PSDB – MS

Prioridades

Reinaldo inicia com Puccinelli conversa sobre transição de governo

Secretária Thiê Higuchi coordena equipe do governo; governador eleito vai a Brasília na quarta para discutir orçamento da União com bancada federal

Reinaldo Azambuja e André Puccinelli Foto-Valdenir Rezende 03-11-2014O governador eleito Reinaldo Azambuja (PSDB) se reuniu nesta segunda-feira (3) com o governador André Puccinelli, na Governadoria, para tratar da transição de governo. Reinaldo disse que a equipe deve estar completa até o próximo fim de semana. Pelo governo, equipe será coordenada pela secretária de Administração Thiê Higuchi.

“Agora vamos pactuar as datas e a composição da nossa equipe. Vamos fazer o trabalho secretaria por secretaria”, comentou Reinaldo em entrevista coletiva.

Reinaldo Azambuja e André Puccinelli Foto-Valdenir Rezende 03-11-2014Reinaldo e André discutiram alguns pontos específicos durante a reunião, tais como obras dos hospitais regionais de Três Lagoas e de Dourados e também algumas rodovias que ficarão para a próxima gestão. “Mas tudo já tem previsão de orçamento”, acrescentou Reinaldo.

Além do diálogo com o governo estadual, na quarta-feira (5), Reinaldo vai a Brasília (DF) onde se reunirá com a bancada federal de Mato Grosso do Sul para discutir o Orçamento da União para 2015. No encontro convocado pelo coordenador da bancada, deputado federal Vander Loubet, serão discutidas, reforça Reinaldo, as prioridades e formas pelas quais a bancada poderá em nível federal atender o novo governo.

Saúde e segurança

Questionado sobre as prioridades do próximo governo, Reinaldo disse que saúde será prioridade número um. “Vamos implementar mutirões, promoveremos a regionalização, vamos ocupar espaços que já estão construídos, como alguns hospitais”, disse ele.

Quanto à segurança, Reinaldo se comprometeu mais uma vez a convocar os remanescentes de concursos que ainda não expiraram. O compromisso com aprovados em concursos da Polícia Militar, Polícia Civil e Bombeiros já havia sido feito anteriormente.

Orçamento estadual

Reinaldo disse que vai trabalhar a questão orçamentária do Estado para priorizar os setores conforme a plataforma da campanha: com prioridade para a saúde, segurança pública e educação.

“Vamos priorizar aquilo que entendemos que é prioridade da população do Estado. Quanto ao orçamento, se precisarmos fazer algum remanejamento ainda há tempo hábil para isso”, completou Reinaldo.

Reinaldo estabeleceu como prazo para anúncio do novo secretariado o mês de dezembro.

 

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Reinaldo Azambuja não negocia cargos e nem muda um milímetro do seu programa de governo

Candidato do PSDB afirmou na TV que a adesão de 14 partidos representa a vontade da mudança de MS

14-10 Campo Grande/MSEm entrevista à TV Morena nessa terça (14), o candidato a governador Reinaldo Azambuja (coligação Novo Tempo PSDB/DEM/PPS/PSD/PMN/SD) reafirmou que o apoio de 14 partidos ao seu projeto aconteceu de forma espontânea, sem negociação de cargos e “sem mudar um milímetro do programa de governo, que nasceu com o Pensando MS e com a vontade da população de Mato Grosso do Sul”.

Reinaldo não quer fazer como o seu adversário, Delcídio do PT, que já estava negociando cargos antes mesmo de saber do resultado das urnas. O presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos (PMDB), chegou a dar uma entrevista ao site Midiamax, no dia 3 de setembro, afirmando que ocuparia um cargo no primeiro escalão do governo ao lado de Londres Machado (PR), vice de Delcídio e deputado estadual há 44 anos.

O candidato do PSDB alertou ainda que o eleitor deve ficar atento para os erros que algumas pesquisas de intenção de voto cometeram no primeiro turno e que podem voltar a ser cometidas. Ele afirmou acreditar no sentimento de mudança e no que chamou de “pesquisa das urnas”.

