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“Ministro Cardozo se complica a cada noticiário”, afirma líder do PSDB na Câmara

Carlos-Sampaio-Foto-George-Gianni-1-300x200Para o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), a cada elemento novo trazido pelo noticiário dos últimos dias, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se complica ainda mais. Sampaio destaca o fato de que Cardozo teria tido encontros com sócios de consultoria investigada na ação sobre formação de cartel.

“Esses encontros com os consultores são mais um elemento complicador da situação do ministro, ainda mais se levarmos em conta que foi o próprio Simão Pedro, deputado do PT e amigo de Cardozo, quem os acusou de terem pago propina para agentes políticos do governo estadual. Será que Simão Pedro não alertou seu amigo, que à época era deputado federal, sobre o ‘proceder ilegal’ desses consultores? Por outro lado, o que justifica o encontro do então deputado federal José Eduardo Cardoso com consultores que atuam na área do Executivo e não no Legislativo?”, questiona Sampaio.

“A verdade é que, se o encontro ocorre com membros do PSDB, são fortes indícios de conluio e irregularidades. Agora, quando inexplicavelmente o então parlamentar e hoje ministro da Justiça se encontra com os mesmos consultores, tudo não passou de uma conversa normal e republicana”, ironiza Sampaio.

Para o líder, “está evidente que o ministro Cardozo, que fez parte de uma armação para tentar desgastar e prejudicar adversários, atacando os consultores, agora não consegue explicar a razão pela qual os convidou para um bate papo!”.

Segundo Sampaio, “o ministro prestaria um grande serviço à nação afastando-se do cargo e deixando as investigações acontecerem sem o direcionamento que ocorre hoje”, afirma.

“Politicamente expostas” – Sampaio destaca ainda outro elemento que reforça a tese que defende de que o ministro Cardoso usa o seu cargo e a estrutura do ministério para controlar as informações contra adversários. É que por decisão do Ministro Cardoso, segundo notícia da revista Veja, a Polícia Federal passou a inserir, nos relatórios das operações que realiza, a informação sobre a existência de pessoas “politicamente expostas” nas investigações em curso.

Para Sampaio, “procedimentos como esses, que não existiam nem mesmo na era Lula, são preocupantes em virtude do histórico do PT em fabricar dossiês falsos e do que temos visto, mais recentemente no caso Siemens: vazamento seletivo de informações, incluindo documentos adulterados com o claro objetivo de prejudicar adversários”.

O líder afirmou ainda que esse procedimento assemelha-se à censura. “A tirar pelo comportamento do PT, essas informações poderão ser utilizadas de forma bem pragmática – se os envolvidos nas operações forem do PT, esconde-se ou abafa-se o caso. Se forem adversários, aí o tratamento poderá se outro, bem diferente. É uma espécie de censura ao trabalho da Polícia Federal, que sempre foi independente”, afirmou Sampaio.

“Os aloprados voltaram”, análise do ITV

itv-300x200Bastou os mensaleiros irem para a cadeia para o PT ressuscitar seus velhos e espúrios métodos de luta política. Nesta guerra, a arma mais comum é a difamação, a manipulação e a produção em série de dossiês fajutos. Aconteceu novamente agora, com o agravante de que, desta vez, quem está à frente das aloprações é nada menos que o ministro da Justiça.

O PT parece ter visto na investigação da denúncia de prática de cartel em concorrências para obras de expansão da rede metroferroviária em São Paulo uma oportunidade para tentar envolver seus maiores adversários políticos na mesma lama em que o partido dos mensaleiros chafurda. Para tanto, botou suas engrenagens em ação e envolveu o aparato estatal na luta política.

Na última semana, veio a público um documento que supostamente envolveria políticos tucanos no recebimento de propina ligada a contratos do Metrô e da CPTM na capital paulista. O papel teria partido de um ex-dirigente da Siemens, empresa que, envolvida no cartel, firmou acordo de delação premiada com o Cade (Conselho Administrativo de Direito Econômico).

