua chapa como vice, o pacote de medidas anunciado pelo atual governo,a relação com o governador de Pernambuco, João Lyra, e sobre as críticas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A seguir os trechos da entrevista.

Indicação de um nome do Nordeste para vice. 

É uma possibilidade sim. Existem nomes extremamente qualificados aqui. Mas, mais importante que o vice, são ações objetivas que atendam os interesses da população nordestina. E isso nosso governo vai ter. Assim como foi um mineiro, o presidente Juscelino Kubitschek, que teve o primeiro olhar generoso em relação ao Nordeste, com a criação da Sudene, 60 anos atrás, espero, se vencer as eleições, poder demonstrar que tratar essa região de forma diferenciada é muito importante para todo o Brasil, não apenas para o Nordeste. Só se diminuem as diferenças se você trata as regiões que são desiguais de forma desigual. Obviamente, falo em maiores investimentos, em prioridades na conclusão das obras que estão abandonadas – e algumas delas inacabadas – na região, com sobrepreços. Vamos reintroduzir o planejamento na gestão pública brasileira. E o foco do nosso governo, não tenham dúvidas, e a cada dia vocês perceberão isso, será o Nordeste. Como fiz em Minas Gerais, que, para muito orgulho nosso, tem um Nordeste em seu território. Gastei três vezes mais per capita no Nordeste mineiro do que nas regiões mais ricas do Estado. E pretendo fazer isso também, se vencer as eleições para presidente da República.

Sobre pacote de medidas para indústria a ser anunciado pelo governo.

É o pacote do desespero. Aplaudo qualquer medida que venha ajudar a retomada do crescimento. Mas acho que o setor produtivo brasileiro tem a sensação de que é uma agenda muito mais eleitoral do que uma agenda estruturante. O Brasil precisa de planejamento, não precisa de improviso. O Brasil vai avançar quando nós tivermos um governo que trabalhe mais focado nos anos futuros do que na pauta eleitoral. E isso, infelizmente, o governo da atual presidente já abandonou há muito tempo. É um governo que se movimenta única e exclusivamente pelos indicadores de pesquisa. Mas todas as medidas que venham reanimar a economia e nos permitir sair dessa situação hoje, do pior crescimento em toda a nossa região, são bem vindas. Mas eu acho que confiança é um ativo muito valioso. E quando se perde, é difícil recuperar.

Sobre viagem ao Recife.

É a primeira visita que faço ao Nordeste como candidato à Presidência da República, oficializado na convenção de sábado passado, e é natural que eu comece essa caminhada por Pernambuco, em razão da importância desse Estado, e para dizer que nós apresentaremos ao longo dessa campanha um projeto extremamente bem elaborado de investimentos em infraestrutura e obviamente também de ações sociais em toda a região Nordeste brasileira. Eu venho de Minas Gerais, onde fui governador, e nós conseguimos, ao final do governo, ter investido três vezes mais per capita na região Nordeste do nosso Estado – que tem um IDH parecido com o Nordeste brasileiro – do que nas regiões mais ricas. Então vamos apresentar à discussão dos brasileiros uma proposta formulada por nordestinos que permitirá a melhoria do IDH, mais investimentos em educação, em saúde, e com choque de infraestrutura, para que as obras inacabadas e com sobrepreço possam ser concluídas e gerar os benefícios que ainda não têm sido gerados à população de Pernambuco e do Nordeste.

Sobre o desempenho do PT no Nordeste nas últimas eleições.

No Nordeste foi sempre onde o PT buscou os melhores resultados nas últimas eleições. Mas aqui já há uma percepção clara do fim de ciclo por que passa esse governo. O governo do PT perdeu a capacidade de transformar, de apresentar uma agenda para o Brasil. Hoje, a prioridade do PT é a manutenção do poder. E aí entramos nesse vale tudo. O Brasil é o país que menos cresce na região, a inflação está, infelizmente, de volta, atormentando a vida do trabalhador, da dona de casa, os indicadores sociais do Brasil nos colocam na lanterna, nos últimos lugares, também na América do Sul. Nossa educação é de péssima qualidade, a omissão do governo federal no tratamento da saúde é enorme. Hoje, se gasta 10% a menos do governo federal em saúde do que se gastava quando o PT assumiu o governo. E, na segurança pública, eu diria que a omissão do governo federal chega a ser criminosa. Apenas 10% do orçamento do Fundo Penitenciário foi investido pelo governo, apenas 35% do Fundo Nacional de Segurança foi investido, o que mostra um descompromisso do governo federal com essa questão, hoje, tão grave por que passa o Brasil e o Nordeste brasileiro, que é a questão da segurança pública. O que nós queremos é estabelecer um governo onde haja ética, decência; onde as empresas públicas não sofram o que estão sofrendo, como acontece com a Petrobras, por exemplo. E onde haja, ao lado disso, a eficiência. Planejamento. Resgatar o planejamento no Brasil, fazer um choque de infraestrutura no Nordeste, com avanços dos indicadores sociais, vai ser a primeira página a estar emoldurando o nosso programa de governo.