No primeiro turno, as pesquisas, em sua maioria, não refletiram a vontade da população demonstrada nas urnas. Elas apontavam que o senador Delcídio do PT seria eleito no primeiro turno, no entanto, ele ficou a apenas 3,83 pontos percentuais de distância de Reinaldo Azambuja. Delcídio do PT também disse, por várias vezes, que iria “liquidar a fatura” no primeiro turno, o que, obviamente, não aconteceu.

Nova política

14-10 Campo Grande/MSQuestionado sobre o PMDB, Reinaldo explicou que algumas lideranças daquele partido decidiram apoiar o projeto de uma nova política para Mato Grosso do Sul. “Não é o PMDB que me apoia, são algumas pessoas do PMDB que acreditam nessa nova política, que entendem que tem que ter uma nova forma, governar próximo das pessoas, com as prioridades das pessoas. O partido foi liberado. Tem pessoas, inclusive o próprio governador [André Puccinelli], que ficaram do outro lado, apoiando a presidente Dilma. Alguns vieram para a nossa campanha. Alguns se abstiveram de acompanhar um ou outro candidato, mas nós trouxemos as pessoas que acreditam que é possível construir uma nova política em Mato Grosso do Sul”.

 

Prioridades

Reinaldo contou que saúde e segurança pública serão as maiores prioridades do seu governo, além do desenvolvimento das regiões mais pobres de Mato Grosso do Sul, esquecidas pelos últimos governos. Ele disse também que as prioridades do governo dele serão as da população.

 

“Saúde é prioridade número um, não nossa, mas da população. Precisa ter um trabalho na saúde muito mais efetivo para chegar nas pessoas. Na segurança pública, temos que aumentar o efetivo, investir em tecnologia e inovação. Vamos também trabalhar pelo desenvolvimento e geração de oportunidades em todas as regiões. O Estado tem que se desenvolver por completo, chegar nas regiões mais empobrecidas, e isso nós vamos fazer com o MS Mais Produtivo, que é um programa que nós desenhamos que faz com que o desenvolvimento chegue a todas as regiões do Estado”, declarou.

 

Em relação à saúde, se for eleito, o candidato do PSDB fará mutirões da saúde para diminuir as filas de exames e cirurgias; colocará para funcionar exames como tomografia, ressonância e ultrassom nos hospitais dos polos regionais, para atender o cidadão mais próximo de onde ele mora, desafogando a capital; e aplicará na saúde, no mínimo, 12% do orçamento.

 

 

 

Fotos: Chico Ribeiro

Assessoria de Imprensa Reinaldo Azambuja

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Três Lagoas: população manifesta apoio a Reinaldo durante caminhada em feira

reinaldo_em_tl_foto_jessica_barbosa (2)O candidato a governador Reinaldo Azambuja (PSDB) recebeu manifestações de apoio popular durante caminhada na feira central em Três Lagoas, na manhã deste sábado (12). Reinaldo está no município onde cumpre uma série de compromissos, ao lado da esposa, Fátima Azambuja, e de candidatos aliados.

Para a pedagoga Maria Enedina, 58 anos, as prioridades de qualquer governo deveriam ser saúde e educação. Ela defendeu que nestas eleições haja “mudança de verdade, não pode mudar só a cara”.

Nina Silva, 51 anos, defendeu mudança no governo. Assim como Maria Enedina, Nina também crê que o próximo governo deve priorizar saúde e educação. “Obras são importantes, mas mais importante é garantir à população saúde e educação”, disse ainda.

Professora, Nina revelou o voto em Reinaldo Azambuja para governo, justificando que para ela é o candidato que demonstra “seriedade, é ficha limpa e pelo excelente trabalho que realizou na Prefeitura de Maracaju”. Reinaldo foi prefeito de Maracaju por dois mandatos consecutivos, de 1997 a 2004.