Soube-se, em seguida, que o suposto autor do papelucho desconhece seu conteúdo e até refuta as acusações que supostamente constam do “documento”. A trama ficou ainda mais cabeluda quando José Eduardo Cardozo assumiu ter sido o responsável por encaminhar a denúncia à investigação da Polícia Federal. O ministro da Justiça enfiou as patas na lama.

Ontem o PSDB mostrou que Cardozo deu guarida a um papel fraudado que sequer correspondia à fiel tradução do original, com a inclusão criminosa de nomes que simplesmente não constavam da versão em inglês. É o PT exercitando sua conhecida má-fé – ou, quem sabe, a “criatividade” que se tornou marca do partido até nas contas públicas do país…

Cardozo também tentou proteger um funcionário de Estado que foi aprovado para o cargo omitindo suas umbilicais ligações com o petismo: Vinicius Carvalho, parente do secretário-geral da Presidência da República que foi alçado à presidência do Cade depois de chefiar o gabinete do deputado petista Simão Pedro, o mesmo que agora se notabiliza pelas denúncias dos contratos das obras paulistas.

Curiosamente, o governo petista, com José Eduardo Cardozo à frente, só deu publicidade ao papelório seis meses depois de recebida a denúncia, cinco meses depois de encaminhá-la à Polícia Federal, mas somente cinco dias depois da prisão dos mensaleiros. Por que demorou tanto? Por que só divulgou o que tinha em mãos quando seus colegas de partido foram parar atrás das grades e na página da frente dos jornais?

Tem-se, portanto, um enredo em que um papel sem autoria reconhecida é, segundo a versão do ministro da Justiça, recebido oficiosamente num fim de semana e fora do ambiente de trabalho das mãos de um companheiro de partido – Simão Pedro, deputado licenciado e hoje secretário do governo Haddad – e dá origem a uma retumbante denúncia exatamente no mesmo momento em que petistas do mais alto coturno ocupam manchetes vestindo uniformes de presidiários.

Tratando-se do PT, faz todo sentido que assim seja. Seu propósito é cristalino: tumultuar, mais uma vez, o ambiente político, desviar o foco do escândalo do mensalão e dos mensaleiros petistas presos no presídio da Papuda, na capital federal, e tentar fazer crer à população que todos se igualam no lodo do submundo da política.

O PSDB deixou claro que não teme investigações. Quer, aliás, que elas aconteçam da maneira mais ampla, geral e irrestrita possível, desde que isentas, equilibradas, profundas. Neste sentido, é necessário também apurar suspeitas similares que pairam sobre contratos firmados pela CBTU, empresa federal vinculada ao Ministério das Cidades, para reforma de trens em Porto Alegre e Belo Horizonte, conforme a Polícia Federal e o Ministério Público Federal anunciaram em agosto, mas até agora não se sabe no que deu.

Em tudo o mais novo capítulo da baixa política protagonizado pelos petistas se parece com episódios anteriores, como a falsificação de documentos por aloprados na campanha de 2006, o chamado dossiê Cayman, a “lista de Furnas” e a criminosa quebra de sigilo de tucanos na campanha presidencial de 2010. O melhor detergente para esta sujeira é a luz do sol. Que se apure a fundo todas as denúncias, mas que se deixe de lado o uso espúrio do aparato estatal para fazer disputa política, como faz o PT, mais uma vez.

Aníbal: “Ou Dilma demite o ministro da Justiça ou é cúmplice do Dossiê Aloprados 2”

anibal-foto-george-gianni-300x199Brasília – O secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, acusou nesta terça-feira (26) o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, de usar politicamente contra os adversários políticos o processo de investigações sobre o cartel das licitações de metrô e trens em São Paulo. Durante entrevista coletiva nesta terça-feira, Aníbal defendeu a saída de Cardozo do ministério da Justiça.

“[Tudo isso tem o objetivo] para tentar aquilo que é o cerne da ação petista, que é a alucinada com relação ao poder, que é jogar lama, jogar mentira, jogar podridão em cima dos adversários”, disparou Aníbal. E acrescentou:“Ou a presidente [Dilma Rousseff] demite o ministro, ou ela é cúmplice desse ‘Dossiê Aloprado 2’, como disse aqui o deputado Carlos Sampaio [SP].”