Como conquistar o eleitor do Nordeste?

Dizendo a verdade. Mostrando o que está acontecendo com o Brasil. Eu acho que aqui, no Nordeste, há uma percepção clara de que esse governo faliu. O governo da presidente Dilma fracassou. Fracassou na condução da economia, porque vai nos legar como herança, qualquer que seja o próximo Presidente da República, como eu disse, uma das piores equações econômicas de toda a nossa região – baixo crescimento, inflação de volta, perda crescente da nossa credibilidade. Na infraestrutura, o Brasil é um cemitério de obras inacabadas e sobrevalorizadas por todas as partes. As nossas empresas públicas – e a Petrobras é o maior dos símbolos que temos hoje – deixou a agenda econômica e as páginas econômicas do noticiário para frequentar as páginas policiais. Virou um instrumento de arrecadação de recursos para um grupo político. E os indicadores sociais, hoje, no Brasil, pararam de melhorar. Nós estamos voltando a ver o analfabetismo crescer aqui no Brasil. Como disse aqui hoje, na educação, estamos nos piores lugares nos rankings mais importantes, como o PISA, por exemplo. Então é hora de enterrarmos esse ciclo e iniciarmos um outro. É dizendo a verdade, ouvindo as pessoas. Esse é um governo que não tem tido a capacidade de ouvir. É um governo que tem um viés autoritário muito grande. Que fala, entre outras coisas, em cerceamento da liberdade de imprensa. Nós vamos combater isso dizendo a verdade e dizendo ao Brasil que é muito importante que nós possamos colocar fim a isso que está aí. O Brasil não merece o crescimento pífio que está tendo e os desmandos que se transformaram na principal marca desse governo.

Sobre amizade com o governador João Lyra.

Eu tenho uma relação pessoal com o governador João Lyra que extrapola as nossas figuras. Uma relação familiar. Fernando Lyra, seu irmão, foi um dos grandes amigos do meu avô Tancredo, um dos grandes construtores de sua candidatura e um amigo pessoal que tive durante toda sua vida e faz hoje enorme falta. O governador João Lyra, governador de Pernambuco, apóia o ex-governador Eduardo Campos, faz isso de forma absolutamente correta e vamos ver o que vai acontecer lá na frente. Agora, não perderei a capacidade de interlocução. Não apenas com aqueles que estão no meu campo político, mas com outras lideranças, como o governador João Lyra, que têm as preocupações que eu tenho em relação ao Brasil. Portanto, fiquei muito feliz de poder estar aqui com ele trazendo o meu abraço. Vamos respeitar a sua posição e vamos deixar que os brasileiros definam de que forma estaremos juntos.

Sobre o encontro com o governador de PE.

Foi uma conversa pessoal entre amigos. O governador João Lyra tem seus compromissos. Irá honrá-los todos com o governador Eduardo Campos, mas não podemos deixar de conversar. Conversar sobre o Brasil. E será sim um interlocutor extremamente privilegiado na relação pessoal que temos.

Sobre possível candidatura de Daniel Coelho em Pernambuco.

Daniel Coelho é um nome extraordinário, não apenas para Pernambuco, mas para o Brasil. Um dos novos quadros do PSDB que despontam com um futuro extremamente promissor. A decisão sobre as nossas alianças em Pernambuco sempre foram uma decisão tomada de forma compartilhada pela direção estadual do partido e cabe a mim respeitar. Majoritariamente, a direção nacional optou por este alinhamento com o candidato Paulo Câmara. Eu não colocarei o meu projeto presidencial acima dos interesses locais do partido. Vamos respeitar esta decisão. Acredito nas coisas naturais na política e, obviamente, nossos companheiros do PSDB, a começar pelo prefeito Elias, estarão no comando na coordenação da nossa campanha em Pernambuco.

