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PIB

“Lembra do ‘pibão’ da Dilma? Esqueça…”, análise do Instituto Teotônio Vilela

economia-brasil-300x193A economia brasileira parece ter vivido um espasmo de ânimo no segundo trimestre, mas já ensaia mergulhar de novo na pasmaceira, envolta num disseminado clima de pessimismo. A cada dia que passa, o Brasil está se tornando um país mais difícil para seus cidadãos e inóspito demais para quem pretende produzir e gerar empregos.
O resultado oficial do PIB no segundo trimestre só será conhecido daqui a 15 dias. Mas ontem o Banco Central divulgou sua prévia do indicador, com alta de 0,9% entre abril e junho. Na aparência é um bom resultado, mas na essência não.

O chamado IBC-Br quase nunca coincide com as estatísticas do IBGE. A realidade tende, infelizmente, a decepcionar. No primeiro trimestre, por exemplo, para o BC a economia brasileira havia acrescido 1,1%, mas o resultado oficial foi de módico 0,6% no período. Quem sabe agora melhore…

Qualquer que seja o número definitivo, porém, uma coisa é certa: terá sido o pico do crescimento econômico do país neste ano. Já estamos em franco descenso, tropeçando ladeira abaixo. E o pior é que, pelo que dizem alguns analistas, o fundo do poço ainda não chegou.

Lembra aquele “pibão grandão” que Dilma Rousseff prometeu para o Brasil em 2013? Esqueça. Neste ano, até vamos conseguir crescer mais que o 0,9% de 2012, mas será muito menos do que conseguirão alcançar países com natureza econômica parecida com a nossa, como os vizinhos latino-americanos. No continente, apenas a Venezuela e o El Salvador irão tão mal quanto nós.

O Brasil está descolado do resto do mundo. Para baixo. Há, não se pode negar, um retrocesso disseminado nas perspectivas mundiais, mas ele é muito menos severo no geral do que aqui. Com Dilma no comando, afundamos feio.

Quem sabe a presidente não nos entrega o “pibão grandão” em 2014? Jamais. O ano que vem pode ser ainda pior que o atual. Há dois meses, o Boletim Focus do BC apontava previsão de uma expansão média de 3,5%, percentual que agora já caiu para 2,5%, numa deterioração rápida como há muito não se via.
“Ainda há a perspectiva de que novas revisões para baixo virão. Além disso, entre os economistas já há quem vislumbre expansão de apenas 1% na economia brasileira em 2014, percentual inferior ao piso das estimativas para 2013, de 1,7%”, alerta o Valor Econômico em sua edição de hoje.

Segundo a FGV, o país corre risco até de afundar numa recessão, numa probabilidade que chega a 40%. Longe, portanto, de ser pequena. Há todo um caldo desfavorável, a começar pela desconfiança generalizada de empresários e consumidores, que trava qualquer reativação de ânimo na economia: hoje o nível é tão baixo quanto o de quatro anos atrás, no auge da crise mundial.

Há, também, um desarranjo latente nas condições macroeconômicas. O governo federal não tem o menor controle sobre suas despesas e vive de remendos para fechar as contas. Os investimentos públicos não decolam: dos R$ 49 bilhões de aumento de gastos não financeiros no primeiro semestre, só R$ 300 milhões tiveram este destino.
A inflação só se mantém confinada aos limites da meta porque um monte de tarifas públicas está sendo maquiado e represado. Mas a carestia não terá refresco com o dólar, que continua escalando e ontem atingiu a maior cotação em mais de quatro anos. O céu é o limite.

O lucro das empresas brasileiras está estacionado. E, para completar, o programa de privatizações que a gestão petista alçou à condição de tábua de salvação do governo Dilma ainda suscita dúvidas entre empresários, que estão querendo distância da insegurança que vigora no Brasil.