O secretário ressaltou que teve acesso ao depoimento do ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer, no qual não há referência alguma a integrantes do PSDB. Porém, ele destacou que houve uma manipulação na tradução dos documentos do inglês para o português.

“Nós tivemos acesso ontem às delações premiadas do senhor Éverton ao Ministério Público de São Paulo e à Polícia Federal. Em nenhum momento há qualquer menção, na delação premiada dele, a políticos do PSDB. Nenhuma menção”, disse o secretário.

Para Aníbal, o ministro da Justiça atuou como um “operador” partidário. “[Cardozo] deixou de ter a postura do magistrado, do ministro que tem preferência sobre todos os demais, que é o ministro da Justiça, e passou a agir como um operador do submundo, que o PT faz com muita freqüência”, afirmou Aníbal.

Deputados elogiam decisão de Alckmin de processar Siemens e exigir ressarcimento

Duarte-Nogueira-Foto-George-Gianni-PSDB-1-300x199Brasília – Em discursos no plenário, os deputados Duarte Nogueira (SP) e Vanderlei Macris (SP) elogiaram nesta terça-feira (13) a decisão do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, de processar a empresa alemã Siemens por formação de cartel em licitações do Metrô paulista e pedir o ressarcimento de recursos aos cofres públicos do estado. O anúncio foi feito um dia depois de o governo ter acesso, junto à Justiça Federal, aos documentos da investigação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra as empresas fornecedoras do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Durante pronunciamento, Nogueira lembrou que só nesta segunda-feira (12), após entrar com pedido na Justiça, o governo pode ter acesso aos documentos do processo instaurado pelo Cade. Como destacou o tucano, que preside o PSDB-SP, o conselho havia negado acesso às informações. No entanto, os dados vinham sendo vazados constantemente, sem que o estado pudesse ter a oportunidade de avaliar com critério e com rigor administrativo o que ali continha.

O deputado afirma que, após ter acesso aos documentos o governo paulista constatou que não há uma única citação a qualquer agente público do estado. “Mas, se, por qualquer razão, alguém da administração do governo tiver cometido alguma ação deletéria, prejudicial à gestão, será punido. Além disso, serão tomadas medidas administrativas”, destacou Nogueira.

“Cumprimento o governador Alckmin pela coragem, pela postura ética, seriedade e conduta correta. Democracia não é só o povo poder votar e ser votado, mas é eficiência, zelo, honestidade e qualidade na gestão pública. Espero que sirva de exemplo para que as mentiras que lançaram em cima do governo do estado, de Mário Covas, de José Serra e de Geraldo Alckmin, possam ser mais uma vez limpas, com a verdade, que agora vem à tona”, disse.

O parlamentar destaca que a gestão paulista tem sido zelosa e buscado impedir a formação de cartel para atuar na administração pública. Como lembrou, a gestão de Alckmin cancelou no mês passado uma concorrência da CPTM na qual houve apenas um ofertante. Nogueira afirma que o governo federal tem agido de forma contrária, como foi em Porto Alegre e em Belo Horizonte, onde comprou trens de um consórcio formado por duas empresas, a Alstom e a CAF. Segundo ele, no caso do Rio Grande do Sul, a Alstom detinha 97% e a CAF, 3%.

Vanderlei-Macris-Foto-George-Gianni-PSDB-300x199Para Macris, há um movimento claro e muito bem dirigido de tentativa de desgaste do Governo de São Paulo em relação ao cartel promovido pelas empresas. “Isso cria para o governo um processo em que está sendo vítima, precisando, sem dúvida, de investigação e apuração de responsabilidades”, destaca.

“O governador está, neste momento, atuando nessa direção com a altivez e a seriedade que tem demonstrado ao longo do tempo, assim como foi nas gestões de Serra e Covas, um homem que teve, ao longo da sua história, a decência e a postura ética invejável”. O tucano afirma que houve um movimento com intuito de aproveitar o momento para denegrir o governo, mas que, pouco a pouco a verdade virá à tona.

Do Portal do PSDB na Câmara