Já a vendedora Aparecida da Silva, 66 anos, relatou um drama pessoal para comentar o problema da saúde. Ela esclareceu que tem um filho que precisou realizar exame de ressonância para o que foi preciso levá-lo a Fernandópolis (SP), a 198 km de Três Lagoas, já que não havia no município. “A saúde deve estar em primeiro lugar, atualmente está uma porcaria”, disse Aparecida.

reinaldo_em_tl_foto_jessica_barbosa (5)Prioridades

Reinaldo disse que para Três Lagoas, além de se priorizar o setor de saúde, que é unânime, deverá priorizar também a questão habitacional e a segurança pública. “Não adianta emprego sem segurança, as pessoas não se sentem seguras”, comentou.

Quanto à saúde, esse é o primeiro ponto identificado pela população ao longo de um ano e dois meses do projeto Pensando Mato Grosso do Sul, seguida de segurança pública e educação. O PSDB, com os resultados do projeto em mãos, elaborou o plano de governo e tem discutido propostas concretas que venham ao encontro dos anseios da população.

Reinaldo tem reiterado que se trata de priorizar o que a população aponta como problemas. Um exemplo cabal da miopia governamental quanto às prioridades, citado por ele, é a construção de um aquário no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. O custo estimado da obra já chega a R$ 230 milhões, enquanto a população reclama da ausência do Estado na prestação dos serviços em saúde.

Reinaldo e aliados

reinaldo_em_tl_foto_jessica_barbosa (8)Reinaldo permanece em Três Lagoas até o fim deste sábado, quando segue para Água Clara. Acompanham o tucano durante os compromissos o candidato a senador da coligação “Novo Tempo”, Antonio João (PSD), o presidente do PSDB-MS e candidato a deputado federal Marcio Monteiro, o candidato a deputado federal Jorginho do Gás (PSDB) e o candidato a deputado estadual Angelo Guerreiro (PSDB).

 

 

Fotos: Jessica Barbosa

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Reinaldo defende governo de inclusão no lançamento do PSD Afro

PSD_Afro_foto_Jessica_BarbosaDurante lançamento do PSD Afro, o candidato ao governo do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), disse que sua futura gestão será de “inclusão social, que não vai segregar ninguém”. Mesmo no âmbito partidário, com a instituição do segmento no PSD, o candidato afirmou também a importância “da inclusão e da participação […] porque vocês entendem seus problemas e podem nos ajudar a encontrar soluções”.

A exemplo do PSDB, que já conta com um segmento que discute questões raciais há mais de ano – o Tucanafro-MS -, agora o PSD também conta com uma instância partidária para promover ações e propor políticas que visem buscar a igualdade racial.

Para o candidato a senador da coligação “Novo Tempo”, Antonio João (PSD), não há que se falar em raças. “Quanto à cor, não vejo diferença, vejo pessoas, vejo trabalhadores”, disse o candidato, mas ao mesmo tempo reconheceu a importância do segmento no âmbito partidário.

O presidente do PSD Afro, Joel Penha, manifestou orgulho ao assumir a responsabilidade pelo setor. “Sinto-me muito honrado. Antônio João nos acolheu, acolheu a proposta para desenvolvermos políticas para a cultura negra”, disse Joel.

PSD_Afro_foto_Jessica_Barbosa(1)Prioridades e mudança

Reinaldo Azambuja também abordou a relevância de se propor políticas a partir do que a população aponta como prioritário. Nesse aspecto, o PSDB é a vanguarda nas eleições deste ano. O partido elaborou o plano de governo e tem trabalhado as propostas concretas com base nos resultados do Pensando Mato Grosso do Sul.

Entre abril de 2013 e junho de 2014, as equipes e lideranças do PSDB ouviram diretamente 220 mil pessoas em todos os municípios do Estado, para identificar as demandas prioritárias, bem como as potencialidades de cada região. Saúde, segurança pública e educação são os três setores apontados como prioridades, nessa ordem.

“Os governos esqueceram as prioridades das pessoas. Pegue a saúde, o Mato Grosso do Sul é o penúltimo em investimentos. Segurança pública, por exemplo, foi o principal problema apontado pela população de Ladário. O governo precisa escolher melhor as prioridades”, disse Reinaldo.