Se somarmos tudo, vamos ver que estamos vivendo uma espécie de “risco Dilma”. Há uma mistura de desconfiança, perda de credibilidade, incerteza quanto ao futuro, repulsa a um histórico de improvisos e um temor crescente quanto à possibilidade de uma estagnação mais assombrosa. A receita da presidente não deu certo. O “pibão” deu em pibinho.

Brasil pode ter PIB negativo no terceiro trimestre

pibinho-2706-300x198Brasília – O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil pode registrar um crescimento negativo no terceiro trimestre de 2013. A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo em reportagem publicada nesta quinta-feira (15) e é baseada em avaliação de especialistas do setor.

Segundo o jornal, a consultoria MB Associados prevê queda de 0,2% no PIB. Essa probabilidade era de 10% antes de junho e passou para 80% agora. Já a empresa MCM Consultores estabelece em 40% as chances de PIB negativo no terceiro trimestre.

As explicações, segundo os economistas, são a queda de confiança de investidores e consumidores e a desaceleração da indústria. A reportagem do Estadão menciona ainda como fator para o momento frágil da economia o impacto da recente elevação da taxa básica de juros para 8,5% ao ano.

O senador Cyro Miranda (PSDB-GO) endossa a opinião dos especialistas e avalia que a economia brasileira está sendo prejudicada pela falta de uma política industrial consistente. O tucano acredita também que a previsão de retração da economia pode afastar ainda mais os investidores estrangeiros do país.

“O mundo está mudando sua concepção sobre o Brasil. Deixamos de ser a ‘bola da vez’. E essa situação já é muito perceptível. As empresas têm adiado investimentos que haviam programado, porque não sabem qual o cenário que se manifestará aqui”, afirmou.

Fraca atividade econômica causa queda do consumo e temor de desemprego

Comercio-Foto-ABr--300x186Brasília – Variáveis como a alta dos juros, índices inflacionários e o elevado nível de endividamento do consumidor têm aumentado entre os brasileiros o temor pelo desemprego, o que já afeta as vendas do comércio. Segundo reportagem desta quinta-feira (15) do jornal O Estado de S. Paulo, as projeções mais otimistas do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo (Ibevar) são de que as vendas do comércio varejista ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, cresçam no máximo 2% este ano, em comparação aos 8% de 2012.

Para o deputado federal Valdivino de Oliveira (PSDB-GO), titular da comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara, a freada no consumo pode indicar uma tendência de fraca atividade econômica.

“Uma série de eventos macroeconômicos contribuem para o baixo crescimento do consumo. Quando você vê a economia em declínio, o governo falando em cortar gastos, os investimentos caindo e o custo Brasil ascendente, a demanda agregada tem perspectiva de baixa”, explica.

O tucano diz que as quedas nos índices do varejo podem também ser preocupantes para o Produto Interno Bruto (PIB), já que o consumo das famílias é um dos componentes da demanda doméstica que vêm sustentando a economia. A alta incerteza e a baixa confiança do consumidor também não ajudam.

Desemprego – Uma pesquisa feita pelo presidente do Ibevar, Cláudio Felisoni, com 500 consumidores na cidade de São Paulo também não traz resultados animadores sobre a situação do emprego. No fim do primeiro semestre, 17,3% dos entrevistados declararam temer perder o trabalho. O índice subiu para 19,6% neste trimestre, podendo passar dos 20% no último trimestre do ano.

Valdivino acredita o temor dos brasileiros frente ao fantasma do desemprego está relacionado à queda do potencial produtivo do país.

“Quando cai a capacidade produtiva, cai a capacidade de geração de emprego, já que os empregadores tendem a investir em inovações tecnológicas, poupadoras de mão de obra. A redução dos investimentos também pode gerar uma menor capacidade e aumento do desemprego. A população percebe isso e, então, está disseminado o temor do desemprego: até quem está empregado procura fazer uma poupança para, em uma eventualidade, não ficar ao relento”, completa.