Sobre críticas feitas pelo ex-presidente Lula aos candidatos de oposição.

No meu caso específico, meu governo em Minas Gerais. Não há nada mais inovador. Temos, por exemplo, ao contrário do aparelhamento da máquina pública federal, temos todos os servidores do estado de Minas Gerais avaliados por desempenho. Se você alcança uma meta estabelecida no início do ano, você recebe uma remuneração a mais. A conseqüência objetiva disso: Minas Gerais não é o mais rico dos estados brasileiros, tampouco o mais homogêneo dos estados brasileiros, mas tem a melhor educação fundamental do Brasil. Isto se chama meritocracia, chama-se de gestão eficiente. Também não somos o mais rico estado do Sudeste e temos a melhor saúde pública do Sudeste.

Estabelecer relações políticas altivas, transparentes sem permitir que essas negociações se transformem em um mercado, um balcão hoje como acontece com o PT, que para ter alguns segundos a mais de televisão, distribui nacos de poder, ministérios, diretorias de bancos. Isso é o novo. O novo é olhar para o mundo de forma mais generosa.  Olhar para os estados e municípios também buscando compartilhar responsabilidades. O governo do PT vem transformando o Brasil em um estado unitário. O compadrio prevalece nos alinhamentos políticos, na nomeação dos cargos públicos. Aparelharam as nossas essas empresas públicas de uma forma criminosa e quem diz isso é a Polícia Federal. No momento em que identifica uma organização criminosa e cito palavras expressas da Polícia Federal dentro da nossa maior empresa que perdeu metade do seu valor de mercado. Esse alinhamento ideológico atrasado, arcaico que submeteram o Brasil tem nos levado a ter o pior crescimento de toda a nossa região. A forma leniente como enfrentaram a questão da inflação fez com que ela recrudescesse hoje. Isso tudo é o atraso. Hoje não há nada mais atrasado do que a forma do PT de governar. De se apropriar do estado brasileiro como se fosse seu patrimônio.

Nós temos uma visão mais generosa de país. A eficiência do governo é uma premissa para você atender a todos os brasileiros. Não há nada mais perverso do que essa tentativa do PT de dividir o Brasil entre nós e eles. O nós, para eles, são aqueles que bajulam o governo, são aqueles que têm cargos públicos no governo e dizem amém às vontades da presidente da República. Os eles são aqueles que criticam o governo. Que apontam os equívocos, os descalabros, os atos de corrupção, a incapacidade de geracional do governo. O PSDB, se vencer as eleições, vai fazer um governo para todos os brasileiros, um governo inclusivo, porque os brasileiros são generosos e quem destila, hoje, ódio, certamente não somos nós.

Aécio é recebido pelo governador de Pernambuco na primeira viagem ao Nordeste como candidato a presidente

aecio-recife-3b-300x200Recife (PE) – O presidente nacional e candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves, começou nesta quarta-feira (18), por Recife, sua primeira viagem ao Nordeste após a oficialização de sua candidatura, realizada no último sábado (14). Segundo ele, é “natural” iniciar a série de visitas por Pernambuco e anunciou que há um projeto do PSDB denominado Novo Nordeste.

“É natural que eu comece essa caminhada por Pernambuco, em razão da importância desse estado, e para dizer que nós apresentaremos ao longo dessa campanha um projeto extremamente bem elaborado de investimentos em infraestrutura e obviamente também de ações sociais em toda a região Nordeste”, afirmou Aécio em entrevista à imprensa após reunião com o governador de Pernambuco, João Lyra Neto, no Palácio do Campo das Princesas.

A visita ao governador de Pernambuco, que é do PSB, mesmo partido do ex-governador Eduardo Campos, teve o objetivo de estreitar laços em favor da região Nordeste e do Brasil. Para o candidato do PSDB, adversários no campo político devem manter o diálogo respeitoso, sempre com foco no interesse da sociedade.

Encontro

“Não perderei a capacidade de interlocução. Não apenas com aqueles que estão no meu campo político, mas com outras lideranças, como o governador João Lyra, que têm as preocupações que eu tenho em relação ao Brasil. Portanto, fiquei muito feliz de poder estar aqui com ele trazendo o meu abraço. Vamos respeitar a sua posição e vamos deixar que os brasileiros definam de que forma estaremos juntos”, reiterou Aécio.

