Carreata em Campo Grande reúne mais de cem veículos e 300 participantes
Mesmo debaixo de muita chuva, profissionais da área da saúde promoveram ato contra a corrupção na manhã deste sábado (27), em Campo Grande. Mais de 100 veículos e cerca de 300 pessoas participaram do “Grito da Saúde – Por uma saúde mais digna, chega de corrupção!”. Médicos, enfermeiros, dentistas, estudantes tomaram as ruas com bandeiras brancas, faixas e cartazes para protestar contra esse mal que assola o país e tira dinheiro da saúde. Só no governo do PT, envolvido em vários esquemas de desvio de recursos, cerca de R$ 32 bilhões deixaram ir para o setor no país.
Um dos organizadores do ato, o médico Antônio Carlos também cobrou do candidato a governador Delcídio do PT explicações sobre sua participação no escândalo de corrupção da Petrobras. Para ele, a corrupção é um “câncer que está corroendo a saúde”. Apenas em Mato Grosso do Sul, o governo federal fechou cerca de 1.500 leitos de UTI para atendimento ao SUS.
“Quando temos um paciente prematuro ele morre por falta de leito. Então, os corruptos estão acabando com o país e com a Petrobras”, disse.
Falta de compromisso
Desde cedo e apesar da chuva, os participantes ficaram concentrados na avenida Afonso Pena, em frente ao Museu do Índio, localizado no Parque das Nações Indígenas. De lá, os veículos seguiram até a rua 13 de Junho, passaram pela rua Maracaju e avenida Calógeras, chamando muita atenção de quem passava pelo Centro da cidade. O ato contra a corrupção terminou na praça Newton Cavalcante.
Um minitrio elétrico servia como guia para a carreata. Todo o trajeto estabelecido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS) foi cumprido. Durante todo o tempo, a carreata foi acompanhada por batedores da Polícia Militar. Nenhum incidente foi registrado.
A pediatra Maisse Fernandes de Oliveira disse que tem muito orgulho de trabalhar na rede pública, mas criticou a falta de compromisso dos governos para acabar com a corrupção.
“Precisamos de uma saúde digna para o povo. Chega de corrupção”, protestou.
Estudantes protestam
A estudante do terceiro ano de medicina Monique Massuda também fez coro aos profissionais da área e, junto com as amigas da Uniderp, foi às ruas protestar.
“O que falta para melhorar a saúde em nosso Estado é mais investimento em infraestrutura e um plano de carreira para os médicos no interior”, afirmou.
Antes do encerramento do ato, os participantes cantaram o Hino Nacional.
Entre as entidades organizadoras do evento estavam o Conselho Regional de Medicina (CRM-MS), o Sindicato dos Médicos (Sinmed-MS), Associação Médica de Mato Grosso do Sul (AMMS), Sindicato dos Odontologistas do Estado (Sions-MS), Associação Brasileira de Odontologia Seção de Mato Grosso do Sul (ABO-MS), além de integrantes do “Movimento Saúde, Educação e Democracia” e do “Movimento Fora Dilma”.
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Fotos: Chico Ribeiro
Assessoria de Imprensa Reinaldo Azambuja
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