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Julgamento do mensalão “moralizou a política”, diz deputada Dione

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Foto: Marcos Souza

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, marcou para o dia 14 de agosto o início dos julgamentos dos embargos de declaração na ação penal que ficou conhecida como “Mensalão”. Ouvida sobre o assunto, a deputada estadual Dione Hashioka (PSDB-MS) acredita que não deverá haver mudança no teor das decisões já proferidas nos acórdãos.

“Pelo tanto que já foi discutido o assunto, acredito que os ministros deverão seguir a mesma linha de decisão” das condenações, comentou a deputada tucana. O processo resultou na condenação dos 25 réus no julgamento do Mensalão, encerrado em fim de 2012.

Dione disse ainda que o julgamento do Mensalão foi uma forma de a população acreditar mais na Justiça, que até então era vista como morosa. A deputada definiu que o julgamento “moralizou a política”.

No julgamento, o mais longo da história do STF, os ministros concluíram que o esquema foi organizado pela cúpula do PT, com apoio do empresário Marcos Valério, e visava comprar o apoio ao governo federal do Congresso Nacional.

Conforme o STF, os embargos não implicam um novo julgamento, mas se tratam apenas de instrumentos para que sejam sanadas eventuais omissões, contradições ou obscuridades no julgado, não sendo admitidas, por exemplo, sustentações orais.

Crise na Petrobras faz Brasil ter o 4º maior reajuste da gasolina em todo o mundo

lula-dilma-petrobras-300x191Brasília – A gasolina brasileira teve, entre julho de 2012 e junho de 2013, um dos maiores aumentos de preço em todo o mundo. O patamar foi de 4%, de acordo com reportagem do jornal O Globo – o quarto maior, atrás apenas dos reajustes de Japão, Estados Unidos e Canadá.

Para o deputado federal Alfredo Kaefer (PSDB-PR), o forte aumento é uma medida que a empresa se viu obrigada a tomar por conta de uma crise de gestão causada pelo aparelhamento petista e por ter sido transformada, pelo governo federal, em uma ferramenta para o controle da inflação.

“A Petrobras está com o caixa quebrado, devido a investimentos péssimos, como a refinaria de Pasadena, que deu um prejuízo gigantesco. O PT conseguiu deteriorar a maior empresa brasileira”, afirmou Kaefer.

O parlamentar criticou também o excesso de intervencionismo do PT no sistema econômico nacional, que tem na Petrobras uma de suas ferramentas. Para Kaefer, o governo se equivocou ao enxergar na empresa um caminho para conter a desvalorização do real.

“Inflação é resultado de políticas macroeconômicas. O governo pode contê-la, por exemplo, reduzindo seus gastos públicos. E não controlando artificialmente os preços praticados por uma empresa”, declarou o deputado.

A opinião do parlamentar tucano é compartilhada por especialistas ouvidos pelo O Globo. O economista Adriano Pires, presidente do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), afirmou ao jornal que os preços da gasolina devem subir ainda mais nos próximos meses. Pires criticou o governo federal por impedir que os custos da gasolina se adaptem às demandas dos consumidores. “A única época que o Brasil seguiu mercado internacional foi de julho de 1998 a janeiro de 2002”, destacou.

“Classe média”, por Aécio Neves

Aecio-Neves-Foto-George-Gianni-21-300x199Se os partidos brasileiros, sem exceção, saem politicamente abalados do saudável vendaval de passeatas no país, um deles certamente se ressente mais: o PT.

A presença maciça da classe média no movimento de protesto coloca em xeque, com mais ênfase, as contradições do partido.

Pressionado a oferecer respostas ao país, o governo federal improvisou uma constituinte restrita, rapidamente abandonada, e busca, por meio da proposta de um plebiscito de complexa elaboração, aprovar uma agenda que interessa muito mais ao PT do que ao Brasil.

Assim, o governo federal patrocina manobras que visam tirar o foco das legítimas reivindicações apresentadas pela população, oferecendo justamente mais daquilo de que os brasileiros demonstram estar fartos: desrespeito.

No recente evento dos dez anos do PT, a filósofa petista Marilena Chaui afirmou, sob aplausos, que odiava a classe média. E explicou: “A classe média é estupidez. É o que tem de reacionário, conservador, ignorante, petulante, arrogante, terrorista. É uma abominação política, porque ela é fascista, uma abominação ética, porque ela é violenta, e é uma abominação cognitiva, porque ela é ignorante”.

O leitor ficou chocado? O vídeo está no YouTube. Juntando-se essa fala raivosa e os protestos nas ruas, a conclusão é inevitável: o PT não gosta da classe média e por ela parece estar sendo correspondido na rejeição.

Os jovens questionam a forma tradicional de fazer política quando gritam: “O povo unido governa sem partido”. A grande maioria deles nada tem de fascistas ou reacionários. Estão apenas expressando suas compreensíveis frustrações. Os manifestantes se insurgem contra os aproveitadores que viraram políticos, políticos que se elegeram governantes, governantes que se esbaldaram na corrupção, corrupção que impede a melhoria do transporte, da saúde e da educação. Uma ciranda como no poema de Drummond cujo nome é “Quadrilha”, muito a propósito.

Um bom contraponto à intolerância de Marilena Chaui é um texto do ex-presidenteFernando Henrique Cardoso, de 2011. Nele, foi enfatizada a necessidade de maior diálogo com a classe média: “O caminho não se constrói apenas por partidos políticos, nem se limita ao jogo institucional. Ele brota também da sociedade, de seus blogs, tuítes, redes sociais, da mídia, das organizações da sociedade civil, enfim, é um processo coletivo. Não existe só uma oposição, a da arena institucional; existem vários focos de oposição, nas várias dimensões da sociedade”.

Com 82 anos de idade, Fernando Henrique com certeza faria bonito na avenida Paulista, na Rio Branco ou na Afonso Pena dos dias de hoje.