O tucano também destacou que mantém uma relação familiar com o governador pernambucano. “Eu tenho uma relação pessoal com o governador João Lyra que extrapola as nossas figuras. Uma relação familiar. Fernando Lyra, seu irmão, foi um dos grandes amigos do meu avô Tancredo, um dos grandes construtores de sua candidatura, e um amigo pessoal que eu tive durante toda a sua vida”, ressaltou Aécio.

Ainda nesta quarta-feira, o candidato do PSDB à Presidência da República será homenageado na Câmara de Vereadores com o título de Cidadão Recifense. Logo depois, Aécio Neves se reúne com lideranças regionais em Jaboatão dos Guararapes.

Rádio Jornal

O encontro com o governador foi o segundo compromisso de Aécio no Recife. A agenda começou com uma entrevista ao vivo na Rádio Jornal, a primeira dele como candidato a presidente. Durante quase uma hora, Aécio falou sobre a omissão do governo federal na segurança pública, criticou a presidente Dilma por atrasos em obras como a transposição do Rio São Francisco e se comprometeu a manter e aprimorar o programa Bolsa Família.

O tucano também anunciou que apresentará, no fim de julho, um programa, chamado de Novo Nordeste, para incentivar o desenvolvimento local, destravar a infraestrutura da região e aprimorar os avanços sociais conquistados na última década.

Após a entrevista, Aécio usou o exemplo de seu governo em Minas Gerais para explicar como pretende trabalhar para reduzir as diferenças sociais. O estado, lembrou o candidato do PSDB, tem uma região com IDH – Índice de Desenvolvimento Humano – parecido com o do Nordeste, e lá houve avanços graças ao planejamento na aplicação dos recursos públicos.

“Nós vamos reintroduzir o planejamento na gestão pública brasileira. E o foco do nosso governo, não tenham dúvidas, e a cada dia vocês perceberão isso, será o Nordeste. Como fiz em Minas Gerais – que, para muito orgulho nosso, tem um Nordeste em seu território. Eu gastei três vezes mais per capita no Nordeste mineiro do que nas regiões mais ricas do estado. E pretendo fazer isso também, se vencer as eleições para presidente da República”, afirmou Aécio Neves.

“Sérgio Guerra teve uma carreira de absoluta coerência”, diz Aécio

sergio-guerra-foto-george-gianni-psdb-4-300x199Recife (PE) – Lideranças do PSDB e de vários partidos se reuniram na tarde desta sexta-feira (7) no Recife para prestar homenagens a Sérgio Guerra, ex-presidente nacional da legenda e presidente do partido em Pernambuco,  que morreu na manhã desta quinta-feira (6), em São Paulo.  O velório, aberto ao público às 11h, lotou o plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco.  Na chegada, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), destacou a trajetória política do pernambucano.

“Sérgio Guerra teve uma carreira de absoluta coerência em relação àquilo que pensava ser importante para o Brasil, e tinha uma característica que eu prezo e admiro e muito nos homens públicos que é o destemor, a coragem para ir em frente, e uma capacidade de aglutinação, de convergência extremamente grande”, disse Aécio Neves.

O adeus ao ex-presidente nacional do PSDB também levou a Recife os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, de Roraima, José de Anchieta, além de Eduardo Campos, governador de Pernambuco.

“Sérgio Guerra nos deixa um grande exemplo de dedicação à vida publica. Um homem do diálogo, da conciliação, um agregador com visão de Brasil. É uma grande perda, vai fazer muita falta. Foi um grande presidente do PSDB, querido por todos. Uma pessoa de coração generoso. Fica aqui nossa solidariedade à família”, ressaltou o governador Alckmin.

Adeus

Também prestaram homenagens a Sérgio Guerra no Recife o presidente regional do PSDB de São Paulo, Duarte Nogueira, os deputados federais Antônio Imbassahy (BA), líder do partido na Câmara, Bruno Araújo (PE), Luiz Pitiman (DF) e Rodrigo de Castro (MG), além dos senadores Aloysio Nunes (SP), líder do partido no Senado, Lucia Vânia e Cyro Miranda – ambos do PSDB de Goiás.