Comissão aprova vinda de Graça Foster para explicar situação da Petrobras

Domingos-Savio-Foto-George-Gianni-PSDB-2-300x199Brasília – A Comissão Mista de Orçamento aprovou nesta terça-feira (13) requerimento do deputado Domingos Sávio (MG) convidando a presidente da Petrobras, Graça Foster, a vir ao Congresso para prestar esclarecimentos sobre o plano de investimento da empresa. “É preciso que ela venha aqui para falar com clareza o que está acontecendo. Embora envolvendo cifras muito elevadas, os investimentos não se materializam devidamente em aumento de produção. Também quero saber as razões de como a Petrobras vai aos Estados Unidos e compra uma refinaria que não valia um décimo do que a Petrobras pagou”, exemplificou o tucano.

Sávio destaca reportagem publicada pelo jornal “Valor Econômico” apontando a produção da Petrobras como uma das principais responsáveis pelo resultado negativo na balança comercial nos cinco primeiros meses do ano, com reflexos imediatos no Produto Interno Bruto (PIB). Segundo a reportagem, o setor de petróleo e derivados reduziu exportações e aumentou as importações no período, suprimindo R$ 5,6 bilhões da conta das exportações brasileiras. Sávio demonstra outra preocupação. Segundo ele, se a empresa continuar nesse ritmo vai gerar inflação, pois o governo deverá aumentar o preço do combustível. “Com todo esse desequilíbrio e se não melhorar a gestão, a petrolífera pode nos surpreender alavancando a inflação.”

O tucano vê com muita preocupação a situação em que o PT deixou a Petrobras. “O que o atual governo tem feito é infelizmente destruir esse patrimônio dos brasileiros, pois a Petrobras tem acumulado desempenho que deixa a desejar e comprometendo a economia brasileira. Ao longo dos últimos anos a empresa vem sendo sacrificada pelo governo do PT, que a usa como cabide de emprego”, ressaltou.

O parlamentar do PSDB disse que o governo do PT fala uma coisa, mas na prática faz outra. Ele se refere à propaganda feita sobre a autossuficiência na produção de petróleo, enquanto o país vem importando combustíveis e derivados nos últimos meses. “Temos registrado volume enorme de importação de gasolina, de óleo diesel e de derivados de petróleo em razão da incompetência do governo, que não consegue avançar nos investimentos para ampliar a estrutura de refino no Brasil”, criticou o deputado, para quem a atual gestão gasta e planeja mal.

Do Portal do PSDB na Câmara

“Uma gestão que não existiu”, análise do Instituto Teotônio Vilela

* Análise do Instituto Teotônio Vilela

Dilma-Foto-Antonio-Cruz-ABr-300x199Dilma Rousseff disse ontem que, a partir de agora, seu negócio é fazer política. Segundo a presidente, ela já teria se concentrado demais em “cuidar da gestão” do país. Só pode ser piada. Se está mesmo falando sério e considera que fez tudo o que era necessário fazer para garantir um bom governo, estamos fritos.

A presidente dedicou os últimos dias a gestos de aproximação e a manifestações de apreço e humildade em relação a congressistas. Puro instinto de sobrevivência. Os relatos de presentes dão conta de que Dilma mais ouviu do que falou. Mas, pelo que se soube que ela disse, a petista continuou a manifestar alheamento da realidade, baixíssima capacidade de compreensão e menor ainda de ação.

Se Dilma se dá por satisfeita com as iniciativas que tomou e com os resultados que produziu nestes 31 meses de gestão, uma conclusão se impõe: ela não tem mínimas condições de continuar sendo a presidente do Brasil. O país não merece um governante tão medíocre.

O mix produzido pela gestão Dilma é indigesto: um país que cresce pouco; que tem uma inflação que só não é mais alta porque muitas tarifas estão praticamente congeladas; em que boa parte das promessas oficiais nunca saem do papel; e onde as decisões de governo são tomadas ao sabor do marketing e não costumam durar mais do que o tempo de leitura de um jornal.