Sobre a colocação de MS no ranking da aplicação em saúde, Reinaldo aludiu à Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic). Realizada pelo IBGE, o levantamento apontou que Mato Grosso do Sul aplicou apenas 8,7% do orçamento em saúde em 2013, o que põe o Estado na 25ª colocação entre as unidades da federação, à frente apenas do Rio de Janeiro.

O IBGE afirma, contudo, que não é possível dizer que os Estados descumprem a lei de investimento mínimo de 12% do orçamento. Conforme o instituto, os Estados não especificaram a fonte da receita do orçamento para a rubrica, podendo ser incluídos valores, por exemplo, dos royalties de petróleo, conforme notícia divulgada pelo jornal O Globo.

 

 

Fotos: Jessica Barbosa

Assessoria de imprensa Reinaldo Azambuja

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Reinaldo critica prioridades do governo estadual e promete regionalizar saúde

Reinaldo_entrevista_Tribuna_foto_divulgação (1)Preocupado com o que chamou de “ambulancioterapia”, o candidato a governador Reinaldo Azambuja (PSDB) se comprometeu, nesta segunda-feira (7), em entrevista ao programa Tribuna Livre, da FM Capital, regionalizar a saúde, garantindo diagnóstico e atendimento de qualidade no interior de Mato Grosso do Sul. Sem estrutura em outras cidades do Estado, pacientes são transportados para os hospitais de Campo Grande, que acabam superlotados.

A saúde é prioridade do plano de governo do candidato tucano. “Nós temos hoje uma regionalização que não funciona: a ‘ambulancioterapia’. 45% dos atendimentos acontecem na Capital porque os hospitais regionais não funcionam. Então, nós temos que ter atendimento lá no interior, potencializar os hospitais regionais, com diagnóstico, com média complexidade naqueles hospitais para atender a demanda regional para que não venha a Campo Grande toda essa demanda inchando o sistema de saúde”, afirmou Reinaldo.

Ele acredita que o governo precisa investir mais no setor. Reinaldo informou que o governo estadual aplicou apenas 8,44% da receita em Saúde no ano 2013, abaixo dos 12% que determina a legislação brasileira. Mais de R$ 200 milhões deixaram de ser investidos no setor.

“A saúde no nosso governo é prioridade número um. Não vamos achar que saúde é obrigação [apenas] do Município. Eu já ouvi algumas pessoas falarem assim: ‘a saúde é municipalizada, isso é problema do prefeito’. Não é assim. Saúde é direito do cidadão e obrigação do Estado. E quando digo Estado é União, Estado, Município […] O que não pode é ficar um ano na fila. Eu encontrei pessoas esperando dois, três anos para fazer uma pequena cirurgia”, disse.

Reinaldo afirmou ainda que o atendimento médico em Mato Grosso do Sul está muito aquém do que a população espera e prometeu um ‘choque de gestão’ com a abertura de novos leitos hospitalares. Segundo ele, quase 1.400 leitos deixaram de atender o SUS (Sistema Único de Saúde), nos últimos anos, em Mato Grosso do Sul.

O candidato tucano questionou ainda as prioridades do governo. “A política se perdeu. As prioridades não são mais das pessoas, são dos governantes. E no nosso governo as prioridades vão ser das pessoas: saúde, segurança pública e educação de qualidade. Isso é fundamental para desenvolver uma sociedade mais próxima. Tenho certeza de que vamos abrir um canal, como fizemos no Pensando MS, aproximando as pessoas do governo”.

Reinaldo afirmou que preferiria construir o Hospital Municipal de Campo Grande a construir o Aquário do Pantanal. “Eu, governante do Estado, não construiria um aquário de forma alguma. Eu construiria o Hospital Municipal de Campo Grande. Daria isso como presente para a população da Capital e ajudaria com os equipamentos e o custeio. Temos que ter um governo que ajude também a custear as despesas”, disse.