Para o deputado federal Bruno Araújo, Sérgio Guerra foi um parlamentar brilhante, com papel decisivo no processo de unificação do PSDB. “Sérgio Guerra foi um artesão dessa unidade partidária e vai ser sempre lembrado como um articulador e uma pessoa que soma no sentido de juntar as pessoas que buscam um propósito comum”, afirmou.

O ex-governador de São Paulo José Serra também prestou homenagens a Sérgio Guerra, assim como o vice-governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, o presidente do Instituto Teotônio Vilela em Minas, Pimenta da Veiga, e o vereador de Recife pelo PPS Raul Jungmann.

“Sérgio Guerra era um político elegante, na postura, nos comentários. Me aproximei dele na Câmara dos Deputados e pude ver sua grande capacidade de aglutinação. Ele sempre buscava convergência e foi extremamente útil ao PSDB na busca dos consensos. Era um grande amigo, homem correto, sempre preciso nas suas afirmativas, e sabia ser solidário”, resumiu Pimenta da Veiga.

Fernando Henrique lamenta a morte de Sérgio Guerra

fhc-foto-alessandro-carvalho-agencia-de-noticias-psdb-mg-300x200Brasília – O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso publicou nesta quinta-feira (6) , em seu perfil no Facebook, uma nota de pesar em relação à morte do deputado Sérgio Guerra, presidente do PSDB entre 2007 e 2013. Para ele, a morte de Guerra causará impactos na vida política nacional.

“A vida pública brasileira acaba de perder um de seus mais competentes e dedicados personagens. Com apenas 66 anos, morreu esta manhã Sérgio Guerra”, afirmou FHC.

Em seguida, o ex-presidente acrescentou que: “Seu desempenho como secretário de estado em Pernambuco, no governo Arraes, como deputado federal e como senador mostrou qualidades de político com capacidade de análise e de articulação”.

Fernando Henrique lembrou a habilidade de Guerra na rearticulação do PSDB. “No período em que, por longos anos, dirigiu o PSDB, conseguiu rearticular o partido e dar-lhe enraizamento nacional. Como amigo sempre foi atento e devotado. Em um momento no qual a vida política brasileira carece de pessoas com estas características sua perda é inestimável. Deixo registrado meu pesar de amigo e de brasileiro. Sergio Guerra fará muita falta”.

Senador concede entrevista coletiva no Recife (PE)

07-12-13-aecio-neves-sorocaba-91-300x200Recife (PE) – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, concedeu nesta sexta-feira (21) entrevista coletiva durante visita ao Recife (PE). Nela, o tucano respondeu a perguntas sobre  a reunião com lideranças do PSDB e do DEM, economia, eleições 2014, o partido presidido por ele e o PSB. A seguir, trechos da entrevista.
Sobre o encontro com lideranças do PSDB e do DEM em Pernambuco.

Falamos de política, Brasil e Pernambuco. Houve uma antecipação muito grande do processo eleitoral desde o ano passado, por ação do próprio governo. Fiz um relato aqui da situação do Brasil, tenho muita confiança de que estamos vivendo no Brasil o encerramento de um ciclo. O governo do PT falhou na condução da economia, a herança que vamos receber é de um crescimento pífio, inflação alta, descontrole das contas públicas e uma perda crescente da credibilidade do Brasil, que impacta inclusive nos investimentos que seriam absolutamente necessários para que pudéssemos estar crescendo a níveis melhores. O governo falhou na gestão do estado da infraestrutura.

Hoje, o Brasil se tornou em um grande cemitério de obras inacabadas por toda parte, inclusive aqui no estado, como [a refinaria] Abreu e Lima, a transposição do São Francisco, a Transnordestina, as hidrovias da região central. Porque o PT demonizou, na verdade, por mais de dez anos as parcerias com o setor privado, seja concessões, seja PPP. Considerava isso quase um crime de lesa-pátria. Ao final, se curva a essas parcerias, mas faz isso longe do tempo, com atraso enorme. Tenho dito sempre que o aprendizado do PT tem custado muito caro ao Brasil. Perdemos competitividade externa, o Brasil é hoje um país muito pouco competitivo. O governo do PT optou por um alinhamento ideológico, inclusive na região, com resultados muito ruins para o Brasil em todas as áreas. Somos a sétima economia do mundo, mas apenas o 25º país exportador, porque o Brasil não está conectado nas cadeias globais de produção, por uma visão equivocada do governo, e exatamente pelo custo Brasil e ausência de investimentos planejados em infraestrutura.