Na pajelança com senadores do PT ontem, a presidente afirmou que o PIB brasileiro vai crescer neste ano “duas ou três vezes mais” que em 2012. Crescer mais do que o quase nada do ano passado (0,9%) é fácil. O difícil é crescer, pelo menos, no mesmo ritmo de países como o nosso. Isso Dilma não consegue.

Nos seus dois primeiros anos de governo, a média de crescimento do PIB brasileiro foi de apenas 1,8%, enquanto a América Latina cresceu quase três vezes mais no período: 4,6%. Neste ano, vamos ganhar apenas da Venezuela e de El Salvador no continente. Pelo que afirmou ontem, isso é o máximo aonde Dilma é capaz de nos levar.

A presidente também afirmou, passados dois anos e meio do governo dela e dez anos e meio de gestão petista, que agora “é hora de executar programas lançados”. Se só agora a administração vai cuidar do que interessa, ou seja, produzir resultados para a população, o que, diabos, foi feito até hoje? Apenas o mesmo que Dilma diz que fará doravante: política.

O rol de promessas não cumpridas pelos petistas é imenso: melhorias na saúde e na educação que não acontecem, empreendimentos de infraestrutura inexistentes, desperdícios de recursos públicos em inabalável ascensão. Tornamo-nos um país em que as obras nunca terminam, em que tudo está em construção e já é ruína.

Se a “gestão” a que Dilma fala que se dedicou fosse para valer, estaríamos assistindo neste momento, por exemplo, a uma arrancada sem precedentes em empreendimentos de logística e infraestrutura tocados pela iniciativa privada.

Mas o programa de privatizações de rodovias e ferrovias, lançado há um ano, não produziu um único leilão até hoje. “O propósito [era] chegar em junho com todas as licitações já realizadas. [Mas] Da modelagem inicial praticamente nada vingou”, escreve Claudia Safatle na edição de hoje do Valor Econômico.

Quando 2013 começou, a presidente e seus auxiliares diziam que este finalmente seria o ano dos investimentos no país. Mas o que aconteceu? Até junho, os dispêndios desta natureza simplesmente caíram em relação ao primeiro semestre do ano passado: já descontada a inflação, a queda foi de 5%, para R$ 33,5 bilhões, também segundo o Valor.

As respostas que o governo da presidente produziu aos protestos de junho também foram todas parar no lixo da história, com a vida efêmera que propostas embebidas no éter da propaganda oficial tendem a ter.

Se Dilma Rousseff considera que fez tudo o que poderia fazer pelo Brasil, é lícito concluir que sua gestão não existiu. Nenhuma novidade nisso. Afinal, há apenas alguns dias a presidente afirmou, com todas as letras, que Lula “nunca saiu” do cargo que ocupou por oito anos. E ela nunca entrou.

“Sem leme e sem bússola”, por Ademar Traiano

Ademar-Luiz-Traiano-Foto-Divulgacao-ALPR--300x195O governo Dilma Rousseff navega em mar perigoso sem leme e sem bússola. Essa forma temerária de navegar – e governar – fica clara não só nos desacertos da economia e nas decisões da presidente, tomadas às pressas, ouvindo palpite de marqueteiros e de assessores aloprados, verdadeiros aprendizes de feiticeiros. A relação com o Congresso se desintegrou pela prepotência da presidente combinada com a inépcia de suas auxiliares.

O resultado dessa falta de rumo e dos saltos no escuro são fiascos, como foi o caso do plebiscito inconstitucional ou o aumento do tempo de residência para os médicos. Decisões gravíssimas, anunciadas às pressas, sem a ponderação necessária, que obrigaram o governo a recuos desmoralizantes.

Os sinais de falta de comando são gritantes. Aloízio Mercadante, que já usurpou as funções das ministras das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e as transformou em figuras decorativas, trabalha agora abertamente para puxar o tapete do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

No primeiro semestre de 2013 o governo federal deixou de arrecadar R$ 35 bilhões por conta de desonerações fiscais. O projeto por trás dessa incineração bilionária de recursos parecia muito promissor aos assessores da presidente. Pretendia-se estimular o consumo, vitaminar a economia, levantar o ânimo do PIB raquítico e, principalmente, turbinar a popularidade da presidente Dilma Rousseff, candidata a reeleição em 2014.