No mês passado, o presidenciável Aécio Neves (PSDB) se comprometeu, caso vença a eleição, em nomear o ministro da Saúde e, no dia seguinte, mandá-lo a Campo Grande para que ele providencie a conclusão do Hospital do Trauma. Aécio participou do último ato do Pensando MS, na Câmara Municipal.

Em relação à Educação, Reinaldo afirmou que quer combater o déficit de 7.000 crianças fora das creches, garantir o pagamento do piso do magistério, ampliar o programa Bolsa Universitária e construir escolas de tempo integral.  Para o candidato, a educação de tempo integral pode reduzir os índices de violência proporcionando conteúdo pedagógico, esporte, cultura e lazer.

Já sobre a Segurança Pública, Reinaldo afirmou que irá aumentar o efetivo policial, por meio de concurso público, e investir em tecnologia, inovação, equipamentos e viaturas. Ele reafirmou ainda que não quer ter uma polícia para atender os interesses do governo, mas para a segurança da população. Hoje, segundo ele, o delegado que não atende o governador corre o risco de ser transferido de município. “Tivemos polícia de governo. Tivemos a polícia do Zeca e temos a polícia do André. Não podemos politizar a segurança”, afirmou.

Reinaldo Azambuja convoca partidos políticos para construir nova proposta para o MS

Pré-candidato a governador pelo PSDB recebeu o apoio do partido Solidariedade

convenção_solidariedadeO partido Solidariedade confirmou apoio à pré-candidatura de Reinaldo Azambuja a governador pelo PSDB, nesta segunda-feira (30/6). Durante a convenção, Reinaldo destacou a força do arco de alianças (PSDB, PSD, DEM, PMN, PPS e Solidariedade) que apoia sua pré-candidatura em Mato Grosso do Sul e Aécio Neves para Presidência da República.

“Só acredito na política que a gente faz tendo confiança, projeto e companheirismo. Estou com muita energia para participar da disputa e para construirmos um governo juntos”, afirmou.

Para Reinaldo, o Mato Grosso do Sul poderia ter avançado muito mais desde a divisão do Estado se os governantes tivessem implantado políticas públicas eficientes. “Precisamos dar mais competitividade a nossa economia, diminuir a carga tributária, qualificar a mão de obra, ter programas de desenvolvimento”, destacou.

Prioridades

O pré-candidato a governador garantiu que fará uma mudança verdadeira na forma de se fazer política no MS, principalmente ouvindo as reais prioridades da população.

As prioridades apontadas pelos participantes do Projeto Pensando MS, que percorreu todo o Estado e ouviu mais de 200.000 pessoas foram Saúde, Segurança, Educação e Emprego e Renda. “Ninguém deve fazer política sem saber quais as prioridades da população”, disse o pré-candidato tucano.

Reinaldo lembrou que, conforme análise do Tribunal de Contas, a gestão do PMDB no Governo do MS deixou de aplicar R$ 224 milhões só em 2013. “Isso é inconcebível, considerando que a prioridade número um da população é melhorar o atendimento em Saúde. Como vai melhor se o governo não aplica o mínimo exigido por lei?”, questionou.

Compromisso

Para o presidente estadual do PSDB, deputado Marcio Monteiro, os partidos que compõem a aliança com os tucanos estão comprometidos com um novo projeto político para o Estado e vivem um clima harmônico. “São partidos comprometidos com uma mudança de verdade, comprometidos em construir uma administração mais leve, com foco e planejamento”, afirmou.

O presidente estadual do PPS, Athayde Nery, elogiou a atuação do presidente do Solidariedade, Alessandro Menezes, em defesa do Meio Ambiente. Também disse que na disputa eleitoral de 2012, quando Reinaldo concorreu à Prefeitura de Campo Grande (tendo o próprio Athayde como candidato a vice), foi plantada uma alternativa real à dicotomia PT versus PMDB.

“Aquela construção se consolidou agora. O Reinaldo hoje é uma das mais fortes lideranças estaduais, um quadro preparadíssimo. Nos encontros do Pensando MS, ele mostrou o Mato Grosso do Sul que queremos construir. Temos de resgatar o interesse das pessoas pela boa política e o Reinaldo representa a mudança honesta”, concluiu.