No campo social, a criminalidade cresce no Brasil inteiro com uma omissão permanente do governo federal, uma omissão quase que criminosa do governo federal. 87% de tudo que se gasta em segurança pública no Brasil hoje vêm de estados e municípios, apenas 13% da União, que tem a responsabilidade do controle de fronteiras, tráfico de drogas, que está na matriz principal do aumento da criminalidade, tráfico de armas, tudo isso é responsabilidade do governo federal, que concentra mais de 60% da arrecadação e participa com 13% do investimento em segurança. Na saúde, uma outra tragédia nacional, há onze anos, em 2002, quando deixamos o governo, 56% do conjunto de investimento em saúde pública eram da União. Hoje, são 45%. Quem paga a conta? Municípios, principalmente, e estados, em parte. Precisamos fazer um esforço para a refundação da Federação no Brasil.

O PSDB está se preparando para esse grande debate, um debate nacional. Não é o projeto de um partido político, estamos discutindo o projeto de um país. Mais quatro anos de governo do PT farão imensamente mal ao Brasil. então, vim aqui me reunir com os companheiros de Pernambuco, faço uma visita de caráter pessoal ao governador Eduardo e estamos andando pelo Brasil. Ontem, tivemos mais um evento grande no interior de São Paulo, na Baixada Santista. Fizemos o lançamento da pré-candidatura do PSDB ao governo do meu estado, de Minas Gerais. Queremos isso, um debate franco, amplo, sobre todas as questões e estamos preparados para debater com o governo em cada um dos campos onde esse debate for necessário.

Sobre a situação econômica do país

Todos os indicadores econômicos são preocupantes. O Brasil comemora muito hoje os índices de desemprego, que são baixos. Isso é muito positivo, mas não podemos perder de vista que o Brasil está se transformando no país no pleno emprego de dois salários mínimos. Onde isso vai nos levar? Temos que planejar investimentos em inovação, em competitividade para recuperarmos o poder da indústria brasileira, indústria de manufaturados. Voltamos a ser o que éramos na década de 50 do século passado: exportador de commodities, de matéria prima. Então, o governo comemora esses indicadores de empregabilidade que não são suficientes para o Brasil dar um salto na vida das pessoas. Então, esta é uma discussão que vamos tratar.

A deterioração dos indicadores econômicos é clara. O governo usa de artifícios que já se estabeleceu chamar de contabilidade criativa para mascarar o seu fracasso. O resultado da balança comercial é o pior em 13 anos. E só foi positivo por que exportaram, entre aspas, plataformas de petróleo que nunca saíram do Brasil. Cerca de R$ 7 bilhões contabilizados como exportação para um saldo final de US$ 2,5 bilhões. A nossa dívida bruta vem aumentando fortemente. O BNDES é hoje uma grande caixa preta que privilegia alguns amigos do rei ou da rainha em detrimento do conjunto da economia. A Petrobras hoje é empresa não financeira mais endividada do mundo. Ela perdeu simplesmente 85% do seu valor de mercado em quatro anos. Isso não é brincadeira. A Eletrobras que era uma empresa superavitária, depois do intervencionismo irresponsável do governo comandado pela presidente da República hoje é uma empresa que precisa ir ao BNDES para obter recurso para capital de giro. Esse populismo do governo tem trazido danos enormes ao Brasil.

Então, em todas as áreas, o governo deve ao Brasil. O que quero dizer hoje como presidente do maior partido de oposição é que estamos prontos para o enfrentamento, vamos fazer isso em altíssimo nível, mas vamos ter oportunidade de dizer aos brasileiros que o PT precisa encerrar esse ciclo para iniciarmos outro que seja ético do ponto de vista do comportamento e eficiente do ponto da gestão pública.

Sobre a relação com o PSB nacionalmente

Desde o início dessa discussão, vamos chamar, eleitoral, no início do ano passado, sempre estimulamos que outras forças políticas pudessem entrar no jogo. O próprio governador Eduardo, a própria Marina, nós, inclusive, congressualmente, atuamos juntos com o PSB para impedir as manobras do PT para inviabilizar o partido da Marina, que acabou não se realizado, não se viabilizando. O PT, na verdade, é que sempre quis uma polarização. O PT fez o que pode fazer para inviabilizar a candidatura de Eduardo, sufocando alguns dos seus aliados e conseguindo, no caso do Ceará, especificamente, atrair para o seu campo, e tentou inviabilizar de todas as formas o partido da Marina.

