Brasília (DF) – Previstas para conclusão em 2011, as obras da Petrobras no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro só ficarão prontas em 2016. Reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, de segunda-feira (24) informou que houve mudanças no orçamento e prazo das obras. O custo, antes previsto em R$ 19 bilhões, já saltou para mais de R$ 31 bilhões.
Lança em junho de 2006, a pedra fundamental do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, a obra no município de Itaboraí, na Região Metropolitana, foi anunciada pelo governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o maior projeto individual da história da Petrobras.
A previsão era começar o refino e a produção de derivados de petróleo em 2011. Mas, segundo a estatal, problemas de licenciamento ambiental e desapropriações atrasaram o início das obras. E a inauguração, que vem sendo adiada, agora está prevista para agosto de 2016.
O Tribunal de Contas da União (TCU) avaliou os motivos que levaram a um aumento nos valores da obra. O relatório do TCU diz que as tubovias, com os atrasos, representam o caminho crítico para o início das operações do complexo e afirma que o dano aos cofres públicos é de aproximadamente R$ 1,4 bilhão. A Petrobras alegou problemas financeiros da empresa contratada para realizar o serviço, além das fortes chuvas e as greves dos operários. Mas o tribunal afirmou que isso não justifica tamanho atraso.
O local é um imenso canteiro de obras – seis vezes maior que o bairro de Copacabana, no Rio. Quase dois anos depois da previsão inicial, dois terços das obras, segundo a Petrobras, foram concluídos. A empresa contratada para executar o serviço, a MPE Montagens e Projetos Especiais, venceu a disputa com uma proposta R$ 162 milhões mais cara que uma das três participantes.