Deu tudo errado. O consumo se reduziu, a economia (tanto na produção industrial quanto na geração de emprego e renda) entrou em declínio, o PIB acumula previsões cada vez mais pessimistas, e a popularidade da presidente despencou. Pior de tudo, com a forma desastrada que se fez as desonerações, em especial no setor elétrico, introduziram a insegurança jurídica nas regras do jogo.

O resultado é que os investidores internacionais que já andavam arredios com as privatizações (ou “concessões”) promovidas pelo governo, estão cada vez menos dispostos a investir no Brasil. Com isso obras importantes de infraestrutura não saem do papel.

Como as cortesias são feitas com o chapéu alheio, as desonerações de Dilma provocaram problemas em cascata. Atingiram em cheio, além dos cofres federais, o caixa dos Estados. O Paraná, por exemplo, teve perdas de R$ 1 bilhão por conta dos avanços indevidos do governo federal sobre suas receitas. É um dinheiro que falta para a melhoria dos serviços públicos e para a infraestrutura.

A falta de rumo da economia se combina com a absoluta falta de sensibilidade da presidente com relação às demandas populares. A falta de senso de realidade – ou o cinismo puro e simples – fez decolar no PT e nos discursos presidenciais, uma tese bizarra. Os protestos de junho foram causados não pelas frustrações, mas pelos avanços promovidos pelo petismo no poder. Tudo estava tão bom que os brasileiros foram às ruas pedir mais…

No discurso de recepção ao papa Francisco a presidente proporcionou ao mundo um constrangimento histórico. Falou mais que o convidado e contrabandeou temas de política partidária para a saudação ao pontífice. A falta de noção foi a ponto de insinuar uma parceria em que o papel do Papa e da Igreja Católica seria de levar para o mundo as espantosas experiências administrativas petistas.

A presença de Lula nos bastidores do governo, aparecendo ou desaparecendo segundo as conveniências do oportunismo mais escancarado, solapa o que resta de autoridade a presidente. A precária liderança de Dilma sofre as consequências desmoralizantes dessa insinuação de que pode ser substituída a qualquer momento na chapa presidencial de 2014, como se em lugar de presidente da República de um país importante fosse uma técnica de um time qualquer ameaçado de ir para a segunda divisão.

O jornalista Vinicius Mota resumiu, na Folha de S. Paulo os dilemas do petismo e a falácia contida na tese da mirabolante volta de Lula: “Há ingenuidade na discussão sobre o retorno de Lula como candidato em 2014. Voltar nessas condições seria flertar com a derrota ou, na melhor hipótese, com um governo fraco e acossado por todos os flancos no quadriênio seguinte”.

A verdade é que o PT está encerrando seu ciclo de poder de uma forma bem pouco memorável. Expulso das ruas, identificado com a corrupção, com a desorganização da economia, com a falta de rumo do governo.

 

(Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB do Paraná e líder do governo na Assembleia)

Governo usa mais recursos do Tesouro para bancar redução da conta de luz

Dilma-Rousseff-Foto-Wilson-Dias-ABr-300x200Brasília – O governo federal voltou a usar recursos do Tesouro Nacional para bancar a redução de 20% das tarifas de energia elétrica, prometida pela presidente Dilma Rousseff no final do ano passado. Dessa vez, o governo emitiu R$ 800 milhões em títulos públicos para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo setorial que vem sendo usado para financiar a desoneração das contas de luz. Em julho, o Tesouro já havia injetado recursos de R$ 518 milhões. As informações são do jornal O Globo.

Para o deputado federal Ruy Carneiro (PSDB-PB), a presidente Dilma Rousseff usa dinheiro do próprio contribuinte para bancar uma promessa. “O governo federal vende para a população que ela agora está pagando menos pela conta de luz, quando na verdade, de forma indireta, o próprio consumidor está bancando essa conta, através de recursos do Tesouro”, afirmou o deputado.