Vejo como positiva a vinda para o campo oposicionista de atores políticos que em um passado não muito remoto atuavam no campo governista. O próprio governador Eduardo, a própria ex-ministra Marina. Então, acho que é positivo para o debate essa candidatura, a candidatura do Eduardo, como a candidatura do Randolfe que se apresenta também, através do PSOL.

Nós do PSDB não tememos essa discussão. E eu acho que todos que se colocarem na disputa, naturalmente, terão discurso de oposição ao governo, porque se fosse de apoio ao governo estariam apoiando a atual candidata. Então, acho que o caminho natural é uma migração desse discurso, que antes era de apoio ao governo para um discurso oposicionista.

O que pretendo manter em relação ao governador Eduardo é uma relação de absoluto respeito, tenho com ele uma relação pessoal que já beira os 30 anos. Acho, repito, positiva para o debate a sua candidatura. E vamos fazer em altíssimo nível. Ele tem toda a condição de ser competitivo, de chegar lá em condições de competitividade.

Agora, eu posso dizer que tenho uma expectativa que possamos, em um eventual segundo turno, estarmos juntos. Porque ambos temos em comum o sentimento de que o governo do PT faz muito mal ao Brasil.

Sobre alianças regionais com o PSB

Essas alianças estaduais seguem uma lógica de muita naturalidade. Não é algo imposto. “Vamos fazer uma aliança aqui.” Mas onde estivemos juntos durante dez anos não há porque não estarmos juntos agora na campanha eleitoral, a começar pelo meu estado onde há uma aliança, e ontem o PSB de Minas Gerais esteve presente no ato de lançamento da pré-candidatura do PSDB declarando ali o seu apoio. Acho que a convivência harmoniosa entre nós existirá no Brasil inteiro, mas calculo que talvez em oito a dez estados o palanque pode ser o mesmo.

Sobre uma possível aliança com o PSB em Pernambuco

O governador Eduardo está fazendo o que deve fazer, construindo aqui o seu palanque. A decisão do PSDB será tomada pela instância estadual do partido, em razão também das suas prioridades do ponto de vista de eleições de parlamentares. Não vou influenciar nessa decisão. E acho absolutamente natural que o governador lance o seu candidato, como eu ontem. O que posso dizer é que em Minas, ontem, o PSB formalizou o apoio à pré-candidatura do PSDB.

Vejo que tem setores aqui do PSDB – não quero avançar o sinal, porque não tomaram essa decisão formal –, mas existem setores do PSDB que tem aqui uma relação com o governador Eduardo. Não haverá da nossa parte qualquer impedimento ou qualquer ação da direção nacional que impeça essa manifestação do partido. Tenho aqui um extraordinário companheiro, queria frisar isso, que está se recuperando de problemas de saúde que é o Sérgio Guerra, que vai estar comandando este processo como sempre fez. O Sérgio é uma das lideranças nacionais mais importantes do PSDB, meu companheiro de direção partidária, preside o Instituto Teotônio Vilela, eu presido o partido, e estamos afinadíssimos. E o Sérgio, que esperamos possa estar se recuperando rapidamente, vai saber conduzir da melhor forma, ao lado dos nossos deputados, esse processo.

Juventude do PSDB de Pernambuco inicia ciclo de seminários

A juventude tucana de Pernambuco junto com as juventudes do DEM e do PMDB iniciam uma série de debates “Pensando hoje o Pernambuco de amanhã”. O primeiro fórum será realizado no próximo sábado, 27 de julho, no Auditório Heleno Antônio, localizado na cidade de Caruaru, maior município do interior do estado.
Para o Presidente Estadual da JPSDB-Pernambuco, Raffiê Dellon, a importância dos debates é salutar para o estado e os municípios: “Precisamos pensar e debater política não apenas em ano eleitoral, mas sim toda época, vamos juntos iniciar um ciclo regional que pensará o Brasil, o Pernambuco e os municípios do interior e região metropolitana do amanhã”. Comentou Dellon.

Pensando-hoje-o-Brasil-do-amanhã