“Aquário não é prioridade dentro do Estado de MS”, diz Reinaldo Azambuja

Para coordenador do Pensando MS, classe política deve ouvir as prioridades da população

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Foto: Jéssica Barbosa

A preocupação com ouvir a população e agir conforme o que é prioritário norteou o discurso do coordenador do projeto Pensando Mato Grosso do Sul, deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB), no 6° Encontro Regional do projeto, em Jardim, no fim de semana. “Aquário não é prioridade dentro do Estado de Mato Grosso do Sul. Enquanto Campo Grande pede urgência em saúde, o governo resolve construir um aquário”, exemplificou o tucano.

O parlamentar enfatizou que o PSDB se preocupa em ouvir as pessoas, razão pela qual está elaborando um projeto de governo a partir do que a população está elencando como prioridades por meio de levantamentos quantitativos e qualitativos do Pensando MS. Com os levantamentos em mãos, o PSDB tem realizado encontros regionais para apresentar os dados e ouvir a população diretamente.

“O Pensando MS é uma oportunidade de as pessoas se manifestarem sobre os problemas regionais, as dificuldades regionais, as potencialidades que cada região tem. Não existe hoje forma de fazer política sem sintonia com a vontade das pessoas”, afirmou Reinaldo.

Ainda segundo o deputado, “a gente percebe hoje que a classe política virou as costas para a vontade das pessoas”, e foi isso, segundo ele, que levou milhares de pessoas às ruas ano passado, durante as manifestações de junho.

Nos seis encontros regionais, do total de nove previstos, a população tem apontado dois setores como prioritários: saúde e educação. “Saúde em todas as regiões tem sido a maior preocupação. Por que isso?”, questiona Reinaldo. Ele mesmo responde: “porque temos um Estado que investe pouco em saúde pública, tanto que somos o 25° do país em aplicação de recursos”.

O coordenador do projeto aludia à Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic) referente ao ano de 2013, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), conforme a qual o Mato Grosso do Sul aplicou apenas 8,7% do orçamento em saúde.

O próprio órgão informa, contudo, que não é possível dizer que os Estados descumprem a lei de investimento mínimo de 12% do orçamento. Conforme o instituto, os Estados não especificaram a fonte da receita do orçamento para a rubrica, podendo ser incluídos valores, por exemplo, dos royalties de petróleo.

Ferramenta para o MS – Para Reinaldo, o Pensando MS não é uma ferramenta para o PSDB exclusivamente, “embora nós sejamos o partido que está desenvolvendo esse trabalho e ouvindo as pessoas, ele serve para qualquer partido, qualquer instância política que quiser se aproximar das pessoas”.

O custo do pão e do circo

* Por Pedro Pedrossian Neto

Pedrossian Neto 2Acendeu-se a “luz amarela” no quartel-general dos estrategistas do Planalto: às vésperas da copa do mundo, em pleno ano eleitoral, o governo prepara-se para a reedição das manifestações que sacudiram o País em meados de 2013 e que derreteram, em semanas, a popularidade da presidente Dilma. Salvo se o Brasil for campeão – o que, convenhamos, não é tarefa simples, mesmo jogando em casa –, é grande a probabilidade de crescimento de candidaturas rivais que irão explorar a fragilidade da opção do governo em gastar o dinheiro do Estado na promoção de um evento supérfluo, caro, e que carrega o traço populista da milenar política romana: distribuir o pão para aplacar a fome e promover o circo para entorpecer a crítica.

Sob qualquer ótica, é difícil defender o governo federal neste assunto. Trata-se, realmente, de uma sangria de recursos públicos, embora se contra-argumente que existe um “legado” da copa – principalmente na questão da mobilidade urbana. Entretanto, como o investimento em transportes poderia ser feito a despeito da existência do mundial, o argumento logo cai por terra. Fica, apenas, o contraste (inconveniente) entre a suntuosidade dos estádios, de um lado, e a miríade de necessidades não-atendidas da sociedade, de outro. A copa consolidou no imaginário coletivo a ideia de que há má gestão das prioridades nacionais pelo governo.