Segundo a publicação, os aportes do Tesouro na CDE geram uma despesa que entrará na conta do superávit primário, a economia para o pagamento de juros da dívida pública. Esses gastos contribuem para o aumento do endividamento público, que chegou a 35,2% do Produto Interno Bruto (PIB) ao final de 2012. O governo tem sido obrigado a reforçar o caixa da CDE porque, além do custo da redução das tarifas, o fundo também arca com utilização das usinas termoelétricas, mais caras que as hidrelétricas.

O deputado tucano avalia que um simples planejamento poderia ter impedido que recursos dos cofres públicos fossem desviados de seu verdadeiro destino para bancar promessas do governo petista.

“Esses recursos poderiam estar sendo gastos em saúde e educação, que são dois pontos mais do que críticos para o cidadão brasileiro. No Nordeste, por exemplo, em relação à transposição do rio São Francisco, e por aí vai”, considera.

Para Ruy Carneiro, a desoneração propagandeada por Dilma é uma medida demagógica e eleitoreira: “É importante, inclusive, que haja uma explicação do que é que aconteceu, relacionada à fórmula inicial que foi vendida ao cidadão brasileiro de forma enganosa”, completa.

Brasil terá o sétimo pior crescimento entre 25 países emergentes, aponta estudo

Dilma-Rousseff-Foto-Wilson-Dias-ABr-300x200Brasília – As previsões de crescimento para o Brasil em 2013 não param de cair. Um estudo produzido pela consultoria EY indica que o desempenho da economia brasileira em 2013 deve ser o sétimo pior entre 25 países emergentes pesquisados pela instituição. Outro dado ruim vem do relatório Focus, divulgado pelo Banco Central. Nele, economistas apontam que a evolução do PIB deve ficar em 2,24%, abaixo dos 2,28% e dos 2,10% previstos nos relatórios anteriores produzido pelo banco.

O deputado federal Alexandre Toledo (PSDB-AL) afirmou que os números são resultado da ausência de “foco de investimento” por parte da presidente Dilma Rousseff. “O governo não consegue desenvolver a economia porque não tem gestão e porque não investe em infraestrutura para o país”, declarou.

O parlamentar ressaltou que não faz sentido culpar a conjuntura internacional por conta do mau momento da economia brasileira. “Quando a crise mundial estourou, os petistas disseram que tinham capacidade para superá-la. E agora, não têm mais? A desculpa não procede”, apontou.

A pesquisa Focus revelou ainda outras perspectivas negativas para a economia. O texto indicou que o mercado espera elevação das taxas de juros para 9,75% nos próximos meses – atualmente, o indicador está em 8,5%. Houve também redução na expectativa para o saldo da balança comercial brasileira. Antes estimado como com superávit de US$ 5,7 bilhões, a variável foi reajustada para US$ 5,09 bilhões.

Indústria – A diminuição da expectativa de crescimento da produção industrial é apontada como um dos fatores para a pequena evolução do PIB nacional. Segundo Toledo, o quadro ocorre pela inexistência de políticas setoriais.

“Houve ações pontuais, que beneficiaram um ou outro segmento, mas nada consistente”, disse. Para o deputado, o déficit da estrutura brasileira – como redes insuficientes e em mau estado de estradas, ferrovias e portos – é um componente determinante para que a indústria pouco evolua.

Fiesp contraria Guido Mantega e vê PIB abaixo de 2% em 2013

Guido-Mantega-Foto-ABr-300x199Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, está cada vez mais isolado em suas previsões sobre o crescimento da economia brasileira para 2013. A nova ducha de água fria no otimismo do ministro veio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que rebaixou a previsão de crescimento do PIB de 2,5% para 1,9%. A federação também reduziu a perspectiva de crescimento da indústria, de 1,4% para 0,8%. Já a construção civil passou por uma forte revisão: a previsão de expansão do setor foi de 1,9% para zero em 2013.