Trazendo a questão para a realidade do MS, pode-se fazer o seguinte exercício: o que daria para fazer em matéria de políticas públicas e investimentos no Estado, por exemplo, caso fosse destinado para cá o R$ 1,403 bilhão gasto na construção de apenas um estádio, o caríssimo Mané Garrincha de Brasília?

Talvez este dinheiro tivesse melhor aplicação caso servisse para proporcionar alguma alternativa aos 50,3 mil jovens sul-mato-grossenses entre 10 e 17 anos que, segundo os dados do IBGE, precisam sujeitar-se ao trabalho infanto-juvenil para o sustento de suas famílias. Destes, nada menos do que 12,4 mil – isto é, um em cada quatro jovens – não frequentam a escola. Exceções à parte, estão condenados a uma vida adulta cheia de dificuldades: inserção subordinada no mercado de trabalho e baixos salários. É irônico, mas é tanta gente que daria para encher um estádio…

E se, ao invés das arenas, nos fosse dada a opção de construir escolas? Seria possível, apenas com o dinheiro do Mané Garrincha, edificar 117 escolas do programa Brasil Profissionalizado, do próprio Governo Federal, proporcionando a cerca de 140 mil alunos uma formação profissional integrada ao ensino médio. É muito mais do que o necessário para o MS, mas se fizéssemos 1/5 disto nas cidades-polo do Estado, já seria uma verdadeira revolução educacional no interior. O Governo estadual, através da Secretaria de Educação, vem lutando para a atração de recursos e as escolas profissionalizantes são realidade, por exemplo, em Chapadão do Sul, Dourados e Naviraí, mas muitas outras cidades, estagnadas e sem perspectiva, também precisam deste investimento.

Outra opção: utilizar o pródigo dinheiro do estádio para universalizar a rede de água, de coleta e tratamento de esgotos no MS. No Brasil, as 100 maiores cidades jogam 3.500 piscinas olímpicas de esgoto por dia na natureza. No MS, apesar do esforço de investimento de R$ 1 bilhão no período 2007 a 2014, a rede de esgoto chegará a apenas 50% das residências. É um enorme avanço tendo em vista que em 2006 a abrangência era de apenas 14%, mas ainda assim este é um problema sem solução à vista.

E o conflito indígena, então? Com menos da metade do dinheiro gasto no estádio de Brasília seria possível comprar – pagando o preço de mercado, e não o de mentira – todas as terras para as etnias que pleiteiam expansão de suas áreas. Estaria resolvido o conflito fundiário e a classe produtora poderia destinar novamente a sua energia para trabalhar, produzir alimentos, gerar emprego e renda, e não mais ser obrigada a defender-se de invasões, tanto nos tribunais quanto no campo.

Por último, outra lacuna grave de política pública no MS que poderia ser sanada com uma fração do valor gasto no referido estádio: a criação de um centro de padrão internacional para tratamento, reabilitação, promoção da qualidade de vida e integração das pessoas com deficiência na sociedade. Paraplégicos, tetraplégicos, pessoas com traumatismo crânioencefálico, vítimas de acidentes vascular encefálico, pessoas com deficiência intelectual, etc., de diversas idades, precisam com frequência dirigir-se aos grandes centros do país em busca de tratamento. Por que isso não é prioridade?

A astúcia romana descobriu que, em tempos de crise, acalmava-se o povo com a construção de grandiosas arenas, nas quais gladiadores, em espetáculo de sangue, em meio a animais ferozes, bigas, palhaços, artistas de teatro, afastavam o tédio da plebe. A classe política brasileira, apostando igualmente na rudeza do povo, no discurso retumbante e populista de um “Brasil campeão”, será responsável pela copa do mundo mais cara de toda a história dos jogos da FIFA. Mas, ao invés de embotar o tédio, despertou a ira das ruas.

 

* Pedro Pedrossian Neto, 32, economista e empresário, é mestre e professor de Economia Política pela PUC-SP. Preside o PSDB-Sindical de Campo Grande.