“Vemos que os números são mais realistas do que os vistos na propaganda”, afirma o deputado federal Carlos Roberto (PSDB-SP), titular da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara.

O deputado afirma que as medidas tomadas pelo governo para tentar resgatar a economia brasileira não surtiram efeito. “O cenário econômico depende de atitudes a longo prazo para que haja uma certa estabilidade. É preciso coragem para cuidar da economia, não se pode ser covarde. O governo faz um papel eleitoral, preocupando-se apenas com suas próprias iniciativas, e na prática, não faz acontecer, não realiza nada”, aponta.

Ele cita como exemplo o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado como grande realização do governo Dilma, mas que não chegou a utilizar 30% do orçamento planejado nas obras de infraestrutura, ferrovias e estradas. Para ele, “quem sofre com a incompetência do governo federal é a população brasileira”.

Carlos Roberto critica ainda a postura rígida da gestão petista em contestar os inúmeros relatórios e pesquisas que atestam o desequilíbrio do setor econômico.

“Os economistas e institutos de pesquisa de certa forma jogam as perspectivas para baixo, e o governo diz que ‘setores da sociedade torcem contra’. Isso não é futebol para se torcer contra. Quem é que vai torcer contra o controle da inflação? Contra o crescimento do PIB e estabilidade econômica?”, questiona.

E completa: “Quando vemos que o governo toma essa atitude hostil frente às críticas construtivas, constatamos que ele realmente não está bem”.

Governo Dilma produz menor PIB em 20 anos por falhas estruturais, diz Duarte

Duarte-Nogueira-Foto-George-Gianni-PSDB--300x206Brasília – O deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-SP) afirmou que o baixo crescimento da economia durante o governo Dilma Rousseff – que tende a ser o pior do país nos últimos 20 anos, de acordo com reportagem do jornal Correio Braziliense – é resultado das políticas equivocadas para o setor durante a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva e da ausência de reformas estruturantes no mandato da atual presidente.

“Dilma está pagando o preço da herança maldita que recebeu do governo Lula. Foi uma gestão que pegou os fundamentos econômicos implantados por Fernando Henrique e não deu prosseguimento a eles, e nem propôs novas reformas. E o governo dela é também frágil, por ter, entre outros fatores, uma equipe desencontrada e que não tem qualidade para gerir o país”, apontou o parlamentar.

A reportagem do Correio sobre o PIB no governo de Dilma tomou como base o crescimento da economia em 2011 e 2012, respectivamente de 2,7% e 0,9%, e projeções do Banco Central para 2013 e 2014. Com esses dados, a evolução média do PIB ao longo de todo o mandato de Dilma seria de 2,1% – menor do que a registrada nos mandatos de Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique e Lula.

O jornal destacou ainda que a realidade pode ser ainda pior. Analistas do mercado estimam que as projeções do Banco Central podem ser mais otimistas do que a realidade. Enquanto o BC espera evolução de 2,28% em 2013 e 2,6% em 2014, economistas temem crescimentos inferiores. “Nós trabalhamos com a previsão de 2,1% em 2013 e de 2% em 2014. Portanto, a média de Dilma vai ficar ainda menor”, afirmou ao Correio o economista Felipe Salto.

Consumo – A falta de investimentos sólidos em infraestrutura e na qualificação de mão de obra é citada, na reportagem do Correio, como um dos fatores que levam ao baixo crescimento.

Para Duarte Nogueira, a análise é correta. O deputado criticou também a aposta excessiva que as gestões do PT fizeram na ampliação do consumo – que consideravam ser um motor suficiente para o desenvolvimento econômico.

“A comparação entre os governos de Fernando Henrique a do PT lembra a parábola da cigarra e da formiga. O governo FHC foi a formiga, construindo estrutura e fundamentos que prepararam a economia do Brasil. Já o PT foi a cigarra, ao apostar em um modelo gastador e pouco preocupado com as próximas gerações”, disse.